Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 32
Descanse em paz meu amor.


Notas iniciais do capítulo

Preparadas para o capitulo que tanto aguardaram desde o começo da fic?
Então lá vai, não me xinguem, amanhã tem mais. Bj bj
Comentem, Favorizem e Recomendem!!
A foto do nosso querido Charles Baker http://images.sodahead.com/polls/003208661/3713787062_tumblr_manc4xhDXw1qabadko1_500_answer_6.jpeg



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~~ Melanie ~~

Três dias, três malditos dias. Charles era ainda pior do que me recordava, entre as diversa surras que me dava, ele se divertia comigo. Na maior parte do tempo eu permanecia desacordada, ou apenas me desligava de meu corpo. Pensar em Nathan, Ethan, Beatrice, Adden, Susan e Peter ajudava. Já não tinha mais lágrimas para derramar, elas se foram junto de James. Pensar nele era doloroso, quase insuportável, mas o fazia mesmo assim, constantemente.

" - Mel, pode pegar a última caixa que deixei lá embaixo? - Jenna estava muito excitada com o fato de que finalmente estávamos na faculdade. Nosso apê era perfeito, espaçoso, muito limpo e aconchegante, com o tempo o mobiliaríamos como quiséssemos.

– Estou indo. - disse pegando as chaves do carro dela.

Então desci no elevador pensando no quanto minha vida tinha mudado nós últimos anos, graças a Jen. Abri o conversível azul celeste de Jenna e peguei a última caixa que faltava, para minha sorte está estava cheia de livros. Com certa dificuldade consegui chegar até o elevador, quando as portas dele se abriram, entrei, ou pelo menos tentei, já que bati em algo e cai, com todos os livros vindo parar em cima de mim, um deles até me acertou a cabeça.

– Idiota não olha por onde... - não terminei a frase pois quando olhei para cima e vi a causa de meu pequeno acidente, me faltou palavras. O cara a minha frente era lindo, e me olhava como se fosse louca ou algo do tipo. Corei.

– Sinto muito não a vi. - sua voz fez com que eu me arrepiasse. Era perfeita, rouca de um jeito sexy. O estranho se abaixou e me ajudou a levantar. - A propósito sou James.

Acho que gaguejei alguma coisa mais ou menos assim : " Davis Nelanie.

Ele riu, e quando o fez meus joelhos ficaram bambos como duas marias moles.

– Nelanie é um tanto incomum.

Recobrando meu juízo já abalado por aquele moreno misteriosamente lindo, consegui dizer.

– Melanie. - me abaixei para juntar os livros e James fez o mesmo.

– É nova aqui certo?

– Sim, acabei de chegar.

– Faço veterinária, e você? - eu mencionei que os olhos deles eram os mais profundo que já vi em toda minha existência?

– Arquitetura.

– Sempre achei que arquitetura foi feita para pessoas brilhantes . - acho que corei mais um pouquinho.

Sorrindo respondi. - Não que esteja me gabando, mas talvez eu seja um pouquinho brilhante.

O sorriso dele era como o de um garoto que acabará de ganhar na loteria. - Posso apostar que sim Melanie Davis.

Com isso ele pois o último livro em minha caixa, a pegou e entramos no elevador. Quando saiamos ele me segui até meu novo apartamento, deixou a caixa aos meus pés na porta, me deu um beijo na bochecha e saiu, ainda sorrindo daquele jeito. "

Lembranças como aquela me mentiam sã.

" - Não temos de fazer isso Mel. - James vinha evitando tocar no assunto sexo, desde, sempre. Ia fazer um ano que estávamos juntos em alguns meses e nós nunca havíamos passado das preliminares. Era estranho mais eu não tinha medo dele, sabia que James nunca iria me machucar.

– Você não é ele James, não vai me machucar, confio em você. - e de fato confiava, pois depois de Jenna, ele era a segunda pessoa a saber sobre Charles e meu passado.

– Você é maravilhosa sabia disso Melanie Davis. Fico feliz por ter esquecido meu livro na sua caixa aquele dia. - o seu sorriso sarcastico, aquele por qual me apaixonei a meses atrás, estava lá, me fazendo pensar que a vida havia me tirado muito, mas estava me dando tanto em volta.

