A Mãe Perfeita escrita por Williane Silva


Capítulo 8
FANTASIA


Notas iniciais do capítulo

Como não fantasiar com um homem como Edward Cullen?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/417360/chapter/8

Pv Bella

Eu estava sonhando. Sabia que era um sonho, mas o que importava? Esticada a uma espreguiçadeira ao lado da piscina, me deliciava com a imagem de Edward diante de mim.

- Eu quero você.- ele murmurou, com os olhos dourados enevoados de paixão. Estava todo de roupa clara como na primeira vez que o vi. A calça e a camisa não tinham uma ruga e os cabelos estavam impecáveis.

Eu franzi o semblante. Aquilo não estava certo. Ele estava perfeito demais para esse tipo de fantasia. Então, de repente, a camisa se foi, revelando um peito macio e maravilhosamente esculpido. Os cabelos dourados cresceram um pouco e tornara-se encantadoramente desalinhado. Uma barba razoavelmente crescida escurecia-lhe o queixo, dando-lhe um ar perigoso.

“Ah isto sim é uma fantasia.”

- Oh, Bella.- ele murmurou, com reverencia. Tocou meu pescoço com os dedos suaves.- Você é tão maravilhosa. Uma deusa.- os lábios de Edward tocaram os meus, suaves como uma nuvem, com um movimento deliciosamente erótico.

Eu gemi de prazer. Que beijo! Definitivamente, aquele era um sonho para mulher nenhuma colocar defeito, exceto por aquela vozinha insistente, aquela que não se recusa a ir embora por mais que eu desejasse.

- Olá! Ei, você!- ela dizia.- Tem alguém em casa?

Eu tentei ignora-la. Entreabri meus lábios, convidando meu amanta aprofundar o beijo. Como nada acontecia, estendi meus braços, minhas mãos deslizando pelos músculos de meu herói sensual. Pequenas descargas de eletricidade aconteceram em várias partes de meu corpo. Eu o puxei para mim, pressionando meus seios palpitantes contra seu peito largo, esperando que ele correspondesse à altura.

Mas a vozinha continuava, lá no fundo.

- Terra chamando Isabella Swan. Acorde!

A imagem de Edward começou a desaparecer.

Edward? Que coisa ridícula. Ele nem mesmo gosta você. Onde foi parar seu amor próprio?

Tudo bem, tudo bem. Acabou. Com um suspiro melancólico, eu abri os olhos s dei de cara com três criaturas com olhos de sapo. Num sobressalto violento, ofeguei e sentei rapidamente, o que suscitou um coro de gargalhadas.

- Ei, Bella!- brincou Ben, tirando os óculos de natação.- Somos nós, Benjamin...

- Erik!- Erik apareceu por detrás do outro par de óculos.

- E Mike!

- Nós assustamos você?- Ben perguntou.

O mundo fez mais sentido depois que eu terminei de despertar. Respirei fundo para acalmar o coração acelerado e em poucos segundos sorri.

- É claro que me assustaram! Pensei que vocês fossem terríveis monstros com olhos de sapo.

Ben ficou ainda mais satisfeito.

- De verdade?

- De verdade!

- Legal!

- O que vocês estão fazendo aqui? Já encontraram uma nova babá?

Os três balançaram a cabeça e fizeram a mesma expressão de santinhos.

- Nananina.- a expressão de Ben não poderia ser mais triunfante.- A Srta. Michael ficou com medo de que Mike fosse incendiário. A Srta. Cay só gostava de canários e ficou apavorada com nosso morcego Belly Lagusa. O papai fez a Srta. Ganter sair mais cedo porque o pai dela é presidiário, e a Srta. Ravel foi atacada pelas nossas formigas por acidente e só assim soubemos que ela estava roubando nossas coisas, então, quando papai ligou para a tia Enne, ela disse que não podia mandar mais candidatas porque nossa casa não é segura.

- E meu pai disse uma palavra muito feia.- acrescentou Mike.

- Ele tem feito muito isso ultimamente.- Erik completou.- Quer ouvir?

- Ah, não, muito obrigada.- desconversei, já imaginando do que se tratava.

Ben inclinou a cabeça para o lado.

- Você estava tendo um pesadelo?

Eu senti o sangue subir para meu rosto.

- Por que está perguntando?- indaguei, temendo a resposta.

