As vezes me pergunto se foi tudo uma ilusão.

–

Eu nunca soube o que você foi e nunca soube o que você quis.

Eu nunca quis entender você, por completo.

Sua insanidade me enlouqueceria e eu sabia, sabia disso.

Não me aproximei de sua alma por medo. Não sei o que aconteceria.

E meu maior medo é de que eu fosse tão fundo que não conseguiria mais voltar.

Me perderia dentro de ti e do teu mundo.

Da tua personalidade sensivelmente infantil.

Só queria voltar no tempo e te abraçar. Mas eu tinha medo.

Eu tinha medo de entrar em uma paixão mortal e incontrolável.

E eu entraria, eu morreria contigo. Seja lá onde fosse.

E guardei isso o mais fundo que pude.

E eu menti e eu sorri.

Por você e com você.

E eu morreria e sorriria até o fim com você.

Amei sua insanidade em todos os graus.

Agora passamos.

–

E as vezes ainda me pergunto.

Mas somente as vezes.