Dark Paradise escrita por Gistar


Capítulo 9
Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Bom desculpem a demora pra postar, meu tempo tá bem corrido, mas vou tentar não atrasar muito as postagens. Obrigada por comentarem e boa leitura!
*Errei o nome da personagem, mas já corrigi. Sara é o nome da personagem da minha outra fic. Perdoem-me kkkk



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“Não me deixe triste, não me faça chorar

Às vezes o amor não é o bastante

E a estrada fica difícil, não sei por quê...”

Violet

No outro dia, nós fomos com Ale e Jairo para conhecer o apartamento deles. Era simples, mas parecia ser bem confortável. Jairo havia conseguido emprego em um escritório de advocacia e Ale já estava tentando encontrar um trabalho também.

Quando voltamos pra casa, eu chamei a Rafa no meu quarto. Eu precisava saber o que estava acontecendo com ela.

– Você melhorou? – eu perguntei quando ela sentou ao meu lado na cama.

– Sim, eu estou melhor Violet.

– Estou te achando muito estranha. Está acontecendo algo?

– Eu estou grávida!

Eu levei um choque, mas tentei me acalmar. Eu precisava apoiá-la.

– Rafa, você tem certeza? Foi no médico? – ela levantou e começou a andar pelo quarto.

– Fui e os exames deram positivo.

– Vocês não se preveniram?

– Sim, mas pode acontecer né ninguém está livre da camisinha furar. O que eu faço agora?

Meu Deus! O Tate vai ficar louco quando souber disso.

– Você já contou pra ele?

– Não. Eu queria que você estivesse comigo quando eu contasse. Você me ajuda? Ela segurou meu ombros e me olhou com olhos de súplica. Eu queria estar longe de Tate quando ele soubesse, mas ela era minha irmã. Eu não podia abandoná-la.

– Claro. Pode contar comigo!

– Então vamos?

– Agora?

– É eu quero que ele saiba disso de uma vez.

Eu ainda não tinha me preparado psicologicamente para enfrentar Tate de novo, mas tive que concordar. Senhor tenha piedade de nós! Eu queria que Jonas estivesse junto, mas ele tinha saído pra fazer as últimas entregas da carpintaria que não funcionaria mais. E era melhor não envolvê-lo nisso.

Fomos falar com Tate que estava na sala olhando um jogo. Rafa foi até a TV e a desligou. Ele olhou-a sério.

– Por que desligou a TV?

– Nós precisamos conversar Tate. – Rafa começou – É sério!

Ele me olhou com uma ameaça muda. Ele devia estar pensando que eu havia contado tudo para Rafa.

– O que é?

– Eu estou grávida!

– O quê? – ele gritou

– É isso mesmo que você ouviu, eu vou ter um filho seu Tate!

– Não, não vai.

– Vou sim e você não vai me impedir.

– Você vai tirá-lo e vai dar o fora daqui. Não quero vê-la nunca mais.

– Eu não vou tirá-lo.

– Então vai criá-lo sozinha porque eu não vou ajudá-la. Vá embora daqui e se eu souber que você disse para alguém que esse filho é meu eu vou atrás de você e acabo com os dois.

Rafa começou a chorar. Era hora de eu fazer algo.

– Tate você não pode fazer isso com ela. Ela é minha irmã, ela não tem para onde ir!

– Eu não dou a mínima se ela não tem onde ficar, eu não quero ver a cara dela na minha frente mais nem um minuto. Ela tem meia hora pra sair daqui.

– Canalha! Como você pode fazer isso com ela? Abandoná-la com um filho seu! Você esqueceu que a madrinha nos criou sozinha sem ninguém para ajudá-la? Esqueceu todo o trabalho que ela passou para te criar? Lá de onde ela está deve estar muito envergonhada pelo que você está fazendo. Tenha piedade Tate!

– Deixa Violet – Rafa começou a dizer – eu não quero a piedade dele. Eu posso me virar sozinha. Se a madrinha conseguiu, eu também posso fazer isso. E não se preocupe Tate, eu não faço questão nenhuma de dizer que esse filho é seu.

