Era uma garota de aproximadamente 16 anos com cabelos castanhos que estavam presos em uma trança embutida, e acho que ela sentiu a gente observa-la porque ela olhou para o lugar onde estávamos.

Não tenho certeza se ela nos viu, mas ela começou a subir numa arvore próxima a nossa.

–Ela vai ver a gente se continuar a subir. –Diz Clary.

–É, e nem deveríamos estar aqui. –Digo. –Não seria melhor se fossemos pra outra arvore?

–Não, vamos ficar aqui, ela não parece ter nenhuma arma.

–Mas e se ela tiver escondido Victor?

–Ai se ela nos atacar nós a atacaremos.

–Com o que? Com nossas armas que não podem machucar mortais?

–Ãhn... é... Verdade. –Victor termina a frase passando a mão no cabelo e cora.

Daniel ri e diz:

–Pode ser que não poderemos ataca-la com nossas armas, mas eu Clary e Victor passamos a metade do tempo no acampamento lutando com armas, sem armas e aprendendo a fazer armas com as coisas que estão ao nosso redor.

–Isso é verdade. –Disseram Victor e Clary ao mesmo tempo.

–Eu faço o que? Fico assistindo vocês enquanto vocês fazem tudo? –Digo com raiva

–Shhh, ela viu a gente. –Diz Daniel com a voz preocupada.

Viro-me para olha-la.

–Devemos nos preocupar?

–Se ela não nos atacar, acho que não. –Responde Daniel.

–Eu estou cansada. –Reclamo. –Quero dormir.

–Também estou cansada, mas não creio que seja seguro dormir aqui em cima. –Diz Clary.

–Vamos descer então e encontrar um lugar pra descansarmos. –Diz Daniel

Descemos das arvores e começamos a procurar um lugar pra descansar.

Acho que se passou mais ou menos uma hora quando ouvimos pessoas conversando.

Escondemo-nos bem na hora que 5 pessoas passaram.

–Tem certeza que ela foi por ali?

Disse um menino loiro de olhos azuis que segurava uma espada e que estava na frente do grupo.

–Acho que deve ser o líder. –Sussurro pra Clary que estava no meu lado.

–Também acho. –Sussurra ela de volta.

–Certeza não, mas eu a vi entrar por este lado da floresta e aquelas armadilhas só podem ser dela.

Dessa vez foi um menino loiro um pouco mais baixo que o primeiro falou, ele estava com uma lança na mão, mas não parecia muito confiante em segura-la.

O garoto que eu achava ser o líder não gostou muito da resposta do outro, mas disse:

–Só vamos seguir você por mais três dias, se não a encontrarmos até o fim desses três dias eu terei o prazer de te matar.

E continuou o caminho com os outros atrás dele.

Depois que eu não podia mais velos, sai do esconderijo e os outros foram atrás.

–Ok, eu quero sair daqui agora! –Digo.

–Vamos, ainda temos que achar um lugar seguro pra ficar, e também um lugar longe daquele grupo. –Diz Clary ignorando o que eu falo.

Devo confessar que eu odeio quando as pessoas me ignoram, mesmo eu sendo tímida (sim eu sou tímida).

Andamos por umas 2 horas até acharmos uma caverna grande o suficiente para nós quatro.

–Acho que eu vou desmaiar. –Diz Clary.

–Você não é a única Clary –Digo. -, alguém quer ser meu travesseiro? Não? Tudo bem, vou dormir nesse chão duro mesmo, boa...

Mas minhas palavras foram abafadas por tiros de canhão e logo depois uma musica tocou e o seu se iluminou.

Nós saímos da caverna e no seu tinha uma imagem dizendo “As baixas” e depois mostrando as fotos de garotas e garotos de 12 a 18 e falando de que distritos eram no céu.

Os distritos invés de terem nomes tinham números.

–Não sei o que isso significa, mas eu quero dormir, boa noite. –Digo.

Procuro um lugar na caverna e depois me deito usando minha bolsa como travesseiro.

Acho que demorei alguns segundos para dormir, e me arrependi de ter feito isso, no momento em que fico inconsciente os pesadelos aparecem.