Broken Wings escrita por Sweet Heart


Capítulo 7
Preparing the Ground


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, não me matem, não me matem....

Eu sei que demorei um pouquinho(eufemismo modo on), mas estou de volta e desta vez é para ficar! Eu sei que disse a mesma coisa no capítulo anterior, mas dessa vez realmente vou tentar cumprir com os horários da fic...

Ja nee



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─ Acho que já está bom, Wendy. ─ Comentou Gray, observando a garota mover suas mãos lentamente pelas costas de Lucy, privilegiando as longas cicatrizes. A noite já havia chegado há muito tempo sem que nenhum dos moradores da casa percebesse e naquele momento todos já se encontravam exaustos. Loke já havia se retirado há duas horas, relutante em deixar a loira sob os cuidados da azulada. ─ Não vai conseguir fazer com que desapareçam... Elas fazem parte dela agora.

─ Está preocupado? ─ Ela ofegava, o rosto já começando a ficar vermelho com o esforço excessivo. ─ Não fique, ela e eu aguentamos mais um pouco.

─ Ninguém duvida disso. ─ Sorriu, puxando-a gentilmente para longe de Lucy, apesar do esforço da garota para não interromper o processo de cura. ─ Só não sabemos se ela vai aceitar sua energia tão bem. Quer dizer, ela acabou de sofrer um trauma e pode não ficar confortável com uma energia tão... diferente da dela.

─ Estou fazendo isso a mais de seis horas sem nenhuma reação negativa, Gray. Não acha que esse pensamento já foi anulado? Você mesmo pode ver que eu consegui curá-la quase completamente.

Ela apontou para a loira e por apenas um segundo contemplou o que havia feito pelo Anjo.

A pele de Lucy, agora limpa, havia se regenerado quase completamente, deixando como vestígio do ferimento apenas sua antiga cicatriz sensível ao toque e levemente avermelhada.

Conformando-se com aquele não ser seu melhor trabalho, a garota caminhou lentamente até uma poltrona que havia ao lado de Gray. Quando julgou estar próxima, se jogou contra a cadeira, enterrando seu rosto na almofada. Com os olhos fechados, pressionou as mãos nas próprias têmporas, massageando-as.

Gray acariciou sua cabeça, dizendo:

─ Fez um bom trabalho, pequena. Nem um Arcanjo faria melhor.

─ Eu sei... Já que não sou boa com ataques, acho que precisava compensar em alguma coisa, não é?

─ Tem razão. ─ Gray comentou distraidamente. Sua postura séria foi abalada quando Wendy arremessou parte de sua energia em sua direção. Com a força que ela usou, ele pode concluir que não havia nenhuma intenção de machucá-lo. Ele riu, facilmente bloqueando o “ataque”. ─ O que foi?

─ Não era para concordar, baka. ─ Wendy tentou parecer irritada, mas sua voz denunciava que ela também tentava conter o riso.

Lucy, que até então dormia profundamente, remexeu-se na cama quando escutou esse barulho. Um sorriso singelo apareceu em seus lábios, mas seu olhos nem ao menos se abriram. Estava completamente esgotada.

─ Vamos acordá-la se continuarmos aqui.─ O Guerreiro praticamente arrastou Wendy para fora do quarto. ─ Acorde Loke e peça para se juntar a nós na sala de estar. Preciso da ajuda de vocês com um assunto importante.

Pouco antes de descer as escadas, ele voltou sua atenção para o quarto de Ur, agora com a porta escancarada devido às dobradiças destruídas.

Wendy seguiu seu olhar e quando encontrou a fonte de seus pensamentos, colocou a mão sobre seu braço, tentando confortá-lo.

─ Sua mestra vai estar sempre viva em seus pensamentos, não importa o que aconteça. Era só uma porta, não precisa ter o quarto exatamente como ela deixou para manter a sua memória viva... Ur não gostaria de te ver desse jeito.

Um sorriso fraco destruiu a tristeza da face de Gray quando escutou essas palavras. Ele puxou a garotinha e a apertou contra seu corpo fraternalmente.

─ Obrigado, pequena. ─ Sussurrou. Após alguns segundos naquela posição, ele a afastou. ─ Agora vá chamar o Loke. Quero que todos nós participemos de uma decisão importante sobre a Lucy.

─ Vai mandá-la embora? ─ Apesar de Wendy querer parecer indiferente sobre esse assunto, seu olhar de puro pânico denunciava seus verdadeiros pensamentos. ─ Mas por que...? Ela é diferente dos outros que você já acolheu. O que aconteceu hoje não foi nada...

