T:Dra.Fabray... –Tina parecia ansiosa por atenção.

Q:Eu preciso que liberem as salas de traumas.... esse senhor está aqui a quanto tempo? É só uma sutura, alguém atende ele por favor. Precisamos de mais enfermeiros isso está um pandemônio....quem  são os responsáveis pela triagem? –a loira tentava organizar o atendimento do hospital.

T:Dra.Fabray.... –sussurrou.

Q:Onde estão os novatos? Samuel me ajuda com... –a indignação e frustração evidente na voz da médica.

S.E:Eu estou no meu dia de folga. –informou.

T:Dra.Fabray... –tentava chamar a atenção de Quinn.

Q:Oque você faz aqui no teu dia de folga? –pediu com um falso interesse.

T:Dr.Fabray.... –a asiática fazia mímicas, acenava, pulava mais nada dava resultado.

S.E:Minha mulher tem fisioterapia lembra? Preciso ir..... –tentou escapar.

Q:Não estou perguntando se você pode ajudar ou não Samuel, eu estou mandando. Ficasse em casa se queria tanto descansar. –impôs com voz autoritária.

T:Dra.Fabray eu tenho que te.... –desanimada Tina estava praticamente dividindo a maca com o paciente da outra.

Q:Depois Tina eu vou entrar em cirurgia neste exato momento. –finalmente dando retorna as tentativas da sua aluna.

T:A Rachel também vai entrar em cirurgia neste exato momento. O Dr.Michael está escalado para cirurgia e eu vou assisti-lo. –a noticia afetou a mulher loira de imediato.

Q:Mas...mas como?  Por que não me disse antes? Qual o número da sala de cirurgia? Quem que autorizou? Como minha mulher vai ser operada e eu sou a ultima á saber? –gaguejou e desesperada pedia por informações.

T:Eu tentei te avisar mas.... –deu de ombros.

Q:Eu tenho que ir vê-la. Vocês fizeram todos os exames pré-operatórios? O Dr.Chang sabe do histórico clinico dela, ele chegou ontem. Eu... –a preocupação era evidente.

 T:Falei pra ele sobre o meningioma e sobre todo o tratamento. Ele é um medico confiável, não se preocupe, ela está em boas mãos. –tentando manter a positividade e a calma.

 Q:Remarque minha cirurgia eu vou assistir. –pediu.

T:Você é  família não deixarão entrar. Fique na galeria observando,mas não insista em querer entrar naquela sala. É na sala número três. –mais uma vez Tina mantendo as coisas.

 Quinn fez o que Tina indicou limitando-se a ficar observando a mulher com quem casou a poucos meses se submeter ao procedimento cirúrgico evasivo. Rachel tinha a aparência tranqüila, serena como se não estivesse naquela situação de risco eminente. A médica se perdeu em devaneios de como reencontrou a  atriz....

  Sim Rachel havia conseguido realizar o seu sonho  se tornando uma estrela na Broadway, um ícone que se destacava entre os outros e ganhava todos os personagens de destaque nos musicais. Já Quinn teve que correr atrás de um nova bolsa de estudos após perder a sua em Yale por se envolver com um professor, mas no final ela até gostou de poder fazer outro curso em ouro lugar e quando recebeu a carta de admissão da Columbia University não pensou duas vezes em aceitar ir morar na barulhenta cidade de Nova York ,esse tornar a melhor neurocirurgiã da turma dela.

 Quando se encontraram pela primeira vez nas ruas movimentadas se cumprimentaram com os olhos mais nenhuma tomou a iniciativa de uma aproximação, Rachel sabia sobre Quinn o tanto que Santana lhe contava e Quinn utilizava do mesmo recurso ou seja a latina era uma ponte entre elas. A loira sabia de seus sentimentos pela pequena diva ainda no colegial, porem a vida das duas estava uma bagunça e como tudo que tragédia já havia ocorrido com ela, Quinn preferiu guardar seus sentimentos e tentar uma amizade com a Berry. Amizade essa que elas se comprometeram manter depois da formatura. Só depois de três anos Quinn encontrou Rachel novamente, a mais alta como médica residente e a menor como paciente do seu professor.

  Elas tinham superado a doença, Quinn foi sua cirurgiã no tratamento anterior onde foi ressecado o tumor e tinha ficado ao lado da morena nas seções de radioterapia. Quando criou coragem a médica se declarou para a outra que disse corresponder aos seus sentimentos e como não precisavam da fase de conhecer uma a outra elas marcaram a data do casamento no ultimo dia de Rachel no Hospital NewYork-Presbyterian o hospital escola da Universidade de Columbia. Desde então se passaram dois anos de um casamento feliz que satisfazia ambas e as deixava cada vez mais apaixonadas. Pensavam em ter filhos e Rachel pensava em assumir a neurocirurgiã como sua esposa para a imprensa.

 T:Dra.Fabray a cirurgia já acabou, Rachel vai ser removida para o quarto agora e o Dr.Chang quer falar com você... –tirava a Dra. dos seus pensamentos.

Q:A cirurgia teve alguma complicação? Rachel esta bem? –as emoções da médica se afloraram no tempo de espera para o termino da cirurgia. 

T:Sim ele só quer um acompanhamento da Dra. ele disse ser um fã do seu trabalho. –os olhos pequenos da oriental brilhavam quando ela se referia ao seu conterrâneo. 

Q:Você esta designada a cuidar do pós-operatório dela eu confio em você e não deixaria as novatas porem as mãos na minha pequena. –decretou a superior.

