Destino Traçado escrita por Mrs Kress


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Começo de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Boooooa leitura ;P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/417767/chapter/1

Sam morava em Nova York, morava com os pais e a irmã, julgava ter uma vida feliz, onde achava que nunca teria problemas. Tinha vários amigos, quase todos os finais de semana seus pais levavam ela e a irmão ao parque ou iam fazer piquenique, era sempre finais de semana em família.

Quando completou doze anos, começara a notar um comportar diferente de seus pais, mal se falavam, os finais de semana em família já nem aconteciam mais e sua irmã começara a implicar com ela, na escola fazia todas as pessoas ficarem contra Sam, seus pais não davam mais tanta atenção a ela como antes e então se sentira isolada.

Em um dia depois que saíra da escola, resolvera pegar o caminho que dava mais voltas até chegar a sua casa, pois sabia o encontraria quando chegasse... Gritos e mais gritos... Melanie tinha sorte de sempre poder ir para a casa de suas amigas e como Sam não tinha mais nenhum, tinha que ficar dando voltas até chegar na sua casa. A cada dia pegava um caminho diferente, então não se enjoava muito fácil de seus trajetos, ficavam até divertidos.

Enquanto caminhava, olhava para seus pés, era uma mania que tinha certeza que sempre iria ter, começou a ouvir pequenas risadas e resolveu parar para olhar, e percebeu que era o mesmo parque que gostava ir com seus pais, resolveu sentar em um dos bancos que sempre sentava com seus pais, tudo aquilo fazia falta em sua vida. Jogou a mochila no chão e ficou olhando ciranças se divertindo com seus pais, alguns brincando de futebol ou brincando de pega-pega.

Lembranças começaram a invadir sua mente, na época em que sua vida era perfeita, e sentiu os olhos úmidos pelas lágrimas, não tentou nem enxugar sabia que não iria adiantar. Sentiu uma mão pousando em seu ombro e logo se virou, dessa vez enxugando as lágrimas.

_Está tudo bem? - perguntou o garoto moreno, de olhos castanhos que parecia ter a mesma idade que ela e que ainda estava com a mão em seu ombro.

_Estou.

_Tem certeza, parece que estava chorando. Quer conversar?

_Não costumo conversar com estranhos, meus pais dizem para não confiar em ninguém.

_Ah qual é, em mim você pode confiar -ele sentou-se ao lado dela, tirando sua mão do ombro dela.

_É uma longa história, que prefiro poupar as pessoas de ouvirem.

_Gosto de histórias compridas.

_Posso pelo menos saber seu nome ou tenho que te chamar de garoto-que-gosta-de-histórias-longas?

_É um bom apelido - riu - Meu nome é Freddie, e o seu?

_Samantha, mas me chame apenas de Sam.

_Tudo bem, agora sua me conte.

Sam começara a contar sua história, desde como sua vida era até o que se tornara, Freddie não a interrompera em nenhuma parte, e ela enquanto falava, tentava decifrar suas expressões, para ver se estava entendo mesmo ou não. Assim que terminara, o garoto não lhe dissera nada, apenas a encarou.

_Nunca perguntou isso a eles? Eu te entendo, sei como é ter os pais nessa guerra e não ter mais a atenção.

_Não, eles nem prestam atenção em mim, mas o que aconteceu com você?

_Meu pai começou a se embebedar e a bater na minha mãe todas as noites em que chagava, eles brigavam todos os dias quando chegava da escola, e estão se separando.

_Acha que isso pode acontecer com os meus pais?

_Talvez não, eles podem conversar e tentarem recomeçar, mas não é o caso dos meus.

_Sinto muito - ela abaixou a cabeça.

_Mas então - mudou de assuntou - Posso passar de estranho para ser uma amigo?

Sam levantou a cabeça, rindo do que o garoto estava falando.

_Claro que podemos.

_Então podemos nos encontrar nesse mesmo horário todos os dias?

_Sim, eu preciso voltar mais tarde para a casa.

_Nunca ouvi alguém dizendo isso.

