Destiny escrita por Strife


Capítulo 39
De volta aos eixos


Notas iniciais do capítulo

E, sem demora, voltei com mais um capítulo u.u
Boa leitura!



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Eu estava ninando o Leo na esperança dele dormir, mas o menino estava com seus olhinhos acastanhado focados em mim.

— Dorme, Leo. Ajuda a titia. -falei.

Samantha e Ethan tinham decidido sair para jantar fora hoje. E adivinha quem ficou de babá? Pois é.

Pelo menos o Leo era bem quietinho, e a mamadeira já estava pronta para caso ele chore de fome.

O bebê estava com seus quatro meses, cada dia mais esperto e perceptivo. Tanto que estava a puxar alguns dos meus fios alaranjados.

Confesso que eu só não fui mais presente durante o resguarde da Sam e os primeiros meses do Leonardo porque a faculdade e o estágio estavam sugando quase todo o meu tempo. E, quando tinha minhas horas livres, ficava assim, cuidando do Leo enquanto meu irmão e sua esposa ficavam passeando. Mas eu adorava, porque sou uma tia bem coruja.

— Sophi. -minha irmã mais nova entrou no quarto do bebê.

— Oi Yasmin.

— Seu celular estava lá na sala, e como tava tocando, eu trouxe pra você. Toma. -me entregou o aparelho e ficou ali, assim como eu, babando no Leonardo.

Yasmin estava com 8 anos de idade, e a cada dia que passava estava cada vez mais bonita e inteligente. Os Masoni realmente são lindos. Não posso negar.

— Posso segurar?

— Senta que eu coloco ele no seu colo. -e assim ela o fez.

Coloquei o bebê em seus braços, e ela continuou o trabalho de niná-lo balançando na cadeira.

Meu celular começou a tocar e, com medo de que despertasse ainda mais o bebê, o atendi mesmo sem ver quem ligava.

— Alô? Quem fala?

— Sophie? Sou eu. Dylan.

— Ah. -um sorrisinho involuntário surgiu nos meus lábios- Oi Dylan. Tudo bem?

— Melhor agora. O que está fazendo?

— Tentando colocar o Leonardo pra dormir.

— E pelo seu tom eu acredito que não esteja funcionando.

— Digamos que ele está bem acordado. Mas pelo menos está quietinho. -sorri.

— Você parece gostar muito dele.

— Sim. Meu primeiro sobrinho, lindo e esperto.

— Eu tenho que te falar uma coisa...

— O que? É bom ou ruim?

— Acredito que seja bom. -riu.

— Espero que seja mesmo.

— Dá pra abrir a porta?

— Como é?

Pude ouvir a campainha tocar e, como a Yasmin estava ocupada, tive que ir atender.

— Espere um pouco. -falei pra o Dylan.

Corri para abrir a porta, já desconfiando do que seria, e assim que o fiz, deixei até o meu precioso celular escorregar da minha mão e cair no chão.

— Não acredito... -murmurei, estática demais pra qualquer outra coisa.

— Tudo bem?

— Eu só... Nem acredito no que estou vendo...

— Surpresa. -sorriu.

— Imagine a minha.

— Será se eu posso entrar? Está realmente frio aqui fora.

— Ahn... Claro, entre. -dei espaço para que ele passasse.

Eu imaginava o que o Dylan faria quando me falou, por telefone, para abrir a porta, só não entendi o por quê de ter ficado tão paralisada ao vê-lo, totalmente lindo -como sempre- a sorrir para mim.

— Sophie?

— Ah meu Deus. Eu devo estar parecendo uma retardada, não é? Espere só eu...

Ele me puxou para um abraço bem, bem apertado, passando as mãos por minhas costas e afundando o rosto na curva do meu pescoço.

— Eu senti sua falta. Realmente senti. -falou.

— Eu também. -correspondi, acariciando suss costas com as pontas dos meus dedos.

