Continuação do capitulo anterior:

Miah: Olá Lua, tudo bem com voce? Sabe Lua, me sinto livre aqui, nesta praia conversando com voce...- fiz uma pausa para observar Rain que continuava animadamente a correr pelo areal - sabe, quer dizer, voce acha que algum dia eu poderei sorrir denovo? Voce acha que eu poderei algum dia olhar para tráz e pensar "eu sofri mas eu sou feliz agora"? Sabe Lua, leio tantos livros em que depois de ultrapassarem dificuldades os personagens sempre vencem os obstáculos no final e são felizes para sempre...achas que um dia eu poderei fazer o mesmo? Sabes Lua, talvez um dia meu pai possa ver-me como sua filha, talvez um dia alguem possa ver mais do que a cor estranha dos meus olhos...talvez!

Chamei Rain e caminhei de volta para casa. Entrei pela porta, e, para minha sorte, papai não estava. Fico me perguntando como consigo chama-lo de papai mesmo depois de tudo e chego a conclusão que eu realmente gosto de meu pai, mesmo que ele tenha matado a minha mãe e a Luar eu não consigo odia-lo totalmente.

Não dormi o resto da noite com medo que ele chega-se e viesse me bater. Sai bem cedo de casa (como sempre usando meu moletom e uns jeans) mas tive o cuidado de deixar Rain trancada no quarto.

Fui andando pela rua e me cruzei com varios adolescentes, uns pareciam drogados e os outros fediam a álcool. Acho engraçado até eles se drogarem apenas para acabar com as chances de terem uma vida melhor, pois na verdade essa é a unica razão pela qual eu ainda não me joguei de um predio ou assim, a esperança de uma vida melhor.