Doce Menina

Doce menina,carinhosa,sorridente,feliz,alegre,sempre sorrindo,jamais se chateou com

O mundo tão cruel e melancólico,que vivemos,mas ela sempre com esperanças em

Seu puro coração,menina que já foi chamada de menina de ouro,por sua pureza,

Um ser que dizem ser vindos dos céus,de tão boa sua vontade de ajudar,e sua pura beleza

Estúpidos,estou cansada de ouvir que sou a “doce menina”,não eu não sou isso

Ninguém parece enxergar essas cicatrizes espalhadas pelo meu corpo forte,e,

Essas cicatrizes,foram feitas por estes seres estúpidos,que me chamam de angelical,

Ninguém enxerga que eu estou sofrendo por ninguém enxergar minha verdadeira face?

Ora,não perceberam ainda,que não sou a mais a pessoa sorridente,e esperançosa?Vejam,

Já perdi minha esperança de viver a muito tempo,e agora não me restou mais nada,além

Da melancolia de minha alma,e tristeza em meus orbes,agora sem brilho algum

Quero apenas morrer,vejas,minhas roupas agora estão todas pretas como a escuridão

Minhas lágrimas agora parecem ser invisíveis por todos,e ainda sim,continuam-me

Torturando sadicamente,sem dó,ou piedade,vejam,a doce menina,não mais existe,ela

Na verdade nunca existiu,essa menina,foi criada aos olhos carinhosos da mãe,que são

Incompreensíveis ás dores que sua filha sofre,diz ela que apenas tento “chamar atenção”

Não adianta mais eu dizer,que apenas quero liberar um pouco dessa dor interior que

Reina em mim,quero tirá-la,mas ninguém percebe isso,ninguém vê o quanto estou

Sofrendo,com as humilhações que me fazem todos os dias,mas não mais adianta

Querer morrer,se a morte não vem,minha independência,agora nada mais serve

Meus sentimentos tão alegres,foram todos jogados fora,ou melhor massacrados,agora,

O que sobrou de tudo isso,foram meus sentimentos que julgam melancólicos,mas eles,

Foram os únicos que permanecem em minha alma,eu amo minha solidão,então

Quero-a até o dia vitorioso,que a morte e chegar, e me levar ao meu mundo,minha paz

Estou agora na minha amada solidão,no meio de lágrimas,que embaçam minha vista

E a única que vejo são livros espalhados pelo meu quarto,e objetos cortantes,então,

Pego um estilete,e coloco-o em minha garganta,e faço leves cortes,fazendo meu sangue,

Tão puro,escorrer para fora de mim,como néctar de uma rosa,que dizem que eu sou

Depois,levo o estilete com sua lâmina manchada por meu sangue,ao meu pulso,

E depois o forço com força contra este,fazendo com que meu sangue jorre para fora

Do meu ser,manchando minha roupa,e o chão gélido,onde estou sentada,mas ainda

Com lágrimas nos olhos,que caem,misturando-se com meu sangue

Posso sentir a doce dor reconfortante que reina sobre minha alma,quando me corto,isso,

É uma sensação que é a única que faz com que minha alma,tenha um pouco de paz,

Mesmo que esta paz seja temporária,mas não me importo,desde que minha alma,

Tenha um pouco de paz,eu posso me preparar para o dia seguinte de martírios

Dia após dia,a doce menina é humilhada.e ninguém me ajuda,fazendo com que

Eu chore mais,minha alma chora mais interiormente,mas isso não ajudará em nada

Tudo que eu quero,é que a Dama da noite venha logo,e me leve,não estou aguentando

Os cortes pelo meu corpo,não são o suficiente para me dar paz,eu preciso de paz eterna

E novamente,na escuridão do meu quarto estou,e então,pego meu estilete,

E abro as feridas que estavam quase cicatrizadas,fazendo meu sangue escorrer para fora

Do meu corpo,e então,eu,a boneca tão bela e,faz mais cortes pelo corpo,chorando,

Chorando compulsivamente,já preparada para a visita da morte,e então,respiro fundo,

E dou a facada final em meu coração,que agora para de bater,fazendo-me perder a

Minha consciência,e dar meu último suspiro,a boneca doce,virou uma boneca de trapo,

Que agora,está em sua paz eterna,em seu mundo...