Anjos Infernais escrita por Strange


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Postando hoje mais um capítulo :) eu gostei de escrever esse, na verdade eu gosto de escrever todos, mas esse foi em particular bem legal.
E para todas que me perguntaram qual era a da criatura de olhos verdes, agora você iram saber o que ela é....



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"Mais uma dos cipos das arvores desceu veloz e levou duas bestas, as arvores da floresta estavam fazendo o que foram feitas para fazer, serem para os monstros uma ultima chance."

Lira observava atenta o bando que antes era imponente e assustador ser dizimado, aos pouco as bestas que antes comemoravam antecipadamente suas própria vitoria eram derrotadas. Junto a elas Lira também se via perder, o veneno já corria livre por suas veias, ia cada vez ficando mais sem sangue, a respiração falhava, sua visão estava ficando embasada, sentia aos poucos seu coração parar de bater, seu corpo ficava sem vida a cada segundo que se passava.

Ouvira um rosnado, não de uma besta, este vinha da criatura que agora se encontrava colocando Layck com cuidado ao lado de Lira, o carregava em uma de suas enormes patas, cuidadosamente para que as garras não lhe fizessem mal, ele ainda desacordado perdera totalmente a cor, parecia estar morto mas ainda respirava com dificuldades.

A criatura o colocara de frente para Lira, ela olhando atenta pode ver que linhas negras iam se desenhando sobre seu pele quase branca, elas lhe pareciam familiares, seus padrão, o modo que se espalhavam que se desenhavam, ela tentara lembrar mas não conseguia, seria algo que vira em um livro, ou com madame Maghratam não conseguia lembrar, mas pareciam em sua opinião algum efeito de veneno, espera que não, pelo modo que Layck se contorcia, parecia ser uma maneira dolorosa de morrer.

As arvores estavam acabando de retorcer as bestas, K.T tentara ajudar matando algumas que escaparam do abraço mortal dos cipos. Lira ainda olhava atenta pra os enigmáticos desenhos que por conta própria iam se fazendo por todo corpo de Layck. Ela estava a respirar devagar, ficara tonta, sua visão estava embaçando, os sons ficaram confusos, não sabia mais de onde viam ou o que eram.

A criatura se abaixou devagar, se aproximou de Lira, ficara a menos de um metro dela, estendeu sua pata, com a garra moveu com delicadeza sua cabeça, fez com que olhasse em seus olhos. O toque da garra era gelado, Lira olhava os olhos da criatura, tão belos e tão mortais, feitos de chamas mas ao mesmo tempo tão frios, eles seus ultima visão antes de ser consumida pela escuridão, olhando suas chamas crepitarem caiu em um sono vazio do qual, talvez não fosse mais acordar.

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Quando seus olhos se abriram novamente, só pode ver uma luz forte que a cegava, alguém chamava seu nome, mas a voz ficava ao longe, demorou algum tempo, não tinha noção de quanto, para que seus sentidos voltasse ao normal. Só depois notara que a luz cegante era a da lanterna, K.T segurava-a perto de seus olhos enquanto gritava seu nome. Percebendo que era a lanterna estendeu a mão, tentando tira-la de perto de seus olhos, K.T na mesma hora a colocou de lado e abraçou Lira, seus machucados podiam estar melhores, graças a K.T, mas ainda estava com dores, e seu abraço não ajudara.

Quando K.T finalmente a soltou, Lira pode se sentar direito sobre a grama, agora repleta de sangue seco, ao seu Lado estava Layck, ele só piorava.

–Eu... eu... não consegui ajuda-lo, nenhum feitiço deu certo, parece que toda vez que tento só piora.-disse com uma voz abalada.

–Madame Maghratam-Lira disse, mais como um pensamento em voz alta, ela deveria conseguir ajudar, ou pelo menos saberia o que estava acontecendo.

–Mesmo juntas, não poderíamos carrega-lo, estamos vamos dizer, fracas, e ele é magricela, mas nem tanto. E em minha opinião seria aproveitar muita da boa vontade do seu amiguinho ali, se pedíssemos para ele nos ajudar.- K.T apontou disfarçadamente para a criatura, estava sentada a metros delas, longe da clareira, onde a luz da lua não iluminava, se misturava com a escuridão, as vezes Lira não podia ver seu corpo, apenas os olhos, que as olhavam atentos.- E se quiser ajuda dele vai você eu não chego perto daquela coisa.