─ Não seja baka, é claro que não vou expulsá-la. Está sentindo a energia dela nos rodeando? É maior que a minha, e modéstia a parte, isso não é pouca coisa. Não se preocupe, tenho uma ligeira impressão que nossa Caída ainda vai ficar conosco por um longo tempo.

#♥#

Por todo o caminho até a casa de Lissana, Natsu parecia distante.

A albina estava praticamente pendurada em seu braço, apertando-se cada vez mais contra seu corpo. Ele, apesar de ainda estar ligeiramente irritado, não a afastava. Não gostava de admitir, mas até gostava do toque do seu brinquedo atual.

Natsu não acreditava no poder de persuasão da albina sobre todas as pessoas. Ela o havia convencido a ir a uma festa na casa de Elfman, o irmão mais velho e irritante dela, após a escola e eles apenas conseguiram sair mais cedo por que Lissana alegou querer ficar um tempo a sós com o rosado.

Ela parecia conseguir o que queria, na hora que queria.

Esse poder que ela exalava era como um delicioso perfume para ele, mas as vezes isso passava dos limites. Por exemplo, quando o alvo de sua persuasão era o próprio Natsu.

Ele quase se sentiu aliviado quando o grande prédio chamado Fairy Hills, o dormitório feminino da Fairy Tail, apareceu em sua vista. Suas funções como bom “namorado” estariam finalmente acabadas naquele dia.

─ Está entregue. ─ Disse, afastando-se para que Lissana subisse as escadas para entrar no saguão. ─ Vejo você amanhã?

─ Tem mesmo que ir embora? ─ Ela perguntou, entrelaçando os braços no pescoço do rosado. Sua boca roçou contra a do demônio, apenas tentando-o. ─ Minha irmã e o resto das meninas ainda não devem ter chegado da festa. Não prefere ficar comigo aqui?

Ele ponderou por menos de um segundo sobre a proposta. Se fosse para a sua própria casa, teria que tratar de alguns assuntos do Submundo que apenas ele, o braço direito de Zeref, poderia resolver. Se ficasse com Lissana... Bom, com certeza a noite seria mais divertida.

Quando a albina afastou-se, sorriu satisfeita ao notar que ela a observava como um item valioso e tentador, mais precisamente querendo ver através do uniforme curto e apertado.

Ele esmagou os lábios contra os dela assim que teve chance, arrancando um suspiro da garota. Com uma velocidade inumana, ele correu para dentro da Fairy Hills. As unhas de Lissana o arranhavam com o mínimo de força que um humano possuía, enquanto ele descia suas carícias até seus ombros e cravícula, arrancando alguns gemidos contidos.

Não precisou interromper os beijos para chegar até o quarto dela. Conhecia cada metro quadrado do local, por conta das muitas visitas noturnas que já havia feito. Sempre precisava de rotas de fugas alternativas, já que a senhora que regia o lugar era tão severa que conseguia assustar até mesmo o demônio.

─ Lissana... ─ Sussurrou, quando passou pela porta branca de seu quarto. Não perdeu tempo e logo a prensou contra a parede. ─ Não provoque um demônio...

Ela não gostou da interrupção e respondeu puxando a boca dele novamente contra a sua, suas línguas lutando por um domínio que sabia que não pertencia a ela. Natsu rosnou quando a albina passou uma perna em sua cintura, trazendo-o para mais perto.

As mãos de Natsu reagiram a isso e agarraram sua cintura antes que pudesse evitar. Logo o que antes foi a blusa de Lissana foi arremessado no canto oposto do recinto.

Natsu sempre tentava se controlar para não causar danos, mas na maioria das vezes não dava certo. Não percebeu quando arrancou a própria camisa, nem quando a deitou na cama. Estava muito concentrado em não utilizar força suficiente para machucá-la, mas por mais que tentasse tinha certeza que a pele dela estava ficando roxa ou apenas marcada na melhor das hipóteses.

Lissana, por outro lado sorriu quando notou que as únicas coisas que separam seus corpos era o tecido de sua saia e a calça de Natsu. Ela encaixou as pernas em sua cintura e girou o corpo, na intenção de ficar por cima para variar.

Não era segredo para ninguém que Natsu era antiquadamente dominante durante o sexo com mortais. Uma mulher, ainda mais sendo insignificante como Lissana, controlando os movimentos e vendo-o submisso, era algo que nunca iria parecer prazeroso em sua mente. Rosnou e puxou a albina contra a cama desarrumada.

