No Pain,No Gain. escrita por Nani_meyer


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Pessoas!! Capítulo lindo e fresquinho p/ vocês.
Olhem, desculpem a demora,mas época de provas p/ me libertar do ensino médio, ENEM e mais 4 vestibulares em 3 cidades diferentes é de matar. Espero que entendam.
Enfim, espero que gostem, esse capítulo a meu ver é legal de ler, porque mostra mais da interação que começa a surgir entre esses dois malas.
É uma história não muito longa- Não sei se comentei que será uma short fic, em torno de uns 20 capítulos espero- mas cheia de bons momentos para vocês!
Beijão da Nani!



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Eu estava puta da vida como um cão. Maldita TPM.

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas....

Finalmente meu carro havia chegado. Papai tinha comprado um Chevy vermelho e antigo do Billy Black para me presentear pelos meus 18 anos. Era para ter vindo no meu aniversário, mas infelizmente tinha dados uns... Problemas com ele e o conserto só terminou agora. E então aquela belezura antiga era tooooooooooooooooooooda minha.

–Espero que faça bom uso, Bells. Lembre-se que eu sou chefe de polícia da cidade e mesmo você sendo minha filha, não hesitarei em punir você por displicência no trânsito.

–Relaaaaaaaaaxa, pai, o senhor sabe que eu sou uma ótima motorista. E o senhor mesmo que me ensinou a dirigir!! Depois que eu parei de bater nas árvores eu aprendi a controlar o carro!

–É... Bem tranquilizante.

Já coloquei meu bebê em uso indo para a escola naquele dia com ele. Tive que aguentar Jasper rindo da minha cara porque meu carro era segundo ele do tempo do Fordismo.

–Aposto que isso estava em Tempos Modernos.

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–Por que diabos Edward Cullen está olhando desse jeito para você, Bells?

–Eu lá vou saber.

Tentei disfarçar meu desconforto e continuar saboreando minha torta de maçã no almoço. Jasper estava realmente querendo encher a minha paciência, contando sobre a aventura de se achar uma roupa a lá ‘’Sonhos de uma Noite de Verão’’ com Ben, na tarde de ontem. Aaah, Ben era o cara de tinha convidado Angela para o baile.

Agora ele me perguntava algo que eu não sabia responder?? Mas que merda!

Edward Cullen ficava me encarando que nem uma puta psicopata a porra do dia todo. E o mais estranho de tudo era que eu meio que via a intenção em seus olhos.

Ele queria vir falar comigo.

–Ele quer falar com você.- disse Alice, assustando-me. Arregalei meus olhos, surpresa, e a baixinha apenas deu de ombros, sugando mais um pouco de seu suco pelo canudinho. Ouvi Jasper sussurrar a ela ‘’ Ela está de TPM, não é?’’ e minha pequena fadinha o mandou calar a boca.

Levantei-me irritada pouco antes do sinal tocar, dirigindo-me ao início de minha tortura.

Biologia com o Cullen.

POV Edward

–Edward Cullen, você é uma mocinha.- falei para mim mesmo no espelho do banheiro.

Isabella me devolvia olhares com uma misto tão... Tão sensual de dúvida e desprezo que eu simplesmente não conseguia suportar. Saí do banheiro irritado, a caminho da sala de aula. Quando a avistei sentada em nossa mesa perto da janela, com um olhar vago, mas um tanto preocupado, senti toda a coragem que havia recém-adquirido no banheiro se esvaindo.

–Bom dia, Isabella.- falei, tentando soar agradável, mas provavelmente deve ter saído com tom antipático.

–É Bella, caralho.

Eu não vou chamá-la para porra nenhuma!

A aula começou e transcorreu mais lentamente que o usual. Biologia é minha matéria preferida, obviamente, e apesar de Isidore Carter não se comparar ao professor de Biologia de minha antiga escola, suas aulas eram muito bem lecionadas. A merda foi que Bella Swan estava com uma cara de cão ao meu lado e eu estava apreensivo que ela fosse tirar uma bazuca da bolsa e explodir a porra da minha cabeça. Comecei a suar frio, o que era muito estranho. Geralmente não ficava nervoso.

Mulheres...

Mais alguns minutos e eu decidi que falaria com ela depois da aula, mas para que não fugisse de mim, teria que avisá-la.

–Er, Swan.- chamei-a, antes que nós nos levantássemos.

