Pov.: Avery.

É, mudei de vida. Acordei no domingo, aliás fui acordada... Mas pelo menos acordei ao lado daquele Deus grego do Bryan! Nossa ele é lindo com aquele cabelo castanho-claro e aqueles olhos verdes... Sem comentário! Desci junto com ele (nossa como aquelas escadas cansam). Quando chegamos lá, tomamos nosso café da manhã junto da minha tia, ela estava deslumbrante, porém nem eu nem o Bryan falamos nada, ela que puxou assunto:

–Eai crianças, como foi a festa?- perguntou a minha tia, expressando curiosidade, enquanto pegava um pedaço de queijo.

–Foi...- falamos juntos, porém houve uma pausa- bem... Bem!- falamos juntos sem muita certeza. Aliás nós tínhamos certeza de que a festa não tinha dado certo, mas era melhor não comentar sobre, porque senão ia gerar uma série de perguntas... Desagradáveis como, "Por quê o Bryan fez isso?".

–Ah bom saber que vocês se deram bem, e se divertiram! Fico muito feliz.- disse minha tia entre uma mordida e outra de pão.

Ficamos em silêncio o resto do café todo. O resto do dia foi legal, mas foi legal eu no meu quarto e Bryan no dele. Eu fiquei no meu quarto pensando no que tinha ocorrido no dia anterior... Não esta historinha de Bryan ter quebrado o nariz do Diego, mas sim o fato da minha mãe ter me enviado para Jacksonville, ali naquele lugar... Tá, não era o fim do mundo, mas sei lá, teve suas recompensas. Pelo menos eu conheço uma pessoa nessa joça, não tenho amigas, bem, ainda. Então alguém interrompe meus pensamentos, era um celular tocando, ah tá, era o meu que burra. O número não tinha indentificação:

–Alô.

–Oi, Avery?

–Eu, quem tá falando?- falei curiosa.

–Diego, lembra de mim?- senti que ele deu um sorrisinho enquanto falava.

–Lembro sim! Como que eu vou esquecer a confusão de ontem né!- rimos juntos.

–Quanto isso não se preocupe, já passou!

–É, o Bryan só ficou nervoso!

–Esquece dele. Ai, topa ir tomar um sorvete comigo? Daqui a pouco.

Assim, esse Diego ele era moreno, alto. Tipo, um outro Deus grego! Eu fiquei extasiada.

–É... É... Sim, vamos, vamos sim!- falei gaguejando.

–Você tá bem Avery?- perguntou ele, preocupado pela a minha "gaguejação".

–Estou sim, que horas e aonde?

–São que horas agora?

–São... Três e meia.

–Ah sim, então pode ser cinco da tarde?

–Pode sim, aonde?

–Não tem como errar, dois quarteirões da casa em que você se encontra.- disse ele em um tom sério.

–Entendi, então tá bom, até daqui a pouco.

–Até, um beijo bem gostoso nessa sua boca maravilhosa.

Tá, eu fiquei vermelha igual a um pimentão. Ele nem experimentou para saber se minha boca é realmente maravilhosa. E então eu ouvi a porta abrindo, era Bryan:

– Oi priminha!

–Oi.

–Eu estava passando aqui e... Foi inevitável ouvir sua conversa... Hm... Com quem você- ele limpou a garganta- estava conversando?

–Por quê você quer saber?

–Porque... É o Diego não é?

–Como você sabe?- perguntei assustada.

–"...Como que eu vou esquecer a confusão de ontem".- ele repetiu as minhas palavras.

–Sim era ele. Qual o problema?

–Naaadaa- disse ele em um tom SUPER sarcástico, enquanto ele saía do quarto.

Não entendi qual foi desse "Naaadaa". Tentei esquecer esse diálogo, e comecei a me arrumar, coloquei um vestido florido, não muito florido, já que era primavera. Com uma sapatilha, e fui para a tal sorveteria. Quando cheguei lá, Diego já estava à minha espera. A sorveteria era linda, quando entramos:

–Tudo bem contigo Avery?- perguntou Diego, logo quando adentramos a sorveteria.

–Bem na medida do possível.

Nós conversamos durante uma hora mais ou menos, até ele me fazer uma pergunta intrigante:

–Posso fazer uma coisa que eu estava com vontade de fazer desde ontem?

–O qu...- ele colocou o dedo indicador em frente a minha boca, e me beijou, um beijo longo e calmo... Ele beija muito bem. Depois que o beijo acabou:

–Por quê você fez isso?- perguntei assustada.

–Porque eu gostei de você.

Eu fui, praticamente, obrigada a ficar quieta. Porque assim, o que eu diria para ele?

–É, então Di, tenho que ir embora, minha tia falou para eu jantar com ela.- falei, levantando-me da cadeira.

–Espe...- ele tentou falar mas eu nem dei bola, sai andando.

Adivinha quem estava me esperando na porta de casa quando eu cheguei, sim, Bryan:

–O quê você está fazendo aqui?