– Que bom que você concorda. – ele respondeu.

– Vou fazer as malas. – Rafa disse isso e subiu para o quarto. Eu fui ajudá-la.

Eu fui até meu quarto e peguei algumas economias que eu estava guardando para quando eu fosse embora. Eu iria dá-las à Rafa, no momento ela precisava mais delas do que eu. Ela não fazia economia nenhuma porque ela não tinha intenção de sair de casa e gastava tudo o que ganhava com roupas e maquiagem.

– Toma Rafa – eu disse quando entreguei o dinheiro a ela – não é muito, mas vai dar pra você se virar por um tempo. Você pode ficar com a Ale e o Jairo até se ajeitar.

– Não. Eu não vou colocá-los nisso. Eles estão começando uma vida juntos e eu não quero atrapalhá-los. Eu estou preocupada com você!

Ela pegou minhas mãos.

– Logo Jonas vai fazer 18 e Tate vai escorraçá-lo como fez comigo. Ele não presta e eu tenho medo que ele faça algum mal a você. Não pense que eu não percebi a forma como ele te olha. Eu não posso permitir que isso aconteça! Eu tenho que fazer algo...

– Rafa, não se preocupe comigo, eu sei me defender. Pense no seu filho e não faça nenhuma besteira. Você não pode fazer nada por mim, ele tem a minha guarda e me impede de contar algo para alguém.

– Eu vou tirar você daqui Violet, eu prometo. Eu vou dar um jeito de acabar com esse canalha.

– Já disse pra não se preocupar com isso Rafa. Por favor, me prometa que não fará nada quanto a isso. Ele te ameaçou e tenho certeza de que é capaz de cumprir o que prometeu. Me prometa!

– Está bem, eu prometo! – nós nos abraçamos e choramos juntas algum tempo.

Ajudei Rafa a descer com as malas. Havíamos chamado um táxi e ele já havia chegado.

– O que diremos ao Jonas? – perguntei a Tate que havia voltado ao jogo como se nada tivesse acontecido.

– Diremos que Rafa e eu terminamos e ela quis ir embora viver a vida dela

Ele disse isso sem nem ao menos olhar em nossa direção. Eu a abracei e me despedi. O motorista veio pegar as malas para levá-las ao carro.

– Por favor Rafa, não esqueça o que me prometeu. – eu disse.

– Eu não vou esquecer. Se cuida Violet. Fica com Deus!

– Vai com ele.

Ela entrou no táxi e partiu. Eu estava com um aperto no peito e também estava com medo. Eu não sabia se era por Rafa, por mim ou por nós duas.

– Seu prazo termina hoje! – disse Tate, interrompendo meus pensamentos.

– Eu sei. Não vou fazer o que você me pediu, não vou magoar o Jonas. E não vou ceder às suas ameaças.

Eu não podia deixar ele me controlar dessa maneira. Eu precisava mostrar que não tinha medo dele. Embora tivesse...

Ele se levantou e ficou na minha frente.

– Eu lhe avisei que se você não terminasse com ele eu terminaria. Talvez isso lhe ajude a tomar uma decisão.

Ele disse isso e me estendeu um envelope branco. Tinha o nome de um orfanato.

– O que é isso?

– Abra e veja você mesma.

Eu abri o envelope, era uma certidão de nascimento. Eu li o nome da pessoa e não acreditei.

– Meu Deus! É do Jonas! Como você conseguiu?

Era do orfanato que havia fechado quando Jonas veio para cá. O orfanato onde ele havia sido abandonado pela mãe.

– Eu tenho meus contatos. Agora, leia as informações com bastante atenção.

Eu comecei a ler e estaquei quando li o nome do pai dele.

– Não é possível – eu disse – aqui está escrito que o nome do pai dele é Charlie...

