Quando irei te ver novamente?

Você foi embora sem dizer adeus, nem uma palavra sequer foi dita

Nenhum beijo final para selar algum pecado

Eu não fazia ideia de onde estávamos...

Don't You Remember - Adele.

***

"Melhor você perguntar ao médico"

Essas palavras de Charlie estavam em minha cabeça, e rodavam como se estivessem em uma grande montanha-russa.

— Certamente perguntarei, mas onde o médico está? — indaguei.

— Vem comigo.

Segui Charlie ao médico. Que estava na porta do quarto de Bryan.

— Ok, e então? — perguntei ao médico, este sorriu e abriu a porta.

A primeira coisa que fiz foi lançar o meu olhar à cama.

— Oi — Bryan disse para mim, com um sorriso fraco no rosto.

Chorei sem saber o por quê, mas eu estava chorando. E muito.

Corri até ele e beijei-o.

— Meu Deus! Eu pensava que você iria morrer — falei.

— É, o médico falou. Eu sei que eu sou muito importante Avery — ele disse e soltou uma risada.

— Você é tãoooo idiota Bryan.

— Ah, que linda. Amo quando você fica irritada. Bom, eu não conseguiria ficar longe de você tanto tempo....

— Uma eternidade, seria — comentei baixinho. — Mas eu pensava que você iria morrer.

Ele riu.

— Eu levei um tiro no ombro, não no coração.

— Obrigada, seu ingrato! — retruquei.

— Eu não vejo a hora de sair daqui, porque eu não gosto de hospital.

— Nem eu, mas você vai ficar uma semana — avisei.

— Aí, que saco. Mas sabe de uma coisa? — ele perguntou.

Assenti negativamente.

— A primeira coisa que eu vou fazer depois que eu sair daqui — ele continuou —, vai ser casar-me com você. Tudo o que eu mais quero é que isso aconteça.

Senti meus olhos se encherem de brilho, pois aquilo era música para meus ouvidos

— E eu vou ficar muito feliz quando isso acontecer.

Mas você não se lembra?

Você não se lembra?

A razão pela qual me amou antes?

Amor, por favor lembre-se de mim mais uma vez...

1 semana depois...

Depois de sete dias, finalmente eu e Bryan estávamos em casa. Quando eu me refiro a mim mesma nessa frase é porque eu não sai do hospital enquanto ele não saiu comigo.

— Ah! Finalmente em casa! — Bryan exclamou, ao entrarmos em casa.

— Pois é, finalmente! — concordei, suspirando.

À propósito, Bryan terá de ficar de repouso; ele pode se mexer e tal, mas não pode fazer algumas coisas, tais como: exercícios que exijam demais dele.

Nos dias que passamos no hospital; eu, Charlie, meus pais e Kristen, estávamos planejando o meu casamento. Pensando onde seria e etc., quando minha mãe me obrigou a sair um pouquinho do hospital, comprei meu vestido; já que o outro eu havia jogado fora.

Nós decidimos fazer a cerimônia e a festa em uma das praias de Jacksonville. Bryan gostou da ideia, então fiquei feliz. Já estávamos arrumando tudo, e só faltava as passagens para nossa lua de mel, que, à propósito, seria para o Caribe.

Sentei ao seu lado e envolvi seu pescoço com um dos meus braços, olhando-o sorrindo, falei:

— Está ansioso para casarmos?

— Estou muitooo ansioso, mais ansioso ainda para irmos à lua de mel — ele disse, dando um sorriso de canto de boca.

— Arrãm, sei — ironizei.

Minha mãe me mandou uma mensagem:

"Avy, temos que sair para comprar a decoração da cerimônia. Pergunte se Bryan quer ir também"

— Bryan, eu tenho que sair para comprar algumas decorações para a cerimônia. Você quer ir?

— Mal cheguei, já tenho que sair? — Bryan resmungou.

— Você está parecendo mais um velho de oitenta anos.

— Mas como você descobriu? — ele perguntou, sarcástico.

Revirei meus olhos.

— Olha, se você não quer ir, tudo bem. Eu vou sozinha.

Bati em retirada.

Em torno de cinco horas depois eu retornei para casa. Cheia de sacolas.

Bryan ainda estava no sofá de couro. Mas dessa vez, deitado.

— Uma pergunta — comecei —, o que você fez o dia todo?