–Te esperando! Claro.

–Pra quê?

–Para ver se você ia chegar viva!- ele deu uma risadinha de sarcasmo- Entra.

–Muito engraçado você! "Hahaha" estou quase rindo só falta a graça. Titia tá em casa?

–Hm, titia? Que fofa essa neném. Não, ela não está.- a puta que me pariu, ele me deu outro sorriso safado. Quase perguntei se dava para ele parar de graça.

–Ah tá- falei enquanto subia as escadas.

–Já vai subir? Não vai ficar nem um pouquinho com o seu priminho, ah não, aliás, vai tomar um banho, e lavar bem a boca. Depois de ter beijado aquela imundice né!

–Já te mandaram tomar no cu hoje? Acho que não né, então vai tomar no cu.- gritei lá de cima.

–Obrigado pela parte que me toca, PRIMINHA!- disse ele, ressaltando a parte do "PRIMINHA".

–E eu já disse porra, PARA DE ME CHAMAR DE PRIMINHA!

–Estou vendo que precisa mesmo lavar bem a sua boca, aquele sujeitinho sujou bastante você.

Nem dei bola, bati com tanta força a porta do meu quarto que eu acho que, tremeu o bairro todo. Tomei o meu banho, acho que o banho mais demorado da minha vida. Coloquei uma camisola e desci para ver o que tinha pra comer:

–BRYAN- gritei descendo as escadas correndo.

–FALA- percebi que a voz dele vinha da cozinha. Corri para lá.

–Bryan- parei um pouco, para respirar- o que vamos comer? Estou com fome.

– Você já não tomou sorvete?

– Eu nem comi sorvete!

–Ah é verdade, você estava quase comendo ele.

–Como você sabe? Aliás, eu não estava comendo ele!

–Eu vi vocês se beijando.

–Viu?- perguntei, enquanto caçava o meu celular pela sala, com ele me seguindo.

–Vi sim- disse ele, enquanto eu parava na frente do sofá para eu procurar o cacete do celular. Ele me agarrou pela cintura e me perguntou- ele beija bem?

–Sim, por quê você quer saber?- nesse momento eu virei, e ele me empurrou para o sofá, e tirou a blusa.

–Vamos ver quem beija melhor então!

–Me solta, seu idiota. Me larga- gritei, comecei a me debater mas ele segurou os meus braços- AGORA!- exaltei-me ainda mais.

E então ele me beijou, me beijou bem gostoso, devagar. Ele tem uma boca realmente maravilhosa, dai ele foi me soltando aos poucos, quando ele me soltou totalmente:

–Eai, quem beija melhor?- perguntou ele, realmente curioso.

–Ai, me larga Bryan.- disse, enquanto ia direto para o meu quarto.

–Eu já larguei, quer que eu prenda de novo? Ah é você gostou né.

Bati a porta do meu quarto e entrei, me joguei na cama. Do nada lágrimas começaram a rolar pelo o meu rosto, sem sentido nenhum. Depois de umas 2 horas presa dentro do quarto resolvi descer, para dessa vez, comer:

–Seu idiota! Quantos dólares você tem?

–Vinte, eu acho. Por quê?

–Pois é, vamos comprar uma pizza!-eu disse, pegando o meu celular.

–Ah e só eu que vou gastar? Você nada né!- indagou ele, indignado.

–Minha tia vai chegar hoje?

–Não, só vai chegar amanhã de madrugada.

–E pra onde que ela foi?

–Califórnia. À trabalho.

–Ah tá. Aqui, não é nada mais do que justo você pagar a pizza, já que no sábado quem ia me pagar as bebidas era você, e afinal de contas não bebemos porra nenhuma.

–Hm, boa de argumento você priminha. Parábens! Mas eu que vou escolher o sabor.- declarou ele, enquanto ligava. Depois que ele desligou.- Pedi de calabresa, foda-se se você não gosta!

Fiz uma cara de nojo, só pra irritar ele:

–Gosto sim!- andei em direção da sala, para assistir um pouco de tv. Nem preciso dizer quem foi atrás para me pentelhar né.- BRYAN!

–O quê? Não precisa gritar, estou do seu lado, E EU NÃO SOU SURDO.- gritou ele.

–Já deu pra perceber, só falta entrar dentro de mim né.

–Quer que eu entre?

–Não, muito obrigado.- falei, enquanto me dirigia ao meu quarto e ele atrás de mim, me seguindo igual à um carrapato.- Não aguento mais você.

–É priminha?- ele deu uma mordidinha na própria boca e me empurrou pra cama. E subiu em cima de mim.

–Cara, você é adepto agarrar as pessoas contra a vontade delas, ou, só é impressão minha?

–Você diz como se não gostasse.- falou, enquanto beijava o meu pescoço.

–É não gosto mesmo.- dessa vez me superei, peguei o rosto dele com as minhas duas mãos e beijei ele.

