You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

PRECISO COMENTAR QUE: mano, que merda que só teve 59 segundos de cena deles ontem, pfvr.
E agora, vamos ao nascimento que vocês TANTO aguardaram.



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Bento e Fabinho saíram correndo, enquanto Malu e Maurício vinham do bar às pressas. As primeiras gotas de chuva começaram a cair quando os quatro irromperam para dentro do consultório.

_ Sai de perto da minha mulher. – gritou Fabinho. O recém-chegado estava com um sobretudo preto com capuz, escondendo o rosto. Ele ergueu a arma e disparou, passando de raspão no braço do publicitário.

_ Fabinho. – Giane gritou, enquanto Amora a puxava para o chão. Bento e Maurício foram para cima do encapuzado, que acertou uma coronhada no florista e empurrou o playboy, saindo correndo – Fabinho.

_ Bento, Maurício, vão atrás dele. – pediu Malu, correndo até o irmão, que estava caído no chão segurando o braço. Maurício puxou Bento, ainda meio zonzo, e os dois saíram correndo – Tira a mão, deixa eu ver.

Malu puxou a mão do irmão, observando que a bala só havia feito um corte de raspão. Suspirou aliviada, mas isso logo sumiu quando Giane gritou.

~*~

Bento e Maurício saíram correndo na direção do matagal, começando a se embrenhar atrás da figura misteriosa.

_ Cuidado que ele está armado. – lembrou Maurício, e Bento concordou.

_ Maurício, tem um carro esperando ele. – gritou Bento, após um tempo correndo. A luz da lua dificultava a visibilidade, assim como a chuva intensa, mas eles podiam ver um farol de carro – Corre mais rápido.

Os dois começaram a correr o mais rápido que podiam, mas a terra estava escorregadia e o mato mais denso. Quando afinal conseguiram chegar ao carro, a pessoa já estava no interior e o motorista arrancando.

_ Vamos voltar... Acho que vamos precisar levar a Giane e o Fabinho para o hospital. – Maurício puxou o florista pelo ombro, voltando a correr pela chuva.

~*~

_ Fabinho. – Giane guinchou, e o rapaz levantou de supetão, correndo até a esposa. Se ajoelhou ao lado dela, puxando o rosto delicado em sua direção e selando seus lábios.

_ Eu to bem meu amor. Nós três estamos bem. – garantiu ele, beijando o rosto inteiro dela.

_ O Lucas tá nascendo fraldinha. Nosso filho vai nascer. – ela choramingou, mas sorria de orelha a orelha.

_ A gente precisa levar vocês dois pro hospital. – Malu lembrou, mas Giane negou.

_ Não dá tempo Malu. As contrações tão muito fortes. O Lucas vai nascer no caminho.

_ Ainda mais com essa chuva. – Amora olhou para fora da janela – Vamos pro meu apartamento. Lá pelo menos temos o que usar.

Os três concordaram, e Malu e Amora foram ajudar Giane a levantar, mesmo com Fabinho protestando. O rapaz abraçou a esposa pela cintura, ajudando-a a caminhar apesar da dor. Assim que saíram para a rua ensopa, Maurício e Bento apareceram ofegantes.

_ Tinha um carro esperando por ele ou ela. Fugiu. – Malu se atirou sobre o noivo, enquanto Bento arfava.

_ Depois a gente pensar nisso, a Giane está tendo o bebê. – explicou Amora.

_ Então vamos pro hospital.

_ Não dá tempo Bento, o Lucas vai ter que nascer no apartamento da Amora mesmo. – Giane gemeu de dor, fraquejando nos braços de Fabinho.

_ Deixa que eu levo ela. – o florista pegou a amiga no colo, enquanto todos começavam a ir o mais rápido que podiam para o apartamento. A chuva aumentava de intensidade, castigando os seis, mas eles não se importavam.

_ Deita ela no sofá Bento, pelo menos para eu arrumar a cama. – pediu Amora, enquanto ela e Malu corriam para os quartos do fundo.

