End escrita por Franxx


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Tem gente querendo me matar, outros acham que eu morri '-'
Mas estou viva, atarefada, mas beem viva.
Está sendo dificil conciliar a vida lá fora com tempo para escrever e até mesmo ideias estão sendo difíceis de sair.
Vou tentar voltar a ativa, mas em um ritmo mais lento, até mesmo por uma questão de tempo :T

Sobre o Nyah: tenho muito orgulho, esperança e ameaças (se não terminarem as fics que estão escrevendo) de todas, eu disse TODAS(OS) autores que tem escrito algumas fics maravilhosas sobre o verdinho e loirão ♥
Não seria justo citar nomes aqui, pq eu com certeza esqueceria alguém mas acreditem: se eu encontro algum de vocês eu faço escândalo de felicidade *0*
Continuem com o ótimo trabalho e me DÊEM MAIS! OUVIRAM? QUERO MAIS CAPITULOS -Q

Enfim, inaugurando meu retorno com uma fanfic triste, pq sou trágica -Q
E sim, eu me parti em lágrimas escrevendo isso.





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A roda da carruagem girava freneticamente e pedaços de madeira caíam pelo abismo, se partindo, antes de sumirem no meio da névoa. Não havia uma única alma viva naquela região e o silêncio predominava no ambiente frio.

O barulho de algumas pedras rolando pôde ser ouvido e logo Laxus Dreyar apareceu entre algumas pedras daquele precipício. Marcas da árdua batalha anterior e o acidente que ocorrera estavam impressas em seu corpo. Feridas superficiais, fundas e hematomas deformavam seus braços, tendo em seu rosto apenas alguns arranhões. Mesmo com o cansaço e a dor lasciva de seu corpo devido ao acidente, resolveu se arriscar, andando com dificuldade por aquele barranco, em busca do seu parceiro de equipe.

O queixo não demorou para começar a bater com o frio. Chamou pelo nome do cocheiro que os guiava, mas apenas abaixou a cabeça em sinal de respeito ao ver o corpo esticado em algumas pedras. Sentiu um calafrio percorrer sua espinha, gritando a plenos pulmões pelo nome de Freed Justine.

Sua voz ecoou pelo ambiente, mas não obteve resposta. Com cuidado, pisava devagar entre as pedras que ameaçavam cederem e derrubá-lo em meio a um abismo que parecia não ter fim. Precisava encontra-lo. Precisava saber que ele estava bem.

Não andou por muito tempo. Logo viu a espada que o mais novo sempre carregava e a poucos metros, à beira do abismo, ele estava deitado. Aliviado, o loiro respirou fundo e caminhou com dificuldade até onde o outro estava, ficando confuso ao ver que ele estava com os olhos abertos.

Além da imensa dor que sentia, Freed sentiu um aperto no coração ao ver o loiro se aproximar. Pediria que ele se afastasse, mas ao tentar falar sentiu como se um arpão fincasse seus pulmões. Seus olhos se encheram de lágrimas e ao tentar apartá-las, fez com que elas escorressem por seu rosto.

- Você está bem? – o loiro disse enquanto olhava fixamente para onde pisava, se aproximando cada vez mais. Mais lágrimas se formaram nos olhos de Freed que apenas acompanhava os movimentos do outro, sem mover um músculo.

Logo o Laxus estava ali de pé, ao lado do seu corpo. Freed sentiu pena ao ver o quanto ele estava ferido, mas apesar da situação, o maior ostentava um sorriso idiota no rosto. O sorriso de quando ele fazia algo errado e em vez de se desculpar, agia daquela forma.

- O que foi? – ele perguntou quando percebeu que o menor continuava parado sem se mexer. Sua resposta foi o olhar sem vida do menor que se manteve em seu rosto. – Vamos, levante-se!!

Nenhuma ação. Ainda na posição de quando caíra, Freed respirava devagar, sentindo o ar gélido congelar suas vias respiratórias. Impaciente, o loiro se abaixou, dizendo que deviam logo sair dali, antes que aquelas pedras cedessem. Fazendo um pouco de força, ele puxou o corpo do outro, no intuito de levantá-lo. Os olhos de Freed se arregalaram e não conteve um grito de dor ao ter seu corpo levantado.