— Talvez, nada. — Ele fez uma pausa. — É, realmente, não fiz nada.

Bryan riu e se levantou do sofá.

— Mas eu ainda te amo — ele disse e deu um beijo em minha boca, depois avançou para o pescoço.

Me desviei, e lancei um sorriso perverso; como se eu tivesse acabado de arrancar um doce de uma criancinha indefesa.

— Você ouviu o médico! Mais dois dias de repouso! — recordei-o.

— Tá, tá, tá bom mamãe.

Joguei as sacolas no sofá e fui até a cozinha.

— Posso ver o seu vestido? — Bryan perguntou, e meteu a mão na sacola para abrir.

— NÃO MERDA! Você verá daqui a dois dias!

— Por que tudo tem que ser daqui a dois dias? — ele retrucou perguntando.

— E por que você faz tantas perguntas?

— Porque sim.

— Eu não vou ficar aqui discutindo com uma criança como você.

— Minha querida — ele começou —, a criança aqui é você.

— Eu acho que não hein — retruquei.

— Olha, deixa eu melhorar esse braço para eu te pegar de jeito. Aí você vai ver quem é a criança aqui. — Ele estava ficando um pouco irritado.

— Ai ai, enquanto isso eu vou deitar um pouco — debochei e Bryan bufou.

— Eu acho que uma hora terei que passar por cima das ordens médicas — ouvi Bryan murmurar.

Quando foi a última vez que você pensou em mim?

Ou você me apagou completamente da sua memória?

Eu frequentemente penso sobre onde eu errei

E quanto mais o faço, menos sei...

Eu passei a tarde lendo, logo depois tomei um banho e comi alguma coisa.

Tínhamos planos de ir visitar minha tia. Minha mãe já tinha avisado a ela que não estava doente, que na verdade Maria trocou os exames dela. Minha tia teve reações tipo "Oh, meu Deus. Como eu não morri antes?", pois é. E desde então ela parou de se tratar.

— Princesinha, vamos? — perguntei para Bryan (Ah, vocês acharam mesmo que era eu????).

— Espera, já estou indo.

— Meu Deus! Você está fazendo o quê? — Andei em direção à porta.

— Terminando de me arrumar! — justificou-se.

— Nem eu demoro tanto assim... — comentei.

— Ahhhhh, demora sim dona Avery! — retrucou e finalmente saiu do banheiro.

— AHHHHH, finalmente né!

Bryan riu sarcástico.

— Que gracinha...

Chegamos à casa de titia, e logo tocamos a companhia. Bryan ajeitou a gola de sua blusa polo azul e pigarreou. Kelly abriu a porta e juntamente abriu um largo e lindo sorriso.

— Como é bom ver vocês aqui! — Agora ela estava bem melhor, com uma aparência mais bela.

Seu belo cabelo ruivo estava preso em um coque bem feito, e ela estava vestindo um vestido floral.

— Titia! Que saudade! — Abracei-a e dei um leve beijo em sua bochecha, ela retribuiu.

— E eu não existo mais, não é mamãe? — Bryan protestou.

Kelly riu.

— Meu filho é muito fofo com ciúmes né!

— Às vezes ele não é tão fofo assim... — comentei e adentramos a casa.

— E então Avery, está ansiosa para o casamento? — minha tia me indagou.

Olhei para ela, com um meio sorriso.

— É, estou bem ansiosa. Amanhã começaremos os preparativos, e isso me deixa bem animada — falei.

— Eu estou extremamente feliz por vocês dois — lançou titia.

— Tá gente, sem querer cortar o blá blá blá, mas como você está mãe? — Bryan perguntou, cortando o assunto.

— Eu estou melhor do que nunca!

— Tá bom, mas agora o assunto é o meu casamento — repliquei, sendo grossa. Poxa, ele estava invadindo o pico.

Ele emburrou a cara e disse:

— Eu vou pra cozinha.

Depois que ele saiu, minha tia assustada virou pra mim e perguntou:

— Por que ele está assim?

— Sinceramente não sei. Ele mudou de repente.

Passei uma boa noite com a minha tia/sogra, conversamos sobre tudo o que eu queria que estivesse no casamento e ela disse que a minha vontade seria feita. Fiquei feliz com isso, feliz e realizada.

Quando entramos no carro, fiquei em silêncio. Nem eu e nem Bryan tentou quebrar o gelo.

