Waves Of Love escrita por Mariana
Notas iniciais do capítulo
Ooi, desculpa a demora. Não tenho desculpa a não ser sobre inspiração que não tive nenhuma. Desculpa pelo capitulo, mas o "tico e teco" estão de férias!
Vou começar a postar apenas um dia da semana! Acho que nas quartas!!
Boa leitura *O*
Atendi o celular era a voz de Rodrigo, ele parecia estar chorando:
-Alô?
-Mari... Eu preciso... Da tua ajuda... – ele falou entre o choro.
-O que houve?
-Minha irmã...
-Você tem irmã?
-Tinha... – e começou a chorar mais ainda
-Como assim?
O outro lado da linha ficou mudo, só deu pra ouvir o barulho alto da ambulância e policia. Não sabia o que iria fazer. Já era madrugada, meu pai não deixaria sair. E eu nem se quer sabia onde ficava a casa dele.
Coloquei a minha cabeça pra fora da janela (que tinha uma vista linda para o mar) olhei para o lado e vi umas pessoas correndo em direção a uma casa que ficava num condomínio bem próximo. Demorei um pouco pra reconhecer aqueles rostos de desespero e lagrimas. Mas eram as mesmas pessoas da “festa” que teve na praia.
-Fran a gente tem que ir lá!
-Mas o tio Leo não vai deixar.
-Nós pulamos a janela. Simples.
-Pular a janela, sério?
Nesse momento a porta abriu e entra o meu pai, tio Leo para as minhas amigas.
-O que as meninas ainda fazem acordadas?
Entreolhamos-nos e a Fran foi mais rápida:
-Nós acordamos com esse barulho de ambulância, bombeiro e policia.
-Ah sim, foi aqui na casa dos Kitten.
-O que aconteceu pai?
-Bom, o filho mais velho deles o Rodrigo, aquele que te trouxe aqui em casa. – assenti com a cabeça e ele continuou – Ele voltou pra casa depois da festa que vocês foram e a irmã dele de 11 anos estava presa na cozinha, pois ela teria ido fazer o jantar. Só que colocou fogo na parte da cozinha, ela tentou sair e não conseguiu a porta estava emperrada. Quando ele chegou e viu aquela fumaça toda e abriu a porta e puxou a irmã dele pra fora e ela estava desmaiada.
-Como você sabe Tio Leo?
-Eu fui ali e os policiais me explicaram tudo.
-Mas você saiu em menos de cinco minutos?
-Não, vocês estão aqui há 30 minutos. Eu abri a porta pra vocês e logo depois sai.
-Pai, posso ir lá?
-Pode... Vai ser importante pro Rodrigo.
Ainda estava com a roupa da festa. Tirei e coloquei outra, uma camiseta de manga cumprida listrada branca com bege, um shorts azul escuro e uma alpargata preta. Sai correndo porta a fora com a Fran me acompanhando.
Chegamos lá e fui correndo dar um abraço no Rodrigo que estava aos prantos e a Fran foi falar com Bruno. Rodrigo me explicou que os pais deles estavam viajando e que só voltariam dali uma semana, mas a avó deles estava em casa no momento do acidente e estava dormindo, sendo assim não ouviu nada. A irmãzinha dele estava dentro da ambulância, com mascara de oxigênio e logo foi levada para o hospital com a sua avó a acompanhando.
-Calma Rodrigo! Vai ficar tudo bem, eu prometo. Eu também perdi a minha irmã num acidente. Ano passado. Ela era mais velha e perdeu o controle do carro, saindo assim da estrada e indo para o mato onde tinha um declive e não sobreviveu. – falei isso entre as lágrimas e olhando para a tornozeleira que ela havia me dado antes do seu falecimento.
Ele me abraçou e ficamos assim por um bom tempo. Já estava tarde, me despedi dele, dos seus (e agora meus) amigos e fui caminhando. Sem rumo. Não queria voltar para casa. De repente percebo que esqueci alguma coisa. E essa “coisa” pula na minha garupa:
-Tava esquecendo de mim né dona Marina!