T:Isso é um elogio? –com um sorriso sonhador nos lábios Tina seguiu Quinn pelos corredores.

Q:Dr.Cheng, como Rachel está? –Inquiriu a loira.

M:A senhorita Berry vai acordar daqui alguns minutos no máximo ma hora, o estado dela é o melhor possível e se ela manter-se estável não vai demorar muito para receber                alta. –falava com pompa. 

Q:Rachel vai fazer seções de radioterapia ou terá uma prescrição de algum remédio? –a medica demonstrava a sua preocupação no questionamento.

M:Eu vou iniciar uma medicação mais provavelmente não haverá uma necessidade de um tratamento tão pesado como radio ou quimioterapia , Rachel não tem parentes ou um namorado? É que eu não esperava ter que responder sobre a saúde dela para a médica que a operou anteriormente, você sempre é tão preocupada com os teus pacientes Dra.Fabray? –o medico especulou.

T:A Dra.Fabray e a Rachel são muito amigas, intimas, é amigas intimas... –Tina gaguejava tentando chegar a conclusão se devia falar ou não sobre o quão intimas elas eram.

Q:Na verdade somos casadas á dois anos, o Dr.Michael pode ser discreto quanto a isso eu sei que posso pelo menos aqui tratá-la como minha esposa... –Quinn esclareceu.

M:Me desculpe eu não tinha conhecimento sobre esse detalhe. Agora entendo porque me deram essa honra de operar a estrela da Broadway, a estrela do Presbyterian não tinha permissão para fazê-lo. –falou envergonhado pelo o que disse antes, criando esse desconforto.

Q:Se eu pudesse teria sido eu e não você lá naquela sala operando, não que eu duvide da sua capacidade mas me sentiria mais no controle sendo eu com o bisturi. Eu preciso fazer uma visita agora Tina eu quero que você me chame quando ela acordar tudo bem? –informou Quinn.

T:Sim Dra.Fabray eu ficarei aqui aguardando e te avisarei à qualquer sinal que ela indicar que irá acordar. – Tina além de aluna da loira era uma grande fã de Rachel e sempre foi prestativa com a pequena.

 A médica foi rápida voltando mais cedo para o quarto da morena, que não havia acordado ainda. Tina seguia as recomendações do médico verificando o estado da diva de quinze à quinze minutos chegando a reduzir esse período de intervalo entre cada monitoramento de dez em dez e por ultimo de cinco em cinco minutos.

T:Ela não devia ter acordado? Isso é normal? –pediu preocupada.

Q:Você está falando isso por que sou eu ou você assusta os familiares sempre? Ela vai acordar Tina só continue fazendo o que você estava fazendo e fique quieta. –Quinn também não estava gostando dessa demora para a sua esposa acordar.

T:Ela está acordando. Dra.Fabray, Rachel está acordada. –feliz Tina só faltou gritar de alegria.

Q:Eu ouvi Tina. Oi Rachel tudo bem? Você consegue me ouvir, ver, falar? Entende o que eu falo? Sabe quem eu sou? –averiguou a médica.

R:Sim eu consigo fazer tudo isso e sei quem você é Quinn. Eu só sinto um pouco de dor de cabeça mais agora eu sei que vou ficar bem. –Rachel disse com a voz meio debilitada por causa da garganta seca.

Q:Você ficará ótima.... –professou alegremente.

S.E:Podemos entrar para uma visita? –Sam não esperou a resposta e já foi entrando.

Q:Claro, entrem mais sejam rápidos ela não pode se cansar. –tentou manter a ordem.

S:Tudo bem Fabray nós sabemos como vocês médicos adoram esse blábláblá de como o paciente ao pode se cansar e blábláblá. –a latina abusou da super proteção da amiga.

B:Você viu os unicórnios quando eles te anestesiaram como eu e Santana naquela vez do dentista? –a loira sonhadora parecia uma criança com os olhos brilhando de curiosidade.

R:Sim Brittany eu vi o rei dos unicórnios, ele era todo rosa que vomitava arco-íris, em um campo verde cheio de flores amarelas e brancas. Obrigada por virem me ver vocês são ótimos amigos. –Rachel agradeceu verdadeiramente pelo gesto de amizade.

S:Nem tanto eu estava vindo pra cá mesmo, então por que não dar uma passada para te ver? –tentou fazer pouco caso da visita para manter a pose durona.

R:Sei Santana você pode tentar esconder mas eu sei que você me ama. Onde Kurt está?  E Finn por que ele não está aqui comigo? –indagou.

Q:Finn? –perguntou confusa.

R:Sim ele é meu namorado ele deveria estar aqui. Eu sei que você pode achar desconfortável tê-lo aqui. Na verdade eu esperava que você já estivesse conformada que eu e Finn ficaríamos juntos para sempre e que você não tinha mais chances com ele. Nós nos amamos Quinn você tem que aceitar. –todos olhavam para a pequena diva com espanto. Quinn tinha uma expressão a mais no rosto contorcido e nos olhos chorosos, dor. 

   “Há um motivo para dizer que eu seria mais feliz sozinha. Não foi porque eu pensei que seria feliz sozinha. Foi porque eu pensei que se eu amasse alguém... E depois acabasse..Talvez eu não conseguiria sobreviver. É mais fácil ficar sozinho. Porque, e se você descobrir que precisa de amor? E depois você não o tem. E se você gostar? E depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele? E então ...Ele acaba. Você consegue sobreviver a essa dor? Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é...A morte termina. Isso...Pode continuar para sempre.”