Srª. Montesinos escrita por GothicUnicorn


Capítulo 4
4




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(...)Assim, a noite romântica dos dois acabara ali.

Assustados, eles correram em direção ao berço, e o menino chorava desenfreadamente, rapidamente, eles colocaram suas roupas íntimas. Ivana ficou com o menino no colo, e José Miguel foi acordar sua mãe para que ela os ajudasse. Quando Leonor viu seu filho ainda com o membro rígido, caiu na gargalhada, o deixando muito irritado.

– Mãe, o Rico está chorando, você pode parar de rir e nos ajudar? - Disse José Miguel, elevando o tom de sua voz.

– Tudo bem, eu os ajudo, você quando pequeno, muitas vezes já chorou em hora inoportuna. O que o menino tem?

– Ora, mamãe, isso é coisa que se diga? Não sei, ele começou a chorar desesperadamente. Não é de fome, e não está sujo, ele nunca chorou assim.

Chegando ao quarto, Ivana entrega o garoto aos berros no colo da avó.

– Pelo amor, faça com que esse menino se cale! Já lhe ofereci leite, ele não quis. Já lhe troquei a fralda, e ele não fechou essa boca. O que esse menino tem?

Leonor, muito sábia, pegou o pequeno e deu seu diagnóstico.

– Ele está com dor de ouvido, não percebem?

Ivana e José Miguel se olharam com espanto e perguntaram juntos.

– E o que fazemos?

– Levem-no para o hospital, lá saberão o que fazer. – Disse a avó, devolvendo o menino para a mãe.

Eles se vestiram instantaneamente, José Miguel carregava o menino enquanto Ivana colocava suas sandálias. Saíram desesperados a procura de um médico. Em San Pedro de Las Peñas o único médico que tinham era Felipe, mesmo Ivana detestando-o, era seu filho, e ela não tinha opção. José Miguel foi até a casa do médico para que ele atendesse o pequeno. Felipe abriu o portão com cara de assustado.

– Felipe, me desculpe, mas meu filho está com dor de ouvido, e preciso de ajuda. – Disse ele, carregando uma bolsa azul.

– Ah, sim, mas onde ele está? – Disse o médico, que procurava o pequeno nos braços do pai.

– Na caminhonete com Ivana. – José Miguel apontou para a caminhonete.

Felipe olhou assustado, Ivana saiu de madrugada, em uma caminhonete velha e ainda com seu filho? Isso só poderia ser um sonho, mas pensando bem, o fato de ela agora ser mãe poderia ter a modificado, não é mesmo? O médico foi até a caminhonete, cumprimentou-a, e José Miguel os levou até o centro de saúde, pois em casa, Felipe não poderia atendê-lo. Chegando lá, Ivana entregou o pequeno para o médico, que o levou para a enfermaria. Enquanto isso, aguardavam temerosos na recepção.

– Será que nosso Rico ficará bem, meu amor? – Exclamou José Miguel, abraçado a sua esposa.

– Espero que sim, e que pare de chorar, pois quero continuar com você, de onde paramos. – Ela passava as mãos na intimidade do marido.

– Amor, como pode pensar em uma coisa dessas com nosso filho chorando assim?

– Meu amor, eu sou mãe, não estou morta. – Disse Ivana, encostando seus dedos na boca do amado.

Pouco tempo se passou e Felipe saiu com o pequeno nos braços.

– Ele está melhor, coloquei um remédio em seu ouvido, e ele se acalmou automaticamente. Aqui está a receita. – Entregou-a nas mãos de José Miguel. – E aqui está seu bebê. – Entregando-o para Ivana.

Eles saíram de lá, compraram o remédio e foram para a casa. Mortos, colocaram o pequeno no berço e caíram dormindo.

Logo de manhã, José Miguel acordou com um alto ruído, um arrastar incessante. Assustado, ele olhou para o lado, e não viu Ivana, mas viu Rico dormindo ao seu lado, delicadamente passou a mão sobre seu rostinho, e voltou a procurar de onde vinha o som.

– Olá, meu amor, dormiu bem, minha vida? – Disse Ivana, arrastando o berço do pequeno.

– AONDE VOCÊ VAI COM ESSE BERÇO, MULHER? – Exclamou ele assustado, deixando uma risadinha escapar, pois a cena era cômica.

– Rico vai dormir sozinho, não quero crianças me interrompendo em horas importantes, e outra, fizemos um quarto lindo para ele, você que teve essa idéia idiota de colocar esse berço aqui. – Ela continuava a empurrar o berço.

José Miguel levantou da cama e foi atrás dela, que acordou todos que estavam na fazenda com o ruído do móvel. Isabel saiu desesperada de seu quarto para ver o que passava.

– O que acontece, minha filha? Aonde levará esse trambolho? – Gritou Isabel da porta de seu quarto.

– Disse bem, mamãe, trambolho. Rico aprenderá a dormir sozinho, não quero que meu filho fique totalmente dependente da minha presença, e também quero respirar. – Ivana fazia força para continuar sua caminhada até o quarto.

– Ivana, se ele for dormir em outro quarto eu também irei. – Exclamou José Miguel, decidido.


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Notas finais do capítulo

Capítulo corrigido.