A Mãe Perfeita escrita por Williane Silva
Notas iniciais do capítulo
gente essa historia tá chegando ao fim espero que gostem.
“ Mulheres!” eu estava furioso, atravessei o pátio com os meus sapatos ensopados. “ Não se pode confiar nelas! É descuidar um minuto para se sujeitar-se às coisas mais terríveis!”
Praguejando intimamente, parei na porta da cozinha. Não havia sinal da governanta, mas os garotos estavam sentados ao balcão, comendo. Outra vez.
– Vocês nunca estão satisfeitos?- resmunguei.
Eles ergueram os rostinhos inocentes, e Ben arqueou a sobrancelhas.
– O quê?
– Ora, não finjam que não viram nada.- eu disse sem paciência.- Eu os vi escondidos no quiosque, espionado. Deveria deixa-los de castigo no quarto por um mês, sem comida.
– Ih, papai...- começou Ben.
– Esqueça.- eu estava irritado.- Onde está a Sra Rosenclay?
– Hoje é a noite de folga?- Erik lembrou.
Sem parecer abalado, Ben voltou-se para mim.
– E então? Vocês se beijaram e fizeram as pazes?
Eu tirei a camiseta e a joguei no chão.
– Não.
– Mas quando vão fazer?
– Nem sei se vamos fazer as pazes.
Eu tirei os sapatos, já percebendo que o cloro fez ao calçado de couro italiano.
– Ah, isso não!- Ben saltou do balcão tão rapidamente que quase caiu.
Eu tirei as calças. Vestido apenas com uma cueca samba canção, tirei uma toalha limpa do armário e enxuguei os cabelos.
– Mas vocês precisam fazer as pazes!- insistiu Ben.- Como Bella vai ser nossa mãe se vocês não se casarem?
– Eu não sei.- eu responde sarcasticamente. Inclinei e recolhe as roupas molhadas. – Acho que vocês terão que passar sem ela.
Entrei no corredor, com os meninos atrás de mim, como patinhos.
– Mas você não pode fazer isso!
– Ah, sim eu posso.
– Mas... mas... o que vamos fazer?- choramingou Ben enquanto chegávamos à porta que dava ao porão. – Nós precisamos dela!
– Quanto a vocês, eu não sei, mas eu vou colocar minhas roupas para lavar.- responde, fazendo-me de desentendido. Acendi a luz e me voltei para os meninos, inconformados. Suspirando, eu disse.- Ouçam, não se preocupem, ok? Mais tarde conversaremos a respeito.
– Quando?- Ben quis saber.
– Amanhã.- eu concede.
– Mas, papai...
– Não quero mais falar sobre isso hoje.
Dei as costas de desce as escadas, indiferente aos protestos.
Ben, no entanto, estava determinado.
– É o que veremos!
“ Essa é boa”, pensei, caminhando na direção da lava-roupas. Não queria mais saber de gente me dizendo o que eu deveria fazer, senti ou pensar.
Enquanto colocava as roupas na máquina e despejava um copo de sabão em pó, não conseguia parar de pensar em Bella.
Que mulherzinha mais petulante, fazendo-me sentir-me um canalha por tê-la pedido em casamento. Como se querer compartilhar com ela todas as minhas posses fosse um insulto! No mínimo ela gostaria de fazer um pacto pré-nupcial...
E quanto à questão de sentimento, que mal havia em simplesmente... gostar? Talvez não fosse amor, mas que eu sentia ao vê-la pendurada naquela janela daquele carro foi bastante significativo. Droga, não me sentia assim tão indefeso desde... desde que Tania morrera.
O pensamento me deixou aturdido.
O que eu sentia pela minha mulher não tinha nada a ver com o que eu sentia por Bella. O que sentia por ela era profundo e complexo. Era brilhante como seu sorriso e intenso como a paixão que ele provocava; era tão vibrante, dinâmico e multifacetado como a personalidade de Bella.
Mas não era amor.
Ou era?
Respirando fundo, reconhece que a vida me tornou um homem muito duro. Apenas no ultimo mês, fui uma criatura difícil e ingrata, provavelmente porque eu estava ocupado demais cuidando do meu próprio umbigo.
E Bella me amou mesmo assim. Ela me deu seu calor, seu riso, seu coração. E o que eu lhe oferece em troca? A chance de compartilhar minha cama e de ser uma babá não remunerada.
Eu me admirei por ela não ter me jogado na piscina há mais tempo.
Nesse momento eu ouvi passos e fiquei imaginado o que os meninos estariam aprontando.
– Edward? – uma voz feminina gostosa e conhecida ecoou nas escadas, aumentando à medida que os passos se aproximavam.- Oh, garotos, graças a Deus! Onde ele está?
Era Bella! Eu abaixei a tampa da lava-roupas e a liguei justamente quando Ben gritou no alto da escada.
– Papai está lá embaixo!
– Ele está muito mal.- acrescentou Erik.
– Corra!- pediu Mike.
Como resposta às minhas preces, ela apareceu no topo da escada? Com e expressão preocupada.
– Onde?- ela perguntou olhando ao redor.
