Destiny escrita por Strife


Capítulo 41
Senhor e Senhora Thompson


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas u.u Quanto tempo!
Fanfic em reta final já. Não se assustem muito pelo tanto de informações Kkkkkk
Sem mais delongas, tenham uma boa leitura.
Até!



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— Sam, eu tô passando mal! -gritei assim que a vi na cozinha.


A coitada cuspiu tudo o que estava bebendo na pia.


— Eu que tô! -gritou de volta, com uma mão no peito.


— Samantha!


— Alguém pode me dizer por que diabos as duas estão gritando? -Alicia entrou na cozinha também.


— Ela que começou. -a loira me acusou.


— Mas... Mas... Eu vou me casar amanhã! CARALHO! É AMANHÃ! -comecei a andar de um lado para o outro.


— Se ninguém bater nela, eu bato. -Saphira resmungou, se aproximando.


— Se acalma, ruiva! -Alicia me sacudiu de leve.


— Sua maior preocupação agora deveria ser a despedida de solteira. -a morena riu.


— Tinha até esquecido essa parte. -confessei.


— VAI SE VESTIR, PESTE!


— Credo, Sam. Para de gritar. -desdenhei.


— É melhor você ir antes que eu tenha que arrancar sua língua com um alicate. -grunhiu.


Depois dessa eu tive que sair correndo para o meu quarto fazer o que a senhorita Masoni ordenou gentilmente.


Eu havia me formado a duas semanas atrás. Tinha sido uma cerimônia bem simples, afinal, a maioria dos meus parentes e amigos não estariam aqui, e eu também preferi investir mais no meu casamento do que em uma festa de formatura.


Um mês antes minha avó tinha, infelizmente, falecido. Mas todos nós sabíamos que ela já tinha vivido o que tinha de viver, aproveitou bem a vida, e foi feliz até seus últimos momentos. Papai ficou desolado quando soube da morte, mas estávamos todos ali, dando forças e o apoiando, e agora, mesmo que ele não admitisse, eu sabia que ele era um dos mais ansiosos para a chegada do dia do casamento. Sem querer me gabar, mas sou a princesinha dele. Há.


— Sophie, está pronta?


— Quase. -respondi à Saphira.


Pelo menos eu já havia tomado banho e feito uma trança nos cabelos. Ou pelo menos tentei fazer uma.


— SAPHIRA! AJUDA AQUI!


Destranquei a porta e segundos depois ela entrou feito uma bala no quarto.


— Juro que pensei que você estivesse morrendo. -ela falou.


— Ainda não. -ri- Me ajuda com o cabelo?


— Nossa. Esse seu penteado tá parecendo uma grande merda. -ela ria, vindo em minha direção.


— Muito engraçadinha. -revirei os olhos.


— Literalmente uma merda.


— Já entendi. -revirei os olhos.


— Sophie, ao invés de estar liberando alegria pelos poros, você está um cão! Tem certeza que não está grávida?


— Absoluta.


Por que todas insistiam nisso? Eu e o Dylan sabemos nos cuidar.


Ela cantarolava animadamente enquanto mexia nos meus cabelos, que permaneciam longos e tão ruivos quanto antes.


— Saphira, acho que você que está excessivamente alegre. Quem diria que aquele sem coração do Evan te deixaria assim. -alfinetei.


— Também não sabia que me sentiria tão bem com ele. Confesso que foi difícil fazer ele se abrir para mim, sempre com aquela pose de durão, mas sendo repleto de gentileza e carinho bem lá no fundo... E acabei. Prontinho.


— Aposto que você deve ter ficado no pé dele até ele ceder. -ri.


— Como sabia?


— Te conheço, pestinha.


— Eu que sou a mais velha. -resmungou.


A encarei. Ela tinha um sorriso radiante nos lábios, seus olhos tinham um brilho diferente. E eu vi ali que ela estava realmente apaixonada. Será se eu ficava assim também?


— O que foi? -ela me encarou.


— Ahn... Nada. Que roupa eu visto? -fiquei de pé.


