O Piano escrita por Isabella Cullen


Capítulo 11
Edward e surpresas


Notas iniciais do capítulo

Meus amores o capítulo acabou de sair do forno e ainda está quentinho. Pronto para comentários. Espero que gostem e a música de Chiquinha Gonzaga que a Bella toca Te amo, é bom ouvir para vocês sentirem o clima, coloquem ela e quando ela começara tocar ouçam, não sei se é permitido links no Nyah por isso para não levar uma advertência eu preferi não arriscar. Por isso, estou avisando a música para quem quiser ouvir, vale a pena é linda.

BOM CAPÍTULO E UM ÓTIMO FERIADO!



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Edward tinha alguns compromissos que o impediram de ficarmos mais tempos juntos, ele iria encontrar com alguns empresários e apesar da insistência dele eu resolvi me manter longe um pouco. Eram apenas quatro horas da tarde e Alice avisou que devido a uma nevasca em Boston e Nova York alguns voos tinham sido cancelados, até aquele momento Rose e Jasper estavam sem saber quando poderiam embarcar, mas pelo que conhecia eles chegariam exatamente na Véspera de Natal para a ceia com os Cullen, não deveriam abrir nenhum aeroporto antes disso.

Resolvi aproveitar a cidade e comprar os presentes de Natal já que estava sozinha e poderia me preocupar com isso sem a tensão de Edward do meu lado e toda a distração que ele me fornecia. Eu sorri pensando no nosso café e em como ele tornou isso um evento, ele era assim surpreendente. Viver com ele deveria ser uma aventura sem fim e sorri ao pensar nas muitas coisas que ele já fez e isso incluía mulheres. De alguma forma esse item não me abalou, era como se ele não houvesse amado, só acompanhado. A sensação era reconfortante e eu estava feliz com ele e deixei minha mente de lado para não atrapalhar nada em mim.

A Le Bon Marche era uma loja que tinha diversas opções e decidi começar por lá, ela era linda e seu estilo clássico lembrava a Paris no seu auge e eu conseguiria o maior número de presentes ali com certeza. Para Rose eu comprei maquiagens, com essa nova apresentação ela deveria querer estar fabulosa e novas maquiagens dariam a ela tudo que ela precisava para estar deslumbrante todas as noites das apresentações. Jasper foi fácil também, uma coleção de livros para ele em um leilão há algum tempo atrás e deveriam ser entregues na casa dele após o natal. Eu deveria avisar a ele isso. Para Alice eu encontrei alguns lenços lindos que ficariam divinos com seu estilo, ela era toda Paris, para ter opções comprei cinco. Algum ela deveria amar e usar, eu esperava.

Eu me dirigi para LE66, o presente de Emmett eu já tinha em mente assim que Edward começou a falar de seu irmão. Iria dar o vídeo game mais moderno que encontrasse e alguns acessórios para ele se divertir. Quando o vendedor me perguntou qual a idade do meu filho eu precisei sorrir pensando na figura enorme que estaria recebendo esse presente. Fiquei feliz com as compras e pensei em Esme e Carlisle, eles eram família, transmitiam uma serenidade ao falar e conversar com seus filhos que chegava a nos banhar com ela também. Pensando nisso entrei na Printemps e depois de algumas conversas com uma vendedora simpática eu achei o que queria. Um lindo álbum grosso. Ele comportava mais de 1000 fotos e seu estilo antigo valoriza as cores ou não das fotos que seriam colocadas. A capa tinha um lugar no meio para a foto principal e ela era feito de couro, era pesado e eu pedi para entregarem no hotel porque já estava carregando algumas sacolas comigo.

Minha mãe queria um relógio Cartier, então entrei e sem muita animação escolhi um que achei que ficaria muito bem nela, ouro e diamantes. Não tinha escolhido o presente de Edward até uma atendente me reconhecer e pedir que eu autografasse em uma folha. Quando eu ia fazer o autógrafo eu olhei alguns broches masculinos e pensei nele. Tinha uma clave de sol. Autografei o papel e pedi para ver o broche comprando em seguida e tendo uma ideia para complementar ele. Eu esperava que gostasse, eu sabia que ele deveria ter muitas lembranças de sua viagem e queria que meu presente de alguma forma marcasse ele.