Eu me encostei na maquina, cruzei os braços e tentei aparentar calma.
Os garotos se entreolharam e saíram como um raio, trancando a porta por fora.
– Mas que...- Bella virou-se para a porta.- Benjamin? Erik? Mike? O que está acontecendo?
– Acho que esta foi mais uma armação.- eu disse, me aproximando.
Ela se voltou na minha direção.
– Edward! Oh, Edward! Você está bem? Eu pensei... os garotos disseram... mas você parece...- ela parou embasbacada ao perceber que eu estava seminu.- Você está... ótimo.
– Obrigado. Você também.
Ela estava descalça, de short e camiseta, como sempre.
– Mas Ben telefonou e disse... oh, não!- ela enrubesceu imediatamente.- Aquele pequeno mentiroso!
Ela subiu novamente na direção da porta e forçou a maçaneta.
A porta não se moveu.
Ela bateu na madeira com a palma aberta.
– Benjamin! Abra esta porta! Você está me ouvindo?
Depois de um instante de silêncio, o meu primogênito se manifestou:
– Não. Nós decidimos que não vamos abrir a porta até vocês fazerem as pazes.
PV Bella
Eu contou até dez e respirou fundo.
– Parece que ele está falando sério.- Edward observei.
Eu prometi a mim mesma que não irei me voltar na direção dele; não posso vê-lo daquela forma, com os cabelos desalinhados e as roupas Deus sabe onde. Não depois de eu tê-lo jogado na piscina e confessado que o amava.
Eu bate na porta novamente.
– Benjamin!
– Eu nem imagino de quem ele herdou tanta teimosia.- Edward prosseguiu.- Deve ser da família da mãe dele, claro. Emmett às vezes é um pouco obstinado, e Jasper quando cisma que não quer fazer algo...
Eu me voltei. Ela já estava ao pé da escada. O fitei.
– Não fique ai babando, Cullen. Faça alguma coisa.
Ele ergueu os olhos para mim, com uma expressão indefinida.
– Primeiro eu tenho uma pergunta.- ele disse calmamente.
– Será que você não pode vestir alguma coisa?
– Por que você está aqui?
Eu senti um arrepio.
– Bem, porque seus filhos telefonaram e disseram que você havia caído e estava precisando de mim. Não que eu ligue para o que acontece com você.- eu acrescentei rispidamente.- Vim porque pensei que eles precisavam de mim.
Ambos sabíamos que eu estava mentindo.
Ele subiu lentamente as escadas e me deixou completamente confusa ao se ajoelhar. Então, ele se inclinou, tomou um tornozelo meu em suas mãos e beijou sonoramente meu pé nu.
– Edward! Você ficou maluco? O que está fazendo?- eu perguntei, agarrando o corrimão para eu não perder o equilíbrio.
– Estou beijando seus pés.- ele explicou.
– Por que diabos?
– Porque meus filhos estão certos. Eu preciso muito de você. E já que disse que só se casaria comigo se eu me ajoelhasse, declarasse meu amor incondicional e beijasse seus pés, pensei em começar pela parte difícil.- ele beijou minha canela.- Para então ir subindo...
– Edward...
Ele soltou meu pé e se ergueu.
– Você tinha razão.- ele continuou, com a voz suave.- Sobre tudo. Eu sou um idiota, mas a amo, Bella. Como nunca amei na vida. Vou fazer tudo o que você pedir: abandonar os negócios, ficar o tempo todo em casa para você trabalhar, qualquer coisa. Só me diga que vai passar o resto de sua vida comigo. Case-se comigo. Por favor.
– Oh, Edward... sim!
Ele me trouxe para mais perto e me apertou contra o seu peito. Pela segunda vez, naquele dia, me senti tremer. Depois de um momento, ele ergueu a cabeça.
– Benjamin? Erik? Mike?
– O que você quer papai?- Ben respondeu.
Edward piscou pra mim.
– Decidimos nos beijar e fazer as pazes. Mas com uma condição.
– Qual?
– Vocês precisam nos deixar dez minutos a sós.
Depois de consultarem entre si, eles responderam.
– Tudo bem. Mas vocês precisam conversar sobre o nosso casamento.
Eu e Edward rimos um para o outro.
– Feito!
Depois de um instante de silêncio, Ben exclamou:
– Legal!
Em seguida, todos começaram a pular de alegria.
Eu soltei um grito de surpresa quando Edward me segurou nos braços e me levou escada abaixo.
– Para onde está me levando?- eu indaguei, beijando-o no pescoço.
– Há uma cama aqui embaixo.- ele murmurou, mordiscando minha orelha.
Eu registrei um sutil movimento e olhei por sobre o ombro.
Brutus estava acomodado sobre a lava-roupas, que soltava muitas bolhas.
Eu sorri e decidi que só voltaria a falar dez minutos mais tarde, porque, no momento, só precisei fechar os olhos para sentir os lábios sedentos de Edward sobre os meus, ao deitarmos sobre a cama.
No momento, parecia que nada poderia ser melhor do que aquilo.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
haaa que pena néh gente?