Já tinha dado onze horas da noite e nada de Diego me ligar, e então resolvi ligar para ele.

–Meu anjo?

–Oi meu bebê! O que foi?

–Vem aqui em casa, está todo mundo dormindo!

–Mas... Agora?

–Sim, eu tenho uma surpresa!

–Hum, tá bom.

–Mas quando você chegar, me liga!

–Tá bom, beijos, te amo!

Logo que finalizei a ligação, subi para tentar fazer uma coisa mais "sensual". Seria a minha primeira vez, e eu não tinha prática com porra nenhuma. Seria uma estupidez pedir conselhos à Bryan.

Certamente eu não faria isso.

Se eu colocasse velas no quarto ele ia pensar que eu queria fazer magia negra com ele. Mas tudo bem. Prosseguindo...

Depois de uns longos quarenta minutos, Diego chegou.

– Oi – falei, expressando um pouco do meu nervosismo.

– Oi – Diego disse e me deu um beijo.

– Vamos subir? – perguntei.

Percebi que Diego conteve o sorriso. E apenas assentiu.

Quando chegamos em meu quarto, sentei em minha cama e solicitei que ele sentasse junto comigo.

Com isso, ficamos nos encarando, na esperança de que alguém dissesse alguma coisa. Eu simplesmente comecei a beija-lo e ele retribuiu. E o beijo estava se tornando cada vez mais cálido.

deitamos-nos, e ele afagou meus cabelos com calma.

– O-olha, essa é a primeira vez que eu faço algo do tipo... sexual. Ele riu e disse.

– Pode deixar que eu irei ser bonzinho com você.

***

Acordamos bem tarde, estávamos exaustos.

–Anjinho, acorda. Minha tia vai preparar um almoço especial para você.- chamei-o, enquanto me levantava.

–Arrãm, já vou. Ontem você tirou o meu fôlego!

–Você diz como se não gostasse!- repeti as mesmas palavras de Bryan.

–É, pior que gosto do jeito que fazemos amor.- nessa hora ele levantou, e chegou atrás de mim e me agarrou pela cintura, e beijou o meu pescoço. Em frente do espelho, nos olhamos juntos na frente do espelho.

–Di, olha como nós combinamos!- disse, entusiasmada.

–Claro, você é minha e eu sou seu.- falou sorrindo.

–Vamos descer para comer, estou com fome!- falei, dirigindo-me à porta do quarto.

Quando chegamos lá embaixo.

–Tia tá ai?- perguntei me aproximado da cozinha, de mãos dadas com Diego.

–Não, ela saiu para fazer compras!- disse Bryan, saindo da dispensa e indo em direção do balcão da cozinha, onde eu e o Diego nos encontrávamos.

–Bryan?- murmurou Diego.

–Diego?- murmurou Bryan- o quê você está fazendo aqui!?

–Gente, sem briga por favor!- implorei.- Bryan, o Di dormiu aqui de ontem para hoje.

–Minha mãe sabe?

–Não, mas tenho certeza que ela não irá se importar!- declarei, antes que ele quisesse arranjar atrito.

–Ah... Por isso que eu ouvi você gemendo no seu quarto, né. Pensei que você estivesse se masturbando.- Bryan riu da situação, enquanto detalhava o que tinha escutado. Não sei qual era a graça, mas tudo bem.

–Isso significa que, sou bom de cama. Que sei o quê fazer na hora H, ao contrário de você né.- provocou Diego. "Ui, tomou Headshot" pensei.

–Acalmem os ânimos galera.- tentei acalmar, mas foi como falar para um poste.

–Só sinto uma coisa de você Diego, NOJO!- declarou Bryan, e saiu andando em direção à sala com uma maçã na mão.

–Nojo do quê? Nojo, de que eu sei satisfazer quem eu amo?- perguntou Diego, foi mais para provocar.

–Lá, lá, lá, lá, lá. Não estou ouvindo nada!- provocou novamente Bryan, de uma forma mais infantil do mundo.

–Não liga para ele amor, ele é assim infantil mesmo.- tentei aclamar Diego, pois eu já havia notado que ele estava mais do que nervoso.

–Eu sei, meu anjo!- disse, beijando-me.

–Vamos comer alguma coisa... Hm... Deixa eu ver- falei, abrindo a geladeira.- gosta de panquecas doce?

–Amo, eu sei fazer, quer que eu faça?

