A Perseguidora escrita por Dimitri Alves


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, não pensem que é carnaval que vou me esquecer de postar um capítulo aqui. Claro que não kkkkkkkkkkkk' Ok, chega de bla bla bla. Esse capítulo está fantástico! Igor e Laura estão por um fio de cabelo para descobrir quem é que persegue Igor *-*



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Igor tinha ligado para a sua mãe dizendo que estaria na biblioteca fazendo uma pesquisa para o colégio, ela estranhou já que tinha a internet para fazer a pesquisa. De contra resposta ele falou que na internet não tinha as informações que queria, pois eram informações mais “pessoais” da cidade e que o professor tinha feito de propósito para justamente a pesquisa não fosse feita via internet. Laura tinha feito o mesmo.

Eles andaram até a biblioteca quase que correndo e o céu estava mais carregado do que antes. As ruas estavam quase desertas.

– Crio que vai vir um nevoeiro – comentou Laura durante o caminho.

Igor não respondeu, estava focado de mais e apressado para chegar à biblioteca. Eles entraram numa rua com arvores grandes e, aparentemente, antigas, com seus longos galhos que pareciam mais garras tentando rasgar o céu. Apesar de estarem no início da tarde, aquela rua já estava muito escura e os postes de iluminação já estavam ativados.

Igor e Laura andaram pela rua vagarosamente, prestando a atenção se havia alguém a espreita. Laura agarrou-se ao braço de Igor e não se atreveu soltá-lo. Eles subiram o pequeno lance de escada e abriram a porta. Ali dentro o ambiente estava mais quente e confortável, apesar de tudo estar deserto.

– Uau – exclamou Laura soltando o braço de Igor e avançando um pouco mais na biblioteca – É lindo – disse ela.

Os olhos dela brilhavam de um imenso encanto. Ela parecia estar diante de um parque de diversões, pronta para ir em todos os brinquedos e preparada para degustar todas as guloseimas do local.

– Você nunca veio aqui? – perguntou ele curioso.

– Não. Nunca. Apesar de ter crescido aqui, nunca tive a curiosidade de entrar na biblioteca da cidade – falou ela ainda com os olhos encantados.

Igor ficou em silencio e sorriu levemente. Voltou sua atenção ao redor e viu que ninguém estava ali, nem mesmo o bibliotecário.

– Arthur? – perguntou ele perto do balcão, onde atrás dele havia uma porta.

O silencio permaneceu.

Ele gritou mais uma vez pelo bibliotecário, mas não houve resposta. Ele se virou para Laura com um olhar de socorro, mas nem Laura sabia o que deveria fazer.

– Vamos ter que nos virar. A biblioteca está dividida por seções. La em cima há um espaço voltado mais para a cidade. Talvez tenha algo por lá – falou Igor relembrando da ultima vez que tinha ido ali.

Laura assentiu com a cabeça e o seguiu, subindo o lance de escada.

Eles chegaram no segundo piso, onde os livros eram mais antigos e Igor pode rever o antigo mapa da cidade que estava exposto em um quadro. Entre algumas prateleiras estava uma porta onde estava escrito “área restrita”.

– Se formos encontrar algo que precisamos, está nesse andar – falou Igor.

Laura e Igor se espalharam e entre as prateleiras eles se guiavam. Em uma das prateleiras estava escrito “História de Arvoredo” Cada prateleira estava dividida entre anos, dês dos primeiros registros até o livro mais atual, que não parecia tão atual assim.

– Deve está aqui – disse Igor apontando para uma pequenina placa onde tinha um livro que etiquetava 1900 – 1950

– O Acidente foi em 1902, com certeza deve haver detalhes maiores aí – afirmou Laura.

Igor pegou o grosso e pesado livro e o colocou em cima da mesa. Laura sentou ao seu lado e o ajudou a abrir o livro. No índice eles procuravam a pagina que se referia ao acidente ou o ano. E lá estava a referencia que procuravam

Capítulo 3, o ano de 1902

7.1 O acidente da Prefeitura, página 204

Eles cortaram o livro e folhearam até encontrar a página. Ao encontrar a página, eles encontraram várias fotos que a internet não possuía.