O presente de Jean e Agnes já estava em mãos também, no mesmo leilão que comprei o de Jasper tinha pratos da Dinastia In e eu sabia a paixão que eles tinha por colecionar esses itens antigos, eu tinha certeza que eles iriam adorar e que já deveria ter sido entregue na casa deles. Para estes comprei um lindo cartão de agradecimento pelo carinho e amizade junto com o de Jasper. Eu esperava que o Natal fosse diferente dos que aconteciam quando estava com Jacob, jantares sem graça com pessoas que quase nunca víamos durante o ano, papai e Jacob quando conseguiam a presença de algum investidor que estavam sondando há algum tempo ficavam felizes e isso tornava as coisas para eles boas. Eu não, sorria, bebia e circulava com mamãe no salão para fazer a boa anfitriã que no final ouvia o discurso apaixonado do marido sobre família e amigos. Ridículo em todas as formas possíveis.

Assim que entrei no Hotel eu percebi que já eram oito da noite e estava com fome. A recepção pediu para um rapaz me ajudar com as compras e quando o elevador abriu as portas, a figura de Edward surgiu e eu sorri e senti vontade de correr para ele como uma boa menina. Mas me contive e apenas andei até ele graciosamente.

– Não posso deixar você um momento que já apronta senhorita Swam?

– Me abandonou...

– Não pretendo mais fazer.

E eu senti um calor dentro de mim. Edward me fazia me sentir quente e bem. Ele pegou as compras com o rapaz, deu uma gorjeta e agradeceu enquanto eu abria a porta para colocar os presentes. Assim que entrou ele fechou a porta e pôs tudo numa pequena mesa sem olhar o que tinha dentro. Me perguntei se ele não tinha curiosidade para saber o que eu tinha comprado.

– Está com fome?

– Como sabe? – ele sorriu o meu sorriso e eu me desmanchei.

– Passou o dia dentro de lojas. Não deve ter se lembrado de comer. Tenho uma proposta.

– Proposta? – perguntei divertida e pensando no que ele aprontaria dessa vez.

– Eu tenho alguns ingredientes na minha casa. Posso fazer uma janta deliciosa para nós dois.

– Isso soa divino.

– Vem comigo. – o seu olhar era tão intenso enquanto ele pronunciava aquilo que eu pensei como negaria algo desse tipo. Só que tinha algo mais, algo que como sempre eu nunca captava em sua totalidade.

– Claro.

Ele olhou e fez uma pequena pausa em seus pensamentos.

– Não. Vem comigo Bella. Não gosto de hotéis e minha casa é confortável. Tem dois quartos e você pode se sentir mais a vontade.

Deus essa me pegou de surpresa. Ficar na casa dele?

– Vamos ter ensaios juntos e podemos ir juntos, caso queira ir a algum lugar é só avisar e eu te levo ou busco. Não será problema, você gostou da casa.

– Eu amei a casa. – soltei sem pensar e ele riu percebendo que fui espontânea demais.

– Então venha.

Simples assim. Para ele as coisas eram simples demais.

– Edward... isso...

– Venha comigo por favor. Não me negue isso.

Não tinha como, eu estava nas mãos dele eu sabia.

– Vou.

Ele sorriu largamente feliz e eu acompanhei ele. Uma animação me tomou como se aquilo fosse o certo. Não havia mais dúvidas dentro de mim.

– Vou arrumar minhas malas.

Fui para o quarto, não tinha desfeito muita coisa, só estava fora as coisas que eu já havia usado e o hotel lavou, outras peças de roupa de dormir. Não demorei mais que meia hora para juntas as coisas e reencontrar Edward sentado num pequeno sofá. Ele correu para me ajudar com as malas e chamou um ajudante pelo telefone. Eu fechei a conta no hotel e pedi para o serviço de entrega enviar para meus pais o presente de minha mãe e um cartão para papai. Eu sabia que ele leria na frente de todos justificando minha ausência com alguma desculpa inventada na hora.

