– É para entrar na lista de Candidatos Para Namorar Victoire Weasley? Ok, solteiro, capricorniano e adoro cozinhar. – Virei-me e sorri ao ver o rosto carinhoso de Teddy. Mas segurei-me, apenas continuando a escrever em meu caderno tudo que eu sabia sobre a matéria da prova, era uma forma prática de estudar.

– Não precisa ficar na Ala Hospitalar? – Teddy tinha um problema cardíaco sério que por vezes o fazia ter que ser levado ao St. Mungus. Todos ficaram assustados quando aconteceu aqui, na escola, inclusive eu.

– Não, tenho medo de nunca mais acordar. – Ele riu. Fiz o meu melhor para mostrar que não gostei da brincadeira, ele apenas bagunçou seu cabelo, como sempre. Ele vivia em hospitais quando era menor, mas ele melhorou, esse foi o primeiro ataque em anos. – Ele não tinha sido expulso?

Olhei para Mikael Blomkvist conversando com os Sonserinos.

– Não. – respondi, seca.

– E você ainda está interessada por ele? – arregalei os olhos, quase enojada.

– Eu nunca, nunca gostei do Blomkvist, pirou?

– Ótimo, assim não tenho que brigar com ele por você. – Senti minhas bochechas queimarem, soquei o peito de Teddy, por me deixar envergonhada. Odeio quando ele faz essas brincadeiras.

– Ow, cuidado, meu coração é sensível, garota! – choramingou, rindo.

– Acha que quero que brigue por mim? – retruquei, desviando seu olhar penetrante. Misógino idiota que... Oh céus, que estou encantada. Era um misto de desespero, simplicidade, sinceridade e brincadeira. Seu rosto sorria, mas seus olhos entregavam tudo. Respirei fundo, controlando meus batimentos.

– É óbvio. Você está apaixonada por mim. – Congelei. O mundo também parou. A voz forte de Mikael, os risos, os gritos e conversas pararam. Tudo movimentou-se silenciosamente, inclusive o sorriso de Teddy, que tremeu ao olhar-me. – Digo, não é culpa sua. Estou bem de vida, não curto dinheiro e sou o melhor bolador de baseado do mundo. Sou inteligente, mas não nerd. Sou engraçado, sou muito legal. Adoro animais e sou quente. Fala sério, sou o cara mais interessante de Hogwarts.

Soltei todo o ar preso em meu pulmão ao absorver o tom brincalhão na voz de Teddy. Toquei seu ombro, falsa.

– É, você está certo, estou muito apaixonada por você. – Ele deu de ombros, sorridente, em seu uniforme azul safira. Desviei antes que ele olhasse em meus olhos e visse a verdade. A sinceridade escondida naquele tom de brincadeira.