Lira parou de observar a criatura, olhou de novo para K.T antes que pudesse dizer algo Layck abriu os olhos, começou a usar as garras para em desespero arranhar o chão, parecia em pânico, K.T se levantou, andou ate ele novamente se sentou ao seu lado, Layck tremia e parecia cada vez mas assutado. K.T o com delicadeza colocara a mão sobre seu peito, "Ehmanty" disse em um tom baixo, alguns desenhos enigmáticos brilharam nas mãos de K.T quando se apagaram, Layck parou arranhar o chão, não tremia mais, fechou os olhos lentamente. Ela com calma colocou sua cabeça em seu colo e começou a mexer em seus cabelos, seu olhar estava triste, preocupado queria fazer algo por ele, mas não conseguia. K.T levantou a cabeça, olhava pra Lira, forçou um sorriso.

–Antes que pergunte, e eu sei que vai, Ehmanty é um feitiço que acalma os sentidos, ajuda quando ele tem alucinações.

–Quantas ele já teve?

–Esta é a sexta.-Lira se assustou.

–Por quanto tempo eu fiquei apagada?

–Você? Não muito, ele é que esta tendo uma muito muito próximas uma da outra- a voz de k.T era melancólica.

–Temos de tira-lo daqui. Agora. Madame Maghratam deve saber o que fazer, ou o que esta acontecendo.

–Não podemos carrega-lo. Já disse ... Você não vai lá pedir ajudar aquela coisa vai?

–Vou-Lira disse já levantando. Virou-se antes que K.T pudesse protestar, suas pernas estavam doloridas, mas nada que a impedisse de andar, foi devagar ate a criatura, que focara sua atenção nela, tinha receio de chegar voluntariamente perto dela. Mas não havia opção melhor.

Quando estava a quase seis metros a criatura a antes estava parada, se moveu com grande velocidade, como uma cobra dando o bote, Lira parou assutada, quase deu meia volta e correu mas se a criatura quisesse mata-la ela não teria chance. Parou a sua frente, as pernas dianteira estavam dobradas, mesmo assim ainda era bem mais alta que Liara, a calda de serpente, Lira não podia ver onde acabava ela se misturava na escuridão, só agora se dava conta de seu tamanho.

Ela se abaixou, ficou cara a cara com Lira, a espera que ela falasse, por um motivo desconhecido, sorriu para a criatura, não fora porque tinha quase certeza que ela iria ajudar, estar ali de frente com ela estranhamente lhe deixara feliz.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a criatura deu uma estranha guinada com a cabeça, abriu a boca repleta de presas, grunia em desespero, Lira deu um passos para trás, achando estranho, olhou atenta a criatura, com a falta de luz era difícil ver mas, ela pode notar, que havia cipos agarrando seu pescoço.

Mais um lhe enrolou a pata, fazendo com que a criatura caísse no chão, gritando, não por esta sendo sufocada mas de raiva. Lira teve de se afastar, para não ser atingida por ela, que se debatia alopradamente tentando se libertar. Mordia com as dentes os cipos, mas erram impossíveis de serem rasgados, usou a outra pata para golpear um dos cipos, mas eles se enrolou nela. Se debatia, mas os cipos só a seguravam mais firme.Já teriam carregado-a pra cima, se ela não fosse tão grande, mesmo aparentando ser feita apenas de sombras deveria ser pesada.

Ao mais cipos vinham, Lira queria ajuda-la, não podia chagar perto da criatura, mesmo que pudesse, não conseguiria solta-la, se tentasse cortar os cipos eles a matariam. Se perguntava porque estariam a atacar a criatura, não havia lógica, não estava sendo atacados por ela, e mesmo que estivesse os cipos só iriam ataca-la em ultimo momento.

Os cipos se tornaram muitos, a criatura estava sufocando, e eles retorciam seu corpo. Lira começara a perceber que o corpo parecia estar a se dissolver, perdia a formar, as vezes partes dele pareciam não estar mais lá. Quando os cipos eram suficientes começaram a levantar a criatura, nesta hora, ela parrou de se debater, estaria a aceitar ser morta?

Seu corpo começou a se desfazer em sombras, como se estivesse sendo queimado, os cipos ficando sem nada para segurar voltavam para as copas. Em meio as sobras, criatura se fora.

Um ultimo cipo que mais no alto estava, jogou com força algo contra o chão, caíra longe de Lira, onde não havia luz, ela não podia ver o que era. Notara que K.T gritara algo com ela, mas Lira ignorara, vozes ao seu redor ficavam ao longe quando inúmeros pensamentos invadiam sua mente. Devagar foi se aproximando, queria ver o que era, sua curiosidade era muita para ela pensar em consequências. Ouviu algo se moveu entre as sombras, mas Lira não recuou, continuara de vagar, com passos mansos, apenas parou no momento em que notou que havia alguém ao seu lado.

Um garoto, com os mesmos olhos verdes crepitantes e os mesmos chifres prateados da a criatura.


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Notas finais do capítulo

Não sei o que vocês acharam da ideia da criatura se uma pessoa, na verdade é um demônio, me o que acharam nos reviews. :3