O grito estridente que foi acompanhado de mais lágrimas, chegou a assustar o loiro que o soltou. Tosses acompanhadas de sangue saíram da boca do mais novo que tremeu da cabeça aos pés. Além da coluna quebrada, uma de suas costelas quebradas começara a rasgar seu pulmão.

O loiro arregalou os olhos ao ver a situação do outro, sentindo um arrepio subir dos pés a cabeça. Se abaixou devagar, ficando ajoelhado ao lado do corpo do menor. Ao ver o sangue escorrer pela boca do mais novo sentiu o interior das pálpebras pinicarem.

- Freed? O que você tem? – questionou.  – Vamos .... não seja fresco ... levante-se! – disse em um péssimo tom de brincadeira, mas que foi o suficiente para fazer o outro sorrir.

- E-eu ... – conseguiu dizer com a voz engasgada, ainda mantendo o sorriso no rosto. - ...eu vou morrer.

Mais calafrios. A respiração do loiro começou a acelerar e ele levou as mãos até o rosto do mais novo, no intuito de ver se realmente se tratava de uma pessoa real. Desde a última missão com ilusionistas, ainda estava perdido no que era real ou fantasia.

- Deixe de ser idiota. – outro riso seco. – Vamos... se levante!

Os olhos de Freed continuavam sem brilho. Estava difícil respirar e uma vez ou outra ele tossia sangue. Ele não tinha muito tempo. Sabia que não veria outro dia, outra noite ou muito menos a luz do sol, a qual aquela densa neblina encobria. Além disso, sabia que sua condição não permitiria muitas palavras ou insistências, a qual seu mestre sempre estava acostumado.

- Eu... – as lágrimas formaram em seus olhos e além da dor instalada em seu corpo a qual ele lutava para suportar, seu coração parecia ser apertado com as palavras que ele tentava proferir. – e-eu te amo La-laxus...

- Ei Freed pare com isso. – o loiro abaixou a cabeça, já trincando os dentes, sem saber porquê. – Vamos, não podemos ficar aqui!

- Você deve ir ... – mais tosses e um gemido agoniado saiu da boca do mais novo que sentia o osso cortar seu pulmão a cada acesso de tosse. Não sentia nada da cintura para baixo devido a sua coluna partida. Caíra de costas quando a carruagem descera pelo abismo, devido a uma demonstração tola de poder que o loiro fizera ao cocheiro.

Laxus não queria acreditar. Não podia ser algo sério aquela situação. Aquilo era um sonho? Ele não sabia dizer. Não ... só podia se tratar de um pesadelo. Iria acordar e no dia seguinte iria fazer questão de pegar no pé do mais novo.

- Por favor ... você ... não pode morrer... não pode... – suplicou o mais novo.

A cabeça do loiro aos poucos foi se abaixando, até que sua testa encostasse sobre a barriga de Freed. Tinha certeza de que o menor ficaria vermelho se fizesse aquilo normalmente. Moveu os olhos para o lado e seus olhos se encontraram com aqueles obres azuis que já estavam perdendo o brilho.

- Eu não vou te deixar. – respondeu sério, sentindo lágrimas se formarem em seus olhos. Piscou forte, no intuito de apartá-las. Sempre soube dos sentimentos óbvios do mais novo. Sempre soube que ele não o enxergara apenas como um mestre e de início achou aquele sentimento repugnante vindo de um homem, mas com o tempo, acabou por sentir o mesmo pela pessoa que em momento algum deixou de lhe ajudar ... e de lhe amar.

- Não ... – mais lágrimas se formaram nos olhos do mais novo que não as conteve. Não queria que Laxus se arriscasse ali por sua causa. Sua causa já estava perdida.

Um beijo foi sua resposta. Laxus passou o corpo para frente, tendo cuidado de não colocar peso sobre o corpo do outro, antes de capturar seus lábios. Ignorou o sangue que deixou aquele beijo com um gosto ainda mais agoniante e ficou por tempo com os lábios juntos aos de Freed, antes de levar os lábios até seus ouvidos.