- Você estava fazendo uns barulhos estranhos.- Erik comentou.

- Nós queríamos acordar você antes.- Ben informou.- Mas, papai não deixou.- O garoto apontou para uma ponte atrás de mim, fazendo eu girar noventa graus.

Lá estava ele, a cerca de três metros, com uma mão apoiada no batente da casa de máquinas. Minha nossa! Eu geme pra mim mesma. Exceto por um par de óculos e uma sunga preta sumária, o homem estava completamente nu! E o pior é que, dessa forma era ainda melhor do que em meu sonho.

A pele, levemente branquinha, ressaltava os músculos dos ombros e do tórax e revelando o abdome rijo e liso. Os pelos dourados do peito desciam para o ventre, como uma seta apontando para... ora, esse detalhe não apareceu em meus sonhos. Os cabelos molhados, deixando-o com a aparência daqueles homens incrivelmente bonitos dos comercias de bronzeamento. Mas a expressão do rosto continuava glacial.

- Pensei ter dito a vocês para deixar a Srta. Swan dormir em paz.- ele advertiu.

- E nós deixamos!- Ben protestou.

- Só estávamos tomando conta dela.- Erik explicou.

- Você viu? Ela estava fazendo aqueles barulhos esquisitos novamente.- Ben começou a esclarecer.- E...

- Eu acordei sozinha.- eu os interrompe. Não queria correr o risco de ver os garotos repetindo os meus sons estranhos pra o pai. Em seguida, procurei sorrir para Edward.- Eles não estavam me incomodando, fique tranquila.

- Está bem.

Edward deu um passo adiante, e os garotos escaparam na direção da piscina.

- Agora que você está aqui para olhar, podemos voltar para a água?- Ben pediu, dirigindo-se à parte mais rasa, com Erik e Mike no seu encalço.

- Sim.- Edward respondeu, sério.- Tudo bem.- parou diante de mim e acomodou-se em uma das cadeiras debaixo do grande guarda-sol. Seu perfume, uma mescla de ar fresco, cloro, uma nota de loção de pele aquecida foi o bastante para acelerar a minha respiração.- Mas comportem-se, por favor.

Ele olhou na minha direção. Apesar dos óculos escuros, senti o olhar de Edward cravado em meu corpo. Ele brandiu a lata de refrigerante em sua mão.

- Aceita um?

- Não.- minha voz soou mais rouca do que a habitual.- Não, obrigada.

Na piscina, fora do alcance visual de Edward, Erik subiu nos ombros de Ben. Ambos fizeram uma pose, flexionaram os músculos ainda não desenvolvidos e acenaram para mim. Eu ri suavemente e acenei com os dedos.

- Você tem sorte.- eu comentei com Edward.- Os garotos são ótimos.

- Mas quando tento contratar uma babá, eles viram uns demônios.

- Teve um dia ruim?

- Mais ou menos.

- Os garotos disseram que você não achou nenhuma adequada.

Ele suspirou, inclinou a cadeira para trás, ficando apenas sobre os pés, e olhou pra mim por cima dos óculos.

- Não foi bem assim. Com exceção de uma, as outras três não eram ruins. No entanto, uma saiu pensando que o Mike é incendiário, a outra acredita que minha casa está infestada de ratos e a ultima levou um banho de formigas depois de tentar roubar alguns objetos da minha casa.

- Não se preocupe. Talvez ainda não tenha aparecido a pessoa certa.

Ele balançou a cabeça.

- Não tenho muitas esperanças. Afinal, já tivemos dez babás em um ano e meio.

Percebendo que o pai não estava olhando, Ben saiu da piscina, foi até o jardim que enfeitava o deque e rapou o pé de petúnias, deixando apenas a haste. Indiferente, Edward continuou a lamentar-se.

- Eles são muito desobediente e não respeitam autoridade.

Eu o olhei de lado, pensando que eles eram esperto e criativos, desesperados pela atenção do pai. Só ele não percebia isso.

Com outro olhar rápido na direção de Edward, Ben jogou as flores na piscina.

- Ei, vocês!- ele gritou para os irmãos, atirando água para todos os lados ao juntar-se a eles.- Vamos brincar de Homem-raio ! estas são as nossas munições especiais para combater o bolha. Mike, você é o bolha!

Pegando um punhado de flores ensopadas, ele atirou no irmão mais novo. Mike atirou de volta, Erik entrou na confusão e todos os três começaram a gritar e rir.

