BlackBird Fly

Perdido na noite

Sozinho na escuridão

Esquecido no tempo

“De escolha própria escolheu a solidão”

Camuflado no próprio brilho negro

Senhor e ninguém, cantando num beco...

“BlackBird singing in the dead of the night”

(Pássaro preto cantando no silêncio da noite)

Vindo do nada e tudo para iluminar

Com seu brilho preto

Condenado a arte do pensar

Faz o possível com seu doce tom seco

Estranho e normal. Antitético

Forte e fraco, irritante e amável

Triste e sorridente. Poético

Tudo e nada, inclassificável

Largado no mundo, não possui lar

O dia ele passa, observando o vasto mar

À noite suas asas o levam a qualquer lugar

Esperando a hora certa para viver

E ao mesmo tempo compondo e fazendo acontecer

Analisado tudo que seus negros olhos podem ver...

“He is only waiting, for this moment to arise”

(Você somente estava aguardando esse momento para alçar vôo)

Por vezes quer sumir

Mas não sabe pra onde ir

Amaldiçoa e idolatra o “sentir”

Fadado a chorar por amor

Determinado a rir da dor

Canta Vivas a sua vida sem cor

Épico, digno de reconhecimento eterno

De canções feitas por nobres poetas

Para que por ele todos nutram um afeto materno

E que seja louvado, o negro poeta

Inútil, desmerecedor de atenção

Esquecidos por todos, claro, do que se lembrar?

Mais um ninguém na historia, mais um em um bilhão

E enquanto vivo, só esperava a vida passar...

Mas um dia ele ira embora

Sentiremos falta de suas palavras e seus lemas?

Parece que só quando chegar esta hora

Nos lembraremos de seus poemas...

“BlackBird fly... BlackBird fly...

Into the night of the dark black night

BlackBird fly... BlackBird fly...

Into the night of the dark black night

BlackBird fly…”

(Pássaro preto voe... pássaro preto voe
Para a luz da noite escura e negra

Pássaro preto voe... pássaro preto voe
Para a luz da noite escura e negra
Pássaro preto voe...)