Nuestro Camino - Chiquittitas escrita por Tatay


Capítulo 5
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais Saiu.



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Pov. Mili

No Dia Seguinte.

– Acorda Cambada. – Ernestina entrou gritando, e soprou o apito.

– Qual foi Ernê, hoje é sábado. – Disse Cris ainda sonolenta.

– Meu nome é ERNESTINA. – Apitou mais uma vez. – Todo mundo lá em baixo em 10 minutos. Pata, a Dona Sofia quer falar com você.

Pata deu um pulo da cama, e foi a primeira a ficar pronta.
Quando descemos para tomar café, Pata estava na cozinha terminando de comer, mas parecia estar triste. Assim que terminei de comer, fui procura-la, ela estava sozinha no pátio. Ela pareceu não notar minha presença, me sentei ao se lado e perguntei:

– O que você tem? Desde ontem que você ta entranha, eu vi você pegando o pão da mesa.

Ela me olhou, respirou fundo e disse:

– Meu irmão e meus amigos estão escondidos no porão do orfanato.

Eu – O que? – quase gritei.

Pata – E eu fui pedir pra tia Sofia falar com o Dr. José Ricardo para o orfanato aceitar meninos, assim eles poderiam ficar aqui comigo. Mas parece que a Dona Carmen ta responsável pelos assuntos do orfanato e não quer aceitar meninos.

Eu – Então foram eles que eu escutei na noite passada. – Ri ao me lembrar.

Pata – Provavelmente. E eu estava acordada por que fui levar comida pra eles. Mas por favor, não conta pra ninguém, se não eles vão ter que ir embora da cidade.

Eu – Entendi, pode deixar que eu não vou falar nada. Mas a Dona Carmen, não é a Dona no orfanato, temos que tentar falar com o Dr. José Ricardo.

Pata – Mas como?

Pensei por um instante, e recordei-me de alguém que poderia nos ajudar.

– O JUNIOR! – Gritei. – Ele é filho do Dr. José Ricardo, falamos com a Carol e ela fala com ele.

Pata – É verdade. Mas não podemos falar que eles então no porão.

Eu – Legal, vou falar com a Carol. Mas relaxa que não vou falar do porão.

Pata – Caramba. – disse pondo a mão na cabeça.

Eu – Que foi?

Pata – Eles devem ta com fome. Tenho que levar comida pra eles.

Eu – Eu vou falar com a Carol. Mas te ajudo a distrair a Ernestina e o Chico, pra você levar comida pra eles.

Pata – Obrigada Mili, você te sido muito legal comigo.

Eu – Amiga é pra isso.

Pov. Pata

Com a ajuda da Mili, consegui pegar alguns pães na cozinha. Enquanto ela conversava com a Carol na sala, fui levar a comida para os meninos, por sorte as meninas estavam separadas, entre o pátio e o quarto.

Quando entrei no porão fui recebido pelo Rafa, que devia ter sentido o cheiro dos pães ali comigo.

Mosca – Calma Rafa tem que dividir. – Falou enquanto afastava o Rafa, e pegava os pães da minha mão.

Binho – E ai Pata, falou com a Diretora?

Eu – falei sim Binho, ela disse que não pode fazer nada.

Mosca – Tudo bem, a gente se vira. Esse porão até que ta legal.

Eu – Mas eu não vou desistir tão fácil, uma amiga minha ta me ajudando. – pude ver o olhar de preocupação em seu rosto. – Mas relaxa que ela não vai falar nada. É melhor eu ir antes que percebam meu sumi.

Pov. Mili

Expliquei a situação dos meninos a Carol e ela ligou para o Junior, que ficou de nos ajudar. Avistei a pata e fui falar com ela:

Eu – E ai, falou com eles?

Pata – sim. E você falou com Carol?

Eu – Aham, o Junior ficou de falar com o Pai dele.

Pata – Tomará que ele consiga convence-lo.

O telefone tocou e simultaneamente olhamos pra Carol, que infelizmente não estava com uma boa cara. Aproximamos-nos e eu perguntei:

Eu – E ai, o que ele falou?

Carol – ele não conseguiu nada, mas vai passar aqui depois do trabalho.

Uma hora se passou desde que Carol falará com Junior e já estava na hora do almoço. Pata Estava na sala da Tia Sofia com a Carol, então resolvi levar a comida para os meninos.
Esperei que todos saíssem da cozinha e montei um prato com frutas, biscoito e um pedaço de bolo que havia sobrado do café. Pata havia me dito onde era à entrada do porão, mas quando entrei não havia ninguém.
Quando estava por sair escutei vozes, olhei para traz e três garotos desciam uma escada, que deveria dar do lado de fora do orfanato. Ao perceberem minha presença, um silêncio se formou.

– Eu disse que essa ideia de porão não ia dar certo. Mosca bora vazar daqui. – Disse o menor de todos.

