Continuação de Midnight Sun escrita por htinha2502


Capítulo 5
Continuação Capítulo 14 - Revelações




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Me perdi no tempo, na canção desarmônica que era seu coração... escutando enquanto ele desacelerava lentamente até que seu ritmo se tornasse mais uniforme, sereno.
Aquele som era viciante borrando os outros sons insignificantes da floresta. Eu só queria que esse momento durasse um pouco mais. .

Bella estava muito quieta, sem se mover um milímetro todo esse tempo.
O som de seu coração e o movimento mínimo que ela fazia de inspirar e expirar eram a única garantia de que estava viva.
Eu não tinha pressa de sair dali, nenhuma.....para mim eu poderia ficar assim o resto do dia, mas eu me preocupei com ela. Muito tempo parada em uma posição poderia ser desconfortável, humanos não ficavam tanto tempo feito estátuas.

Então delicadamente eu a soltei.

-
Não foi assim tão difícil novamente. – Concluí satisfeito. Era incrível como cada hora o nosso contato ia ficando mais fácil.

-Foi muito difícil para você? – ela perguntou.

-
Não tanto quanto eu imaginei que seria. E você? – Aproveitei a deixa para voltar a pergunta para ela, eu estava mesmo curioso para saber.

-
Não, não foi ruim...para mim.

Eu ri.

-Você entendeu o que eu quis dizer.

Ela devolveu um sorriso tímido.

-
Olhe aqui. – segurei sua mão e coloquei em meu rosto- Sente como está quente?

Seus olhos profundos eram difíceis de decifrar, pareciam exprimir algo como surpresa, satisfação. Eu estava indo perguntar o que ela estava pensando quando sua voz me ultrapassou.

-Não se mexa- ela sussurrou.

Eu fechei os olhos subitamente tenso, entendendo o que ela queria com aquele pedido. Aguardei com mais expectativa do que deveria, imóvel como uma pedra.

Senti ela se aproximar, sua pulsação dobrando a velocidade, a atmosfera do ar densa novamente com sua fragrância..E Então Bella começou a acariciar minha face delicadamente, alisando o contorno dos meus olhos, conhecendo a textura da minha pele.

Seus movimentos eram torturosamente lentos.

Aquilo não era exatamente algo que eu estava esperando, então coloquei todo meu esforço em me concentrar, não deixar que minha mente criasse idéias impossíveis, mas não tive êxito algum....não com bella ali desvendando as formas do meu rosto.
Eu queria retribuir seu toque, poder realmente expressar meu amor por ela .

Sentimentos tão poderosos...

Não sabia como lidar com aquilo, não sabia qual deveriam ser os próximos passos, então fiquei apenas quieto e comportado.

Bella passou seus dedos pela sombra abaixo dos meus olhos, descendo para o nariz até tocar levemente meus lábios, e eles se tornaram chamas sob seus dedos.
Inconscientemente abri meus lábios inspirando o ar para sentir o sabor, o veneno fluía em contrações como se estivesse em uma caça .

Bella afastou a mão cedo demais e senti uma sensação nova de seu hálito quente tocando meus lábios. Abri os olhos sem acreditar.

Ela agora havia aproximado ainda mais seu rosto, de modo que sua boca estava a centímetros da minha.

Bella evocava emoções tão desconhecidas... eu não podia interpretá-las rápido o suficiente. Eu podia sentir a fome dentro de mim pedindo por mais, não da maneira que eu esperava, não por seu sangue.
Naquele momento meus instintos estavam sendo dominados pelo meu lado mais humano . A fome que eu sentia era por ela, minha sede era por ela. Nada era mais tentador agora do que seus lábios convidativos.

-Eu
quero- tentei falar mas minha voz saiu fraca demais- ,quero que você sinta a... complexidade...a confusão... que eu sinto. Isso você poderia entender.

Eu toquei seu cabelo e delicadamente acariciei sua face corada

-Me diga – ela sussurrou.

