POV Kristen

Os dias foram se passando e eu praticamente não fazia nada além de levantar, ir trabalhar e voltar para casa. Mas eu havia começado a escrever meu livro. Na minha opinião, eu não sirvo para escrever. São muito idiotas as coisas que escrevo.

Hoje, segunda-feira, o dia estava péssimo! Tudo dava errado. Primeiro: a porcaria do despertador resolveu não despertar. Segundo: levei um tombo na escada do prédio e acabei ficando com o joelho roxo.

Pelo menos, consegui chegar em meu trabalho no horário. Lá ,também, as coisas não deram muito certo. Eu havia quebrado alguns pequenos potes de vidro e havia esgorregado na cozinha do restaurante, e sim, todos riram de mim.

Bem, eu estava prestes a sair do restaurante, quando Sr. Ganner me chamou para ir à sua sala. Primeiramente, fiquei um pouco assustada, mas de repente ele poderia me dizer uma coisa muito boa, como: ”Kristen, você será promovida de ajudante de cozinha a chefe de cozinha.” Quem sabe.

Segui-o até sua sala. Ele sentou-se em sua cadeira e disse-me para sentar-me numa cadeira que havia em frente à sua mesa.

- Então, senhorita Kristen. Tenho um assunto sério para falar com a senhora hoje. – Ele disse, seriamente, olhando-me.

- Pode falar, Sr. Ganner.

- Então, a senhorita, desde começou a trabalhar aqui se saiu muito bem. Mas de uns tempos para cá, a senhora regrediu muito, está me dando muito prejuízo. Então, o que me resta a fazer é... – Disse ele, ainda me olhando sério.

O que?? Ele iria demitir-me? Mas não mesmo! Eu é que me demitiria!

- Demitir-me, não é? Mas eu me demito primeiro. Eu não suporto trabalhar neste restaurante! Ter que olhar para o senhor, todo dia com seu mau humor! Eu me demito, Sr. Ganner! – Então, levantei-me da cadeira que estava sentada e fui em direção à porta. Abri-a e sai, mas antes de fechá-la, disse: - Adeus! E tomara que este restaurante vá a falência! – Então, fechei a porta, batendo-a com força.

Sai irritada de lá. Bom, não tinha muito motivo para ficar assim, eu não iria ficar aqui por muito tempo mesmo. Então, resolvi dar uma volta pela cidade e quem sabe, procurar um novo emprego.

POV Robert

Os dias estavam se passando rápido demais. Eu já havia achado um emprego, como cantor, num pub, localizado bem no centro da cidade e já estava me acostumando. Já faziam duas semanas que estava lá e eu estava gostando muito. Eu estava falando muito pouco com Camila, ela quase nunca me ligava, acho que só havísmos nos falado umas duas ou três vezes, nesse pouco tempo que estive aqui.

Bom, hoje acordei bem. Estava quase ciente de que algo bom estava por vir, mas uma outra parte de mim me dizia que era para eu me preocupar, pois algo ruím iria acontecer.

Phill e Jack já tinham ido trabalhar e eu estava sozinho em casa.

Eu só trabalhava à noite, então tinha o dia inteiro livre.

Tomei um café da manhã reforçado e sai. Resolvi conhecer lugares de Londres que eu ainda não conhecia. Como sempre, todos os lugares de Londres me fascinavam.

Conheci lugares magníficos e, então decidi almoçar em algum restaurante, lá por onde estava mesmo.

Depois de almoçar, fui em direção a uma pequena praça que se encontrava ali perto e sentei-me em um banco. Fiquei observando a paisagem, as pessoas, tudo...Camila veio em minha mente. Como eu sentia falta dela! Eu a amava tanto! Queria que ela estivesse comigo ali, sentada naquele banco, daquela pequena e simples praça...Até que meu celular vibrou em meu bolso. Olhei o visor e mostrava que era um número internacional. Então, atendi. Era ela.

- Oi, Rob! – Rob? Ela nunca me chamava de Rob, era só amor, ou amorzinho, algo do gênero.

- Oi, Ca! Tudo bom por aí?

- Er... Tudo sim! – Ela disse e eu pude sentir que ela estava um pouco nervosa. O que ela iria me falar?

- Que bom, amor! Estou morrendo de saudades! – Eu disse, num to amoroso.

- Hum...E...Eu também. – Ela estava estranha. O que havia acontecido?

- Amor...Eu...er...preciso lhe dizer uma coisa. – Ela disse, embaralhada com as palavras.

- Hum...pode dizer, amor.

- É..er...sabe...eu...er...- Ela não conseguia terminar a frase e aquilo estava me deixando nervoso.

- Amor, é só falar.

- É..então..er... – Não, ela não ia dizer o que eu estava pensando não é?

Estremeci com o pensamento. Ela não poderia ter feito isso comigo! Eu havia sido um idiota. Mas eu nem sabia o que ela iria falar, eu só estava deduzindo. Talvez eu seja bom nisso...