“Na época o acidente foi constatado que foi devido a uma falha elétrica. O fogo se alastrou rapidamente e causando algumas explosões. No dia do acidente, estava acontecendo uma excursão do Colégio de Referência de Arvoredo. Muitas das crianças saíram feridas. Apesar do grande desastre, poucas foram as vítimas, no total foram doze mortos”

Igor e Laura folhearam mais as páginas, mas não havia descrição de nomes. Igor achou aquilo estranho, como o acidente tinha acontecido na prefeitura, com certeza uma dessas doze pessoas era alguém importante. Nomes tinham que ser mencionados. Decepcionou-se e percorreu seus olhos nas imagens do acidente.

Uma foto mostrava a prefeitura pegando fogo. Outra os corpos de bombeiros entrando em ação. Varias delas eram fotos do estado que o prédio ficou depois do acidente. Em uma foto, mostrava uma foto de uma boneca parcialmente queimada e a legenda trazia “boneca carregada por uma das crianças da excursão vítima do acidente”. Igor fechou o livro e guardou-o no lugar.

Ele circulou ao redor da mesa, pensando o que poderia fazer agora.

– Deve haver outro jeito de descobrir esse mistério. Tudo que acontece deixa rastros – falou Laura tentando acalmá-lo.

Igor já estava ficando angustiado, não poderia viver naquela cidade e coisas estranhas estarem acontecendo. A vontade que tinha era de ir embora, porém algo o impedia de ir, algo que ele não esperava que fosse acontecer, porém aconteceu. Estava gostando de Laura. Ele não poderia sumir dali e ignorar tudo. Graças aquela situação alguém se aproximou dele e estava gostado muito de Laura para sumir simplesmente de um dia para outro.

– Vamos para seção restrita – anunciou ele parando finalmente.

– O quê? Igor... É uma seção restrita. Não podemos entrar lá – falou Laura olhando para trás, tentando ver se alguém os escutava.

– Não acha estranho uma prefeitura pegar fogo e nenhum nome ser mencionado? Não é possível que das doze pessoas, nenhuma delas foi alguém importante. E numa época como aquela, 1902, nomes de pessoas importantes eram mencionados até quando iam ao banheiro nos jornais. Mesmo que nenhuma dessas vítimas fossem da área politica, o fato de ter sido na prefeitura, os nomes das vitimas deveriam ser divulgadas.

– Ou talvez não. Já é um escândalo a prefeitura ter pegado fogo e ainda mencionar nomes de mortos?

– Arvoredo era relativamente importante para economia brasileira, tenho certeza que nomes foram ciados.

Dizendo isso, Igor andou em direção a porta da área restrita, mas estava trancada.

– Você não achou que iam deixar uma porta da área restrita aberta, achou? – comentou Laura de uma coisa extremamente obvia.

Ele olhou para a porta furioso. Teve vontade de esmurra-la, mas sabia que aquilo não iria adiantar em nada e não queria assustar Laura. Além de fazer barulho.

– Me dê um grampo de cabelo – disse Igor avançando para Laura e estendendo a mão para ela.

– Não me diga que você vai abrir aquela porta? Igor, isso é contra lei. Você não pode fazer isso – disse ela com seus olhos cheios de emergência.

– Ninguém precisa saber – disse ele.

Ela o fitou por mais alguns instantes e revirou os olhos pensando “O que é que estou fazendo?”. Laura tirou um grampo de cabelo de seu cabelo e o entregou.

– Vou te ajudar – disse ela levantando-se.

Igor inseriu o grampo, mas não conseguiu abrir a porta. Perguntou se Laura possuía outro e ela o entregou. Posicionou os dois grampos dentro da fechadura e com alguns movimentos, ele tinha conseguido destrancar a porta. Eles entraram no aposento rapidamente fecharam a porta. Estava tudo absolutamente escuro. Laura procurou o interruptor e logo a sala clareou.

O aposento não era muito grande, mas havia varias prateleiras e gavetas de arquivos. Uma extensa mesa com vários materiais que Igor não sabia sua utilidade. Havia copiadoras também. Logo ele percebeu que ali era uma sala que fazia restauração e conservação de antigos documentos. Os gaveteiros estavam etiquetados com os anos. Igor avançou para uma delas onde tinha 1900 – 1950.

O gaveteiro continha uma serie de documentos e antigas folhas de reportagens de jornais da época. Em meio ao documento, ele encontrou o jornal que falava sobre o acidente da época e, como ele havia previsto, lá estava a informação que procurava.

– Laura? Temos a relação dos nomes das vítimas – disse Igor virando-se para Laura, mostrando a folha de jornal com o nome das doze vítimas.


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Notas finais do capítulo

Iai pessoal? Super bacana. não é?
Esperem pelo próximo!!



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