Será O Fim De Percabeth? escrita por Hermione Jackson Fray Everdeen


Capítulo 12
Capítulo 12- A assombração


Notas iniciais do capítulo

People, não vou conseguir postar tooodos os dias, talvez a cada dois ou tres dias. Espero que não se importem! Bjos e boa leitura!



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Annabeth

*Flashback on*

De repente o ar ficou pesado e frio, nem o cobertor me esquentava. Levantei a cabeça e vi uma sombra totalmente negra em frente a minha cama. O capuz do vulto e a capa que o cobria caíram enquanto ele abria suas asas, deixando-o com somente uma túnica negra sem mangas com um cinto. Ele era o homem mais bonito que eu já havia visto. Sua pele era da cor da madeira de teca, escura e brilhante. Os seus olhos eram tão mel dourado como ouro. Ele era magro e musculoso, com uma face régia e o seu cabelo negro caído pelos seus ombros. Suas asas brilhavam em preto, azul e roxo. Lindo era a palavra certa para ele– não bonito, ou intenso, ou alguma outra coisa do tipo. Ele era lindo como um anjo é lindo – atemporal, perfeito, remoto.

–Tânatos. O que faz aqui?

–Você não ia morrer? Só vim fazer o meu serviço.

–Mas é tudo um plano de encenação!

–Sabe o que é Annabeth? É que sou o deus da Morte. Quando uma alma, mesmo que seja beeeeeeeeem lá no fundão, quer morrer de verdade e deseja isso intensamente, eu tenho que a levar. E, minha querida, é o seu caso. Desculpe-me, é apenas o meu trabalho.

Então me senti horrível. Minha boca tinha gosto de ácido. Bem, se ácido tivesse um gosto, seria esse. Minha pele queimava e descascava. Eu me sentia pálida, sem forças. Minha alma ia se separando de meu corpo pouco a pouco. A dor foi tanta que eu queria gritar, mas nada saía da minha boca. Não consegui respirar, meus pulmões estouraram, literalmente. A dor foi tanta, mas tanta, que quando estava horrenda, eu não senti mais nada. Dor, meu coração pulsando, meus membros... Nada. Eu havia morrido.

*Flashback off*

Não sei como e nem por que, mas a entrada para o Tártaro era um elevador. Um super elevador, mas um elevador. Tânatos esperava os monstros entrarem todos na fila das Portas do Elevador.

–Algumas perguntas antes de descerem para o Tártaro?

–Eu! Daqui a quanto tempo eu voltarei? Se ajudar, eu morri esfaqueada por um gládio de um filho de Marte. –Perguntou uma dracaenae.

–Mais que três semanas, menos que dois meses. Mais alguma?

–Oi, por que eu estou aqui? –Perguntei.

–Ué, você morreu.

–Eu lutei contra Cronos e venci, segurei o céu por um breve momento, fui líder da missão pelo Labirinto de Dédalo! Não deveria estar no Elísio?

–Sua alma foi separada de seu corpo e as almas e essências vão para o Tártaro.

–Isso... Isso não é justo! Eu deveria estar no Elísio, mas... o TÁRTARO?

–Olha, são apenas as leis do Mundo Inferior. Você queria o que? Que tudo fosse desorganizado e um caos total? Desse jeito, Hades não daria conta de tudo e almas fugiriam para o mundo. E isso não seria nada legal. Agora sem mais perguntas! Entrem todos ou nunca mais voltarão! –Disse Tânatos, nervoso.

Todos entraram às pressas e não sei como todos aqueles monstros couberam no elevador: dracaenaes, lestrigões, ciclopes, harpias, fúrias e o Minotauro. Claro, e eu. Não sei como todos aqueles monstros não me devoraram, acho que como estávamos todos mortos, tínhamos um ciclo de paz ou eu não tinha um gosto bom. As Portas do Elevador se abriram para um buraco enorme e fundo, tão fundo que eu não conseguia ver a superfície. Tudo era vermelho e quente, estalactites por todo o lado. Já estivera lá uma vez, mas agora era diferente. Eu estava morta e sozinha, sem Percy ou qualquer um. O que faria agora?

–Annabeth, como você não é um monstro que está esperando se regenerar ficará aqui para sempre. Imagine isto como um Campo de Asfódelos limitado, mais escuro, com monstros indo e vindo e se você tentar sair será levada ao Campos da Punição. –Tânatos leu minha mente e respondeu minha pergunta.

–O que? Ficarei para sempre neste inferno?

–Claro e, não se esqueça, as únicas pessoas que podem te salvar são vivos e aqui, vivos são devorados por monstros. –Disse Tânatos, dando um sorriso diabólico. –Nada contra uma equipe de resgate, mais gente para matar e ver sofrer.

–Seu... Seu... DIABÓLICO! –Saí correndo em sua direção, mas as portas se fecharam e ele subiu.

Um pensamento percorreu minha cabeça. Eu podia assombrar Percy e Isabela! Como eu não pensei nisso antes? Vingança perfeita, perfeita e perdida. Teria que esperar a próxima remessa de monstros, que seria em dez minutos. O jeito era esperar.

Depois de aparentemente duas horas, outra remessa chegou.

–Que demora foi essa?

–Que demora? Foi rápido demais, cinco minutos! Os semideuses estão matando demais ultimamente... –Disse Tânatos.

–O que? Cinco minutos? Para mim foram duas horas!