— Algo que não seja fácil de tirar -deu de ombros- O quê? Tudo pode acontecer em uma despedida de solteiro.


— Espero que não tenham strippers. Não como a despedida da Sam. Pelo amor de Deus, não. -falei.


Lembro que na despedida da Samantha, a Alicia e a Saphira contrataram uns caras pra lá de sarados, caracterizados de bombeiros, que participaram de uns joguinhos sensuais com a maioria das mulheres. Sim, fui uma delas. E sim, eu estava bêbada. No dia posterior a isso acordei com a Sam do meu lado, que riu muito da minha cara de ressaca e com certeza se divertiu muito vendo minhas reações enquanto ela contava o que tinha acontecido no meio do jogo maldito, que incluía eu dançando em cima de uma mesa, agarrada a um stripper só de cueca, cantando Lady Gaga. Não tenho muitos arrependimentos porque, além dos caras serem bonitos, nesse tempo eu estava solteira.


Depois de lembrar disso, acabei optando por uma calça jeans preta e uma blusa vermelha lisa, com um decote em V nas costas.


Fui para a sala, onde encontrei com as meninas. Sam estava com um short preto e uma blusa de mangas azul, Alicia estava com um tubinho verde escuro e Saphira com um vestido rodado florido.


— Você é uma mãe de família, pra quê uma roupa dessa? Por falar nisso, onde está meu sobrinho? -parei ao seu lado.


— Com a avó dele. Vamos?


— Sim! -todas riram.


O Dylan iria com os homens para uma despedida de solteiro também. Ah meu Deus. O que diabos teriam planejado para ele? Esses homens são todos loucos. O Dylan não... Claro que ele não faria nada demais... Certo?


— O Dylan não vai te trair, Sophie. Ele é fiel demais para isso. -Alicia tocou meu ombro.


— Sem falar que é um bobo apaixonado. -a outra loira completou.


— Eu também não vou traí- lo. Desde que não tenha muita bebida, vocês e, claro, homens nus. -todas riram.


— Confia na gente. -a morena piscou para mim.


...


— Ai... Nunca mais confio em vocês. -reclamei ainda de olhos fechados.


Não faço a mínima ideia de como chegamos em casa, a última coisa que lembro foi de uma competição de quem aguentava mais doses sem ficar bêbada.


— Não tinham homens nus. -falaram.


Minha cabeça latejava ao mínimo ruído, eu não estava com vontade nem de levantar o corpo da cama.


— Pega o remédio. -colocou um comprimido em minha mão e um copo na outra.


— Obrigada. -levantei minimamente o meu tronco para beber a bendita água.


— Como eu cheguei aqui? -perguntei.


— Não lembra? Você me ligou de madrugada.


— Eu? Como que eu liguei se estávamos todas juntas?


O som alto de uma risada fez eu entreabrir os olhos, tentando focar no indivíduo.


— Dylan?


— Não estava reconhecendo minha voz?


— Ahn... Não. Sério que eu te liguei?


— Sim. E me agarrou na porta de entrada da sua casa. Pensei que o Noah fosse me matar por isso. E tentou me agarrar denovo no seu quarto, até que eu te dei banho e você dormiu.


— Você O QUÊ?


— Te dei banho?


— AH MEU DEUS! Eu disse para aquelas vadias não me embebedarem. -joguei um travesseiro no chão.


— Mas não tinham homens nus. Ainda bem.


— Como...


— Digamos que você é bem sincera quando bebe. -sorriu.


— O que eu disse? -suspirei.


— Nada demais. Mas bom saber que não tiveram strippers.


— E a sua despedida?


Lembrei que, apesar do Dylan te dito que estava atolado em trabalho, ele chegaria um dia antes do casamento. Pois é, ele antes mesmo de se formar já tinha começado a trabalhar. Mas eu também não fiquei para trás, na verdade, nenhum de nós. Estávamos fazendo o que sabíamos de melhor. E ganhando dinheiro com isso.