–Hum.- e pegou seus livros, deixando-os cair no chão em seguida. Seu jeito desastrado era hilário e me deu coragem para encarar seu rosto marcado pela expressão mal humorada. Juntei seus livros antes que ela o fizesse e entreguei a ela com toda educação do mundo. Afinal, apesar de eu não gostar muito dela, tinha que tentar não criar uma zona digna de uma Terceira Guerra Mundial entre nós dois.

–Preciso falar com você depois da aula.

–Fale agora,ué.- disse saindo da sala, meneando com a cabeça para que eu a acompanhasse.

–Melhor não. – limitei-me a dizer, enquanto nos dirigíamos a sala da Senhora Libido. Deus, aquela mulher precisava ir para a rehab se tratar do vício de querer molestar caras menores de idade.

–Você que sabe. Só não demore muito, tenho um compromisso depois.- Aaah, sim, claro. Ela vai sacrificar os pés depois da aula, como eu havia esquecido isso? Apenas acenei com a cabeça.

A aula de Literatura sempre é um saco para mim. Eu detesto ler coisas que não sejam científicas ou específicas da área de saúde, logo estudar o Romantismo Europeu era algo similar a tortura. Uma pena que teria que me formar ainda nessa matéria e apesar de ser um aluno fodástico, eu tinha sim dificuldade em ler nas entrelinhas tudo o que uns caras que se matavam por um coração partido queriam dizer ao mundo 200 anos depois.

Por isso quando soube que teríamos teste surpresa naquele dia, eu quase,quase, surtei.

–Que foi? O nerdzão não estudou Literatura? – falou a Swan ao meu lado, levantando a sobrancelha com ar de deboche. Vadia.

Limitei-me a ficar calado e ler as minhas anotações das aulas anteriores enquanto a professora ainda pegava as provas em seu armário.

–Relaxa... Uma porrada de superdotados que nem você são péssimos em lirismo, interpretação de texto, ter sentimentos... É bem normal.

–Eu espanquei algum velhinho em outras vidas para você estar me enchendo o saco hoje?- disse, sem tirar o olhar do meu caderno.

–Palmas para Isabella Marie Swan, que conseguiu tirar alguma reação do Homem de Pedra!

–Paramos de nos ignorar, então?- retruquei, curioso por ouví-la falar tantas frases juntas depois de semanas. Ainda mais por esse comportamento de tigre dela.

–Creio que sim. É bem mais divertido desse jeito. Não acha, Cullen? – ela soltou, assim que a professora chegou com as provas.

–Sabe... Estou curiosa para saber o que quer me perguntar.

–Que fique.

–Birrento.

–Mal educada.

–Grosso.

–Bipolar.

–Cala a boca!

–A senhorita que deve calar a boca, Swan. Já estou entregando as provas!

Ambos bufamos e nos ajeitamos para receber a prova. Aquele comportamento birrento como a Swan disse não era típico meu, nunca foi. Por isso fiquei ainda mais surpreso quando apenas um teste foi entregue para nós dois. Era em dupla.

–Puta que pariu. – nós falamos juntos. Após alguns minutos de reflexão, nós entendemos que teríamos que trabalhar juntos para tirar uma boa nota. Ficamos sem nos falar alguns segundos, mas eu decidi agilizar as coisas:

–Seguinte: deixemos esse seu comportamento tinhoso de lado e vamos fazer isso direito, certo? Como pessoas civilizadas.- Isabella franziu as sobrancelhas e revirou os olhos, mas me olhou, desistindo.

– Tá... Olha. Eu sou boa em sentir as coisas e você deve ter uma memória do caralho aí por debaixo dos tufos que você chama de cabelo, então...

–Mãos a obra.

–Calados, Cullen e Swan!

Até que fomos bem. Bella realmente era boa nesse negócio de sentimento e fez as questões discursivas. E eu sou foda em lembrar datas, características e etc, logo as objetivas foram minhas. Fomos os primeiros a entregar a prova e sair da sala, para nossa imensa alegria. Juro que senti minha bunda sendo secada pela senhorita papa-anjo.

Sendo o último tempo, era a hora de conversar com Bella. A segui até o estacionamento- o dia em Forks estava como sempre chuvoso, o que me irritava. E vê-la chutando seu carro ‘’novo’’ não foi a coisa mais encorajadora para mim.

–Olha, cara montanha de metal vermelha. Eu estou, lhe implorando. FUN.CIO.NA!- cada sílaba era um novo chute.

–Meu palpite é que chutar o motor não vai adiantar em nada.- falei, já sentindo que os próximos minutos não seriam agradáveis. Ela apenas bufou e entrou no carro tentando dar partida. Uma fumaça preta saiu do motor e Bella gritou horrorizada. Eu, atônito, só pedi para que ela saísse daquela máquina antes que explodisse.

