Improvável?! escrita por André Granger


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Bem... Voltei a escrever.
Desculpem pela demora giganorme. Espero que não tenham esquecido e que gostem.



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10 minutos depois de que Guilherme havia saído, Andrew recebeu um alerta de mensagem no celular, era do Gui e dizia simplesmente:

"Boa Tarde amor. Fique bem sem mim tá? To chegando em casa."

Assim que leu isso, algo despertou dentro de Andrew, algo bom, um sentimento puro, livre de culpa, um desejo de proteger aquele carinha de olhos perfeitos, que conhecera a relativamente pouco tempo, e agora acreditava estar namorando com ele. Parecia um pouco rápido, na sexta-feira, Guilherme havia roubado um beijo e hoje, na segunda a tarde, já estavam juntos. Tudo era muito novo para Andrew. Ele nunca pensou que um dia namoraria com alguém, quem dirá que esse "alguém" fosse homem. Não tinha preconceito com homossexuais, acreditava que cada um tinha o direito de ser feliz, não importando com quem (mesmo que antes, acreditasse que isso valesse para todos, menos para ele). Sentia-se muito bem agora, olhando como um bobo para tela do aparelho, pensando no que responder. Mas achou que seria mais inteligente da sua parte, simplesmente excluir a mensagem, antes que seu pai chegasse. Mas ele havia gostado muito da mensagem, então, copiou-a num caderno velho, marcando a data e o horário de recebimento. Assim que anotou, colocou o caderno num bolso da mochila, agora aquele caderno deveria ser muito bem guardado, deveria estar sempre perto dele.

Saiu do quarto e foi fazer a comida, provavelmente seu pai chegaria bêbado e nem comeria, entretanto ele poderia ser surpreendido.

Como previsto, seu pai chegou bêbado e suado, mas hoje não estava violento nem ignorante. Ao contrário, estava até estranho, dizendo que Andrew era seu orgulho, ele se sentiu razoavelmente bem, porém seu pai estava bêbado e aprendera desde cedo a não confiar em alguém que estivesse alterado por álcool. Andrew teve que ajudá-lo a subir, tirou parte da sua roupa, deixando-o de cueca e colocou no chuveiro, desceu enquanto ele tomava banho e fez um café forte. Levou o café, para ele, que assim que bebeu, se deitou, a ressaca só passaria mais tarde, bem mais tarde, provavelmente Pedro só acordaria quando o garoto estivesse na escola.

Com o pai dormindo e tudo pronto na cozinha ele subiu para o quarto e foi usar o PC.

Assim que abriu sua conta no Facebook, viu que tinha uma mensagem e sabia de quem era. Dizia o seguinte:

"Hey, por que não me respondeu?

Ah, não tá aí mesmo né?

Anda logo, por que tá demorando tanto?

Hey, aconteceu alguma coisa? To preocupado."

"Hey, calma. Não respondi sua mensagem porque meu pai estava prestes a chegar e eu tinha que fazer comida. Ele chegou bêbado como eu tinha previsto.

"Ele não é violento quando bebe, é?"

"Hoje não..."

"... ?"

Andrew disse que confiaria nele, que não mentiria, por isso achou que seria justo contar para ele como era o pai e principalmente como agia quando ficava com raiva. Ultimamente ele estava bem feliz, mas no dia que se conheceram, Andrew apanhou muito do pai, motivo pelo qual não foi pra escola no dia seguinte.

Guilherme como era de se esperar, ficou preocupado. Agora mais ainda, já que o filho estava com um garoto.

"Seu pai não vai suportar saber da gente né?"

"Provavelmente eu levaria uma surra que me deixaria sem andar por uns dois dias e seria expulso."

"To pensando em contar pra minha mãe da gente... Tudo bem?"

"Acho melhor não. Ao menos não por enquanto.

"Mas se contasse..., como acha que ela reagiria? Ou melhor, eles, seus pais."

"Minha mãe é do boa, me apoiaria em qualquer coisa."

"É, disso eu sei. Aquele dia, ela me pediu pra não contar, mas acho que devo. Aquele dia, em que almocei na sua casa, ela me abraçou e me agradeceu, pois eu estava te ajudando, você ficou mais feliz depois que me conheceu, pensando bem agora faz sentido."

"Eu fiquei tentado a te agarrar aquele dia. Eu ainda não estava acostumado com a ideia de "te agarrar" propriamente dita. Porém você me pegou sem camisa e confesso que pensei bobagem."

"Eu me senti desconfortável em te ver daquele jeito... Embora, você seja muito bonito :3 "

"Fala sério cara, já se olhou no espelho? Você é bem mais do que eu."

"Não sou não."

"Mas eu acho... Você é um gato... O meu gato."

"Gui, lembra na nossa primeira 'visita de campo'?"

"Sim! Quando você passou a mão em mim e.e"

"Você sabe que não foi de propósito."

"Sei, porém não pode negar. Passou e pronto!"

Andrew demorou para responder agora, escrevia parte e apagava, por fim a mensagem chegou.

"Eu sei que pode não fazer muito sentido, mas acho que foi ali, que inconscientemente eu percebi que... Eu gostava de você..."

"Então..., admite que já era louco por mim desde aquele dia?"

"Pra um garoto tímido que eu conheci no primeiro dia, você está bem saidinho hein?

"Continuo tímido, porém agora, não tenho medo de você. Desde sexta, debaixo daquela árvore."

"Pode se dizer que aquela é a nossa árvore, o nosso lago e a nossa tempestade."

"Sim... Mas mudando de assunto. Como faremos amanhã? Na escola."

"Continuaremos a nos tratar como nos tratávamos."

"Não sei se conseguirei, tenho agora uma vontade de te proteger. Sei que é estranho..."

"Não é estranho, é lindamente fofo. Para de me deixar apaixonado por ti."


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