–O Tártaro é mágico, assim como o Campo de Asfódelos... Um minuto para nós, quase meia hora para vocês.

–Isso não é justo! Eu não posso ficar assim uma eternidade! Vou morrer de tédio. Vou morrer de novo! –Reclamei. Inspire, Annie. Você precisa sair daqui. Tive uma ideia! – Ok. Tânatos, eu queria assombrar os mortais. Isso é possível?

–Claro, mas eu não vou deixar.

–Por que não? Eu poderia enlouquecer uns mortais insignificantes por aí - Tentei parecer o mais nojenta possível. – e então eles se suicidariam, morreriam de loucura. Você não gostaria de mais pessoas para ver sofrer? –Dessa vez eu o peguei!

–Hum... –Ele pareceu pensativo. –Nada mal. Ok, pedido concedido. Pode assombrar almas insignificantes por aí. Mas, não se esqueça, se tentar fugir... Campos da Punição!

–Não, que é isso! Longe de mim! Mas como eu vou?

–Suba.

Subi no elevador. Tânatos me levou pela via principal do Mundo Inferior que daria nas portas do castelo de Hades. Abriram os portões e entramos. Hades estava com seu manto que parecia ser feito de almas sofrendo. Estava com uma expressão séria, mais com uma pitada de preocupação.

–O que esta filha de Atena está fazendo aqui.

–Ela gostaria de assombrar mortais, meu senhor. –Disse Tânatos.

–Não, eu quis dizer: o que ela está fazendo no Mundo Inferior, seu insolente.

–Ah sim, bem a regra nº 19.804, Artigo 3, parágrafo 2: Todo o mortal, semideus, monstro ou criatura deve ser morto de desejar isso com uma força capaz de mover montanhas. Se for um semideus que venceu o Labirinto de Dédalo, qualquer manifestação do desejo que seja maior que dois minutos deve ter uma morte imediata, lenta e dolorosa.

–Quem criou essa regra?-Disse Hades.

–O senhor, senhor.

–Espera um pouco! Por que Labirinto de Dédalo? –Perguntei.

–O Labirinto irradia muita magia, criança. Qualquer um que fique por mais de três dias nele pode ter os poderes melhores. “Atualizados” em uma linguagem juvenil. Mas com os poderes melhorados, tudo aumenta. Uma raiva pode se transformar em raiva extrema, um mau amigo pode te encher de ódio. Uma... “paquera” pode se tornar uma obsessão. Entende Annabeth? –Me explicou Perséfone, que estava ao lado de seu marido. Ela usava um vestido de flores azuis, com alças de raízes. Seu cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo enfeitado de margaridas. Estava linda em seu traje “casual”.

–Sim... Então. Como posso assombrar as pessoas que me fizeram morrer?

–Então... Você quer se vingar? –Disse Hades.

–Mais que tudo nessa vida! Quer dizer, morte! –Me corrigi.

–Muito, bem. Seu espírito de vingança continua em você. Tânatos, libere-a do mundo inferior. Annabeth, você poderá ficar assombrando... Vamos ver. Tem dois meses para assombrar 16 horas por dia. Feito?

–Feito!

–Então aperte minha mão... –Hades estendeu a mão e eu a apertei.

De repente tudo ficou preto e Hades se desfez em cinzas, mas sua mão esqueleto ainda apertava a minha. Depois até ela se desfez e a luz entrou em meus olhos. Eu estava no acampamento onde todos estavam em volta das cinzas da minha mortalha original. Os olhos de todos os campistas estavam inchados e vermelhos. Percy e Isa estavam lá também, os que mais choravam porque sabiam que a culpa era deles. Então fiz o melhor que pude.

Isabela

Annie morreu. Ainda não podia acreditar. O dia inteiro olhares de culpa pousavam em mim. Os campistas balançavam a cabeça em desaprovação, eu estava arrasada. Eu e Percy estávamos chorando em volta do resto da fogueira desolados. A culpa era nossa. Perdemos uma amiga, uma irmã... E a culpa era NOSSA! Só de me lembrar disso, chorei mais. Eu devia estar um horror, com a cara toda enrugada e inchada, vermelha, soluçando e chorando ao mesmo tempo... Uma coisa linda de se ver!

Então um vento gelado soprou e levou as cinzas da mortalha de Annie, a brisa limpou tudo. Já que não tínhamos mais cinzas para ver, todos foram embora, menos eu e Percy. Então uma risada sinistra ecoou no ar.

–Ok, isso foi estranho... –Disse Percy. –Não gosto de gargalhadas sinistras, já tive experiências ruins com elas.

–Isso me dá medo. Vamos sair daqui.

Fomos para o arsenal para afiar nossas espadas. Eu estava atordoada, muito culpada, queria arrancar cabeças, mas como não posso fazer isso com cabeças de verdade. Então arrancaria cabeças de bonecos. Percy estava testando Contracorrente quando ela voou da mão dele e parou no ar. Eu fiquei sem fôlego, uma espada voando?

–P-Percy, me diz que isso é norm-mal.

–Não, não é não.

Então a espada voou em direção a garganta de Percy. Ele esquivou e a espada cravou sua ponta na parede. Como se uma mão invisível estivesse a guiando, ela saiu da parede de madeira e voou em minha direção, mas eu não fui ágil o bastante e a espada cravou-se em meu peito. Ou quase.


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Notas finais do capítulo

Opaaa! Eu morri? Que demaaaaaaais. Vejo vocês mais taade!
Bjo eu



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