O motor fez um barulho estranho, não chegando a ser uma explosão, mas quase isso.

–E... Foi a óbito.

–Ótimo. Eu ganhei esse carro hoje.- falou ela, colocando as mãos no rosto.- Meu presente de 18 anos...

–Você tem 18 anos???- como assim Bella era mais velha que eu?? Claro, eu geralmente era o mais novo da classe, mas a cara dela era de no máximo 17, que nem eu.

–Não me diga que você... Oooooown, que bunitinho!!! Seus testículos já desceram?

–Você é bipolar ou o quê? E sim, a propósito, já desceram e funcionam muito bem.

–Cala a boca, eu só estou na TPM.- falou e me deu as costas, indo pegar sua enorme bolsa roxa no carro e se afastando da lata velha.

– O que vai fazer em relação ao seu... Carro?- perguntei, alcançando-a.

–Ligar para Billy Black quando chegar em casa, falar que a porra do motor não funcionou e ficarei bem... Aaah.- ela se virou para mim, com os olhos curiosos.- Você queria falar comigo.

–Sim... Você tem um compromisso agora, posso te acompanhar e vamos conversando até lá. Pode ser?

Bella apenas assentiu, me olhando inquisitiva e partimos em direção a sua aula de balé.

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–Bella, você ouviu o que eu disse?- estava com medo que ela fosse ter um ataque cardíaco ou explodir de raiva ou sei lá... Chutar o meu saco. Deus, a cara dessa menina...

–Aham.- e olhou novamente para mim, de olhos semicerrados.

–E...?

–Depois eu que sou a bipolar. Tá, duas coisas. Primeiro... Por quê você quer ir ao baile? Você é todo estranho, adultozinho, responsável, caralho, se bem me lembro você se comportou como um cavalo quando te chamei para sair em uma segunda-feira!

–Er...

–Segunda coisa: Por quê... Eu? Comigo? Tenho certeza que não simpatiza comigo tanto quanto eu não simpatizo com você. Por razões que são óbvias para nós dois.- ela parou no meio da rua, colocando as mãos na cintura e me encarando. Comecei a suar frio e ... O quê? Aaah, mulheres.

Decidi ser franco com Bella. Afinal, era minha primeira vez em uma festa da escola, com uma garota que eu detesto, numa cidade que eu detesto. Toda a situação já era incomum o suficiente para mim, pelo menos eu precisava ser sincero, como sempre fui. Falei que fiz um acordo com minha tia em me enturmar mais... E nada mencionei de Carlisle.

–Sua tia te enche o saco? Por você ser... Um robô? – o tom de sua voz não era de julgamento, mas de curiosidade, como em todos os seus questionamentos. E eu gostei disso.

–Digamos que sim. Preciso ficar aqui e sobreviver até o final do ano letivo e ir ao baile vai me aliviar muito. Olhe, Bella. – encarei-a.- Eu sei que essas são as últimas circunstâncias em que uma menina gostaria de ser chamada para uma festa, mas é o que eu... Tenho.

– E Lauren?? Ela super quer te comer, Edward.

–Edward... Soou bem melhor que Cullen. Aaah,olha... Minha tia queria que fosse você o meu par.

Sua boca fez um ‘’O’’ tão estranho que tive que rir baixinho. Expliquei que Mary gostava muito dela e que não gostaria que eu fosse com mais ninguém.

–Você sempre faz o que te mandam?- ouch, não esperava essa mudança de assunto tão repentina. E não gostei nada dele.

–Você quer ir comigo ou não?

Bella me olhou com raiva e percebi pelo meu tom de voz que havia sido grosso novamente. Ela mordeu os lábios e respirou fundo, respondendo.- Não.

–Mas... Bella!!- ela já havia entrado no estúdio, nem percebera que já havíamos chegado.

–É... Você me forçou a fazer isso, cisnezinho. – e saí.

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Demorou duas horas até Charlie Swan chegar em casa. Eu havia chegado meia hora antes, já que estava no treino, logo, assim que acabei de tomar banho, comer e ler alguma coisa na internet, avistei o pai de Bella.

E ele estava com uma arma. Uma arma na mão.

Desci as escadas e encontrei com Tia Mary chegando em casa, com ar cansado. Quando me viu, inquiriu curiosa sobre a minha palidez.

–Eu sou pálido, Mary.

–Charlie Swan espera por você. –e saiu.


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