Inimigos Coloridos escrita por Harry Jackson Everdeen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Cara, as provas terminaram e agora vou me dedicar bastante a essa fic e a minha outra, A Madness Only. Agradeço por acompanharem até aqui.
Boa leitura!



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Fizeram mais algumas rodadas, mas nada muito interessante. Quando perceberam que estava ficando chato, começaram a conversar sobre coisas banais, mas Nico nem ouvia. Estava pensando no beijo. Só tiraram de seus devaneios quando o chamaram.

– Ah, que foi? – questionou o moreno.

– Cara, a gente sugeriu tocar violão e cantar alguma coisa – falou Percy com um violão preto em mãos. Provavelmente de Thalia – Quer fazer as honras? – perguntou estendendo o violão a Nico.

O moreno o pegou e pensou em alguma música. Ia começar a tocar, mas antes pediu que Percy fizesse o coro. Começou a tocar alguns acordes. Tocou toda a introdução, com Percy no coro. Nico começou a cantar.

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach so
She ran away in her sleep

And dreamed of
Para-para-paradise, para-para-paradise, para-para-paradise
Every time she closed her eyes

Todos olharam encantados com a voz de Nico, rouco e linda. E ainda como ele tocava bem. Até Thalia estava boquiaberta. Não basta ser gato, gostoso e beijar bem, tem que saber tocar violão, ela pensou.

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
And the bullets catch in her teeth
Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she'll close her eyes
In the night the stormy night away she'd fly

And dreams of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
She'd dream of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh

Lalalalalalalalalalala
And so lying underneath those stormy skies
She'd say, "oh, ohohohoh I know the sun must set to rise"

This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh

This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh

This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh

Quando terminou, recebeu muitos aplausos.

– Cara, você é demais. – falou Katie.

– Valeu, Katie. – respondeu.

Percy falou uma música no ouvido de Nico. O moreno de olhos verdes cantaria e o de olhos negros tocaria.

– Beckendorf, canta o rap? – questionou Nico. O moreno respondeu que sim e eles começaram a tocar.

My heart is sinking
As I'm lifting up
Up above the clouds away from you
And I can't believe I'm leaving
Oh I don't kno-kno-know what I'm gonna do

But someday
I will find my way back
To where your name
Is written in the sand

'Cause I remember every sunset
I remember every word you said
We were never gonna say goodbye, yeah
Singing la-la-ta-ta-ta

Tell me how to get back to
Back to summer paradise with you
And I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh
I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh

(Tell 'em)

My soul is broken
Streets are frozen
I can't stop these feelings melting through

And I'd give away a thousand days, oh
Just to have another one with you
Baby girl

Well, real life can wait
(It can wait)
I'm crashing like waves
(Yeah)
Playing in the sand
(Me and you girl)
Holding your hand
Yeah yeah
Make some noise

'Cause I remember every sunset
(I remember)
I remember every word you said
We were never gonna say goodbye
Singing la-ta-ta-ta-ta

Tell me how to get back to
Back to summer paradise with you, yeah
And I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh
I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh

Beckendorf, antes que só introduzia algumas palavras na canção, agora fazia o rap.

The promises that we made to about our friends,
Thinking about it shineshine under trees,
Summer time on the beach,
Of fine we get closer under them trees,
Baby girl, you really got to me
It's 3 o'clock, and were together and the time doesn't leave
In a heartbeat girl, sex on the beach,
Don't stand your world, ask me im rich,
Loving you girl, is the best part of me

E Percy voltou a cantar, só que agora segurava a mão de Annabeth e olhava diretamente para ela.

Someday
I will find my way back
To where your name
Is written in the sand
Bring it back, bring it back, bring it back!

O moreno de olhos verdes cantava olhando fixamente para os olhos cinzas dela, estas que estavam um poucos marejados.