-Não acho que possa. Eu lhe falei, por um lado, a fome... a sede... que criatura deplorável que sou, eu sinto por você. E penso que você pode entender isso, até certo ponto. Mas, como você não é viciada em nenhuma substância ilegal, provavelmente não pode ter uma empatia completa. Mas... – eu olhei para ela de maneira intensa, minhas mãos involuntariamente tocando seus lábios. Ela estremeceu levemente -Existem outras fomes. Fomes que eu sequer entendo, que são estranhas a mim.

-Posso entender isso melhor do que você pensa. – ela afirmou.

-Não estou acostumado a me sentir tão humano. É sempre assim?

-Para mim? –ela hesitou e então admitiu categoricamente -Não, nunca. Não até agora.

-
Não sei como ficar perto de você. Não sei se posso. - eu disse deixando transparecer a insegurança que eu sentia. Ela percebeu como meu comentário parecia mais um pedido desesperado?

Bella se aproximou devagar me encarando firmemente, como se seus olhos pedissem permissão. E então ternamente ela recostou a cabeça em meu peito.

-Isso basta.

Ela tinha razão. Isso bastava. Sem hesitar eu envolvi meus braços em seu corpo frágil e a trouxe para mais perto de maneira que ela ficasse mais confortável em meu abraço.

Tudo estava bom demais para ser real. Eu não queria me mexer, como se qualquer coisa pudesse simplesmente sugar aquele momento e eu repentinamente despertasse de um sonho. Mas não poderia ser um sonho... além do óbvio, eu tinha a prova palpável: o cheiro do seu cabelo, nossa respiração lenta e sincronizada, o calor de bella aquecendo meu coração morto.
Me senti humano como ha muito tempo não sentia.

Eu prometi a mim mesmo que não cometeria erros hoje, mas eu estava cometendo algum erro? Se eu não fosse maleável, qual seria minha próxima oportunidade?
Sua vida era tão curta, tão temporária..... se estava ao meu alcance eu queria oferecer tudo para ela, tudo o que era necessário inclusive isso, um toque, um abraço.

O futuro era apenas um borrão nebuloso, eu estaria aqui para ela enquanto fosse seguro , de outra forma eu deveria ir embora.
Mas deixei esse pensamento de lado, para um outro momento de flagelação.....eu queria aproveitar o agora.

Mais uma vez não sei quanto tempo passou, só sei que foi rápido demais.

O vento batia um pouco mais frio e algumas sombras já tocavam o rosto de bella, ela pareceu perceber isso e suspirou.

-Você tem que ir. – minha voz era tão fraca quanto minha vontade.

-Achei que não pudesse ler minha mente.

Eu ri, um pouco tonto com a declaração. Era bom saber que eu já conhecia mais a ponto de antecipar suas reações.

-
Está ficando mais clara.

Ainda tínhamos um longo caminho de volta pela frente, e eu sabia que não seria bom quando a escuridão tomasse completamente a floresta.
Além de tudo, eu preferia os costumes antigos......que espécie de namorado devolvia sua garota tão tarde logo no “primeiro encontro”?

A solução me veio em um segundo, muito pouco humano para meus devaneios mas era tão óbvia!
Para que andar quando se pode correr?

Eu poderia levar bella e em pouco tempo nós estaríamos em sua picape. Além de poder mostrar a ela mais uma de nossas peculiaridades, esta era particularmente uma coisa que eu gostava em ser um vampiro.

Seria rápido e divertido.

-
Posso lhe mostrar uma coisa? – eu pedi sem conseguir esconder a excitação.

-
Me mostrar o que? – ela perguntou visivelmente desconfiada.

-Vou lhe mostrar como eu viajo na floresta. – Bella me olhava com olhos arregalados, resolvi apresentar as vantagens. - Não se preocupe, você estará segura e chegaremos a sua picape muito mais rápido.

-Vai se transformar em morcego? – Ela perguntou inseguramente, sondando minha reação.

Eu gargalhei alto.

Se Emmett ouvisse isso ele ia rolar aqui no chão... bella sem querer estava roubando sua “piadinha particular”. Ele se divertia com os mitos tão distantes da realidade que se criavam, coisas como crucifixo, alho, água benta, .... Eu já estava cansado de tudo isso mas ouvir da boca de bella foi realmente engraçado!

-Como se eu não tivesse ouvido essa antes!

