Raven Prince escrita por Sweet Deluded


Capítulo 3
Ragazzo




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Elena olhou Damon com seus profundos olhos azuis salpicados de ouro, ela sentiu um lento sorriso se desenhar em seus lábios.O que ela deveria fazer? Correr para ele? Chorar de alegria?Ou rechaçá-lo?

Se fosse Stefan parado ali na porta seria tudo mais fácil, ela teria apenas que mostrar o mínimo de interesse e ele correriam para ela, como devia ser, mas com Damon...bom não funcionava assim.Deixaria Bonnie fazer o primeiro movimento. Sim, deixaria a garotinha tola ser ridicularizada e então ver quão insignificante era, e de quebra não cometeria o mesmo erro.

Se enganou, a bruxa saiu tropeçando em marcha ré, até dar com a parede, arfante. Aquela garota não servia nem de isca afinal.

Vestiu sua melhor mascara sedutora e foi tomar o que era dela.

–Você voltou!- ela parou os passos propositalmente hesitantes em sua frente, e piscou lentamente as pestanas.Damon olhou para ela.

–Sim, Elena. E você parece...- ele correu os olhos de buraco negro pelo rosto dela-...entusiasmada.- o estomago dela afundou, não era o que esperava.

Ele desfiou os olhos dela para Stefan, branco como papel. “Que patético” pensou ela”por que um namorado vampiro, quando ele empalidece por você” Elena quando se deu conta de seus pensamentos tentou se controlar, ela não era uma despeitada, desesperada. Damon voltaria a por os olhos nela e quando fizesse ela tinha que estar perfeita.

–Hey, ragazzo– ele disse para Stefan, o apelido destacado em sua língua ferina- Nenhum abraço no seu querido irmão?- ele provocou, enquanto Stefan enrijecia.-Eu acabei de voltar da morte, esperava um Benvenuto bem mais caloroso, principalmente de você- ele suspirou falsamente, debochado.

–Eu lhe daria as boas vindas se tivesse a mínima idéia do que você quer aqui.Stefan deu um passo em frente, com toda sua força empregada na voz, pelo olhar que ele lha dirigiu em seguida ela soube qual o maior medo dele. O de que Damon tivesse voltado por ela, E todos sabiam que ele estava certo.

–Se acalme, não vim roubar sua namoradinha.- ela se virou para ele e arqueou a sobrancelhas. “Como assim não havia voltado por ela?”. Eles a amavam, ambos a amavam incondicionalmente.-Depois de morrer e voltar nós evoluímos...aprendemos a desapegar-nos do... antigo. – Ele disse lentamente, seu tom de sermão era cínico.

–Do antigo? – ela não pode refrear a frase encoberta de magoa. Ela era bonita, inteligente e eles eram loucos por ela. Ela tinha certeza de que eles eram loucos por ela, só não sabia ainda que jogo malicioso Damon planejava engendrar.

–Sim, do antigo.- disse como se fosse obvio, recostou-se na parede, os braços cruzados sobre o couro negro da jaqueta.- Eu me apaixonei...- ele se pausou como se a palavra fosse errada.- por falta de termo melhor...eu me apaixonei duas vezes por mulheres com o mesmo rosto, e a mesma pré-disposição a gostar de meu irmão, e descobri que fiz um péssimo negócio em ambos os casos.- Ela julgou compreender, ele tentava se recuperar de sua perda, fingindo que não a amava.- então resolvi que existem muitas outras dispostas a aceitar o muito que tenho a oferecer- ele olhou para ela presunçoso.- e merecem mais.

Bonnie se engasgou da parede, atraindo a atenção sobre ela.

–Olá, Bonny. – disse Damon, sua frase limpa de intenção pela primeira vez.- Você parece pálida, passarinha.

Indignação cobriu Elena, ele estava tratando Bonnie melhor que ela.

–Damon, deixe Bonnie em paz.- aquela fala vinda de Stefan pareceu irritar Damon em sua constante mascara de indiferença.

