O Diário De Scarlet escrita por Mayara Batista


Capítulo 14
Capítulo 14




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Senti vontade de esgana-la aquele momento, como pudera ser tão intrometida se não era para ser contado não queria que soubessem, respirei fundo para não a matar e disse:

  - Nada minha querida e adorada irmã

E sai para não falar nada arrastando aquele menino que se quer eu sabia o nome, afinal que diferença fazia isso, já lá dentro o solei e disse:

  - Se falar o que viu a alguém, mato você, não pode falar em circunstância alguma em especial a minha irmã

Ele não compreendeu o fato de Katherine não saber, então tentou perguntar, porém o cortei no mesmo instante:

  - Mas ela é sua irmã como pode nã..

  - Não importa, ela não sabe e não vai falar nada para ela, me entendeu

E sai antes que o matasse também, eles me estressavam demais fui sentar-me novamente ouvindo músicas a espera do sinal para poder ir embora, era o ultimo dia com aula, ai seriam minhas esperadas férias, a melhor época do ano era quando estava longe de tudo e de todos em especial de minha irmã, fechei os olhos e deixei-me levar pelo ritmo da música, quando senti uma mão a acariciar meu cabelo, em outras circunstâncias abriria os olhos para ver quem me tocara mas sabia bem quem era, aquela mão macia era-me comum. Aquilo fazia eu sentir-me bem, logo a mão desceu para meu rosto de imediato abri meus olhos e virei-me para trás, era quem eu pensava, e com uma imensa naturalidade abri um enorme sorriso a ele, e com a mesma naturalidade fez o mesmo a mim, me levantei para abraça-lo bem forte, para que junto com o abraço o estresse que me causaram fosse embora, assim o fez senti-me tão leve após o abraço.

Ele beijou-me, em outra ocasião eu o impediria com medo do que iriam pensar mas percebi que não fazia diferença o que pensavam, eles não eram maiores que minha felicidade. Todas as meninas me olhavam como se aquilo fosse um crime, em especial Vick eu percebi os comentários e os olhares, porém estava feliz demais para importar-me com aquilo tudo. Ele sussurrou em meu ouvido:

  - Vem comigo, aqui tem muita gente

E saiu segurando minha mão, levando-me para longe do pátio, e antes que ele pudesse falar perguntei:

  - O que faz aqui? Não deveria estar treinando

  - Assim como você também tenho férias, elas começam hoje

Abri um enorme sorriso isso significava mais tempo comigo resolvi perguntar involuntariamente com muito medo da resposta se ele iria viajar, porém sua resposta me animou:

   - Você para onde vai?

Antes de minha resposta, sorri com os olhos baixos era muita felicidade, o respondi:

  - Bem.. Costumo ir para lugares com praias, gosto do mar era como se a água fizesse sumir as minhas preocupações

  - Não precisa mais disso

Eu entedia o que queria dizer, mas fiz-me de sonsa:

  - Não preciso do que?

  - Do mar para levar embora suas preocupações, agora tem a mim

e ao dizer isso encostou seu rosto ao meu, acariciando-me com seu nariz, eu apenas sorri e disse:

  - Eu ainda não sei pra onde vou viajar, primeiro Katherine diz para onde vai depois escolho um lugar bem longe

Ele riu, me olhou e disse:

  - Nunca viajou para um lugar onde quisesse realmente ir?

E mesmo sabendo que isso era verdade ainda tentei argumentar para parecer menos idiota:

  - Isso não é verdade, eu já fui.. bem eu.. Tudo bem nunca fui a um lugar onde quisesse realmente ir, escolho qualquer lugar e pronto

Ele percebia tão bem tudo em mim, era tão natural aquele cuidado todo, ele apenas olhou-me segurou meu rosto e perguntou:

  - Fala pra mim um lugar que você quer muito conhecer

Eu pensei bastante, mas não sabia onde eu realmente quisera muito ir, reprimi tanto minhas vontades que nem as conhecia mais, então disse:

  - Não sei

  - Como não sabe? 

  - Apenas não sei, vou olhar umas coisas ai escolho

Eu iria escolher como sempre, porém interrompendo-me ele fez um sinal negativo com a cabeça e me disse:

  - Escolhemos juntos

  - Eu sei escolher

  - Não duvido disso, eu duvido se vai escolher um lugar realmente que goste

E antes que pudesse dizer algo o sinal tocou apenas vi todos saírem jogando seus cadernos e correndo, ele me perguntou:

  - Não vai lá?

Eu ri, era como piada eu me divertir com eles, apenas disse:

    - Nunca fiz isso com eles, e não vou fazer agora

    - Nunca teve vontade?

Eu sempre tivera muita vontade, mas essa reprimia com todas as forças eu jamais me divertiria com eles, isso era quase uma lei para mim, então o respondi tentando mostrar convicção:

  - Não

Ele me olhou e disse:

  - Isso é mentira, eu te conheço e não adianta tentar arrumar argumento porque sei que é mentira

Ele tinha razão, nem busquei argumentar, preferi ir embora, todos já haviam saído estávamos nós e as pessoas que trabalhavam lá apenas, ele me olhou de uma maneira estranha, pegou-me no colo e levou-me para o corredor do pátio, tomando bruscamente minha bolsa pegou meus livros colocou em minha mão e ficou me olhando, não quis nem fazer-me de sonsa e o olhei e pondo os livros na mesa disse:

  - Nem pense, não faço isso nem morta em um caixão

Ele me olhou, e disse tudo com o olhar, porém disse também com a boca para que eu entendesse com mais convicção

  - Você vai sim, você quer

  - Olha mais não faz sentido

  - Pra que sentido?  importante é se sentir bem, faço com você para não se sentir sozinha

  - Não faz nada comigo porque eu não vou fazer isso, tenta entender

Nesse momento ele fez-se de total sonso nem dando ouvidos ao que eu falara e apenas pegou os livros e puxou-me pelo braço e saiu jogando tudo para o alto, acho que foi o momento idiota mais legal da minha vida, era uma sensação maluca jogar aquilo tudo para o alto, de repente apareceu o zelador dizendo:

   - O que está acontecendo aqui? Vocês não podem ficar aqui

Nossa reação voluntariamente foi apenas..


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