Acampamento Meio-Sangue escrita por Annie Leto


Capítulo 3
Nico di Angelo


Notas iniciais do capítulo

Olá.......................................................................................................................................................................................



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P.O.V Anne

Eu odeio praias. A areia, principalmente, por que ela entra facilmente nos lugares mais difíceis de tirar. Mas era isso ou ficar dentro do chalé sem nada para fazer.

Nenhum dos dois estava lá quando eu cheguei, e eu acho que estavam se agarrando por aí. Aqueles dois tem uma placa imensa na cara que os impede de ver que eles se gostam. 

Andei até uma pedra e sentei em cima dela. Alguns minutos depois, ouvi uma voz.

- Oi.

Me virei e me deparei com um garoto de, talvez uns 14 ou 15 anos. Ele era branco, tinha cabelos pretos, olhos castanhos e era bonito.

- Oi, quem é você? - Perguntei.

- Eu sou Nico di Angelo, e você, qual é o seu nome?

- Angelinna, mas pode me chamar de...

- Ange. - Interrompeu ele.

- Não, é Anne.

- Não, eu prefiro chamá-la de Ange.

Fiz uma careta.

Ele se sentou ao meu lado.

- Por que não senta na areia? É melhor do que essa pedra dura.

- Hum... Mas eu vou ficar cheia de areia!

- Nada que água não tire. - Respondeu.

- Ah, mas...

- Vamos? - Ele estendeu a mão. Eu resolvi aceitar, afinal, não é todos os dias que um garoto bonito me chama para sentar na areia.

- Então, você é filho de quem? - Perguntei, enquanto sentava. Ele se sentou na minha frente.

- Hm.. Não se assuste. Sou filho de Hades.

"Merda", pensei.

- Ah... - Lamentei.

- E você? - Perguntou ele.

- Eu... Eu sou filha de Hades, também. - Por um segundo, a expressão dele ficou parecida com a de quem chupou limão, mas ele sorriu.

- Puxa.

- Mas, se você é filho de Hades, por que eu nunca te vi, nem aqui, nem no chalé?

- Por que meu... Nosso pai me mandou vir para cá. Eu não queria, mas... Ele disse que tem um chalé para nós. Mas talvez ele só quisesse fazer com que nos encontrássemos. Minha irmã... Bianca, ela.. morreu. E eu fiquei sem rumo... Mas vamos falar de você. Você tem olhos bonitos, dourados.. 

- Ah, obrigada, mas... Não tem muito a saber de mim. Mas eu te dou um aviso. NUNCA me chame de Angelinna. ELA me deu esse nome. E eu o odeio.

- Ela quem? Sua mãe?

- Ela não é minha mãe!

- Okay, acho que podemos mudar o assunto.

- Ah, me desculpe, Nico. Eu me exaltei.

- Sem problema. -  Ficamos nos olhando.  - Você é linda. - Disse ele.

- Obrigada. - Eu corei. Estávamos nos aproximando.

Algo dentro de mim dizia "Ei! Ele é seu irmão", mas eu não liguei.

Estávamos muito perto. Perigosamente perto. Ele colocou meu cabelo atrás da minha orelha e me puxou. Precisa dizer mais? Eu não resisti, e nós nos beijamos.

P.O.V Vector

"Certo, ela não gosta de mim. Devo estar louco. Nunca senti isso por nenhuma garota, nunca. Mas ela é minha melhor amiga, o que eu faço?" Eu pensava, enquanto procurava uma sunga ou uma bermuda que desse para usar na praia. Quando achei, peguei uma blusa, peguei mais seis latas de Coca-Cola e alguns Doritos e coloquei dentro do meu isopor disfarçado de bolsa (para o Quíron não desconfiar). Peguei um par de sandálias e fui andando em direção ao Chalé de Zeus. Eu morro de medo desse cara, mas só assim para ver se a Lia ainda estava lá.

Bati na porta.

- Entra! - Gritou Lia. Abri a porta. 

- Oi, Vec. Espera só um pouquinho.

- T-tá. - Foi a primeira vez no ano em que eu a vi só de biquíni. E, nossa ela estava diferente. Eu lembrava dela com um corpo de palito, mas ela estava mais... Desenvolvida, tipo, com quadris e cintura. O cabelo , ruivo e ondulado estava maior, ia até a cintura e ela havia cortado uma franja. Ei, desde quando eu paro para reparar nisso? Ok, chega. Me encostei na parede.

- Pronto. Vamos? - Perguntou ela, vindo na minha direção.

- Claro.

Seguimos andando até a praia.

- Você está vendo ela? - Perguntei.

- Não. Vamos dar uma volta.

- Ei... Quem são aqueles? -Perguntei.

- Quem? - Perguntou ela. E então viu.

- Nossa, parece que eles vão se engolir. - Começamos a rir.

- Pera aí! É a Anne! - Disse ela.

- Tem certeza?

- Sim, vamos lá ver.

Corremos na direção deles.

- Erm... Anne? - Disse Lia.

Anne largou o garoto em um segundo e deu um salto, ficando de pé.

- G-gente? - Ela estava ofegante.

E então eu percebi que o garoto que ela estava beijando era Nico.

- Nico? - Perguntei.

- O-oi. - Ele coçou a  nuca, envergonhado.

- Vocês conhecem ele? - Perguntou Anne.

- Claro! - Dissemos eu e Lia.

- Ele veio aqui umas poucas vezes, mas você nunca estava aqui. - Falei. - Já faz um bom tempo que você não faz uma visita.

- É, mas agora eu vim para ficar e...

- Pera aí. - Cortou Lia. - Isso é incesto!

- Depende do ponto de vista! Se só somos filhos do mesmo pai..

- Okay, não tenho nada contra, só... é estranho..

- Sim, nós sabemos. - Disse Anne.

- Bom, quem quer dar um mergulho? - Perguntei, para ver se aliviava a tensão.

- Vamos.

Corremos juntos, os quatro em direção à água. Eu peguei a mão de Lia, e nós caímos de cara na água. Acho que ninguém havia percebido que era uma praia, não uma piscina.

Começamos a rir.

- Lia, eu vou dar um mergulho, quer ir comigo? - Perguntei.

- Tá.

- Me dá sua mão. - Dessa vez fomos devagar e andamos até onde a areia permitiu. - Pronta para dar uma volta nos domínios de Poseidon.

- Vamos nessa.


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