-Tudo bem, tenho certeza de que faz isso o tempo todo. -ela disse franzindo o cenho, tentando esconder o olhar assustado.

Dei um sorriso malicioso para ela.

-Venha, sua covardezinha, suba em minhas costas.

Nenhuma resposta, nenhum movimento, bella ficou apenas me olhando incrédula como se eu tivesse acabado de contar alguma piada sem graça.
Percebi que de sua parte não haveria nenhuma atitude então estendi minha mão e eu mesmo a peguei delicadamente posicionando seu corpo em minhas costas.

Podia sentir seu coração martelando aceleradamente.

Eu segurei suas pernas e braços de maneira que ela não precisasse fazer nenhum esforço para se segurar, e de forma que ela confiasse que seria mais fácil que todas as árvores subitamente caíssem em nossas cabeças do que ela sair do meu aperto firme.

-
Sou um pouco mais pesada do que a sua mochila. – ela alertou.

Revirei os olhos.

-
Rá! – Tão bobinha minha bella...

Eu trouxe sua mão até meu rosto e inspirei profundamente a região próxima ao seu pulso, deixei que o aroma queimasse totalmente o que restava de dúvidas.

-
Fica mais fácil o tempo todo.

E então eu disparei pela floresta .

O vento contrário, as árvores obscurecidas, os obstáculos na mata... nada oferecia resistência quando se tinha reflexos velozes e eu ia desviando facilmente entre elas.

Era bom poder ser eu mesmo com Bella....o vento frio fazia cócegas em meu rosto e a sensação libertadora da corrida me dava a sensação de não sentir o impacto dos pés no solo. Eu adorava isso. A velocidade sobre-humana não era algo que eu precisava fazer esforço, tão natural quanto qualquer outro sentido, como se a velocidade corresse por minhas veias.

Bella enterrou seu rosto na lateral do meu pescoço, me deixando ainda mais consciente da percussão do seu coração em minhas costas.

Eu estava nadando em satisfação... a impressão que eu tinha é que todas as inseguranças ficaram para trás, dissolvidas no sol da campina...e diante de mim havia apenas um leque de novas possibilidades, novas perspectivas.
Finalmente minha mente estava livre para aceitar o conceito de que eu podia estar com ela!

Eu não a machucaria ....

A insegurança era pelo desconhecido, mas agora eu havia explorado meu auto- controle quase até o limite . Minha natureza não tinha que denominar a forma como eu deveria viver, minha sede não precisava controlar minha razão....pelo contrário, a mente domina a matéria.

Isso! Agora eu tinha uma teoria, arduamente comprovada!

Se não fosse apenas uma falha...

Havia algo que eu sempre desejei e não havia experimentado ainda... um último teste para qualificar minha teoria.

De repente eu estava ansioso para chegar logo...

O fim da trilha apareceu e eu parei a uma distância pequena da estrada.

O pôr do sol fazia uma mistura de cores no céu, a caminhada de oito quilômetros durou apenas poucos minutos.

-Divertido,não?- eu perguntei animado .

Abaixei um pouco o corpo para ajudá-la a descer.
Nada.
Virei um pouco o rosto e vi apenas um pedaço do seu cabelo sobro meu ombro.

-
Bella?- eu perguntei nervosamente.

-
Acho que preciso me deitar- ela arfou.

-
Ah – Que ótimo..... não havia considerado as conseqüências que poderiam surgir do meu “momento super herói” - , me desculpe.

Esperei para que ela pudesse se deitar até passar a vertigem. Mas bella não se moveu.

-Acho que preciso de ajuda

Deixei escapar um riso baixo.

Eu peguei suas mãos que faziam quase um nó em meu pescoço e ,com bastante cuidado, eu tomei todo seu peso trazendo-a para meus braços até que ela estivesse aninhada em frente a mim.
Capturei um momento para observá-la, fazendo um exame rápido... seu rosto estava pálido como de um cadáver, os lábios sem aquele brilho rosado. Eu a coloquei o mais gentilmente possível sobre as samambaias.

-Como se sente?

Ela pensou brevemente.

-Acho que estou tonta.