– Confesse você não o esqueceu, você o deixou lá, de propósito. - ele dizia isso porque quando nos conhecemos ele lia um livro de veterinária que, supostamente fora parar inocentemente na caixa que eu Tentava levar para meu apartamento.

Naquela noite James me tocou, me amou como nunca ninguém havia feito e eu o amei, de todas as formas possíveis, me entreguei ao homem dos livros de cachorros e cavalos, ao homem dos olhos tão profundos como um abismo sem fim, na qual me atirei sem cogitar deixá-lo algum dia. "

" - Estou curiosa, diga logo James.

– Se eu disser não será uma surpresa amor.

Estávamos indo a algum lugar na qual ele fazia questão de não contar. Já estava nervosa, minhas mãos suavam e minha cabeça doía. Quando ele começou a subir a colina comecei a pensar que talvez fossemos acampar.

– Vamos acampar?

– Shi, para se tentar adivinhar Mel. Quando estávamos quase no topo, ele parou o carro. - Preciso por essa venda em você, tudo bem?

Assenti e ele a colocou. Não pude ver, mas senti o carro voltar a andar e alguns minutos depois parar. Ouvi também a porta de James sendo aberta, seguida de minha porta, então as mãos dele estavam em mim, me guiando ao desconhecido. James me ajudou a sentar no que parecia uma cadeira, muito confortável por sinal.

– Vou tirar a venda agora, ok? - assenti é ele a retirou. A minha frente encontrava-se uma mesa com o que parecia nosso jantar. Velas estavam acenas ao nosso redor, olhei estudando o lugar maravilhada por constatar que estávamos no tipo da colina, da onde podíamos ver toda a cidade, rodeados por velas que embelezavam o local. Ao lado do Mustang de James algo me chamou a atenção, um conjunto de velas que formavam a frase "Case comigo?" "

Doía lembra de coisas como essas, não por ainda amá-lo, não como amava antes, mas sim por saber que havia perdido um grande amigo. Alguém que me ajudou num processo de cura que talvez nunca fosse cessar. " - Sim, Sim ....."

A continuação de minha lembrança fora interrompida pela voz que desejei nunca mais ter de ouvir.

– Ursinha?

" - Tem certeza amor?

– Sim papai, quero ela. - em alguns dias seria meu aniversário de 9 anos e Charles me levara a uma loja para comprar-me um presente.

– Vamos ficar com o urso. - ele se dirigia a vendedora, apontando uma ursa no canto mais afastado da prateleira.

– Um urso para minha pequena Ursinha."

http://www.youtube.com/watch?v=RzhAS_GnJIc

– Acorde.

O lado direito de meu rosto ardia. Lentamente abri os olhos me deparando com o homem que mais odeio em todo o mundo.

– Você já dormiu de mais por hoje Ursinha. - Charles me puxou bruscamente da cama. - Quero lhe mostrar algo. - dizendo isso ele me arrastou com ele para fora do quarto, em direção a cozinha. - Não sei se lembra amor, mais aqui, aqui mesmo, matei sua mãe. Sabe, Kristen era uma vaca, mereceu o que teve.

– Monstro. - eu posso ter cuspido na cara dele, que revidou com um tapa que me fez cair.

– Nunca mais faça isso, entendeu sua puta. - como se o tapa não bastasse, o maldito chutou minha costela direita, me fazendo arfar. Senti quando ele me puxou pelos cabelos, me fazendo encara-lo. - Você ficou muito gostosa sabia Ursinha? Eu diria deliciosa. - o desgraçado me beijou, o mordi e recebi um soco por isso. - Mundo pequeno não? Em todos os anos em que te vigiei nunca imaginei que você voltaria a São Francisco. Justo ao lugar onde não deveria vir. O que tenho que admitir, foi bom, mas quando resolveu se envolver com o irmão de seu irmão, achei muita coincidência, não?

Irmão?

– Irmão? - mesmo estando fraca fiz questão de não demonstrar o quanto sofria.

– Pensei que fosse mais esperta Mel. Adden, ele é seu irmão. Elena e eu, digamos assim, gostávamos de brincar algumas vezes, e nos descuidamos. Sua mãe trabalhava muito e a tinha como melhor amiga, nunca nem se quer desconfiou.

