Eu me sentia frágil e terríveis pensamentos me importunavam. Então, buscando algum lugar onde pudesse colocar a cabeça em ordem, acabei em um belo e pequeno parque. Ali se podia ver crianças brincando, casais namorando… Mas o que me chamou a atenção foi um casal de idosos cujo caminhavam durante uma conversa, que aparentemente estava divertida.

          Ao passarem por mim, escutei apenas uma palavra:

          Destino.

 Lembrei de pessoas que passaram pela minha vida e se questionavam se o mesmo existia.

  Passei a vida inteira vendo pessoas que eu amava partirem da minha vida. Quebrando a minha confiança. Matando-me aos poucos. No entanto, vivi. Cheia de cicatrizes, mas vivi.

 E se fosse por conta de tal coisa abstrata, eu nunca teria reprovado a terceira série do fundamental, fazendo com que três anos depois, eu me encontrasse com duas das pessoas que mais amo na vida. Mesmo que eu não soubesse naquele momento.

 Uma delas chegou timidamente e apesar de tudo, me envolveu de uma forma inesperada e me completou. Mesmo com a distância física, porque depois de uns anos me mudei para uma nova cidade, porém continuávamos juntas, conectadas lado a lado, sempre sorrindo, sempre chorando, evoluindo sempre… Nos amando.

 A outra, devido a uma falha minha, um temor, perdi temporariamente. Contudo, mesmo sabendo que ela poderia não me perdoar, segui em frente. E ela também.

          Hoje agradeço a chance que a mesma me deu, pois por conta de minha insistência em conviver com ela, mesmo ainda guardando mágoas de mim, dividimos sorrisos. Esses que com o tempo acabaram criando um certo companheirismo... Uma amizade.

          Eles são meus amados amigos.

          Amados.

 Eu os amo profundamente, mesmo que negue por puro capricho.

 Então peço ao tão famoso destino, que mesmo com todas as dificuldades que apareçam durante a vida, sirva apenas para permanecermos juntos, unidos por um único e aconchegante laço.