Blue Sky! escrita por Caio V


Capítulo 14
Regras.


Notas iniciais do capítulo

Dedico este capítulo a grande adoradora de Cadite (Caio + Afrodite): Ckyll.
Espero que gostem.



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Os fracos não são derrotados por serem fracos. São derrotados por serem covardes.

Enquanto eu voltava ao templo de Atena encontrei Apolo. Ele estava sentado, observando o pôr-do-sol. Em seu braço, esticado, eu li: “ÁRTEMIS”, escrito com caneta azul. A letra era arredondada e o pingo no I era um sol.

- Com licença – eu disse aproximando-me do deus. Ele encolheu os braços escondendo o nome da irmã. Só então olhou para mim.

- Ah, é você – ele suspirou mais calmo. – Boa noite.

- Boa noite – sorri. Sentei ao lado dele. – Posso perguntar no que está pensando?

- Árt, digo... Miami – Apolo corrigiu-se nervoso.

- Você mente tão mal quanto lady Atena – eu disse.

Apolo soltou uma risada.

- Os tempos são outros – Apolo disse sem tirar os olhos do céu. – Antigamente, os deuses não precisavam de mentiras. Ou explicações.

- Parece bom.

- E era – ele sorriu. Retirou os olhos do céu por um segundo e voltou-se para seu braço, admirando o nome de Ártemis. –, até ela fazer aquele maldito juramento.

- Acho que não estamos mais falando de explicações e mentiras – chutei.

Apolo pousou a cabeça sobre as mãos, apoiadas na coxa.

- Ela não merecia – murmurou. É estranho ver um deus chorando, mas já estou ficando acostumado. – Sabe? Ele era só um idiota. Ártemis merecia mais que aquilo, minha doce irmã merecia mais que qualquer um poderia oferecê-la. Incluindo eu.

- Ela fez o juramento por uma razão – eu disse. – Assim como Atena.

- Não acredite em tudo o que lê em seus livros de história – Apolo disse. Repentinamente ele caiu. Seus olhos ficaram verdes e uma fumaça igualmente esverdeada saiu de sua boca. Já vi isso antes, lá bem uma profecia.

A guerra chegará. Ninguém impedirá.

Quando os deuses não souberem quem são. Os monstros triunfarão.

Uma batalha imortal, onde apenas um lado poderá vencer.

Destruição ou salvação, cabe ao herdeiro dos mares escolher.

Apolo acordou lentamente de sua transe. Ele me encarou confuso, provavelmente notou minha expressão de puro pânico.

- Algum problema? – ele perguntou.

- Uma profecia.

Apolo deu de ombros.

- Acontece o tempo todo. O que eu disse?

- Que vai acontecer uma guerra – eu disse. Apolo deu de ombros mais uma vez. – E que os deuses esquecerão quem são. E que o herdeiro dos mares deverá escolher entre destruir ou salvar o mundo. Algo assim.

Agora Apolo parecia mais preocupado.

- Guerras acontecem o tempo todo – ele disse. – Mas, deuses sem memória? Entendeu isso certo?

- Me dê outra definição de: Quando os deuses não souberem quem são. Os monstros triunfarão – eu disse. Apolo me encarou assustado. – Como esperado.

Apolo levantou e ajeitou a roupa.

- Conte a profecia para Atena. Preciso fazer uma coisa – Apolo desapareceu e eu fiquei sozinho. Suspirei alto.

- Quer dizer que eu não vou lembrar-me de nada? – alguém perguntou atrás de mim, não precisei virar para identificar a voz: Afrodite. Sorri ao virar-me e vê-la. – Não tivemos tempo para conversar lá dentro.

- Ares não é muito hospedeiro – murmurei. Afrodite sorriu e aproximou-se.

- Caio... – ela parou de falar instantaneamente. – não deveria ser tão difícil.

- O que foi? – perguntei.

- Bem, você sabe... sou uma deusa, você um semideus – ela disse pausadamente. – Seu pai é meu melhor amigo, e eu sei que ele não gostaria que eu fizesse isso com você.

- Ainda não estou entendo.

- Eu não posso ficar com você – ela disse. Eu não sabia o que fazer, ou sentir, só fiquei parado, encarando Afrodite. – Digo... tem Hefesto, Ares. Sem falar que Zeus e Poseidon nunca permitiriam algo assim, Caio... eu não posso. Temos leis no Olimpo...

- Leis... – sorri. Afrodite me encarou confusa. – sabe, Dite, eu sempre ouço dizer a mesma coisa. O amor não segue regras. Minha mãe me disse, minhas amigas, todos que conheci. Mas então, a deusa do amor aparece e diz que tem regras a seguir. De repente, essa frase não faz sentido mais.

- Caio... – Afrodite tentou interromper, mas eu não parei.

- Poseidon quebrou regras quando resolveu que queria Atena para ele – Afrodite estava prestes a dizer algo, mas fui mais rápido. – Sim, eu sei o que eles têm. Isso não vem ao caso. Dite, um povo é controlado, quando permite que alguém imponha regras em seu amor. Eu te amo, e não, eu não ligo para o que Zeus ou meu pai vão achar disso. Não ligo se Hefesto e Ares vão querer me fazer em picadinhos. E também não ligo se eu for mandado para o Tártaro por dizer isso, mas eu não vou desistir de você. Nunca.

Puxei Afrodite e beijei-a. Danem-se os deuses!


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Notas finais do capítulo

Gostam de Cadite? *-* Eu adoro u.u'
Gostaram? Comentem.



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