- Isso ... isso tudo é só um sonho não é? Você vai me acordar pela manhã, reclamando por eu dormir demais. Não é?

As lágrimas não estavam presas mais. Assim como Freed, Laxus também chorava. Não queria acreditar que aquilo era real, mas bem no fundo sabia que era e o pior de tudo que aquela situação era sua culpa. Passou o braço por cima do corpo do mais novo, apertando devagar sua mão já soluçando.

O coração de Freed batia mais forte do que nunca. A dor permanecia forte, esmagando toda a parte superior de seu corpo, mas aquele beijo parecia ter amenizado. As lágrimas continuaram a correr pelo seu rosto e com esforço, moveu sua mão até a cabeça do loiro. Tentou falar novamente, mas uma forte crise de tosse demonstrou que não haveria mais tempo. A morte se aproximava.

- Estou com medo ... – disse aos soluços, sem se recuperar da crise de segundos atrás que faziam as batidas do coração do loiro quase pararem. – Não quero ... morrer...

Laxus não sabia o que fazer falar. Seu corpo mal reagia e tudo o que conseguia naquele momento era chorar. Abaixou o rosto novamente e deu um beijo rápido nos lábios do outro. Ouviu o barulho de pedras rolando abaixo do abismo e simplesmente ignorou, antes de levar os lábios aos ouvidos do rapaz.

- Não precisa ter medo. Eu estou aqui com você ... estou aqui ... para você!

Os olhos do menor perdiam o brilho, mas um leve sorriso se formou. Se arrependeu de não ter se confessado antes. De não ter tido coragem o suficiente para encarar o preconceito. Poderia se lamentar de sua escolha, mas preferia passar os últimos instantes que lhe restavam próximo da única pessoa que realmente amara.

Não tardou os seus últimos suspiros. Com uma crise violenta de tosse, Freed teve seu pulmão rasgado e foi engasgando aos poucos com seu próprio sangue. Laxus chorou agoniado, ainda apertando sua mão. Sabia que ele estava sofrendo e por mais que o desespero e a agonia o tornassem incapaz de agir contra aquilo, seu coração preferiu manifestar o que sempre manteve guardado.

- Eu te amo, Freed!

Foram as últimas palavras que o menor escutou. Após ouvir aquelas palavras de extrema importância, Freed fechou os olhos, sentindo o sentimento quente que o envolvia aos poucos ser substituído por uma sensação fria. Ele partira desse mundo com um sorriso no rosto.

Não se sabe precisar quantas horas ou minutos o loiro ficara ali chorando enquanto abraçava o corpo já frio do mais novo. Ainda com lágrimas nos olhos ele se levantou e mesmo correndo o risco de cair no abismo, continuou a caminhar até chegar a uma parte mais segura. Mantinha os olhos fixos no rosto daquele homem que sempre fora tão bonito e delicado aos seus olhos. Ao rosto da pessoa que amara e que acabara por perder por um capricho seu. Questionou até mesmo a divindades que dizia não acreditar o porquê de tudo aquilo. O porquê de ser tão estúpido. Ofereceu sua própria vida em troca da volta do outro, em troca da vida do mais novo, mas nem mesmo o vento manifestava alguma resposta naquele lugar. Chorou, gritou e protestou por muito tempo, até que seu corpo cansado teve uma ideia.

Impulsivo como sempre fora, sequer repensou a ideia, antes de colocar o corpo no rapaz nos braços, sentindo o coração afundar no peito ao sentir a coluna partida daquele corpo. Se colocou a correr para a vila mais próxima. O traria de volta, nem que isto custasse sua própria vida.

Porém, ele não sabia que Freed seria incapaz de viver em um mundo onde ele não existia.


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Notas finais do capítulo

EU CHOREI. E NÃO FOI POUCO ESCREVENDO. >:
To uma bicha mole ultimamente com relação a sentimentos >:
Mas enfim, aí está minha obra para vocês e ... ENXUGUEM AS LÁGRIMAS, PQ O VERDINHO E O LOIRÃO ESTÃO VIVOS!!
Obrigado a todos pela leitura e a todos que me homenagearam em suas fanfics! Me sinto honrada servindo de inspiração para vocês ♥
Até a próxima atualização!



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