Flores Para O Seu Túmulo escrita por Vii Peres


Capítulo 1
Capítulo 1 - Algo de novo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal !!!
Bom, esse livro conta a história do piloto da série Castle (eu acabei aportuguesando os nomes) espero que gostem.
Katherine Beckett: Catarina Barbosa
Richard Castle: Ricardo Castelo
Martha Rogers: Marta Roger
Alexis Rogers: Aline Roger
Derick Storm: Dennis Stable
(os outros personagens eu ainda não coloquei os nomes, mas provavelmente vou aportuguesá-las também)



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Capitulo 1

 Algo de novo

            ___Assassinato. Mistério. O macabro. O que dizer de um detetive durão, de uma mulher fatal, e de uma arma branca refletindo na cabeceira de uma cama até as primeiras horas da manhã, por mais que o feitiço tenha sido jogado. Essa noite homenagearemos o mestre da prosa, e celebrar o lançamento do livro “A Queda de Stable”. – na primeira fileira esperando para subir ao palco Ricardo Castelo dá autógrafos nos seios de suas fãs – O impressionante final da famosa saga de mistérios de Dennis Stable, senhoras e senhores, o mestre do macabro, Rick Castelo.

            As palmas preenchiam o lugar, enquanto Castelo subia no palco, ocupando o lugar de Gina, sua editora e ex-mulher. Todas as câmeras voltadas para seu livro, Castelo dava autógrafos atrás de autógrafos, a festa estava animada, mas aquele não seria o ponto alto da bela noite que lhe reservara.

            O andar era lento, porém viril, a moça de cabelos na altura da orelha olhava atentamente a cena que acabara de ver. Refletia sobre o que de fato teria acontecido e, intrigada, olhando as rosas por todo seu corpo, dois grandes girassóis cobrindo os olhos, pergunta:

            ___Quem é você?

            ___Ana Torres, 24 anos. – disse um moço moreno, forte. – Formada na Universidade de SP. Integrante da assistência social.

            ___Boa casa para uma assistente social. – disse a moça, levantando o olhar para a cena do crime.

            ___Dinheiro do papai. – disse outro homem, este sendo mais magro.

            ___Os vizinhos reclamaram do som auto. Ela não respondeu, eles vieram checar. – acrescentou o mais forte.

            ___Sem sinais de luta. – disse a moça, olhando pensativamente. – Ela o conhecia.

            ___Até trouxe flores. – ironizou a medica legista que acabara de chegar. – Quem disse que o romance está morto?

            ___Eu, todo sábado a noite. – respondeu a outra mulher.

            ___Um pouco de batom não cairia mal. – disse a legista, tento que enfrentar o olhar de sua amiga. – Só estou comentando.

            ___O que ele daria a ela além das rosas? – perguntou a moça tentando voltar ao trabalho.

            ___ Dois tiros no peito. – respondeu a legista. – Pequeno calibre.

            Naquele momento, a moça olhou perplexa, dando uma volta sobre o corpo, mexendo lentamente a cabeça para os lados, como se estivesse tentando se lembrar de algo.

            ___Isso parece familiar para alguém?

            ___Não! – respondeu o mais forte. – Mas não sou o chegado em pessoas esquisitas. Só me diga o que devo fazer, e pego meu colar e vou pra casa.

            ___Mas os esquisitos exigem mais. Revelam mais. Olhem como ela a deixou. – insistiu a moça. – Modestamente coberta...

            ___E? – perguntou intrigado o homem magro.

            ___E que apesar de todo empenho, toda preparação, não há sinais de abuso sexual.

            ___Você sacou tudo só olhando? – perguntou o fortão.

            ___Sim. – percebeu que seus colegas estavam achando que ela não batia bem da cabeça, então completou. – E, também porque já vi isso antes.

            ___Já viu antes? Onde? – perguntou o magro.

            ___Rosas pelo corpo, girassóis em seus olhos? – perguntou, com a expectativa de que alguém acharia a cena familiar, sem sucesso. – Vocês não leem, não?

            Fleches e mais fleches irritavam os olhos do famoso escritor Castelo, que estava tirando fotos com Gina, com óculos de sol.

            ___Que tipo de idiota mata o protagonista de seus Best Sellers? – perguntou a mulher revoltada com o final do livro, tirando os óculos do alcance de Castelo.

            ___Pergunta como minha editora sanguessuga, ou como minha ex-mulher sanguessuga? – provocou Castelo, sabendo que a loira revidaria.

            ___É isso que faz? Mata a galinha dos ovos de ouro?

            ___Imagina. Posso ser insignificante e míope, mas não tanto.

            ___Sério? Então por quê? – perguntou curiosa, o tirando da frente das câmeras para que possam conversar melhor.

            ___Escrever sobre Dennis era bom, agora é como trabalho.

            ___Deus me livre. Você trabalhando. Você podia aposentá-lo, aleijá-lo, o colocar numa porcaria de um circo. Mas não, tinha que meter uma bala na cabeça dele.