Quando entramos no carro o som de Pudesse essa Paixão de Chiquinha Gonzaga nos banhou e eu sorria pensando em todos os significados que aquilo trazia para mim. Edward estava calmo e eu olhei para ele por alguns momentos pensando se fôssemos casados se seria assim, voltando para casa depois de um dia cheio e tranquilos. Só nós dois e todo o amor que nutríamos. Ele me amava? Um dia se lembraria? Deus que um dia ficássemos juntos. Edward estacionou e senti o frio que estava fora do carro.

– Deixei o aquecedor ligado, entre e fique quente enquanto eu pego as malas.

Entrei ficando agradecida por ele pensar na volta. Eu tinha que admitir pelo menos para mim mesma que estava com saudade da casa que havia passado apenas alguns minutos. Ela era confortável e acolhedora em tantos sentidos que eu nem poderia imaginar.

– Vamos, venha conhecer seu quarto.

Edward carregava algumas malas e eu subi com ele percebendo que nunca havia estado naquela parte. Ele me levou até uma segunda porta e em frente havia outra.

– Eu queria te dizer que esse é um quarto especial. Quando acordar, abra as janelas.

– Por quê?

– Surpresa.

E então entramos. Era lindo. A cama era grande e tinha um banheiro adorável todo branco. Ele colocou as malas e ficou me observar as pinturas que haviam nas paredes e a penteadeira antiga.

– Minha mãe comprou e sem saber onde colocar me deu para casa.

– É linda e antiga.

– Sim, pertenceu a uma condessa francessa. Preciso te mostrar uma coisa.

E então ele saiu do quarto e me esperou do lado de fora, Edward passou por mime abriu a porta do lado da minha. A da frente deveria ser o quarto dele.

– Era meu escritório.

– Era?

E então ele abriu revelando o piano imenso. Deus estava tudo vazio, só havia o piano e o banco de veludo vermelho. Olhei para ele.

– Edward... você disse que aqui não havia música...

Ele sorriu o meu sorriso.

– Eu disse que não precisava, mas você precisa e aqui é um ótimo lugar.

– Mas... isso... onde estão suas coisas?

– Esme e Alice arrumaram tudo numa pequena parte exterior. Depois te mostro onde elas estão.

– São suas coisas...

– E nosso piano. – Nosso piano. Nosso piano. Deus eu estava ouvindo aquilo mesmo? – E tem outro motivo. – eu tive a sensação que ele estava desviando o assunto. – Fica bem embaixo da cozinha, posso cozinhar e ouvir você tocar enquanto faço nossas refeições.

Meu coração estava em saltos. Descompassado e frenético dentro de mim. Eu o amava e tudo que ele fazia.

– Toque algo, adoro o seu toque em baladas.

E saiu me deixando olhando o piano. Me aproximei relembrando de suas palavras a pouco. Sentei e toquei no piano e tive a sensação de já ter visto aquele piano, já ter tocado nele. Não conseguia a lembrança que me ligava a ele, mas com certeza eu o conhecia. Da onde? Tentei olhar suas teclas e suas curvas, mas nada me veio e então toquei “Te amo” de Chiquinha Gonzaga querendo externar o que estava acontecendo dentro de mim, a música era alegre e realmente movimentada como estava meu coração naquela hora e eu amava Edward. Poderia imaginar ele na cozinha ouvindo e talvez reconhecendo. Não sei quantas vezes toquei ela inteira até ouvir Edward me chamando para jantar, ele estava parado na porta me ouvindo quando me despertou do pequeno transe em que estava e fiz uma oração: que todos os dias fossem assim.

"A música é o verbo do futuro." – Victor Hugo


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Notas finais do capítulo

Então meus amores? O que vocês acharam? Edward misterioso Cullen, o que seus olhos ainda esconde?????????????