— Por que você ficou assim de repente? — perguntei.

Ele não me respondeu.

— Você me ouviu ou está ficando surdo? — repeti.

— Eu te ouvi sim. — Ele se virou para mim e seu semblante se tornou mais sério ainda. — Mas é que eu acho que é muito cedo para nos casarmos.

— Então quer dizer que você está arrependido por ter me pedido em casamento?! — perguntei, furiosa.

— Não... Eu não me arrependo de ter feito nada — replicou-me e abaixou a cabeça. —Mas eu ainda tenho medo de te perder — ele murmurou.

— Mas você não vai me perder.

— Nós não sabemos...

Eu te dei espaço para que você pudesse respirar

Eu mantive minha distância para que você pudesse ser livre

E esperei que você encontrasse a peça que faltava

Para trazer você de volta para mim...

Eu preferi encerrar o assunto por ali mesmo, e isso foi o melhor que eu fiz.

— Eu vou dormir no quarto de hóspedes, o.k? — avisei.

— Por quê?

— Ah, porque eu estou afim. — Revirei meus olhos e suspirei.

— Tudo bem. — Sendo assim subi as escadas.

Tomei um banho rápido, porém relaxante. Deitei-me e fui dormir.

No outro dia de manhã, acordei nove horas em ponto. Levantei rapidamente, tomei um banho e me troquei.

Não vi Bryan por um só minuto de manhã.

Minha tia me pegou para levar à casa dela.

— Avery, eu tenho uma ótima surpresa para você! — Titia olhou para mim sorrindo.

— Tem a ver com o casamento? — inquiri e mordi uma parte do meu lábio inferior, de nervoso.

Como todos sabem, sou nervosa e ansiosa demais. E dizem que morder os lábios diminui o estresse, então venho colocando isso em prática há algum tempo.

— Um pouco... não tanto. Mas você vai gostar, tenho certeza.

Assenti e encostei minha cabeça na janela do carro.

Chegamos na casa dela, eu já estava tendo um chilique de ansiedade. Kelly abriu a porta e eu ouvi várias vozes, que depois tomaram-se em silêncio e disserem, em seguida, em uníssono:

— AVEEERRYYY! — Percebi que eram todas as minhas amigas: Sophie, Annie, Rebecca, Katy, Melissa, Rachel e Mary.

— Meu Deus! — Coloquei minhas mãos sobre minha boca.

Elas correram até mim e me abraçaram com força. O meu sorriso não cabia em meus lábios.

Por que você não se lembra?

Você não se lembra?

A razão pela qual me amou antes?

Amor, por favor lembre-se de mim mais uma vez

Quando eu irei te ver novamente? ...

— Nós estávamos com saudade de você, Avery! — Mary disse sorrindo e me deu um beijinho estalado na minha testa.

—Bryan roubou você da gente mesmo né. — Soltei uma risada ao ouvir Melissa comentar.

— Vamos parar de conversinha fiada, temos que ajudar a preparar as últimas coisas do casamento. — Sophie, como sempre muitoo mandona, cutucou todas nós todas.

E assim se foi uma longa tarde...

Quando cheguei em casa já estava bem de noite, então eu logo me preparei para tomar um banho. Após recolhi-me para dormir. (ainda no quarto dos hóspedes).

Ouvi que você está sentindo que nada está dando certo

Por que você não me deixa passar aí?

O relógio está fazendo tique-taque, correndo contra o tempo

Então, deveríamos festejar a noite inteira...

(Birthday – Katy Perry).

Levantei às dez horas da manhã em ponto. Pulei da cama e joguei uma água em meu rosto, para limpá-lo, prendi meu cabelo em um desleixado coque. Coloquei uma roupa correndo, porque eu estava atrasada, eu tinha em torno de cinco minutos para ficar pronta; mamãe iria chegar às dez e quinze.

Eu deixei somente a Soph me ajudar na hora de me arrumar. Quando cheguei na casa da minha tia, Sophie já estava andando de um lado para o outro; imaginei que ela estava com vontade de me matar.

— Hello... — falei para Soph, ela me olhou e puxou a sacola que estava o vestido e abriu-o.

— Meu. Deus. — ela disse vagarosamente. — Acho que não há possibilidade de você ter comprado um vestido tão perfeito quanto esse. Porque esse é P-E-R-F-E-I-T-O! — Ela soltou um gritinho e agarrou na minha mão. — Vamos subir para você começar a se arrumar. — Antes de começar a subir as escadas, ouvi minha mãe dar um risinho contido.