-Ué pensei que estava mais feliz com o Bruno – a soltei e sai correndo – tava lá em mil beijos!
-Até parece que tu não foi “acalmar” o Sr. Kutter!
-Não ta!
Entramos no prédio (meu pai havia me dado às chaves) e fomos direto ao “nosso” quarto. Entramos e Fran olhou pra mim, fez um sinal para eu me sentar na cama e começou a falar:
-Mari, eu tenho uma coisa muito importante para te falar – fiz um sinal com as mãos para ela prosseguir e ela olhou para baixo com uma cara de triste – EU TO NAMORANDO! – e começou a bater palmas pulando.
-Sério, meu deus! É O BRUNO NÉ – a abracei e ela começou a me contar e caímos no sono de roupa e tudo.
POV’S FRANCIELLE WERLANGI
Quando saímos do apartamento, indo em direção à casa do Rodrigo. Chegamos lá e encontrei o Bruno:
-Já tava com saudades é? – falou ele me puxando pela cintura.
-Saudade de ti, nunca – comecei a rir.
-É assim então Francielle – falou ele de um modo irônico.
-Hahaha claro, sou eu que mando!
-Ai meu deus – ele olhou pra cima e continuou – Francielle quer namorar comigo?
-Por que eu deveria aceitar?
-Cê complica heim!
-Haha claro que sim! – Dei um abraço nele e ficamos assim
POV’S MARINA GUMARÃES
Acordamos pelas 9:30 da manhã com o celular tocando. Infelizmente me lembrei de que iria embora do Rio.
-Alô?
-Oi filhinha tudo bem?
-Tudo mãe... E contigo?
-Sim...
-O que houve mãe?
-Filha, eu fui demitida.
-Por quê?
-A empresa fechou, fica com o seu pai essa semana.
-Mas e a escola?
-Eu aviso os teus professores. A Fran pode ficar junto, eu já avisei a mãe dela.
-Ok, mãe beijo.
Desliguei o celular, olhei pra Fran e contei pra ela. Ela ficou animada. Arrumamos-nos e fomos pra praia.
Estendemos as nossas cangas e nos deitamos. Logo duas pessoas taparam nosso sol, me virei e olhei para cima:
-Ah são vocês! – falei me levantando – Como vocês estão? – falei dando um beijinho na bochecha do Bruno e dando um beijo no Rodrigo.
Eles se sentaram conosco e começamos a conversas até que cismei que queria ir para o mar. Eu e o Rodrigo fomos juntos, entrei e ele estava me guiando com as mãos na minha cintura, já que naquela parte havia muito buraco. Chegamos a uma parte plana, a água batia em nossas barrigas e ele estava me encarando com um sorriso de criança que está ou vai aprontar. Ele me colocou em seus ombros logo depois me jogando na água, mergulhei e voltei muito rápido falando que eu não sabia nadar. Ele logo me pegou no colo e perguntou:
-Você ta bem?
-Eu preciso de uma respiração boca a boca – falei dando um sorriso malicioso.
Ele me colocou no mar, logo em seguida me beijando. Olhei para o nosso guarda sol e não havia ninguém lá, mas as coisas de Fran ainda estavam ali. Virei à cabeça para o lado e tava Fran e Bruno conversando, cheguei correndo e toquei água na Fran, que nem as crianças fazem e depois me escondi atrás do Rodrigo.
Nunca tinha tido uma tarde de domingo tão boa. Já estava entardecendo e o meu pai me ligou:
-Alô?
-Alô? Oi filha!
-Ah, oi pai!
-Olha só, eu vou ter que ficar de plantão essa noite, vem para casa às 18 horas!
-O pai eu posso te pedir um favor?
- Ai meu deus, o que você quer Marina?
-Eu posso pedir pizza e levar os guris pra jantar ai em casa?
-Pode. Mas juízo! – ele deu um suspiro de preocupado – Filha olha só, a chave vai estar ali no arbusto da frente, pois eu já tenho que sair! Beijo.
-Tchau, beijo.
Desliguei o telefone e começamos a recolher as coisas para ir ali para o meu, nosso apartamento.
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