Pov. Mosca

Eu– Espera Binho.

– Eu sei quem vocês são. Vocês são os amigos da Pata – Olhou para Binho e Rafa. – E você é o irmão dela. – Olhou para mim. Pelo tom de voz tranquilo ela parecia nos conhecer.

Rafa – Como você sabe? – Perguntou confuso;

– Eu sou amiga da Pata. Ela ficou presa falando com a Carol e a Tia Sofia, então eu vim trazer comida pra vocês.

Binho – Sei não Mosca, ela pode entregar a gente. – disse desconfiado.

– eu não vou. Eu juro.

Eu – Se a Pata confia nela, ela de ser legal. – Algo em seus olhos me fazia acreditar nela. – E ela trouxe comida, e não podemos recusar comida. Falei olhando para o Rafa, que parecia estar faminto.

Rafa – Podemos comer logo, estou com fome.

Eu – Obrigada. – disse pegando o prato de sua mão olhando em seus olhos.

Enquanto comíamos, lembrei que ainda não havíamos nos apresentado.

Eu – Ainda não sei o seu nome.

– Meu nome é Milena, mas podem me chamar de Mili.

Eu – Mili, legal. Eu sou o Mosca. – Sorri.

Mili – Prazer. – Sorriu.

Rafa – E a gente aqui não vai ter apresentação?

Dei um tapa de leve em sua cabeça e a Mili deu uma leve risada, olhou envergonhada para o chão, sorriu e voltou a me olhar.

Eu – Esse é o Rafa e esse é o Binho. – Disse Apontando o Rafa ao meu lado direito e Binho ao esquerdo.

Mili – Prazer. – Sorriu. – É melhor eu voltar antes que reparem que eu sumi.

Eu – Tudo bem. – Não consegui parar de olha-la.

Pov. Mili

Quando voltei para o orfanato, não tive tempo de pensar nos meninos, pois Carol estava a minha procura, para eu ir com o Junior falar com o Dr. José Ricardo.
Ao chegar lá o Dr. José Ricardo não estava com uma cara muito boa, então respirei fundo e falei dos meninos para ele, mas infelizmente ele negou o meu pedido.

Ao chegar ao orfanato a Pata estava na sala com a Carol. Contei como havia sido a com versa e que ele não havia concordado. Pata ficou triste, então eu e Carol a consolamos.
Ao anoitecer, estava com Pata na cozinha quando Carol perguntou onde os meninos estavam, olhamos uma para a outra sem entender o motivo da pergunta. Quando estávamos preste a inventar alguma mentira a Carol falou:

Carol – Meninas, eu sei que eles estão no orfanato, Chico comentou a falta de comida comigo, e eu notei o sumiço repentino de vocês. Eu só quero ajudar. Vocês podem confiar em mim.

Nos entre olhamos, o olhar de pata era claro, ela perguntava se deveria contar ou não, eu assenti que sim com a cabeça, pois eu confiava plenamente na Carol. Pata contou onde eles estavam escondidos e Carol saiu da cozinha, enquanto as meninas entravam para Jantar.

Pov. Pata

Enquanto todos comiam, eu apenas brincava com a comida, não pude deixar de pensar nos meninos, e o que a Carol iria fazer. Não sei se fiz certo contando que eles estavam no porão.
Mas tive de confiar na Carol, afinal ela nos ajudou tantas vezes quando estávamos na rua.
Ao terminar o jantar a tia Sofia entrou na cozinha, estranhamente feliz.

Sofia – Meninas eu tenho uma novidade para vocês, uma não, três.

Bia – a ultima novidade, essa ai entrou no orfanato. – resmungou, mas não impediu que eu escuta-se.

Ana – é de comer tia Sofia?

Sofia – Não aninha, mas eu acho que vocês vão gostar... Pode entrar Carol.

Todos olhavam para Carol, mas eu estava totalmente desligada, até ela falar:

Carol – Meninos.

Rapidamente levantei – me da mesa, e sem perceber puxei a Mili comigo. Ao entrarem, automaticamente se formou um sorriso em meu rosto, abracei a Mili que também estava feliz, e corri para abraçar o Mosca.

Tati – E quem são esses Tia Sofia?

Sofia – Esses são os amigos e o irmão da Pata, e a partir de hoje serão os novos moradores do Orfanato Raio de Luz, que agora será para meninas e meninos.

Ernestina resmungou – Era só o que me faltava, mais peste aqui dentro, e pra variar meninos.

Sofia – Falou alguma coisa Ernestina?

Ernestina – Falar... FALAR... Falei não.

Sofia – Ernestina, porque você não arruma o outro quarto para os meninos dormirem.

Ernestina – Com certeza dona Sofia. Ai que alegria. – Falou irônica. – acabaram de chegar e já tão e dando trabalho. – resmungou saindo da cozinha.

Carol – Da licença que eu vou ajudar a Ernestina.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.