_Não gosto de presenciar cenas.

_Entendi, mas parece ser uma garota legal.

_Você parece ser um garoto legal... Agora.

_Achou que eu pudesse te raptar ou coisa do tipo?

_Imaginei.

_Freddinho... Vamos, meu amor - chamou uma mulher de longe.

_Tem alguém te chamando... Freddinho - imitou a voz da mulher no apelido dele e começou a rir.

_Não ria, odeio quando ela faz isso. Mas tenho que ir, até amanhã.

_Até.

Freddie se levantou e foi em direção ao carro de sua mãe. Sam ficara por mais alguns minutos sentada ali, absorvendo tudo o que acontecera, acabara de conhecer um garoto que estava quase na mesma situação que ela, e ainda conseguira a fazer sorrir por alguns míseros segundos, pelo menos ele a fazia se sentir melhor.

[...]

Os dias foram se passando, e Sam começara a deixar os problemas de lado quando estava com Freddie, ele realmente era divertido e sentia que podia confiar sempre nele, eles passavam a tarde inteira juntos e não ficavam sem assunto, sempre arrumavam algo bobo para falarem. Compravam sorvetes ou sanduiches para comerem e as vezes ficavam brincando com as outras crianças.

Fazia um mês que se conheceram e Sam sentia que já o conhecia desde que nascera, e devido a isso, comprou um presente a ele e foi para o parque como de costume. Deixara o presente escondido na bolsa, para ele não desconfiar e assim que chegou no parque, ficou sentada no mesmo banco esperando ele chegar.

Horas e horas se passaram e ele não chegara, todos no parque estavam indo embora, e Sam resolvera ir também, pegou a mochila que estava jogava e começou a andar com passos lentos.

_Sam! Sam! Me espere! - escutara alguém gritá-la. Virou-se e era ele.

_O que aconteceu com você? Fiquei te esperando a tarde inteira - disparou assim que ele estava perto dela.

_Os papéis de separação dos meus pais saíram, minha mãe ficou com a minha guarda e ela quer que a gente se mude, pois não quer ver a cara do meu pai.

_Vo-você vai embora? - tentava engolir o choro.

_Eu tenho que ir, eu queria ficar mais não tem como.

_Por que? Agora que eu achei alguém que me entende e que me faz esquecer dos meus problemas.

_Eu também adorei te conhecer, mas não tem como eu ficar.

_A vida é injusta.

Ele a abraçou forte, e Sam deixara algumas lágrimas lhe escapar dos olhos, molhando um pouco de sua blusa, ela se afastou um pouco dele.

_Tenho um presente para você, por a gente ter se conhecido a um mês.

_Você lembrou - ele sorriu - Mas também tenho um presente para você.

Ela abriu sua bolsa e retirou a pequena caixa que estava guardada e lhe entregou. Freddie desfez com cuidado o laço e abriu a caixinha. Era um colar que tinha uma estrela como pingente, ele sorriu.

_Era a única coisa que achei que fosse se lembrar de mim, para sempre que olhasse o céu a noite e visse uma estrela, na verdade, eu sempre amei estrelas.

_Eu gostei - colocou o colar no pescoço, e o fechou, trazendo de volta o pequeno pingente a frente. Retirou do bolso uma pequena sacolinha, era colorida e também continha um pequeno laço e lhe entregou.

Sam pegou a sacolinha e desfez o laço, o abriu e era uma pulseira, que também tinha um pingente só que era um coração, ela colocou no braço e Freddie fechou a pulseira. Ele olhou para trás e vira que sua mãe o esperava impaciente.

_Eu tenho que ir agora.

_Obrigada pelo presente, eu gostei muito.

_É para se lembrar do que é seu e sempre será - colocou a mão dela em cima do coração dele e a abraçou novamente. Assim que se afastaram, ele lhe deu um rápido selinho.

_Tchau.

_Tchau.

E ele foi correndo até o carro de sua mãe e Sam o vira partir, e então sentiu um aperto no coração e sentiu como se estivesse voltando para o mundo que vivia antes de conhecê-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!