-Coloque a cabeça entre os joelhos. – eu pedi e ela seguiu meu conselho, respirando lentamente sem mexer o corpo.

Eu me sentei ao seu lado, devagar para não perturbá-la, e esperei apreensivamente até que ela se sentisse um pouco melhor.

Depois de um tempo enorme ela lentamente levantou a cabeça, semicerrando os olhos.

-
Parece que não foi uma grande idéia – eu murmurei arrependido.

-Não- ela tentou improvisar um sorriso-, foi muito interessante.

-Rá! – bufei. É claro que ela estava querendo me reconfortar- Você está branca feito um fantasma... Não, está branca feito eu !

-Acho que deveria ter fechado os olhos.

-Lembre-se disso da próxima vez.- eu brinquei.

-Próxima vez! – ela choramingou, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás dramaticamente.

Eu ri.

-Exibido – ela rebateu.

Nesse momento devo estar entretendo alguém em casa que certamente está concordando ....... – O pensamento fora de hora me fez rir silenciosamente, me lembrando de Alice. Tudo bem..eu deveria mesmo ir me acostumando com a falta de privacidade...


Eu me virei de frente para ela.

Eu sabia... desde o primeiro relance em que a idéia surgiu na minha mente, eu sabia que nada iria me parar ...
Eu já havia me visto beijando os lábios de bella inúmeras vezes mas eu não podia me contentar só com isso.
Então eu me aproximei .

-Abra os olhos, Bella.

Ela fez como eu pedi e logo em seguida parou de respirar. Seus olhos de chocolate se estreitaram, parecendo surpresa ao perceber minha proximidade.

Deslumbrada?

Eu estava...

Ela liberou o ar e seu hálito quente provocou uma leve e indesejável tontura, lutei para me recompor rapidamente.

-
Fiquei pensando, enquanto estava correndo... –hesitei, procurando as palavras certas.

-Em não bater nas árvores, espero. – ela brincou.

-Bella, a bobinha. – eu ri - Correr é uma segunda natureza para mim, não é uma coisa na qual tenha que pensar.

- Exibido – ela murmurou pela segunda vez.

Eu ri novamente.

-Não – eu disse, inconscientemente umedeci os lábios ressecados e olhei profundamente em seus olhos -, estava pensando que há uma coisa que quero experimentar.

Eu moderei a pressão em minhas mãos, envolvendo-as em seu rosto.

Seu coração crepitava freneticamente.

Eu sabia que estava quebrando a distância segura, mas não me importei.
Foquei seus lábios avermelhados e fui lentamente me inclinando para frente, monitorando meu auto-controle, medindo-o enquanto o provocava até o seu limite.
Eu inspirei desfrutando o sabor que flutuava ao redor dela, não havia motivos para apressar a experiência...Seu cheiro era de dar água na boca,e eu podia sentir a inexplicável eletricidade novamente.

E então eu finalmente provei seus lábios, desconcertantemente macios e quentes.
Nunca pensei que um prazer como esse pudesse existir. Isso tinha que ser o céu! Eu queria prolongar um pouco mais o momento porém sua reação me pegou desprevenido.

Com um ofegar intenso, Bella respondeu ao meu beijo. Os dedos se agarraram às raízes do meu cabelo puxando-me para mais perto, toda timidez e o medo repulsivo indo embora e, como da última vez, ela abriu seus lábios ávidos inspirando profundamente contra os meus.

O choque pela reação inesperada de Bella desequilibrou meu tênue auto controle e meus músculos tensionaram instantaneamente.

O monstro em minha mente recusou-se a aceitar o excesso.

Aquilo era longe demais para mim. Eu não arriscaria tanto, nunca.

Relutantemente eu afastei seu rosto mantendo uma distância minimamente segura.

-Epa – bella disse, quebrando minha concentração.

Eu fiz o melhor que pude para responder sem respirar.

-Está atenuando as coisas.

Eu vislumbrei seus olhos.
Em mim eu podia sentir a urgência,a ansiedade, a tensão que tentavam ferir meus pensamentos... mas procurei me focar apenas no espelho de seus olhos, disciplinando os músculos que tentavam se rebelar contra mim.