–Estou vendo como não gosta!- disse ele entre o beijo, e então a pizza chegou.

–A pizza chegou, vai lá pegar, já estou descendo!

–Tá, tá, estou...- o cara buzinou de novo- JÁ VOU CARALHO.- disse ele enquanto saía de cima de mim.

Antes de descer coloquei, claro, um babydoll bem sexy para provocá-lo.

Quando cheguei lá embaixo, ele já tinha arrumado a mesa e estava sentado à minha espera:

–Garota, por quê você não tira tudo logo!

–Não estou afim.- sentei-me e coloquei uma pizza no meu prato e servi ele também.

***

Quando acabamos, eu fui para o meu quarto e ele para o dele. De manhã ele bateu na porta do meu quarto para avisar que o café estava servido. Peguei o meu celular para ver a hora e... Sete horas da manhã:

–BRYAN- berrei desesperada, pulando da cama- me espera.

–Estou te esperando até agora, não vejo problema te esperar mais 100 anos né.

–Ah claro- eu quis dizer tipo, como se ele também não tivesse acabado de acordar.

***

Quando cheguei na frente do colégio, era enorme e cheio de gente, me espantei:

–Priminha, como você ainda é uma criança, você estuda nesse prédio.

–E você deveria estar no berçário né

–Senso de humor magnífico o seu. Mas você não estuda neste prédio, você estuda no mesmo do que o meu... Infelizmente.

–Nossa... Fiquei até triste agora.

–Pois é- disse, enquanto estacionava- espero que faça amigas!

–Arrã- bati com tanta raiva a porta do carro.

–Não tem geladeira em casa não?

Ignorei segui o rumo da minha sala, que inclusive estava atrasada. Antes peguei as chaves do meu armário, cheguei na sala parecendo que era a atração principal. A aula era de fisíca. O professor, olhou para a minha cara, ele está de costas para a sala, exatamente, escrevendo no quadro matéria nova:

–Olá, senhorita Avery.- ele falou enquanto sentava-me na frente de três grandes amigas. Bem, me refiro, elas são grandes amigas, entre elas. Uma me cumprimentou baixinho no meu ouvido:

–Oi, Avery né. Então o meu nome é Rebecca, mas pode me chamar de becca. Esse professor é o mais chato que tem!

–Ah, prazer becca, já deu pra perceber que esse professor é chato.- falei enquanto organizava a minha mesa.

***

Na hora do intervalo, fiquei junto desse trio. Todas muito legais. Logo me enturmei, quem fazia parte desse trio era, Rebecca que eu já havia conhecido, Annie, Sophie, e agora euzinha. Rimos muito juntas, rapidamente ela já gostaram de mim:

–Avery, não olha para trás, está vindo o segundo garoto mais lindo de toda a escola. Está vindo em sua direção.-Disse Annie.

–Meu Deus, como ele é lindo- disse Sophie e Rebecca, em coro.

Dentro de dois minutos senti duas mãos tapando os meus dois olhos:

–Adivinha quem é!- uma charada, já tinha três dicas, era homem, cheirava bem e tinha uma mão macia.

–Hm, deixa eu ver... Diego?

–Sim, sou eu.- disse ele, virando-me para ele.

–Você... Você estuda aqui?- indaguei, assustada.

–Sim.

–Como está o seu nariz?

–Bem melhor.

–Entendi. Ah, fico feliz então.

–É, então tá bom, bom término de lanche para vocês. Avery, quer sair mais tarde comigo?

–Hm... Posso pensar? Mais tarde eu te ligo para dar a resposta!

–Claro linda, até mais tarde! Tchau garotas.- disse, e saiu andando em direção ao grupo dele.

–NOSSA, como assim ele te chamou para sair?- perguntou Sophie.

–É essa foi a segunda vez, eu sai com ele ontem, também.

–Assim, Avy, ele nunca falou com a gente, nem ele nem o Bryan. Todos são lindos, mas o mais lindo é o Bryan!- afirmou becca.

–O Bryan? Ele o garoto mais lindo da escola?- falei, mesmo achando ele gostoso demais, e ainda cai na gargalhada.- Esse babaca é o meu primo, e inclusive estou na casa dele!

–SÉRIO?- gritaram todas.

–Sim.- respondi, com uma cara de tacho.

–Nós precisamos ir lá.- disse Annie, sem poupar ânimos.

–Arrãm.

***

Quando cheguei em casa, a minha tia já estava lá, tinha chegado mais cedo. Eu nem peguei carona com Bryan, eu queria ficar sozinha, queria ficar calada, pensar na tal história de sair com Diego. Quando adentrei a casa, fui para o meu quarto em silêncio e resolvi ligar para Diego:

–Diego?

–Oi, decidiu?

–Sim, eu vou. Teria como você me buscar? Seria mais fácil para mim.

–Claro, baby!- Gente, como assim baby? Pensei.

–Arrã, beijos. Até mais tarde.

–Beijos!

***