Cause I remember every sunset
(I remember)
I remember every word you said
We were never gonna say goodbye
(No way!)
Singing la-ta-ta-ta-ta

Tell me how to get back to
(Back to)
Back to summer paradise with you
Yeah, and I'll be there in a heartbeat

I remember where we first kissed
(I remember)
How I didn't wanna leave your lips
And how I've never ever felt so high
(So high)
Singing La-la-ta-ta-ta

So tell me how to get back to
Back to summer paradise with you
Yeah, and I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh
I'll be there in a heartbeat
Quick time, quick time girl
Oh-oh
Summer Paradise
I'll be there in a heartbeat
Yeah

A música terminou e Percy puxou Annabeth para seu colo e a beijou. Um beijo apaixonado e sem pressa de acabar. Os outros bateram palmas, mais para o beijo do que para canção eu acho. Quando seus lábios se separaram, o moreno limpou uma lágrima de felicidade que escorria no rosto de sua loira.

– Eu te amo. – ela disse.

– Eu também te amo. – respondeu. A loira ficou um pouco paralisada, porque ele nunca havia dito isso para ela, só ela para ele.

– Sério? – perguntou num sussurro.

– Muito sério. – respondeu em sussurro também.

Agora Annabeth o puxara pela nuca e deu um beijo mais urgente do que o anterior. Ele retribuiu com a mesma urgência e segurou mais firme sua cintura, querendo demonstrar que ela nunca escaparia dele.

– Procurem um quarto – falou Travis.

Os dois nem ligaram e ficaram lá, se agarrando. Tocaram mais algumas músicas e depois Thalia guardou o violão. Já estava tarde, então todos começaram a ir embora. Sobraram Annabeth e Nico na casa da Grace. Annabeth iria dormir lá e sairia pela manhã (um encontro com Percy) e Nico queria conversar com Thalia.

– Loira, posso falar com a Thalia em particular? – pediu Nico.

Annabeth levantou-se do sofá e foi até a cozinha deixando os dois para trás.

– Olha só, se for para falar daquele bendito beijo, nem comece – avisou a morena, mal olhando para cara dele.

– Não é isso. Na verdade, eu queria... – deixou a frase morrer. Se eu falar isso ela vai me matar, ele pensou.

– O que? Desembucha! – falou, exasperada.

– Eu queria saber se você aceitaria... sair... amanhã... comigo – a cada pausa, sua voz ia ficando um tom mais baixo. Mas a morena escutou mesmo assim.

– Como? – olhou para ele, um pouco surpresa.

– Eu queria saber se você quer sair comigo. – falou mais alto, agora olhando para o rosto dela. – Antes que me mate, fique sabendo que é um show e eu sei que você gosta de rock.

– Um show. De quem? – agora ela estava interessada.

– Você quer ir ou não? – questionou novamente. Seus olhos estavam focados nas orbes azuis da morena à sua frente. E devo acrescentar que os dois morenos estavam bem pertos.

– É. Pode ser legal. – disse por fim. Isso tirou um sorriso de Nico que era aquele mesmo de manhã, o mais fofo do mundo.

– Te busco as sete. – levantou-se e falou – E coloca a blusa da sua banda favorita, tudo bem?

Ela fez que sim e o moreno foi embora. Annabeth saiu da cozinha correndo e pulou em cima da amiga. Thalia sabia que a loira estava escutando a conversa, mas mesma assim perguntou.

– Você escutou tudo, não é?

A loira deu um sorriso enorme e fez que sim.

– Thalia, eu não sei porque você resiste. Sério, ele gosta muito de você, além de ser bem gato. – falou.

Thalia questionou-se se o que sua amiga estava falando era verdade.

– Ele não gosta de mim. Nos odiamos. E você está muito assanhadinha, dona Annabeth. Você tem namorado, não se lembra. – Thalia disse.

– Primeiro: ele ficou com cara de bobo quando você beijou ele. – a loira disse, ignorando as ultimas frases da amiga, e Thalia bufou com essa recordação. – Segundo: ele acabou de te chamar para sair.

– É só um show. – disse a morena.

– E foi por isso que ele te chamou. Você adora essas coisas. – falou Annabeth.

– Tá. Chega desse assunto. Vamos dormir porque eu to com sono. – falou a morena, um pouco irritada. Ou muito.