Eu estava entretida demais fazendo carinho nele, mas fui trazida de volta pelo som de choro de bebê.

— Vem. -foi tudo o que eu disse ao Dylan antes de sair correndo para o quarto do Leo.

— Acho que ele tá com fome. -minha irmã falou.

— Você pode ir pegar a mamadeira dele? -pedi à ela- Ah. Leve o Dylan com você e peça ajuda para esquentar a mamadeira.

Falei tudo enquanto me inclinava para pegar o pequenino no colo.

— Calma, calma. Titia está aqui. -comecei a andar pelo quarto com ele no meu colo.

Passei alguns minutos ouvindo sons de risada, que logo ficaram mais altas quando o Dylan e a Yasmin voltaram para o quarto, um pouco ofegantes de tanto rir.

Eu pensava que era só coisa de criança pequena, mas a Yasmin parecia gostar mesmo do Dylan.

— Toma. -ela me entregou.

Peguei o objeto, verificando a temperatura ao colocar um pouco no dorso da minha mão, e, ao constatar que não estava quente demais, me sentei para acomodar o loirinho melhor no meu colo para dar-lhe a mamadeira.

— Então... Do quê vocês tanto riem? -os encarei.

— Ele estava fazendo cosquinha!

— Você está traindo o nosso trato, Yasmin! -ele retrucou e os dois voltaram a rir.

Duas crianças se divertindo. Que lindo.

— Você e a Sophi já estão namorando do novo?

Aquele assunto até me interessou um pouco, e eu foquei meu olhar neles dois por um tempo, para logo voltar a prestar atenção na6 criança.

— Eu vim aqui justamente para pedir isso à sua irmã.

— O QUÊ?! -gritei.

— Vai assustar ele, Sophi. -a loirinha apontou para o bebê.

— Mais tarde eu vou pedir sua irmã em namoro. De novo. Eu posso, Yasmin? -riu.

— Pode sim!

— Ei! Você não pode dar permissão pra nada, Yasmin! -reclamei.

— Mas ele perguntou... -deu de ombros.

— Ela tem razão. -concordou.

— Calem a boca. Vou colocar o Leo pra dormia agora. -fiz ele arrotar antes de voltar a niná-lo.

Os dois saíram do quarto para conversar/ rir, e, quando por fim a criança dormiu, acomodei-o no berço, o cobri com a manta e saí do quarto, indo para a sala, onde encontrei o Dylan e a Yasmin jogando videogame sentados no sofá.

— Não está muito tarde pra você, Yasmin? -perguntei.

— Ah Sophi! Eu tava me divertindo! -reclamou.

— Você pode fazer isso amanhã, sabe?

— Mas aí o Dylan... -olhou de relance para ele.

— Não se preocupe. Eu ainda vou passar mais alguns dias por aqui. -afagou os fios loiros.

— Sério? Que bom! -pulou em cima dele, o abraçando.

Quando se separaram, ele falou alguma coisa no ouvido dela, e ela levantou, toda sorridente, se despediu de nós e disse que ia dormir.

— O que disse para ela?

— Nada demais.

Pronto. Ficamos em um silêncio horrível depois disso.

Também né... Queria que eu dissesse o quê?

— Sabe... -começou.

Olhei em espectativa para ele. Talvez até um pouco demais.

E a campainha tocou.

— Já volto. -fui abrir a porta.

— Cadê o meu filho? -Sam foi a primeira a entrar.

— Obrigado põe cuidar dele. -Ethan passou por mim, beijando minha testa.

— Pelo menos alguém aqui sabe agradecer. -falei alto para que a loira ouvisse, e ela só revirou os olhos.

— Ele deu trabalho? -ela me encarou.

Mãe coruja demais essa. E o Ethan então... Nem se fala.

— Não. Só demorou a dormir.

Em algum ponto da conversa os dois perceberam a presença de mais alguém na sala.

— Oh. Dylan! Já chegou?