–Claro!- disse, enquanto pegava os ingredientes.- Toma aqui, agora tome o partido da cozinha!- rimos juntos.

–Pode deixar.- ele me deu um sorriso branco de dar inveja em qualquer um.

–BRYAN, QUER PANQUECAS?- gritei da cozinha.

–QUEM VAI FAZER?- ele gritou de volta.

–DIEGO!- respondi, creio que não era essa resposta que ele queria.

–ENTÃO NÃO, PODE ME DAR ATÉ INDIGESTÃO!- ironizou

–"Hahaha", engraçadinho pra caralho.- desdenhei baixinho.

–Verdade.- concordou Diego, enquanto preparava a massa da panqueca.

Peguei uns paninhos de colocar na mesa, coloquei os pratos, talheres e os copos, distribui todos pela mesa e me sentei. Uma coisa engraçada, eu, quase, nunca via os empregados dali, só as empregadas que arrumavam os quartos e o caseiro. Eu já tinha me esquecido de Houston, da minha mãe, das minhas antigas amigas, da minha antiga casa. Agora, eu tinha um namorado, uma tia que agora considero como uma mãe, e grandes amigas, que topam tudo comigo. Isso me deixa cada vez mais feliz, saber que eu posso contar com todos...

–Anjinho, quer quantas panquecas?- Diego me perguntou, arrancando-me dos meus pensamentos.

–Duas por enquanto, por favor.- dei um beijo na bochecha dele- Sabia que você é uma das coisas mais importantes que aconteceram na minha vida!

–EU VENHO ANTES DELE NÉ PRIMINHA!- gritou Bryan da sala, se intrometendo no assunto.

–CALA A SUA BOCA!- faltou quase eu soletrar para ele entender.

Quando acabamos de comer, Diego lavou as louças para mim, mesmo eu tendo insistido para não lavar. E então, nós subimos e ficamos no meu quarto, deitados. Parecia que eu me sentia segura junto com Diego, eu me sentia feliz perto dele, quando ele me tocava ou mexia em meu cabelo, eu ia até as nuvens e voltava. Acho que estou realmente apaixonada por ele. Fui interrompida, aliás os meus pensamentos foram interrompidos, por minha tia, ela bateu na porta do quarto.

–Avery, minha querida, o almoço será servido dentro de duas horas. O Diego está ai?

–Sim titia.

–Posso entrar?- na mesma hora, Diego saltou da cama e se ajeitou.

–Claro tia.- e então ela abriu a porta do quarto.

–Olá, Diego né!?- perguntou a minha tia, já percebendo ele com as bochechas rosadas.

–Sim, prazer! E o seu? Kelly, certo?- disse ele com uma voz diferente, uma voz mais grossa, mais serena, mais calma.

–Sim, isso mesmo! Parabéns pelo casal, viu! Vocês formam um belo casal!

–Obrigado tia.- agradeci. Logo, ela se retirou do quarto.

–Viu amor, ela não é tão ruim!- brinquei, para aliviar a tensão dele.

–É, mas eu estou aqui suando!- ele disse, deu um sorrisinho fraco.

– Calma, ela não vai te morder – falei e abracei-o.

Logo depois descemos.

–É Avery, o negócio estava bom lá em! - Bryan sacaneou, rindo. Sendo que não tinha acontecido nada demais! E isso estava me irritando!

–Estava muito bom! – ironizei, para irrita-lo. – E aproveita, em vez de você ficar tomando conta da gente, arruma uma namorada para transar também, porque você está precisando dar um cruzo para se acalmar.- falei em um tom explicito de sarcasmo e Diego riu.

–Do que você tá rindo moleque?- irritou-se Bryan.

–Porque isso é a pura verdade. E moleque aqui é você!

–Meninos parem! Estão parecendo duas crianças.- minha tia chegou representando.

–Obrigado Kelly!- agradeceu Diego.

***

Nosso almoço ocorreu tudo bem, mesmo com o meu primo com a cara de bunda, cara de quem comeu e não gostou. Depois que almoçamos, Diego só ficou mais um pouco comigo, a mãe dele tinha ligado pra ele ir pra casa. Passei a tarde toda na rede da varanda do meu quarto, estava tudo calmo. Li alguns livros, estudei um pouco, e não demorei muito para cair em um breve cochilo, depois de ter transado tanto né, tenho que ter um descanço. Mas alguma coisa me diz que problemas estão por vir, quando tudo está bom demais pra ser verdade...