- Eles precisam de uma babá- Edward concluiu.- Precisam de um sargento.

“ Eles não precisam de uma babá”, eu pensei com meus botões. “ precisam de um pai”. Cautelosamente, me dirigi a Edward.

- Sabe, você tem razão. Os garotos dão muito trabalho. Eu não imaginava que já passaram tantas babás por aqui. Você disse dez?

- Correto.

- Isso é terrível. Tem alguma ideia do que vai fazer?

Ele meneou os ombros enormes.

- Ainda não decidi.

- Já pensou em um colégio interno?

- Colégio Interno?

- Há excelentes academias militares na costa leste.

Fiz uma série de artigos sobre elas no começo da minha carreira. Uma delas, a Markhurst, costumava ser exemplar. Se você quiser, posso entrar em contato com o comandante.

- Não creio que seja a melhor solução.

- Acredito piamente que esta possa ser a resposta a seus problemas. Tenho certeza de que o comandante Kent deixara seus garotos em forma da noite para o dia. Um ano ou dois de acompanhamento constante, inspeções diárias e verdadeira disciplina pode ajuda-los a obedecer.

- Meu Deus. Mike tem só quatro anos.- Edward me fitou, incrédulo.- Está falando sério?

- Ei, ouça, foi somente uma sugestão. Quanto á mim, nunca tive problema com os garotos. Na verdade, quando cuidei deles, tudo ocorreu bem.- eu fiz uma pausa cautelosa antes de prosseguir.- As crianças sentem quando você mantém uma autoridade segura.

- Está querendo dizer que não tenho essa autoridade?

- É claro que não. Mas eles tendem a ignorar o que você lhes pede, não é? E conseguem ser muito desordeiros.

- Do que você esta falando?- ele vociferou, como um leão defendendo sua cria.

- Bem... olhe a bagunça que eles estão fazendo agora. Todas aquelas flores não devem fazer muito bem ao sistema de filtros da piscina.

Edward ergueu-se rapidamente que os óculos caíram ao chão.

- Mas que inferno! Garotos, parem com isso agora mesmo!

Ben, Erik e Mike congelaram. Eles haviam acrescentado alguns gerânios e margaridas ao “arsenal” espalhado pela piscina e uma mistura de vermelho, amarelo e rosa flutuava pela água.

- Qual é o problema, papai.- Erik perguntou inocentemente.

Edward caminhou na direção deles, com as costas rígidas.

- Vocês sabem muito bem que não podem jogar galhos pedras, folhas ou flores na piscina!

- Mas isso é munição!- Ben protestou.

- Não quero saber o que é isso! Quero tudo limpo. Agora!

- Mas, pai...

- Não quero ouvir mais nada!- Edward cortou a fala do filho.- Quero toda essa bagunça limpa, e depois todos para fora da piscina.

Edward cruzou os braços e ficou esperando.

- Puxa, não precisa fazer todo esse escândalo.- resmungou Ben.- Nós não faríamos isso se tivéssemos alguém como Bella para cuidar de nós.

O-Oh! Ele não devia ter dito isso. O pai o fulminou com os olhos.

- Já chega.

Ben olhou do pai para os irmãos, que já estavam de cabeça baixa, meneou os ombros e começou a juntar as flores ensopadas. Erik e Mike ajudaram e, alguns minutos depois, todos saíram da piscina.

- Peguem as toalhas e se enxuguem. Depois esperem por mim na porta da cozinha.

- Sim, papai.

Os três passaram cabisbaixos por mim. Eu, por minha vez, procurei me manter firme. Não era hora de derreter como sorvete. Peguei a sacola de praia, tirei a agenda, uma caneta e um bloco e me ergui. Depois caminhei até a mesa, onde copiei um nome e um número de telefone.

- pegue.

Eu estendi a folha de papel na direção de Edward quando ele veio buscar os óculos. Com um ar desconfiado, ele pegou.

- O que é isto?

- O telefone de Markhurst.

Ele olhou para o número um momento e amassou-o.

- Eu não preciso disto.- disse rispidamente.

- Mas...

- Decidi reprogramar a minha viagem. Posso ficar aqui algumas semanas até os garotos entrarem na linha.

- Está falando sério?- eu precisei me segurar para não demostrar minha satisfação.- Tem certeza de que é isso o que deve fazer?

