Pov.: Bryan.

Eu fui pela primeira vez na casa da Vic, para cuidar dela, os pais dela quase não ficavam em casa, e ela não tinha quem cuidasse dela, e realmente ela estava machucada. A gente estava, vamos dizer que, namorando, mas ela era muito cheia de nhe nhe nhé, assim, como posso dizer, ela era muito possessiva, tem uns três dias que já quase não fico em casa, porque ela tem ciúmes da Avery.

–EU, NÃO QUERO SABER DE VOCÊ JUNTO DAQUELA PIRANHA.- ela se exaltou, enquanto eu levava ela para casa.

–Calma. Não rola nada com a gente, ela só é a minha prima!-argumentei, já exausto de sempre ter a mesma discussão com ela sobre a mesma coisa.

–Como que eu vou confiar em você?- "Como assim?" Pensei.

–Como assim?

–Ué, a Evelyn terminou com você porque você a traiu!

–Como você sabe?

–Somos amigas.

–Cara, eu ter traído ela foi um erro, mas eu ter começado a namorar com ela foi um erro maior ainda.- declarei, já estacionando o carro na frente da casa de Vic.

–Arrãm.- ela disse, logo depois ela notou que eu não tinha me retirado de dentro do meu carro.- Não vai subir comigo?

–Dessa vez não, não quero ouvir você falando mal da Avy!- declarei, irritado.

–Tá bom então, também não me procura mais!

–ÓTIMO!- gritei já arrancando o carro. Ela ficou extasiada, olhei pelo retrovisor interno do carro, ela estava parada olhando para o meu carro cada vez mais distante.

A minha casa era quase duas horas da dela, o caminho todo fiquei pensando na Avery. Aquela garota realmente, tem sido muito especial na minha vida. Eu já não conseguia transar com mais ninguém, inclusive da primeira e última vez em que transei com a Vic, não deu muito certo, quando eu gozei falei o nome da Avery. Porque na real, eu estava ali com a Vic pensando na Avy. E isso me consumia cada dia mais, pensar em qual era o meu sentimento pela Avery, depois que a conheci melhor percebi que ela era o que faltava em mim. A Avery, mexeu com a minha vida, bagunçou o meu coração, e os meus sentimentos, eu fui completamente idiota quando disse aquelas coisas todas para ela. Um IDIOTA. Quando eu cheguei em casa, ela não estava, eu andei um pouco pelo jardim, uma coisa que eu não fazia há tempo. Depois eu me dirigi à sala de música, pelo incrível que pareça, eu, quando era menor já toquei, piano, guitarra, violão, teclado, todo o tipo de instrumentos que você imagina. E uma coisa que eu não tocava mais era piano.

–Bryan? Está em casa?- ouvi a voz da Avery do hall de entrada.

–Sim, sobe aqui. Estou na sala de música.- gritei de volta.

–O que você quer?- ela perguntou da porta do cômodo.

–Está estressada?-perguntei.

–Com você sempre.

–Senta aqui do meu lado!- indiquei, apalpando o "sofázinho" do piano.

–Pra quê?

–Senta aqui, que eu vou tocar uma música para você!- ela veio em minha direção, e sentou do meu lado, meio arredia. Comecei a tocar, eu tinha escolhido Always, da banda Bon Jovi.

–This Romeo is bleeding

But you can't see his blood

It's nothing but some feelings

That this old dog kicked up

It's been raining since you left me

Now I'm drowning in the flood

You see I've always been a fighter

But without you I give up

Now I can't sing a love song

Like the way it's meant to be

Well I guess I'm not that good anymore

But baby that's just me...- ela começou a cantar junto comigo.- Você gosta dessa música?- perguntei, sem perder o ritmo.

–Sim, muito.- começamos a cantar o refrão juntos.

–And I will love you baby always

And I'll be there forever and a day always

I'll be there till the stars don't shine

Till the heavens burst and the words don't rhyme

And I know when I die you'll be on my mind

And I'll love you always.- paramos de cantar, ela tem uma afinação perfeita.