– Ou você vai fazer o que?- sua voz não saiu busca ou violenta, seu dom não era alto, mas o perigo era evidente, eles quase podiam ver o lobo enjaulado por trás dos olhos faiscantes. Damon era assim perigo puro, promessa de dor real, e ele nunca quebram uma promessa.

Stefan suspirou.- Eu não quero e não vou brigar com você, Damon.- Damon inclinou o cabeça como se observasse um insignificante inseto, ou um animal exótico.

–Eu não perderia meu tempo com você, nem que me implorasse. - se desencostou da parede.

–Por favor, não briguem.- disse Bonnie implorante, eles estavam tão absorvidos em sua discussão que não se deram conta de que Bonnie se desencolherá da parede, e pálida se escorava em um criado mudo para não cair. O primeiro pensamento de Elena foi correr e ajudá-la, mas seu pensamento se clareou logo em seguida. A burrinha devia estar fazendo aquilo por atenção. Damon olhou para ela fixamente.

–Obrigado Bonnie, você me faz lembrar algo importante...- ele parecia em duvida sobre o que dizer em seguida. –O brasão Salvatore.

–O que?- se ouviu a voz de Stefan com uma entonação incomum nele.

–O brasão Salvatore.- repetiu Damon calmamente, quase divertido pela explosão do irmão mais novo.

–Eu entendi o que você disse!- exclamou Stefan indignado.

–Então não berre como uma matrona.- Damon pós os olhosem branco.

Elena se via cada vez mais confusa, a conversa dos dois era estranha aos seus ouvidos, e Stefan parecia descontrolado.

–Eu não vou te dar o brasão.- disse Stefan petulante, como se fosse ignorante ao caminho perigoso que trilhava.

Damon não alterou a expressão enquanto falava, parecia já esperar por aquele espetáculo, mas os sentimentos de Damon sempre estavam nas sombras. Elena achava que talvez fosse por isso que os olhos dele fossem negros.

–Você vai sim, rapazzo.- seu tom era certo e sua expressão esculpida em mármore como um Adônis arrogante.- Eu vim de muito longe por ele e vou levá-lo, por bem ou por mal.

–Você não tem direito de aparecer aqui sem mais nem menos, e me ameaçar...- sua voz foi interrompida por uma risadinha seca e cínica se Damo.

–Você realmente quer discutir meus direitos?- e pressionou o próprio peito com o dedo.- por que eu sou o primogênito, você é o pequeno ladrão aqui.

Stefan ficou vermelho, e Bonnie teve que se segurar para não rir, o que a mortificou completamente.

– Você nunca o procurou.- Stefan acusou, e as duas garotas no quarto se perguntaram o que realmente era “o Brasão Salvatore”.

–Mas é claro que não, eu deixei que você me prestasse o serviço de cuidar dele.- ele deu de ombros fleumaticamente.- Você tinha que servir para alguma coisa afinal.

Stefan pareceu verdadeiramente indignado com o comentário, sua raiva perigosamente perto de suplantar a prudência.

Bonnie e Elena por mais que não gostassem sabiam quem venceria uma luta.

–Stefan, dê a ele.- a Gilbert disse dando um passo a frente e pousando a mão no ombro do namorado delicadamente. Stefan olhou para ela incrédulo.- Ele vai tê-lo de qualquer jeito.

–A tensão durou um minuto, então se arrebentou como a corda de arco com um longo suspiro derrotado de Stefan.

Ele deu as costas para todos e caminhou até a escrivaninha do quarto, enquanto Damon abria um sorriso felino. De uma das gavetas tirou uma caixinha oval de madeira esculpida, parecia um artefato antigo e valioso, com a caixa nas mão se virou e caminhou de volta a frente de Damon sem uma palavra.

Bonnie pode ver que na tampa da bonita caixa um ”S” estava gravado em jade. Ele abriu a caixa com os longos dedos e de lá tirou um embrulho de linho branco, enquanto levantava o objeto uma corrente de prata escorregou do tecido que continuou a ocultar o restante da peça.

Damon esticou a mão e tomou o objeto, sua mão e a de Stefan permaneceram unidas, então ele disse com um ar sardônico.

– Que bom que não esqueceu o seu lugar.- sorriu felino e sumiu.


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