— Opa opa opa. Como assim "já chegou"? Você sabia que ele vinha, sua loiro dos infernos?

— Claro que sim. -me ignorou, indo cumprimentar o moreno.

— Ele quis fazer surpresa. -meu irmão foi fazer o mesmo.

— Até você, Ethan? E desde quando vocês são amigos?!

— Homens não são tão complicados. -os dois falaram ao mesmo tempo, logo trocando um sorrisinho cúmplice.

— Não entendo vocês. -falei.

— Amor. -a loira chamou- Vamos? Lembra que ele disse que iria levar a criatura pra passear e, também, esclarecer umas coisas?

— Eu sei, é só que... Droga. Ela é uma das minhas preciosas irmãzinhas. E eu sei o que eles vão acabar fazendo quando se acertarem.  -choramingou o loiro, me abraçando.

— Erhan! -sua mulher repreendeu.

O nascimento do Leonardo tinha deixado os dois bem sensíveis, hein?

— Vamos. -ela o separou de mim- E vocês dois -nos encarou- Juízo! Se bem que depois de vocês... Ahn... Vocês sabem... Enfim. Tchau! -foi arrastando o marido dali.

— Eles ficaram bem...

—...Estranhos? -completei.

— Eu ia dizer sensíveis, mas serve também.  -sorriu- Vamos?

— Vamos? Pra onde?

— Resolver alguns assuntos pendentes. -ficou de pé, me estendendo a mão.

— Vou trocar de roupa. -falei, ficando de pé com sua ajuda.

— Não precisa. Só pega o casaco.

— Certo.

...

— Então... Que hotel é esse? Por que estamos aqui?

— Estou hospedado aqui. Bom, eu queria uma conversa particular, mas se preferir podemos ir para outro local.

— Hmm... Podemos ficar aqui então. -ainda que estivesse nervosa e receosa, entrei no quarto.

Foi meio desconcertante olhar tudo em volta sem realmente prestar atenção em algum detalhe daquele cômodo, o encarar e ver que ele me olha intensamente, desviar o olhar e continuar em um silêncio horrível.

— O que queria dizer? -tomei coragem para falar algo, mesmo que minha voz saísse um pouco tremida.

— Eu não estava brincando quando falei aquilo para a Yasmin.

— De algum jeito eu... Meio que sabia que não era brincadeira... -murmurei, subitamente envergonhada.

Olhei para o lado, vendo uma poltrona preta bem convidativa e me afundei nela ao sentar.

— Eu quero voltar a namorar com você.

Prendi a respiração ao ouvir ele cineçar a falar.

— Eu preciso de você.

Fechei os olhos, soltando o Sr aos poucos, com medo que ele percebesse toda a minha inquietação. Se é que ainda não tinha percebido.

— Namora comigo, Sophie? -senti uma de suas mãos acariciarem levemente meu rosto- Eu amo você...

Agora ele pegou pesado.

Arregalei os olhos, o encarando.

Ah meu...

— Você... Você está vermelho. Meu. Deus. Você está com vergonha!?

— Sophie! Você só prestou atenção nisso!?

— Ah. Desculpe. -murmurei.

— Tinha que ser você mesmo. -riu.

— Ei! Termine de falar!

— Se interessou agora, foi?

— Dylan!

— Parei. Então... Como eu ia dizendo- respirou fundo- Eu amo você, Sophie. Caralho! Eu te amo, mulher! Eu quero voltar a namorar com você. Quero ser muito mais do que só o seu namorado, quero ser seu esposo, amigo, o pai dos nossos filhos. Quero poder sempre acordar ao seu lado, poder te chamar de "minha mulher", e saber que você sempre vai me receber com o melhor dos sorrisos sempre que me ver chegar. Eu não quero mais me separar de você. Nunca mais. Você aceita ser minha esposa? Não precisamos nos casar agora. Eu posso esperar até nos formarmos. Você aceita?

Se eu aceito?