Adden era meu irmão? Isso não significava que Nathan também era, não podia ser.

– Não se preocupe, seu garoto de ouro é filho legítimo do velho Nathaniel. - suspirei aliviada. - Falando nele, o que acha de mandarmos um pequeno incentivo a ele?

Assisti Charles ir até o balcão da cozinha e pegar um celular. Em seguida ele veio até mim, me levantando pelos cabelos mais uma vez.

– Olá Nathan!... Shi!! ... Melanie quer dizer Oi. - o bastardo forçava o aparelho em minha orelha esquerda.

– Mel? Você está bem? Não diga a ele, sei onde estão. Estarei aí logo, ok.– Nathan estava tão desesperado quanto eu.

– Amo você. - foi tudo o que consegui dizer antes de Charles me arrancar o aparelho bruscamente.

– Nos vemos daqui 2 dias garotão. Enquanto isso, espero que nao se importe mais Melanie e eu estamos nos divertindo muito. Nada pessoal cara.

Horas ou dias podiam ter passado, eu já não saberia dizer. Apenas fique ali, no chão da cozinha enquanto Charles cantava, ria, e cozinhava.

– Você está muito quieta Ursinha, acho que precisa de um banho.

E foi o que ele fez, embora no processo mais tenha me batido do que qualquer outra coisa. Fui vestida com um trapo qualquer e meio andando, meia carregada voltamos a cozinha.

– Acho que você precisa comer Mel, está meio magra, não acha? - Charles acendia algumas velas, depois ocupou-se de servir dois pratos da coisa que havia cozinhado mais cedo. Estava tão faminta que comeria qualquer coisa que o bastardo me desse.

Um barulho muito alto chamou minha atenção, e a dele também. Me virei para a entrada da cozinha, vendo Nathan entrar por ela, apontando uma arma para Charles. Talvez fosse apenas coisa de minha cabeça, uma alucinação ou algo do tipo.

– Acho que o subestimei menino, vir até aqui, muito ousado não acha? - Charles ria. Nathan o fitava com tamanha intensidade, que se pudesse o teria matado apenas com o olhar.

– Diga a ele o quanto estamos nos divertindo Ursinha. - Nate não tinha me notado no canto da cozinha, e cometeu o erro de o fazê-lo, deixando de prestar atenção em Charles. Nossos olhos se encontraram e pela primeira vez em três dias eu chorei. A próxima coisa que vi foi Charles avançando sobre Nathan, que desnorteado caiu sobre a pequena mesinha de canto perto da porta, derrubando-a, inclusive a vela que se encontrava em cima dela. Enquanto os dois brigavam pela posse da arma, tudo o que pude fazer foi assistir, não tinha forças o suficiente para levantar e tentar ajudar Nathan.

Para meu desespero, Charles levantou com a arma em mão, apontando-a para o homem que eu amo.

– Por favor. - dizer isso não foi suficiente, pois Charles atirou em Nathan, o acertando no peito. Não sei como mas levantei, corri meio cambaleante, desesperadamente até ele, como havia feito com James. O aninhei contra mim, chorando e dizendo a ele para não me abandonar. Ele não tinha esse direito. Nathan não respirava. Não era verdade, não podia ser. Ele havia prometido. Sentindo como se meu mundo tivesse ruído, o apertei mais uma vez, o beijando, então me levantei.

– Droga, olha o que esse filho da puta fez. - Charles apontava a cortina em cima da pia que estava em chamas. Distraido com o fogo ele deixou a arma no balcão, sem pensar duas vezes caminhei até ela.

– Pai?

Ele voltou-se para mim, incrédulo por me ver segurando a arma, a apontado para sua cabeça. Sim, queria garantias de que o desgraçado iria morrer.

– Queime no inferno.

Atirei repetidas vezes, por mim, por minha mãe, James e Nathan. Todos aqueles que me foram tirados por ele. Deixei a arma cair, e não me importei com o fato do fogo ter se espalhado para os móveis, nada mais me importava. Essa me parecia uma boa forma de morrer, junto do homem que mais amo e daquele que mais odeio. Deitei-me ao lado de Nathan, o segurando. Logo a fumaça fez-se presente, me tirando a consciência.


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Notas finais do capítulo

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