Elas foram para o quarto da punk, onde tinha um colchão no chão para Annabeth. Cada uma colocou seu pijama e caiu na cama. Thalia se revirava na cama, estava com insônia. Pensava no show do dia seguinte, e ela estava com muita curiosidade para saber de que banda que era. Estava pensando nisso e acabou pensando em Nico, e, consequentemente, pensando no beijo.

Por que ele tem que beijar bem?, pensou. Quando ela se levantou naquela hora, só pensava em terminar aquilo de uma vez só. Mas o que ela não sabia era que iria gostar do beijo. Sinceramente, achava que ele beijava mal.

Mudou seus pensamentos para outra coisa. Suas férias. Glória de férias, pensou. E, finalmente, com esses pensamentos, dormiu rapidamente.

...

Nico, fechando a porta do apartamento da Grace, suspirou. Um sorriso brotou em seus lábios. Até que não nos odiamos muito, ele pensou, Porque se ela me odiasse realmente, não me beijaria daquele jeito. Desceu e foi andando até o carro. Entrou e seguiu para casa.

Infelizmente, o moreno ficou intrigado. Ficou dizendo a si mesmo que chamar Thalia para ir ao show foi ridículo, idiota mesmo.

– Meu objetivo era só ficar com ela. – disse. – Isso já aconteceu... Por que teve que chama-la para ir ao show?!

Primeiro: porque todos os seus amigos tem coisas para fazer no sábado. Segundo: porque aquele beijo não foi de livre e espontânea vontade dela, ela tinha de fazer isso. Então para você não foi tão satisfatório. – essa era sua consciência.

Pensando bem, realmente sua consciência estava certa. Não foi da vontade dela beijá-lo. Ficou pensando nisso que nem percebeu que havia chegado no prédio. Estacionou o carro da irmã na vaga que tinha o número 131. Quando entrou no apartamento, Bianca não estava ali na sala, mas a TV estava ligada. O moreno desligou e foi até o quarto dela, para ver se a mesma estava em casa.

Digamos que a cena dentro do quarto de Bianca não era a esperada por Nico. Não que ele tivesse ficado bravo, até deu uma risadinha. Bianca dormindo de conchinha com Austin. Mencionei que estavam só com roupas intimas? Nem para se cobrirem com um misero lençol, pensou Nico.

– É, maninha. – dizia em sussurro para não acorda-los. - Eu não posso, mas você...

Fechou a porta e foi tomar um banho. Ficou em baixo da água quente, que batia em suas costas, relaxando os músculos. Saiu e se secou. Depois, colocou seu pijama. Estava começando a esfriar, então, não colocou sua famosa cueca. Desta vez foi uma calça de moletom e uma camiseta. Dormiu feito uma pedra.

...

Thalia foi acordada com um peso em cima de si. Uma gorda loira. Annabeth não era tão levinha quanto aparentava.

– Filha de uma... – não terminou, pois a loira interrompeu.

– Olha a boca suja! – embora fosse uma advertência, Annabeth tinha um sorriso largo estampado no rosto. – Só pulei em cima de você porque eu queria te avisar que eu já to indo.

A morena só bufou, tirou seu travesseiro de debaixo da cabeça e colocou-o em cima da cara. Mas Annabeth o tirou e depositou um beijo estalado na bochecha da amiga. A morena escutou um ‘tchau’ e a porta bateu.

Eu sei, Thalia não era a mais educadas das amigas. Mas a loira amava ela mesmo assim. Tentou dormir mais um pouco, mas não coseguia pegar no sono, então, relutante, levantou-se e foi direto para o banheiro tomar um banho para ver se ficava mais desperta.

Saiu depois de uma meia hora, e colocou uma roupa simples, uma camiseta regata preta e um shorts jeans curto. Ainda eram 1:26 p.m e o di Angelo a pegaria as sete. Faltava muito tempo.

Foi para a cozinha e encontrou um prato, com um lanche e batatas fritas, dentro do micro ondas, o almoço que Natalie havia feito para ela. Comeu tudo e foi para sala assistir televisão, e esperou ansiosa para dar cinco horas, para ela finalmente se arrumar.