Cheguei ao meu quarto e sorri ao ver que estava a mesma coisa, desde quando eu saí. Senti uma mão em meu ombro, percebi que era miha tia. Suspirei.

— Ninguém nunca mais entrou aqui, depois que você saiu — Kelly sussurrou e ofegou. — Bom, sente-se, porque o seu cabelereiro já está chegando.

— Tudo bem — murmurei.

Depois de algumas — muitas — horas, e quase tudo pronto. Mamãe estava apertando tanto o espartilho... Mas tanto...

— MÃÃÃE! Está machucando. — falei.

— Pronto — mamãe suspirou —, acabamos. — Ela finalizou fazendo o laço da parte de trás do espartilho.

— Finalmente. O que falta ainda?

Sophie entrou no quarto, afobada e disse:

— Tem uma pessoa que quer falar com você!

— E quem seria? — perguntei.

— Não discute, vai logo Avy! — mamãe mandou.

— Você está sendo conivente com isto? — indaguei.

Minha mãe suspirou e revirou os olhos. Coloquei um roupão e Sophie me puxou pelo braço.

Ao chegar na parte de baixo.

— Bryan?!

Ele sorriu e disse:

— Me perdoa?

Olhei para seus olhos.

— Eu estava errado quando eu... disse aquilo. E eu preciso muito de você — ele continuou e abaixou a cabeça.

— Eu estou me arrumando, e você ainda me pergunta isso?

Bryan me deu um beijo estalado.

— Bom, agora eu estou indo...

— O.k.

— Estou te esperando lá. — Ele piscou e deu um meio sorriso.

Então, feche os seus olhos, eu tenho uma surpresa

Espero que você tenha um bom apetite

Se você quer dançar, se você quer tudo

Você sabe que sou a garota que você deveria chamar...

Meu pai já estava me esperando em seu Lexus LFA, ele sorriu para mim. Retribui o sorriso, e me aproximei.

— Eu não te disse? — indagou-me papai.

— O quê?

— Que eu iria te levar para o altar.

— Ainda bem que você tinha razão.

— Na maioria das vezes eu tenho razão. — Ele piscou. — E de uma coisa eu tenho certeza, Bryan te fará muito feliz.

Quando cheguei na praia, encontrei com o mar azul e cristalino. Todos os convidados estavam sentados.

Sophie chegou perto de mim e entregou-me o meu buquê, e correu para o altar, para o lado do namorado dela.

Bryan me olhou e abriu um ingênuo sorriso. Sorri também.

Papai segurou em meu braço e me conduziu até o início do deck de madeira, todos os convidados sentaram e me fitaram. Ruborizei e sorri tentando disfarçar.

— Você está linda minha filha. — Meu pai me elogiou enquanto caminhávamos até o altar.

— Obrigada pai — agradeci.

Papai me entregou para Bryan, e deu-o um tapinha nas costas, murmurando um “Boa sorte”.

Segurei na mão dele, e sussurrei:

— Finalmente.

Ele assentiu.

— Estamos aqui hoje para celebrar a união desse belo casal: Avery Miller e Bryan Moore...

Mas quando você está comigo

Vou te dar um gostinho

Vou fazer isso como se o seu aniversário fosse todos os dias

Sei que você gosta bem docinho

Então, você pode ter o seu bolo

Vou te dar algo bom para comemorar...

Depois da cerimônia ter sido finalizada, fomos até a festa, que seria um pouco mais afastado dali.

E chegou a hora de a dança do casal. Que beleza! Eu, ao menos, nem sei dançar. Talvez só um pouco.

Bryan me puxou e colocou uma de suas mãos em minha cintura e a outra mão foi de encontro com a minha. Ao fundo estava tocando One and Only, da Adele.

Encostei minha cabeça no ombro de Bryan e ele me conduziu à dança.

— You've been on my mind, I grow fonder every day, lose myself in time, just thinking of your face... — Bryan cantarolou em meu ouvido.

— God only knows why it's taken me so long to let my doubts go, you're the only one that I want... — Cantei também e beijei seu pescoço.

Naquele momento estávamos com o coração palpitando na mesma velocidade, a nossa respiração também.

Nós estávamos sincronizados...

Para sempre.