- Absoluta. Vou dar a eles umas aulas de boas maneiras, vou faze-los lembrar que os comportamentos inadequados sempre têm repercussões. No momento em que tia Enne encontrar a babá certa, eles estarão prontos.

- Ora... se eu puder ajudar...

Ele balançou a cabeça.

- Posso cuidar disso. Com licença.

- Ah, Claro.

Edward caminhou decidido na direção da casa, mas parou alguns metros adiante.

- Talvez você possa fazer algo.

- Pois não.- eu respondi, procurando não parecer solícita demais.

- Por acaso sabe se gatos têm umbigo?

Eu franzi a sobrancelha antes de responder.

- É lógico que têm. Eles são mamíferos. Só que não dá para ver por causa do pelo.

- Obrigada.

Sem maiores explicações, ele me deu as costas e seguiu para a casa.

Fiquei ali observando sua partida. Ele era um tipo arrogante, autoritário, difícil de gostar e mais difícil ainda de se entender.

Então por eu ainda desejava conhecê-lo mais? Era porque eu gostava de desafios? Ou porque competir com ele me fazia sentir viva mais do que nunca? Ou era nada mais, nada menos que uma questão de química? Afinal, ele tinha um corpo e tanto.

Sufocando um gemido provocado por meus hormônios superativos, eu caminhei para a parte mais funda da piscina e mergulhei de cabeça.

PV Edward

- Você vai tomar conta de nós?- Ben olhou boquiaberto para mim.

Todos nós estávamos sentados à mesa na sala de refeição ao lado da cozinha. Cansado do dia longo e cheio de acontecimentos nem sempre agradáveis, eu tentei novamente fazer os sanduiches de queijo e tive sucesso. Depois aguardei até o final da refeição para anunciar a novidade.

No entanto, eu estava intrigado. O meu filho mais velho não se excitara mais ficou apenas pensativo.

- Você realmente vai ficar conosco?- Ben insistiu.

- Sim. Será muito divertido.

Divertido e educativo, eu pensei, para os meninos e para Isabella Swan. Toda vez que me permitia pensar na mulher que acabei de conhecer, me sentia tenso e estranho. Já foi ruim demais encontra-la na beira da piscina dormindo e vulnerável, usando nada além daquele biquíni amarelo. Mas o pior foi ouvir ela gemer daquele jeito, enquanto estava sonhando.

Deus era testemunha de que eu não tive a intenção de ficar vendo-a se remexer-se languidamente, evidenciando aqueles pontos arrepiados sob o sutiã justo. Nem quis ficar me deleitando com aquele sorriso de prazer que se formou nos lábios carnudos. Mas o que fazer? A carne falou mais alto.

E ela, o que fez? Tinha ao menos gritado com os garotos por tê-la acordado? Tinha pelo menos se sentido constrangida por ter sido flagrada cochilando em minha piscina? Tinha feito ou dito algo para sugerir que a mesma atração que eu sentia era mútua? É logico que não. Isso seria simples demais. Fácil demais. Humano demais. Ao contrário, ela sugeriu ser mais capaz de cuidar de meus próprios filhos!

Mas agora todos iriam aprender uma lição.

- Papai?

- O que foi, Ben?

- Você vai estar aqui no meu aniversário, não vai?

Eu calculei que a data era dali a três semanas e decidi que a viagem poderia esperar até lá. Além do mais, quando eu era criança, adorava aniversários e não podia perder o dos meus filhos.

- Com toda a certeza.

- Perfeito. Você me dá licença?

- Para mim também?

Surpreso com o pedido repentino, eu meneei os ombros.

- Claro.

- Legal!- os dois saltaram da cadeira e saíram correndo.

- Papai?

Mike, que permaneceu por perto, desceu de sua cadeira e veio para o meu lado.

- O que foi, Mike?

O garoto meneou o indicador, para que eu abaixasse a cabeça. Imaginando que ele quisesse me contar algum segredo, eu me inclinei.

Suave como uma borboleta, Mike depositou um beijo no meu rosto.

- Que bom que você vai ser nossa nova babá.- ele disse timidamente.

Eu senti um redemoinho no peito ao ver meu caçula sair.

“ Meu bom Deus,” eu pensei. “ Será que estou agindo certo?”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ei recomendem tá fação a alegria dessa autora. plis. amo v6.