Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 37
BÔNUS - Doce Tormenta


Notas iniciais do capítulo

Bonûs de Natal para vocês amores.
Merry Christmas!



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–-- Nathan ---

Como em todos os anos, estávamos reunidos para o Natal na casa dos Hans, Susan adorava toda essa atenção, ri percebendo o quanto minha vida havia mudado nós últimos anos. Peter estava sentado na ponta, a sua direita Suzzie, seguida de Jeremy, Ethan Mel e eu. Do outro lado da mesa estavam Adden, Trice, Amy, Melissa e Sam. Amy era apenas um ano mais velha que seu irmão, Sam era um garoto estranho, com muitas tatuagens e pircins extravagantes. Enfim eu era um homem grato, tinha encontrado a melhor mulher do mundo e no percurso havia me encontrado. Ela também me presenteou com três lindos filhos e tudo o que eu podia querer, agora aqui sentado nessa grande mesa tão conhecida, fitava a mulher ao meu lado, tão perfeita como no dia em que a conheci, tantos anos atrás.

" - Minha mãe disse que seu pai é um superespião. Não acreditei sabe, é verdade?

Garotas eram nojentas, mas essa não, talvez fossem suas trancinhas esquisitas que me agradavam ou seu sorriso sem os dois dentes da frente. Mel apenas deu de ombros parecendo entediada. Deveria chamá-la para tomar sorvete? Papai sempre fazia isso com mamãe.

– Vamos apostar corrida até o balanço? – falei. Por que minhas mãos estavam suando? Mas uma vez ela agitou os ombros daquele jeito que me irritava. Quando abri a boca para falar algum palavrão, mesmo sabendo que mamãe não aprovaria, a vi sair correndo e rindo. Fui enganado por uma garota, uma garota sem dois dentes, uma garota que usava marias-chiquinhas tortas e um macacão amarelo feio. Não sei por que, apenas corri tentando alcançar a Mel, sorrindo como ela. Se mamãe nos visse agora no parque do zoológico, provavelmente ia me dar umas palmadas por correr, mas para minha sorte ela tinha ido fazer xixi com a mamãe da Mel."

Era maravilhoso ter acesso a memórias como essas agora, fora fantástico contribuir com elas para o livro de minha mulher. Éh, um livro de sua vida, de sua Doce tormenta.

– Temos algo a dizer. - voltei minha atenção para Melissa, que estava um pouco pálida, ignorando o marginal sentado ao seu lado.

– Você está bem princesa? - ela apenas assentiu, parecia que podia vomitar a qualquer momento. Sam pigarreou e Melissa tomou sua mão na dela. Espera, que PORRA é essa?

– Sam e eu... – ela começou, sendo interrompida pelo filho da puta, lancei a ele um...

– Tudo bem amor, será melhor se ele ouvir de mim. - AMOR? Minhas mãos começaram a tremer, senti Melanie se aproximando.

– Estou namorando sua filha e pretendo me casar com ela senhor.

A próxima coisa que vi foi o garoto dos pircins encostado contra a parede, eu o apertava com tanta força que meus dedos doíam.

– Nathan pelo amor de Deus, solte o garoto.

Melanie tentava inutilmente me segurar.

– NATHAN CLARK, SOLTE O MEU FILHO, AGORA.

– FODA-SE TRICE, ESSE IDIOTA NUNCA VAI ENCONSTAR NA MINHA PRINCESA.

– Não sou sua princesinha a muito tempo pai, tenho 18 anos PORRA.

Solte ele, ou juro que fugiremos na primeira oportunidade que tivermos.

Soltei o infeliz, sentindo as palavras de Melissa me dilacerarem o peito, caminhei até ela, tão delicada e parecida com sua mãe, com seus cabelos negros, pele alva e profundos olhos azuis que tinham tanto a contar. Suspirei e me sentei na cadeira de Peter, derrotado. Melissa era tão perfeita e Sam... Era tão, tão másculo com todas aquelas tatuagens, roupas pretas e pircins. Talvez eles apenas estivessem me enganando, talvez tudo isso não passasse de uma brincadeira. Levantei a cabeça e olhei todos na sala que me fitavam desconfortavelmente como se... Como se escondessem algo. Então percebi que aquilo não era uma brincadeira estúpida.

– Vocês sabiam. - não saiu como uma pergunta e sim como uma afirmação.

– Sim amor, sabíamos. - Melanie sussurrou enquanto se aproximava de mim.

– Já sabíamos a algum tempo, você apenas não quiz ver algo que estava bem na sua cara Nathan.

Suspirei, derrotado, Adden tinha razão.

Minha menininha, Deus!

– Nate querido, é o certo a fazer agora com o bebê a caminho e ... - olhei para Susan que me olhava espantada com o que havia dito, quando ouvi as piores palavras de minha vida.

– Sam e eu vamos ter um bebê papai.

Mais uma vez me levantei e corri até o rapaz, o tirei do chão, apertando sua garganta o mais forte possível, tentando não imaginar o desgraçado tocando minha filha.

Acordei suando e com o coração apertado, olhei de relance para minha mulher dormindo suavemente em seu lado da cama, levantei-me e praticamente corri pelo corredor até a porta rosa. A abri e silenciosamente entrei no quarto, fitando a cama onde minha bonequinha de apenas 5 anos dormia. Deixei um suspiro escapar, quando constatei que aquela merda toda havia sido um pesadelo. Sam nunca mais seria convidado para a hora do chá, sorri pensando que ainda tinha 13 anos para mantê-lo longe de minha bonequinha.

Ajeitei sua cobertas, depositei um beijo em sua testa e deixei o quarto, fazendo uma nota mental sobre o livro de Mel, Doce Tormenta, seria perfeito.


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Notas finais do capítulo

Reviews? rs