Jogue o seu confete

Abra seu vinho

Bem quente e bem pesado

Até o amanhecer

Você está girando

Como uma bola de discoteca

Eles vão tocar a sua música a noite toda...

Depois de recebermos diversas felicitações, fomos direto para o aeroporto.

Viajamos durante quatro horas, mais ou menos.

Finalmente chegamos ao Ocean Two Resort, o hotel de iríamos nos hospedar.

— Amor! Me ajuda a tirar o vestido? — perguntei, depois que Bryan tinha saído do banho.

— Claro!

Ele passou sua mão gélida pelos meus ombros e abriu me vestido. Fiquei somente com a minha lingerie de renda branca

Bryan beijou meu pescoço e foi até a minha boca, mordeu-a e sorriu.

Então, vou deixá-lo da forma como você veio ao mundo

É hora de trazer os grandes balões

Então, vou deixá-lo da forma como você veio ao mundo

É hora de trazer os grandes, grandes, grandes balões...

Pegou as minhas pernas e apoiou minhas costas em seu outro braço e me levou à cama e me concedeu caricias. Tirou minha calcinha. E eu tirei somente a toalha que estava enrolada em torno de sua cintura. Ele me pôs sentada e enlacei minhas pernas nele, nos encaixamos. Entramos em contato sem pressa. Agarrei seus cabelos e os puxei de leve. Ele mordeu meus lábios novamente e atacou ferozmente o meu pescoço. Arranhei suas costas.

Ele soltou um gemido rouco...

Alcançamos o nosso máximo e deitamos exaustos. Ficamos olhando um para o outro.

— Se realmente o branco significa inocência, ingenuidade e afins, você não deveria ter se casado com essa cor, porque olha... — Bryan disse, abri um largo sorriso.

— Estamos juntos — falei.

— Juntos — ele repetiu, sorrindo.

— Agora, para sempre.

— Sempre.

Então, faça um pedido

Vou fazer como se seu aniversário fosse todos os dias

Eu serei o seu presente

Vou te dar algo bom para comemorar.

2 anos depois...

Já estava completando dois anos que eu e Bryan estávamos casados. Sim, já brigamos milhões de vezes, ele já dormiu no sofá diversas vezes e entre várias coisas. Mas já nos convencemos de que é impossível ficarmos longe um do outro.

Charlie e minha tia voltaram, agora eles estão casados novamente. Kristen teve o segundo filho com meu pai. Minha mãe mudou de Houston para Jacksonville.

Ingressei na faculdade de Direito. Bryan em Medicina, como ele quis. Mudamos de casa, construímos uma do nosso jeito.

Hoje, eu tinha marcado de sair com Bryan (ele sempre atrasado...), eu havia uma importante notícia para dá-lo. Saí da faculdade e fui direto para o restaurante que eu marquei com ele. Esse restaurante era de frente para a praia. Sentei em uma das mesas da varanda e pedi uma limonada.

Olhei para além do horizonte, vendo o sol se pôr de uma maneira esplêndida.

Ouvi alguém puxar uma cadeira e notei que era Bryan.

— Atrasado novamente, não é? — Coloquei meus cotovelos sobre a mesa e ajeitei meus cabelos.

— Desculpa — disse, enquanto sentava-se.

— Tudo bem. Antes tarde do que nunca.

— E então qual é a notícia? — ele me indagou, com os olhos brilhando, ele já deveria saber o que era.

Peguei a minha bolsa e abri-a, tirei um papel e o entreguei para ele.

— Estou grávida! — contei, antes mesmo que ele pudesse desdobrar totalmente o papel.

— Sério?

— Sim — repliquei. — Eu recebi o exame ontem, é recente a gravidez.

— Meu Deus! Essa é a melhor notícia que eu poderia receber em todo o meu dia! — Meus olhos se inundaram com as inúmeras lágrimas, que de repente começaram a cair desesperadamente.

— Eu fico feliz por poder te dar o prazer de ter um filho!

— O meu maior prazer é ter você — confessou e ficou um pouco vermelho.

— É mesmo? — perguntei e dei uma risada para descontrair.

— Sim. Eu não conseguiria viver sem você.

— Sério?

— Sim. E sabe por quê Avery? — ele me indagou comprimindo os lábios.

— Não, diga-me.

— Porque, querida você é minha estrela. — Ele suspirou e concluiu: — Você é a estrela da minha vida.