– Isso mesmo, a pessoa que conseguiu isso para mim disse que o seu pai teve um caso com a mãe de Jonas antes dele conhecer a sua. Seu pai nunca soube dele e a mãe dele depois de muito procurar por ele que havia sumido, decidiu entregá-lo ao orfanato, pois não tinha condições de criá-lo.

OMG!!! Então Jonas era meu irmão por parte de pai? Eu não agüentei mais ficar de pé e me sentei. Ele ficaria arrasado quando soubesse.

– Acho que agora você tem motivos o bastante para terminar com ele. Mas é claro que você não irá falar com ele sobre isso.

– Como assim? Você não quer que ele saiba que é meu irmão? Não estou entendendo...

Ele me pegou pela cintura e falou no meu ouvido. Meu coração acelerou.

– Você vai terminar com ele e vai dizer que está apaixonada por mim. Não vai contar que é irmã dele. Entendeu?

– Tá... – eu já estava ofegando quando ele me soltou.

– Boa menina! Quando Jonas chegar conte a ele sobre Rafa, ele vai pensar que ela e eu terminamos por sua causa e você também vai terminar com ele pelo mesmo motivo. Para nós dois podermos ficar juntos.

Nós ouvimos o portão da frente se abrir, devia ser ele.

– Eu vou subir para não atrapalhar a conversa de vocês, mas vou ouvir tudo.

Ele subiu e eu fiquei lá parada, esperando Jonas com o coração na garganta. Ele entrou e ficou parado na porta me olhando.

– O que aconteceu? Parece que viu um fantasma!

Eu caminhei até o sofá e sentei. Eu pedi para ele se sentar ao meu lado, ele tentou me beijar e eu o afastei.

– O que aconteceu Violet?

– A gente precisa conversar. É sobre nós.

– Fala então.

Eu comecei a analisar Jonas, tentando encontrar algo nele que lembrasse meu pai, mas pelo que eu me lembrava, eles não se pareciam em nada.

– A Rafa foi embora.

– Por quê?

– Ela e o Tate terminaram e ela decidiu ir embora viver a vida dela.

– Por que eles terminaram?

Eu respirei fundo. Iria ser mais difícil do que eu imaginava. Eu odiava mentir...

– Por minha causa.

– Como assim por sua causa?

– O Tate me ama! Sempre me amou. Eu também, sempre o amei. Por isso estou terminando com você. Eu achei que podia ser diferente, eu achei que ele amasse a Rafa e se eu ficasse com você, eu o esqueceria. Eu me enganei. Me desculpe, eu não quero magoá-lo mais.

Lágrimas começaram a rolar de seus olhos. Eu tive vontade de abraçá-lo e contar a verdade. Que eu sempre o amei como um irmão o que descobri que ele realmente era, que nada nos separaria e iríamos viver para sempre juntos. Mas eu não podia.

– Jonas me perdoe, um dia você vai entender o que eu estou fazendo – eu comecei a chorar, doía em mim o que eu estava fazendo com ele. Estendi minha mão para tocar a sua e ele a afastou.

– Então é isso não é? Você me usou todo esse tempo e agora vem me dizer que não quer mais nada comigo?

Ele levantou e subiu para o quarto. Eu fui atrás dele.

Ele jogou uma bolsa em cima da cama e começou a jogar as roupas ali, estava arrumando as malas.

– Jonas o que está fazendo?

– Eu vou embora Violet.

Eu perdi o chão.

– Você não pode...

– Sim eu posso. Se Tate autorizar eu posso. Logo vou fazer 18 e tenho certeza que ele não vai sentir a minha falta.

Eu o abracei.

– Não vá! Não me deixe... por favor...

– Você fez a sua escolha, eu não vou suportar ficar na mesma casa que vocês dois juntos.

Ele desceu e foi em direção a porta.

– Jonas, eu te amo! Você é meu irmão!

– Desculpe Violet. Isso não muda nada.

Ele disse isso e saiu sem fazer ideia do quanto eram verdadeiras as minhas palavras...

Eu voltei para o meu quarto, me atirei na cama e comecei a chorar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo? Muito drama? Comentem! Bjs



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