_ O que a gente pode fazer? – perguntou Bento, afoito.

_ Pega o meu celular. Eu baixei um aplicativo sobre gravidez. Tem uma coisa sobre parto, veja o que precisa. – pediu Fabinho, sentado com Giane apoiada em seu peito. Os dois rapazes assentiram, pegando o celular e correndo para a cozinha – Respira cachorrinho maloqueira, devagar.

_ Cadê aquela anestesia legal? – perguntou Giane, e os dois riram.

_ Vai ficar pro próximo.

_ Que próximo? Cê sabe como isso dói? – a garota guinchou, e Fabinho beijou o topo da cabeça dela – Mas vai valer a pena. Eu sei que vai valer a pena.

Ficaram em silêncio, enquanto ela respirava lentamente. Fabinho levou a mão até a barriga dela, apreciando aquela sensação pela última vez. Giane sorriu, colocando a mão junto com a dele.

_ Ninguém vai separar a gente, não é? – perguntou a corintiana, e Fabinho concordou.

_ Se essa pessoa, seja lá quem ela for, voltar a aparecer... Eu acabo com a vida dela antes que ela consiga encostar em um fio de cabelo de vocês dois. – prometeu Fabinho, beijando os lábios da esposa. Sorriram um para o outro, mas logo o sorriso dela se transformou em uma careta de dor.

_ Eu preciso empurrar. – ela arfou.

_ Malu, tá na hora. – gritou Fabinho, e logo os quatro estavam na sala. Carregaram Giane para a cama de casal do quarto e Fabinho sentou com ela entre as pernas. Quando Bento e Maurício fizeram menção de sair, o publicitário os impediu – Viemos até aqui juntos, vamos até o final.

_ Já que vão ficar, vocês puxam as pernas dela para trás. – pediu Malu, após cobrir as pernas de Giane – Giane, quando as contrações vierem, você empurra o máximo que conseguir.

Os trovões retumbavam do lado de fora, a chuva castigava as janelas, e os gritos de dor da corintiana preenchiam o quarto. Maurício e Bento se esforçavam para segurar as pernas dela, tamanha força que ela aplicava, enquanto Fabinho contava o tempo de empurrar e sussurrava as provocações usuais, que eram melhores que qualquer palavra de incentivo.

_ A cabeça já saiu maloqueira, empurra mais uma vez. – Amora pediu, enquanto Malu puxava o cobertor ao lado.

_ Vai lá pivete, só mais uma. Mais uma e nosso filho nasce. – sussurrou Fabinho, beijando o rosto encharcado da esposa. Ela assentiu, segurando as duas mãos do rapaz e empurrando o corpo todo para frente, enquanto gritava.

Logo o grito de Giane e os trovões eram substituídos por um choro alto e forte, que causou outros seis choros. Malu segurou o bebê, enquanto a irmã adotiva limpava o nariz e a boca dele, e amarrava o cordão umbilical.

_ Parabéns papais... O Lucas é lindo. – sussurrou a pedagoga, levantando e dando a volta na cama, para entregar Lucas para a mãe.

Giane estendeu os braços trêmulos, onde Malu colocou o bebê com cuidado. A corintiana trouxe o filho para junto do corpo chorando, e ao entrar em contato com a mãe, o choro do pequeno cessou.

_ Oi meu amor. Oi Feijãozinho. – a mãe acariciou o rosto do bebê, que piscava os olhos castanhos para ela – Você tem os olhos da mamãe é? Mas pelo visto, puxou o papai em todo o resto, não é papai?

Ela virou o rosto para o lado, encarando o marido. Fabinho tinha os olhos encharcados, cravados no rosto do bebê que acabará de nascer. Em seus lábios, o sorriso mais lindo que Giane já havia visto na vida.

_ Vamos deixar os dois babões sozinhos. – propôs Bento.

_ Mas primeiro, precisa cortar o cordão. – Malu lembrou – Fabinho, quer fazer isso?