Senti ele ficar tenso por um momento, mas depois ele começou a rir.


— Nada demais também. -me deu um selinho rápido.


— Tem certeza que foi só isso? -ele repetiu o gesto.


Nos beijamos profundamente. Eu ainda senti um gostinho de bebida no meio de tudo, e café. E lembrei que estava com fome.


— Que horas são? -o afastei.


— Umas 10:00.


— O quê? As meninas vão me matar! -fiquei de pé, já indo para o banheiro.


— Você... -ele me virou para si- Você vai aparecer hoje, não é? No altar. -suas bochechas ficaram vermelhas.


— O que você acha? -o beijei novamente.


— Que tenho que te deixar, se não minha noiva não chega nessa igreja ainda hoje. -resmungou.


— Isso. Bom garoto. -falei antes de expulsar o Dylan do quarto e ligar pras meninas.
Seria uma longa tarde.


...


— Eu estou atrasada! -gritei para minha mãe.


— Calma, querida, todas as noivas se atrasam. -sorriu, calma.


— Mas eu... Eu... Caramba, estou tendo um treco. Passando mal.


— Relaxa. -meu pai falou, mas suas mãos tremendo me diziam o contrário.


— Chegamos. -o motorista falou.


— Como está minha maquiagem?


— Você está ótima, meu amor. Estou tão orgulhosa. -limpou uma lagrima.


— Mãe, desse jeito eu vou chorar também. -falei.


— Me desculpe. -sorriu, acariciando meu rosto.


— Minha princesinha vai se casar... -meu pai sorriu- Vamos?


Eu estava uns 40 minutos atrasada, no mínimo.


Meu pai abriu a porta, saindo, depois ajudou a mim e a mamãe a sair também.


— Vou avisar que vocês chegaram. -ela foi na frente.


Coloquei o braço direito no do meu pai, e apertei o buquê de rosas com força. Minhas mãos usavam dentro das luvas, o ar parecia não entrar nos pulmões por conta do vestido.


— Vamos entrar. -ele me olhou.


As portas da igreja se abriram e o hino cerimonial começou a tocar e, antes de ver qualquer um dos convidados ou a decoração da igreja meus olhos focaram no rosto do meu noivo, que parecia tão ou mais nervoso do que eu.


E então tudo pareceu perfeito demais. Meu vestido branco de cauda longa todo trabalhado na renda e pérolas, o penteado dos meus cabelos, o véu, a maquiagem, a igreja, os convidados e, principalmente, meu noivo.


Eu sorri, sentindo todas as emoções boas que aquele momento me permitia ter, quando finalmente estava de mãos dadas com o Dylan, no altar, um frente ao padre.


— Você está perfeita. -sussurrou.


— Você também. -respondi.


A cerimônia foi rápida, quando dei por mim, já tínhamos trocado os votos.


— E agora você é, oficialmente, minha senhorita Thompson.


— Sou. -sorri.


— Pode beijar a noiva.


Quase não ouvi o padre falar, e acredito que o Dylan tenha começado a me beijar antes mesmo do senhorzinho completar a fala.


— Estamos em uma igreja, pervertidos! -ouvi o Reece gritar.


— Façam esse tipo de coisa só em casa! -agora foi a Samantha.


— O que seria de mim sem meus amigos? -sorri, me afastando do Dylan.


Meu marido.


— Uma mulher que pode aproveitar o que há de melhor sem interrupções.


— Dylan pervertido.- brinquei.


— Claro que não. Agora vamos logo para o salão de festas. Quanto mais cedo terminar, mais cedo iremos para nossa lua de mel. -sorriu.


Ficamos de pé, de mãos dadas, e seguimos para fora da igreja.


Tínhamos dado hoje mais um passo em nossa relação. E, enfim, juntos. Marido e mulher.


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Notas finais do capítulo

Foi um pouco corrido, mas como ficou? Tinha muita coisa e foi difícil de entender? Ou ficou faltando explicar alguma coisa? Me digam!
Até o próximo! Beijos!
Alguma sugestão?



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