-Será que devo...?

-Não – eu a interrompi, sem deixar que ela se movesse -, é tolerável. Espere um momento, por favor.

Eu sustentei seus olhos e esperei até que a urgência cedesse completamente.

Eu estava quase controlado.

Tentei não fazer coisas estúpidas como pensar demais no gosto de sua boca que ainda estava agarrado no fundo da minha língua, ou na temperatura fervente por baixo dos meus dedos. Distraí minha mente com outras coisas, começando a contar sua respiração que ia diminuindo gradativamente ......uma.....duas.....três......

Funcionou.

Não havia nenhum resquício de dúvida, eu estava em perfeito controle.
Passei pelo teste mais difícil,a teoria estava aprovada.

Meus lábios se repuxaram em um sorriso de triunfo.

-Pronto – eu disse, liberando-a da prisão dos meus braços.

-Tolerável? – ela perguntou confusa, balançando levemente a cabeça.

Eu ri abertamente. Era impossível esconder minha satisfação

-Sou mais forte do que eu pensava. É bom saber disso.

-Queria poder dizer o mesmo. Desculpe.

Eu sorri com sua expressão de culpa.

- Você é apenas humana, afinal de contas.

-Muito obrigada- ela disse ironicamente.

Eu levantei rapidamente, esquecendo-me de parecer humano..... e estendi minhas mãos para ela. Ela pareceu surpresa mas aceitou a ajuda. Deixou que eu sustentasse seu peso mas seus pés escorregaram e ela procurou se equilibrar me segurando com as duas mãos.
Ela parecia sem forças como quando chegamos na estrada.
Tentei não rir, mas acho que não tive muito êxito.

-
Ainda está fraca por causa da corrida? Ou foi minha perícia no beijo?

Ela me olhou timidamente.

-Não tenho certeza, ainda estou tonta

-Talvez deva me deixar dirigir. – eu anunciei apenas para ser educado. Eu nunca deixaria que ela dirigisse naquele estado.

-Ficou maluco?- ela protestou.

-Posso dirigir melhor do que você em seu melhor dia. - eu disse, não queria parecer presunçoso, era apenas uma declaração da realidade.... -Você tem reflexos muito mais lentos.

-
Não sei bem se isso é verdade, mas não acho que meus nervos, ou minha picape, possam agüentar.

Gemi internamente. Como ela era teimosa..... mesmo depois de tudo ela ainda duvidava disso?

- Um pouco de confiança, por favor, Bella.

Ela ponderou e eu ouvi o barulho das chaves em seu bolso. Ela sacudiu a cabeça negativamente e me lançou um olhar desafiador.

- Nada disso. Nem pensar.

Eu a encarei com descrença.

Então ela saiu marchando sem rumo, cambaleando como se tivesse acabado de tomar uma dose de alguma substância ilegal. Eu ri.

Antes que ela pudesse pensar em escapar meu braço envolveu firmemente sua cintura.

-Bella, já gastei muito esforço pessoal a essa altura para manter você viva. – eu puxei ela gentilmente de volta- Não vou deixar você se sentar ao volante de um carro quando nem consegue andar direito. E, além disso, as pessoas não deixam que os amigos dirijam bêbados.

Eu tentei não rir muito para não ofendê-la.

-Bêbada?

-Está embriagada com minha presença. – eu afirmei.

-Não posso contestar isso – ela suspirou. Ela soltou a chave de suas mãos e eu a peguei no ar antes que elas caíssem no chão, nunca deixando seus olhos.

-Vá com calma... meu carro é um cidadão idoso.

-Muito sensível – eu concordei.

Bella parou.

-E você não está nada afetado? – ela perguntou irritada - Com minha presença?

...Nada Afetado.... ela era tão absurda! Ela não fazia a mínima idéia...
Ela era o meu vício.....proibido, mas impossível de resistir. Eu me aproximei de seu rosto e acariciei sua pele com meus lábios, sentindo o aroma acima do seu pescoço, deslizando até o queixo. Ela estremeceu.

-Apesar disso- eu sussurrei em seu ouvido- , tenho reflexos melhores.

 


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Notas finais do capítulo

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