–Sempre quando estou perto de você...- aproximei a minha boca da dela, mas ela hesitou.

–Melhor não Bryan, não dá para esquecer aquilo tudo que você me falou. Eu achava realmente que você gostava de mim. Mas eu estava enganada!- ela se levantou para se retirar.

–Espera Avy, aquilo tudo que eu te falei...- ela me interrompeu.

–Você vai me dizer que foi um engano e tal, que você me ama mesmo. Mas nem precisa se cansar, tá bom!- ela saiu, e foi para o quarto dela, eu a segui.

–Não Avy, não é bem isso...- ela me interrompeu novamente.

–ME LARGA EM PAZ.- e bateu a porta do quarto. Continuei insistindo, bati na porta do quarto dela.

–Abre Avery, por favor! Eu terminei com a Vic! Por favor Avy, abre essa porta!- ela destrancou e abriu a porta com feição de espanto.

–Você o que?- ela perguntou, sem crer no que tinha escutado, eu agarrei os dois braços dela, e beijei-a. Estava com saudade daquele beijo, um beijo com calor, com amor, sedutor.- Me larga seu idiota!- ela disse, e me empurrou. E fechou a porta na minha cara de novo.

***

No sábado, fui para o meu treino de vôlei, passei praticamente a tarde inteira treinando. Tudo isso para esquecer a Avery, já que ela tinha me esquecido, e me achava um idiota (o que não discordo dela), e já me ignorava há mais de um mês praticamente. Eu fiquei pensando sobre me mudar, porque olhar para a Avery e ela me ignorar é pior do que estar longe. Porque sendo assim, doeria menos para mim. E para ela seria melhor.

–Mãe, você tá ai?- perguntei, batendo na porta do quarto dela.

–Estou sim, pode entrar.- ela disse, e eu entrei.

–Mãe, eu queria conversar uma coisa com você!- falei, sentando na poltrona do quarto dela.

–Diga filho.

–Mãe quero me mudar. Quero comprar um apartamento, meu!

–Por quê?- minha mãe perguntou, espantada.

–Porque... Porque...- demorei tentando achar uma desculpa.- Porque eu acho que já tá mais do que na hora de eu sair da sua asa, ser independente, arrumar uma namorada.- ela assentiu.

–Meu querido, você sabe que qualquer escolha que você opte quanto isso, eu vou te apoiar!

–Obrigado mãe, vou começar a procurar segunda!- levantei, e dei um beijo nela.- Te amo!

Quando eu sai do quarto, bati de frente com a Avery.

–Quer dizer que, você vai se mudar?- Avy perguntou, assustada.

–Sim!- respondi, indo para o meu quarto.

–Como assim?- ela entrou comigo.

–Ué! Ah quer saber Avery, não preciso te explicar nada.

–Ah isso é verdade, você tem que se explicar para a "Vic".- ela fez aspas com os dedos.

–Não preciso explicar-me para ninguém! Agora pode me dar licença?- perguntei, tentando ignora-lá.

–Ah garoto, não vem com essa.- ela me agarrou e me beijou. Ela gosta de mim, eu tenho certeza. Até ela me soltar.

–Há, só você para pensar mesmo, que eu te amo!- ela saiu rindo, e me deixou lá, babando por ela.

***

No domingo, liguei para o Diego.

–Diego, brother, pode passar aqui em casa?

–Posso, mas pra quê?

–Quero te falar uma coisa.

–Tá bom.

A Avery ia ver só.

–Bryan?- ouvi a voz do Diego.

–Sobe aqui, estou no meu quarto.

–Estou até curioso.- ele brincou quando me viu, e se sentou no puf.

–Cara vou te mandar o papo. A Avery está te traindo!

–É?- ele perguntou espantado.

–Sim.

–Com quem?- perguntou, assustado,

–Não sei, mas quando eu peguei o celular dela, eu vi um número, que estava "Amor 2", e eu vi o número, não era o seu.

–Caralho, nem acredito!

–Pois é, mais tarde você liga e termina literalmente com ela!- aconselhei-o.

–Pode crer...

Yeah, missão completa!