Eu não consigo nem fechar minha boca! Quem dirá responder a essa proposta tão repentina e absurda!?

— Sophie? -chamou. E eu tive que piscar algumas vezes até conseguir focar o meu olhar nele.

— Isso é sério?

— Claro que é!

— Ah.

— "Ah" nada sua ruiva dos infernos! Eu quero uma resposta!

— Ei! Espera aí idiota! Você acha que é só propor e pronto!?

— Acho! É só você reponder!

— Não!

— Mas não custa nada!

— Minha resposta é não!

— Sério? -falou, subitamente triste e cabisbaixo.

— Argh! Idiota! -dei um tapa em seu rosto.

Ele colocou a mão no local atingido, que por sinal já começava a avermelhar, me encarando com um misto de surpresa e dor.

— Você não-

— Cala a boca!

O puxei pela gola da camisa, o beijando.

— Você ainda não entendeu? -falei baixinho.

— Isso é o que eu acho que é? -piscou algumas vezes.

— Depende do que essa sua cabeça pequena está pensando.

— Você aceitou!

— É.

Ele me levantou pela cintura, me rodopiando no alto enquanto eu gritava para que ele me colocasse no chão. E assim que o fez, começou a me beijar diversas vezes, sempre exclamando um sorridente "Eu te amo" quando seus lábios desprendiam dos meus.

Em algum momento depois de toda euforia, engatamos em um beijo desesperado.

— Fez tempo que eu estou na seca. -murmurei.

— Faz tempo que eu quero fazer isso com você.

Esmagou a boca na minha, já colocando a língua em um beijo pra lá de sensual, quente, e molhado. Aquilo estava muito intenso, tanto que meus lábios doíam tamanha era a pressão que ele colocava.

Ele desceu as mãos de minha cintura para a minha bunda, e eu praticamente pulei em seu colo, rodeando sua cintura com minhas pernas, ao mesmo tempo que ele deu o primeiro aperto em minhas nádegas.

— Dylan... -puxei seus cabelos, o forçando a se separar de mim.

— O quê? -se sentou na cama, comigo ainda em seu colo, passando a beijar o meu pescoço.

— Eu... Estava sem ar. -tentei recuperar o máximo daquele que me foi tirado por alguns minutos.

E então, de súbito, ele parou, me encarando de olhos arregalados.

— Me desculpe... Eu... Não era isso que você queria, não é? Ai não... Eu sou um idiota...

— Ei.

—... Por favor não me odeie por isso. Eu vou me controlar a psrtie de agora e...

— Ei! Pare com isso! -gritei, e ele ficou quietinho na hora.

— Não está chateada? -franziu as sobrancelhas.

— Chateada? Claro que não,  Dylan, eu estou totalmente lúcida e consciente do que iremos fazer. -segurei seu rosto entre minhas mãos, sorrindo, tentando tranquiliza- lo.

— Tem certeza?

— Tenho! Caramba! Você parece ser a garotinha aqui, e não eu. -ri.

— Eu fico bem nervoso quando se trata de você. -seu rosto avermelhou novamente.

— Percebi.

— É a sua primeira vez... -começou a acariciar minhas costas- Não posso prometer que não vai doer...

— Estou ciente de tudo. Por isso, pare de ser tão temeroso quanto a isso e termine o que começou!

— Já que insiste...

— Seja gentil. -fechei os olhos, sentindo seus dedos roçarem por meu tronco enquanto minha blusa era retirada do meu corpo.

— Vou fazer o máximo possível. -voltou a me beijar.

E ali, naquela noite, entre beijos que me faziam perder o ar e os sentidos por instantes, carícias sem pudor algum, gemidos um pouco constrangedores demais, corpos suados e nus, dor e prazer, nos permitimos entregar um ao outro. Apaixonadamente.


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Notas finais do capítulo

Sim, eles fizeram!
Ashuashuashua
O que acharam?
Até o próximo u.u



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