─ Nunca mais, querida. ─ Ele sibilou lentamente para que a mente dela registrasse o que acabara de falar. Quase arrependeu-se do que havia dito quando viu que os olhos azuis dela estavam repletos de medo. Quase.

Ele grunhiu e afastou-se, sentando na beira da cama.

─ Nat-kun...─ Ela começou, mas foi rudemente interrompida.

─ Já estou indo.─ Ele respondeu, com a voz rouca. ─ Por onde dessa vez?

A albina nem pensou em questionar e gesticulou a janela como saída mais próxima. Não se importando com a falta de uma camisa e sentando-se no parapeito, ele olhou para seu brinquedo que tentava cobrir o sutiã com as mãos, envergonhada.

Sem sucesso, sorriu o demônio.

Quando seus olhares se encontraram, ela até imaginou que ele falaria algo gentil pra confortá-la, mas apenas disse:

─ Não fique tão emotiva, você sabe como isso é irritante. Se você se comportar, ainda teremos muitas noites como essa. Não se preocupe, querida.

E com isso pulou na escuridão.

#♥#

─ Não, não e não. Vocês devem estar loucos se acharam que eu vou concordar com isso.

─ É para o bem dela... ─ Gray tentou argumentar, já sabendo que aquela reação era previsível. Ele abriu os botões de seu uniforme inconscientemente, pronto para retirar sua camisa. ─ Você viu o que aconteceu com ela hoje. Dessa vez chegamos a tempo e fornecemos energia suficiente para ela se recuperar, mas o que acontece se não estivermos por perto? A situação dela é complicada. Não saber por que caiu é algo significativo na vida de um Caído, ela pode enlouquecer se não tiver algo com que se distrair.

─ Primeiro: Suas roupas! Tem criança na sala. ─ Loke gritou, já nervoso com o assunto anterior. ─ E segundo: Desde quando deixá-la exposta em uma escola cheia de demônios é para o bem dela? A Fairy Tail não é lugar para um ser tão ingênuo.

─ Não a subestime, Loke. ─ Dessa vez foi Wendy que interviu. ─ Ela é forte.

Antes que o ruivo pudesse contrariar, Gray logo utilizou um novo argumento.

─ A Fairy Tail é um lugar para nossas espécies conviverem em harmonia. Todos os Anjos Caídos e Descendentes que vivem em Magnólia estão lá, além, é claro, de vários humanos inofensivos. Ela vai estar segura conosco.

─ Eu sei que vai. Mas não está se esquecendo de nada? Além de Anjos, há também Demônios. E eu posso estar enganado, mas você não consegue imaginar quantos vão querer corromper a aura dela?

─ Olha, eu sei que está preocupado. Todos nós estamos, mas se ela precisa estar perto da energia pura de vocês, não vai ser comigo que ela vai conseguir. ─ Wendy comentou, abaixando a cabeça para que ambos os garotos não vissem sua expressão. ─ Ela vai ficar bem. Você parece um daqueles pais preocupados em deixar a filha na pré escola.

─ Eu sei, mas...

─ Loke, você está ciente que essa conversa é apenas uma formalidade? Porque eu já fiz a matricula dela e falei com o Makarov. Ele estava ansioso para mais um Anjo há muito tempo mesmo... Não importa o que você disser, nossa Caída vai para a Fairy Tail amanhã mesmo se já estiver bem o suficiente. Wendy?

─ Já sei, já sei. Vou garantir para que ela esteja preparada amanhã. Nem que eu fique a noite inteira acordada vou ajudá-la a melhorar.

Enquanto observava Wendy correr até o andar superior, Loke abaixou a cabeça, derrotado.

─ Realmente espero que você saiba o que está fazendo, Gray...


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Comentem se vocês estão gostando do rumo que a fic está tomando e se ela deveria continuar desse jeito. A opinião de vocês é muito importante para mim, sério.

*Notas para minha Beta: Muito obrigada por aguentar todos esses dias comigo reclamando sobre a minha criatividade ter ido embora. Eu sei que sou muito irritante as vezes :p Espero que continue me aguentando como você sempre faz, irmãzinha.

Obs: Gostaram da cena NaLi? Acreditem, sendo uma NaLu de coração não foi fácil escrever... Espero ansiosamente para escrever as cenas entre Natsu e Lucy!

Até o próximo capítulo, minna!