            ___Uma confusão mesmo. – disse ele sorrindo falsamente. – Grande despedida. Não se preocupe, Dennis Stable não era a galinha dos ovos de ouro. Eu sou. – disse ele terminando de dar um autografo e se despedindo da fã. – Escrevi Best Sellers antes dele. Por que acha que pararei agora?

            ___O seu novo livro dever estar pronto há 9 semanas? – o lembrou, por estar atrasado no rascunho do próximo projeto.

            ___Não apresse o gênio.

            ___Gênio, Ricardo? Acho que é bloqueio. Ouvi que você não escreve há meses. – disse revidando a provocação que antes fizera.

            ___Isso é ridículo.

            ___Minhas fontes são confiáveis.

            ___Estão erradas.

            ___Melhor mesmo. – ficou séria. – Se não tiver um rascunho na mesa nas próximas 3 semanas Bruno Pontes exige a devolução do adiantamento.

            ___Não se atreveria.

            ___Teste-me. Pague para ver. – disse Gina, saindo.

            ___Sabe, já devolvi esse adiantamento. – ela virou para dar atenção ao que ele falava. – Gastei todo me divorciando de você!

            Ele tomou um champagne, e foi em direção a Marta, sua mãe e Aline, sua filha.

            ___Boneca, quem faz lição em uma festa? – questionou Marta a Aline, que folheava páginas de um livro didático. – Lição se faz em casa, não em eventos.

            ___Tenho prova semana que vem.

            ___Eu também. De função hepática. E você não me vê estudando. – a mulher virou-se para o garçom da recepção e pediu – Me dê o melhor espumante.

            ___Dois por favor! – exclamou Castelo, chegando mais perto de sua mãe.

            ___Querido, as vendas devem estar caindo. Só estão servindo coisas leves!

            Castelo se aproximou de sua filha e a beijou.

            ___Então mãe...

            ___Não tão alto. – disse o interrompendo. – Ainda espero ter sorte.

            ___Você falou para Gina que estou com problemas para escrever?

            ___Não disse nada demais. Eu... – procurou uma desculpa imediata, mas não pode disfarçar. – Talvez tenha dito algo sobre como você passa seus dias. Deprimido de pijama, vendo a próxima corrida da F1. Mas você é artista, isso é esperado.

            ___Tínhamos um acordo. Você morava conosco, sem falar sobre meu trabalho.

            ___Falar o quê? Não faz nada desde que me mudei.

            ___Vovó. – disse Aline, tentando tornar menos triste para o pai a situação em que ele se encontrara.

            ___Mas ele não fez!!!

            ___Quer eu tenha feito, ou não. Ficaria feliz se não dividisse isso com minha ex-mulher.

            ___Qual o problema? – disse Marta, olhando para todos os homens de meia idade, observando se em suas mãos há alianças. – Espere querido, liguei meu “radar grisalho”. Bingo! Sem alianças. Fiquem longe crianças. Mamãe vai pescar!

            ___Você podia ter me comprometido. – reclamou para a filha.

            ___Pelo quê? Deixá-la morar conosco? – perguntou Aline. – Achei fofo.

            ___Não será quando a enforcar. – disse ele pegando os dois trinques que havia pedido e passando um deles para a menina.

            ___Você sabe que tenho 15 anos, não é?

            ___Você é uma alma velha.

            ___Eu e minha alma podemos esperar. – disse a menina tirando a taça de sua vista.

            ___Quando tinha a sua idade... – excitou – Não posso contar essa história, é inapropriada. O que é meu ponto, não quer ter histórias inapropriadas que não pode contar a seus filhos?

            A menina sorriu:

            ___Você tem para nós dois.

            ___A vida deveria ser uma aventura. Quer saber por que matei Dennis? Não há mais surpresas. Sabia o que aconteceria em cada momento das cenas, como essas festas. Se tornou muito previsível. “Sou sua maior fã. De onde tira suas ideias?”

            ___E a mais popular: “Autografe meus peitos?”

            ___Disso não me importo muito.

            ___Só pra constar, eu me importo. – disse a menina, mostrando ter ciúmes do pai.

            ___Só uma vez, gostaria que viesse comigo e dissesse algo novo.

            Naquele instante, uma voz de mulher o chamou. Era a moça de cabelos curtos, que havia cuidado de um homicídio naquela noite.

            ___Sr. Ricardo Castelo?

            Rick virou-se e automaticamente, pegou a caneta que estava no bolso do paletó:

            ___Onde quer que eu autografe?

            ___Detetive Catarina Barbosa, policia de SP. – disse mostrando seu distintivo. – Precisamos fazer perguntas sobre um homicídio que houve no inicio da noite.

            ___Essa é novidade! – disse Aline, tirando a caneta das mãos do pai.


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