Sam olhava sua mão, que estava com uma cara de poucos amigos, o que fez com que ocorresse uma onda de medo pelo corpo de Sam, arrepiando-a toda, o que diria à sua mãe?

– Mãe?! O que você está fazendo aqui? – Claro que Sam não usaria "senhora" para se dirigir à sua mãe, não só por que não era muito educada, como também, não estava em seus melhores dias para levar umas boas de sua mãe.

– Não mude de assunto moçinha! Eu te perguntei uma coisa, e é melhor responder, não ligo se está machucada e de cama. –

– Ahn... Bom... Eu não estou namorando com o Freddie, só estamos ahn... Ficando. – na última sentença, Sam fechou os olhos, com medo de que sua mãe voasse em cima dela.

– O que? Para que eu criei, um projeto contra os nerds, quando você era pequena? Para você não ter que envolver seus lábios com um! – Sim, era verdade, Sam lembrava, de quando tinha sete anos, e sua mãe ligou para todos os ex-presidiários Puckett's, para ensinar a Sam que não se deve namorar com um nerd. Na época em que sua mãe criou esse "projeto", saiu nas ruas perto das escolas, fazendo cuecão em nerds adolescentes, e foi assim que Sam aprendeu a ser maldosa com todos, mas principalmente com os nerds.

– Mas mãe eu gosto, muito do Freddie, e, eu não vou deixá-lo por causa de um estúpido projeto contra os nerds, por que quer saber, eu amo um ner... – foi interrompida por Pam.

– Não ouse a dizer isso!- disse Pam.

– EU AMO UM NERD! –

– Ah! Eu disse pra você não dizer isso Samantha Puckett! –

– EU AMO UM NERD, CHAMADO FREDWARD BENSON! – Estendeu os braços e gritou sentada na cama.

– Pare agora com isso Sam! – Pam sentou no chão, pôs as mãos nos ouvido e começou a chorar o que assustou muito Sam, ela nunca via Pam chorando, ainda mais por causa de um motivo bobo como esse.

– Mãe?! Está tudo bem? O que houve? Por que você está chorando? – Sam descia da cama, tirando todos os tubos que nela estavam enfiados, se sentia bem o bastante para precisar daquilo.

– A minha vida inteira – dizia Pam soluçando, parando para respirar e conseguir dizer – eu tentei te ajudar a ficar longe desses nerds, e você agora simplesmente desprezou tudo o que eu te ensinei. – disse enxugando as lágrimas, mas sem olhar no rosto de Sam.

– Mas mãe, eu não entendo, por que eu não posso gostar do Freddie? –

– Eu nunca mencionei isso a você, mas quando eu tinha dezoito anos, eu me apaixonei por um garoto, o garoto que eu dizia ser o amor da minha vida, assim como você está toda encantada por esse nerdzinho aí, o nome dele era Arthur. – parou para respirar.

– E aí? – perguntou Sam ansiosa?

***

– Será que as duas estão brigando? – perguntou Gibby.

– Não sei, mas eu vou ver isso agora. – disse Freddie levantando de sua cadeira quando deu de cara com o doutor Meggaer.

– Não, não rapaz, isso é um assunto de mãe e filha, o senhor vai ficar aí esperando. –

– Mas... –

– Mas nada rapaz- interrompeu o Dr. Meggaer - você vai ficar esperando aí e ponto.

***

– Bom Sam, eu estava perdidamente apaixonada por ele, saíamos quase todos os dias, minha mãe o adorava, e até seu avô que não ia com a cara de nenhum dos meus namorados, gostava dele. Mas minha mãe tinha sempre uma pontinha de medo de que eu me decepcionasse, ela achava que cara "como ele" não ligariam de verdade para garotas "como eu" se é que você me entende. E eu realmente devia tê-la ouvido, eu nunca me decepcionei tanto com um garoto. – Ela fez uma pausa enxugando as pálpebras com a barra de sua blusa.

– E aí? O que aconteceu depois? Por que ele a decepcionou tanto? –

***

– Posso ao menos ver como Carly está? – Perguntava Freddie ao doutor Meggaer.

– Carly... Carly... Carly? Ah sim Carly Shay sua amiguinha doidinha. Bom se ela estiver acordada, recomendo que não, quer dizer se você gostar do seu rostinho bonitinho?! – disse O Meggaer, usando seu sarcasmo como sempre.

– Apenas me leve até ela ok? – Disse Freddie, parecendo meio cansado, e sem vontade de ver Carly, estava se sentindo sem jeito, mas sabia que aquela conversa que teria com Carly seria mais do que justa e necessária.

Freddie batia na porta do quarto de Carly, mas como ninguém respondia, atreveu-se a entrar, Freddie esperava uma sapatada nacara mesmo Carly não respondendo as batidas na porta, já que ela estava um pouco fora de seu normal. Mas não ela estava apenas deitada, quieta, mas de olhos abertos, sinceramente pensei que ela estava em algum estado paranormal, ainda mais quando ela voltou seu olhar até mim, mas tudo isso passou, quando ela disse:

– Ah, é você?! – Ela estava calma

– Sim. – ele parou, escolhendo as palavras. – Olha Carly, me desculpe ter te tratado assim, é que eu fiquei nervoso por causa da... –

– Pare não peça desculpa, a culpa foi toda minha, eu não devia ter sido ignorante e egoísta, eu reconheço meu erro. - ela parou. Nenhum dos dois se olhou, ficaram em silêncio, Carly respirou fundo e continuou- E... Eu espero que... Você e Sam... Bom sejam muito... Felizes. – Freddie a olhou no mesmo momento em que ela terminou a sentença, ele a olhou com certo espanto e surpresa.

– O que? Mais Carly... Não eu e Sam não podemos fazer isso seria traição da nossa parte eu nunca faria isso com... –

– Vocês têm que fazer, por mim, eu tenho de parar de pensar só em mim, por favor, Freddie eu acho até que eu estou errada, não sei o que sinto por você de verdade. Mas você e Sam são perfeitos um para o outro e eu tenho que reconhecer isso todos tem, e é tão óbvio o amor que vocês sentem um pelo outro, e verdadeiro, eu só quero achar alguém assim pra mim, não irá adiantar nada eu ficar aqui repreendendo vocês sem saber se gosto ou não de você, sabendo que você não gosta de mim, e deixar esse amor de vocês se afastar. – ela terminou, Freddie chegou perto de sua cama.

– Obrigado, Carly, muito obrigado mesmo. – e pegou sua mão como um modo de carinho, compreensão e gratidão.

– Eu que tenho que agradecer, por tudo, por abrir meus olhos principalmente. – Os dois deram um pequeno sorriso, e Carly estava emocionada demais para dizer algo, e Freddie espantado demais para se manifestar.

***

– Bom Sam, ele me deixou por alguém feito sua amiga Carly toda perfeitinha e educada. – Sam arregalou os olhos, agora tudo fazia sentido.

– Mas porque ele te deixou? – perguntou Sam incrédula.

– Por que eu fiquei grávida, nunca se perguntou quem era seu pai? -