Não estava ansiosa para ver Nico, se foi o que pensou. Estava ansiosa para ver a banda que tocaria. A morena acabou lembrando o que Nico havia falado antes de sair. “Coloque a blusa da sua banda favorita”.

Parecia que o tempo não passava. Thalia começou a ficar um pouco frustrada, então, foi dar uma volta no Central Park, porque ainda eram 2:30 p.m. Ela morava à algumas quadras de lá, então foi andando com os fones de ouvidos postos. A música que tocava era 21 Guns do Green Day.

Lenta, mas reconfortante para a morena.

Foi ouvindo todo o tipo de música. Chegou ao Central Park e foi andando. Não prestava atenção em nada, só nas vozes dos cantores, os solos dos guitarristas, a batida dos bateristas, nada mais. Ficou aproveitando as músicas sentada em um banco. Cantava os refrãos, chamando a atenção de alguns pedestres, mas não ligava.

Quando se deu por si, eram 4:57 p.m, então, teve de voltar meio que correndo para casa. Subiu e correu para o apartamento. Quando entrou, foi para o quarto e tomou um banho rápido, ou tentou. Quando terminou, arrumou-se. Passou uma maquiagem pesada, como sempre, e deixou bem a mostra a mecha azul do cabelo. Quando terminou, escutou a campainha tocar e foi atender.

Nico estava um tanto quanto nervoso. Tinha colocado uma calça preta rasgada com três corretes penduradas. Usava uma camiseta do Guns n’ Roses e um tênis vans preto. Bagunçou seu cabelo e, quando se sentiu mais confiante, tocou a campainha.

– Parece até que você nunca saiu com uma garota! – falou a si mesmo.

Esperou um pouco, e valeu a pena esperar. Quando a porta se abriu, revelou uma Thalia com uma calça, também rasgada, mas a dela era jeans clara. Sua blusa, que mostrava parte da barriga, era do Green Day e ela usava um All Star Coverse cano longo preto. A maquiagem realçava seus olhos azuis, que combinavam com a mecha em seu cabelo. O moreno estava impressionado, mas não disse nada em relação a isso. Somente estendeu o braço.

A morena ignorou por completo o braço dele e passou reto, indo até o elevador. O moreno, que por um acaso revirou os olhos com o gesto de Thalia, a seguiu. Quando as portas do elevador se abriram, e eles entraram, Nico apertou o botão do térreo.

– Gostei da sua camiseta. – falou o moreno, sem olhar para Thalia.

Como resposta, a morena fez um som em concordância. Pegou o celular e começou a digitar algo.

– Você estava usando ela quando me conheceu. – falou o moreno.

A morena parou de digitar e olhou para Nico pelo canto do olho. Ele estava com as duas mãos nos bolsos da calça, que Thalia achou extremamente sexy nele, e ele olhava para ela, esperando uma reação. Para não ficar parada como uma idiota, disse, olhando para a tela do celular:

– Que memória, hein, di Angelo.

Thalia bloqueou o aparelho e olhou para ele, este que a encarava. Ele nem sequer piscava e a morena já estava começando a ficar estressada.

– O que foi? – explodiu.

– Você não me agradeceu por aquele dia. – falou olhando para a porta do elevador se abrindo.

Ele a segurou para que Thalia passasse, e depois saiu.

– E nunca vou agradecer. – falou ela, dando risada. O moreno revirou os olhos, mas ainda queria um obrigado dela.

Quando chegaram para fora do prédio, Nico foi na frente e parou em frente a seu carro. A Grace havia se esquecido como era o carro dele, normalmente, ele ia de skate ou a pé para a escola; então paralisou um pouco.

– Você vai atrás, tudo bem? – falou o moreno, abrindo a porta para Thalia e a porta do motorista.

A morena já ia questionar, mas quando viu uma figura de cabelos ruivos e gigantescamente gigante no banco do passageiro, guardou a pergunta para si. Ela entrou e fechou a porta. Quando virou-se tomou um susto.