_ Acho que a madrinha dele pode ter esse privilégio. – o moreno saiu do transe, sorrindo para a irmã. Ela sorriu emocionada, pegando a tesoura e cortando o cordão umbilical. Com a ajuda de Amora cobriu as pernas de Giane, antes dos quatro se retirarem do quarto, deixando apenas a família Queiroz ali.

Fabinho saiu de trás de Giane, a acomodando nos travesseiros, e sentou ao lado dela, acariciando o rostinho de Lucas.

_ Eu posso segurar ele? – pediu em voz baixa, fazendo a garota rir.

_ Que pergunta bocó, você é o pai dele. Claro que pode. – Giane se virou na direção dele, que apanhou Lucas assim como segurava Marcos. Só que parecia tão mais natural segurar o próprio filho, Lucas parecia tão bem encaixado ali, em seus braços.

_ Oi filho, oi Lucas. – o ex-badboy desabou ali mesmo, encarando o par de olhos idênticos aos da esposa – Oi garotão. Você é lindão hein, que nem o papai? Mas tem esses olhões lindos da mamãe. Não vai usar eles contra mim hein?

Fabinho observou o rosto do filho, que o fitava intensamente. Beijou a testa do garoto, deixando seu rosto colado com o dele.

_ Eu te amo tanto Feijãozinho, tanto... Eu não vou deixar nada de ruim te acontecer, eu prometo. – sussurrou emocionado – Eu vou estar sempre aqui, sempre. – ele encarou Giane, que chorava copiosamente – Obrigado por isso pivete.

_ Sempre as ordens bezerrão. – ela garantiu, puxando o rosto dele e lhe dando um selinho. Logo depois fez uma careta – Eu acho que minha placenta está saindo.

_ Quer que eu chame a Malu? – ela negou.

_ Lembra o que a parteira disse. Vai sair rápido. – Fabinho concordou, os dois voltando a observar Lucas. Alguns minutos depois, Giane gemeu de dor – Ok, acho que saiu.

_ Quer ele de volta? – o rapaz perguntou, e a esposa concordou rapidamente, fazendo-o rir – Pronto leoa, tá ai sua cria.

_ Cê acha que ele está com fome? – perguntou a corintiana.

_ Sei lá pivete, cê que tem leite. – respondeu Fabinho, recebendo uma careta – Mas você lembra o que a médica disse... É bom amamentar logo depois do parto.

A garota concordou, arrumando Lucas em seu colo e abrindo a camisa de botões (vulgo de Fabinho, vulgo pijama) que usava. Ela levou Lucas até perto de seu seio, e antes que percebesse, o menino já mamava, fazendo-a arfar de surpresa.

_ Que foi? Tá tudo bem? – perguntou Fabinho preocupado, e ela concordou rindo.

_ É estranho, bem estranho. – explicou ela, observando o filho – Mas é gostoso.

Fabinho sorriu, observando o rostinho de Lucas, os olhinhos piscando, os cabelinhos castanhos.

_ Gente? – Malu entrou no quarto sozinha, sorrindo para a cena que via – Chamamos uma ambulância. Os paramédicos estão ai.

_ Pode falar para eles entrarem. – concordou Giane, e a cunhada assentiu.

Os médicos esperaram o bebê mamar, para examinar a mãe. Nesse meio tempo, analisaram o raspão da bala em Fabinho e deram os pontos. Depois, examinaram mãe e bebê, antes de levar todos para a ambulância.

Naquela noite, Fabinho não pregou o olho, observando a mulher da sua vida descansando de seu maior desafio, e tendo em seus braços, sua maior conquista.


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Notas finais do capítulo

Se a novela tem SEIS protagonistas, nas cenas de maior importância, OS SEIS deveriam estar envolvidos. SÓ ACHO.
Enfim, comentem muito ok?
Não sei se vou ter como postar amanhã depois da novela, porque vou viajar, mas vou tentar, prometo.
Beeeeeijos