– Eu sou Bianca, irmã do Nico. – falou uma menina, aparentemente um pouco mais velha que o di Angelo, mas muito, muito parecida.

As duas apertaram as mãos e Thalia olhou sugestivamente para Nico pelo retrovisor. Ele deu de ombros.

– Ele nunca falou que tinha uma irmã. – Thalia disse. – Não para mim, pelo menos.

– E quando é que temos uma conversa civilizada para eu contar sobre minha vida? – intrometeu Nico, um pouco arrogante. Deu partida no carro.

– Uou, não vamos começar uma discussão. – falou Bianca. – Pelo contrário, Nico já me falou muito de você.

Thalia não identificou o sentido da frase, mas percebeu um certo desconforto de Nico. Nico não falou mal de mim só para Will, falou também para a irmã, Thalia pensou, Desgraçado.

– Vou me situar na conversa. – disse o ruivo na frente. Ele virou-se e estendeu a mão para Thalia. – Sou Austin, namorado da Bianca.

A morena de olhos azuis apertou a mão dele, e que força. Ele era muito bonito, ruivo de olhos verdes, e muito bombado. Examinou melhor e lembrou-se de alguém.

– Você me lembra o Beckendorf. – pensou alto.

– Eu também achei isso. – falou Nico, virando uma rua.

Thalia e Bianca conversavam, mas os garotos estavam quietos. Não demorou muito para chegarem ao local do show. Estacionaram, e Austin saiu e abriu a porta para Bianca. Nico segui seu exemplo, mas não abriu a porta para Thalia.

O local estava repleto de cartazes escritos Green Day. E Thalia percebera isso.

– É o Green Day! – exclamava. – Meus deuses!

O moreno dava risada e olhava encantador para Thalia, que tinha os olhos brilhando. Mas logo se tocou e olhou para frente. Não queria perguntar, talvez tomaria um fora, mas não se conteve:

– Gostou da surpresa?

A morena de olhos azuis olhou para ele com duvida. Ela olhou para cima e bufou, e murmurou “Não acredito que vou fazer isso.” Andou até o di Angelo e abraçou sua cintura, porque ele era bem mais alto que ela.

– Eu adorei. – falou baixo, mas ele havia escutado perfeitamente.

Ficou meio surpreso. Meio não, muito surpreso com o ato dela. Depois que ela o respondeu, ele retribuiu o abraço. Este que demorou uns cinco segundos. Thalia o empurrou com uma das mãos e disse:

– Mas não se acostuma. Eu te odeio, sempre se lembre disso.

Ele concordou e foram andando até a fila, todos os quatro, Bianca e Austin abraçados e Thalia e Nico à dois palmos de distância. A fila estava imensa, mas os di Angelo tinham planejado tudo. Foram até uma porta, longe da fila, e foram falar com o segurança que a guardava.

– O que vocês vão fazer? – Austin perguntou, e Thalia se fazia a mesma pergunta.

– Siga-nos, cunhadinho. – disse Nico.

Ele foi até o segurança e mostrou os quatro ingressos. O segurança checou os ingressos e abriu a porta, dando a cada um, um crachá. Nele estava escrito bastidores. Thalia analisava o cartão como se sua vida dependesse disso. Olhou para os irmãos e falou chocada:

– Bastidores do Green Day?!

Nico apenas deu um sorriso enorme. Eles foram andando pelos corredores, olhavam a agitação do pessoal que organizava o show, este que faltavam 20 minutos para começar. Bianca, Austin e Thalia conversavam empolgados, listando músicas favoritas. Nico estava um pouco atrás e reparava em tudo a sua volta. Até que viu uma porta no final de um corredor à direita. Forçou um pouco avista para ler a placa que se encontrava pendurada.

Billie Joe Armstrong

Parou bruscamente e murmurou algo do tipo “Ah meus deuses”, mas muito baixo para alguém escutar. Bianca deu um gritinho porque viu o baterista da banda, Tré Cool, batucando em uma mesa. A di Angelo puxou Austin e deixou Thalia no vácuo. Mas a morena os seguiu. Pediram autógrafos, tiraram fotos e Bianca dava pulinhos de felicidade.

– Cadê o di Angelo? – perguntou Thalia, depois de muito tempo sem perceber a ausência do mesmo.

– Sei não. – respondeu Bianca. – Ele se vira de qualquer jeito.

Deixaram quieto e continuaram a conversar com Frank, que se mostrou uma pessoa legal, embora, por ser alemão, era um pouco difícil de entender algumas coisas. A morena de olhos negros puxou Austin para algum lugar, deixando Thalia sozinha, já que Tré Cool havia saído para se preparar para o show. Estava mandando uma mensagem para Annabeth, falando como estava tudo legal, até que duas mãos a pegaram-na pela cintura.

– O que foi, di Angelo?! – reclamou devido ao susto. Estava com o coração acelerado.

– Calma, estressadinha! – falou ele. – Só achei que você fosse querer conhecer o Billie aqui. – disse, puxando pelo braço um cara sorridente, de olhos claros e cabelos negros.

Por um momento bem longo, Thalia não respirou e ela tinha certaza que seu coração, agora, tinha parado de vez. Estava perplexa demais, e, provavelmente, estava fazendo uma cara bem esquisita porque o cantor começou a rir. Ela olhou para cima e levantou as mãos, dizendo:

– Isso só pode ser um sonho! Meus deuses! BILLIE JOE ARMSTRONG! MEU ÍDOLO!

Ela olhou para Billie, que ainda dava risada, e metralhou perguntas. Os três começaram a falar sobre músicas, acordes de guitarra e outras coisas. Thalia e Nico tiraram fotos com o guitarrista e cantor da banda, pegaram fotos autografadas e se despediram. O show iria começar em 2 minutos.

Thalia revia pela milionésima vez as fotos tiradas enquanto ela e Nico andavam em direção ao camarote, para poderem assistir ao show.

– E ai? Gostou? – o moreno quebrou o silêncio entre eles.

– Se eu gostei?!EU ADOREI! – exclamou Thalia. Nico deu risada. – Mas como você conseguiu falar com ele?

– Quando você e minha irmã me deixaram de lado... – brincou, como se estivesse ainda ofendido. – Eu vi a porta do camarim e eu fui lá. Ele estava terminando o aquecimento de voz e nós conversamos um pouco. Ai eu falei que tinha uma... – Nico não sabia se poderia falar amiga, então disse: - Que tinha uma conhecida que era muito fã da banda e que se ele poderia conhecer essa... conhecida.

A morena concordou e percebeu quando ele deu uma pausa na hora de dizer conhecida. Não ligou para isso, tinha chegado no camarote e de lá se via perfeitamente o palco. Encontraram Bianca e Austin e se posicionaram no melhor lugar. E o show começou.

Tocaram varias músicas. Primeiro umas novas, depois umas mais antigas. Thalia sabia todas, e ela e Nico cantavam pulando e de vez em quando davam as mãos e rodavam. Quando tocou Last of the American Girls, Nico olhou para Thalia porque a música lembrava um pouco ela. Mas, para a vergonha extrema de Nico, a morena de olhos azuis o flagrou olhando para ela com um sorriso bobo no rosto. Viraram os rostos, corados.

Mas não demorou muito para Nico olhar para ela novamente. Thalia fingia que não tinha ocorrido nada, e pulava para disfarçar. Houve uma hora que ela tropeçou no próprio pé enquanto pulava e acabou caindo para frente. Ou quase.

Nico a segurou antes de ela dar de cara no chão. Já que a olhava, percebeu que estava prestes a cair e sues reflexos foram rápidos o suficiente para segura-lá a tempo. O moreno a puxou para cima, fazendo seus corpos se chocarem e ficarem bem próximos. Nico sentia a respiração acelerada dela e ela sentia o inconfundível aroma de romãs dele. E ficaram se olhando, se encarando.

Azul no preto.


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Notas finais do capítulo

Estou pensando em escrever uma fic de Jogos Vorazes, sobre o 71ª Ediçaõ dos Jogos Vorazes: Johanna Mason. Deem uma opinião sobre isso, porque sempre conta.



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