James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Certíssimo. Pessoas que gostavam do James com transtornos cerebrais, me desculpem. Na verdade, me desculpem mais pelo próximo capitulo. Desculpem não resisti a esse pequeno spoiler.
Hahaha. Não de verdade.
>:D



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James estava com sono. Subiu para a Torre da Grifinória esperando dar um cochilo antes da ronda.

*** *** *** *** *** *** **

Sirius estava apreensivo. Não gostava de contar fofocas, mas achava que James precisava saber daquilo. Não notou os olhares que vaias garotas davam a ele, tampouco deu olhares a elas.

Depois do jantar, Sirius subiu a escada correndo, procurando James. Encontrou-o no dormitório, deitado, sem amassar os lençóis.

- Como você consegue fazer isso? – ele disse, apontando para a cama.

- O que?

- Deitar sem amassar os lençóis – James riu.

- Sei lá. Eu só deito – eles riram.

James olhou para Sirius com os olhos semicerrados.

- O que aconteceu? – James disse

- Eu... Ah... Vi a Lily conversando com o Ranhoso.

- Quem é?

- É um sonserino, com o cabelo preto e oleoso. Magrelo e a pele parece meio cinza. Ah! E ele tem um nariz estranho...

- Pera aí. Eu tive um sonho... Com esse cara aí. Ele que chamou a Lily de “sangue-ruim”?

- Exatamente.

- Então por que ela estava falando com ele? – James tinha perdido o sono.

- Sei lá.

James não respondeu. Ele e Sirius ficaram em silêncio.

*** *** *** *** *** *** **

Lily colocou o cachecol vermelho e inspirou próximo a ele. O cheiro de James já tinha ido embora. Agora, o cachecol cheirava a sabão e ao seu perfume.

Desceu para a Sala Comunal, pronta para esperar por James, mas ele já estava ali.

Sorriu para ela, e passou a mão nos cabelos, bagunçando-os.

Lily ergueu uma sobrancelha para ele.

Eles passaram pelo buraco do retrato, andando lado a lado, descendo a Escadaria Principal.

*** *** *** *** *** *** **

Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada.

Não encontraram ninguém vagando pelos corredores. Isso até o sétimo andar.

*** *** *** *** *** *** **

James caminhava em silêncio ao lado de Lily. Eles passaram ao lado de uma cortina que estava se movendo e soltando risinhos.

Cortinas definitivamente não fazem isso.

James se aproximou a passos rápidos da cortina e a puxou, mostrando dois alunos. Uma sonserina um corvino estavam enganchados, com as roupas amarrotadas.

James ergueu uma sobrancelha para eles.

- Vejamos... Srta. Greenlass... Menos 10 pontos para a Sonserina, por vagar a noite. E menos 10 pontos para a Corvinal também Sr. Thrush. Podem ir. Aos dormitórios, entendam bem. A não ser que queiram perder mais pontos.

Lily estava surpresa. O James que conhecia dificilmente faria isso. Assumir uma responsabilidade? Nunca.

*** *** *** *** *** *** **

Eles estavam voltando para a Torre da Grifinória. James olhou rapidamente em volta e pegou Lily pelo braço, colocando-a na parede.

Prendeu os dois braços de Lily atrás da cabeça, e com as mãos manteve-os no lugar.

- Por Merlin, Potter. O que diabos você está fazendo?

- Me fala, realmente, o que você acha de mim.

- O que você sabe? O que Remus te contou? – James deu um sorriso maroto.

- Tudo.

- Não é possível. Até que eu já gostei do Snape?

- Você o que? – James se afastou horrorizado.

- É. Já gostei dele. Antes dele fazer aquelas coisas terríveis. Antes de... de...

Lily começou a chorar. Ajoelhou-se e se curvou para frente, com a mão no rosto.

James ficou por um momento sem saber o que fazer. Aquela não era a Lily que brigava com ele por tudo e por nada. Era alguém diferente.

James se ajoelhou ao lado dela e a puxou para perto dele, acariciando sua cabeça.

- Ei. Tudo bem. Você já chutou a bunda daquele idiota, não é? Ele não vai te fazer mais mal. Não comigo aqui.

Lágrimas escorriam por seus olhos. James percebeu, talvez meio surpreso, que ela não era de todo uma garota durona, aquela que sempre brigava com ele. Ela também sentia. James a abraçou mais forte.

- Ai – Lily disse com a voz abafada pelas roupas dele – Potter, você está me sufocando.

James deu uma risadinha e se levantou. Estendeu a mão para ela. Ela aceitou e se levantou.

- É sério. Não conta pra ninguém o que aconteceu aqui – James assentiu e riu – O que foi?

- É que o Aluado não tinha dito nada – Lily riu e bateu no ombro dele.

Essa foi a primeira vez que James sentiu que alguma coisa ainda podia dar certo.

*** *** *** *** *** *** **

Snape esperou Lily sair com Potter para fazer a Ronda. Agora só faltava esperá-los chegar.

*** *** *** *** *** *** **

Lily andava próxima a James, em silêncio. Ao longe ela viu um rapaz de cabelos escorridos e pele macilenta na frente da Mulher Gorda. Lily empurrou James contra a parede.

- Nossa Lily! Sabia que você gostava de mim, mas não que já queria um beijo – ele riu. Lily o fuzilou com os olhos.

- Eu não quero um beijo seu. Olha, só... fique aqui por um momento tudo bem?

- Talvez. Se você me der um beijo eu até posso pensar no seu caso...

- Na bochecha?

- Não

- Na testa? – James balançou a cabeça sorrindo

- No nariz? – Lily disse exasperada. James suspirou.

- O que eu não faço por lindas garotas me amassando contra a parede? – Lily riu.

- Certo. Quando eu voltar eu te dou um beijo. Agora entra naquela porta ali.

*** *** *** *** *** *** **

Lily se aproximava nada feliz de Snape. Depois de ouvir o que ele queria, tiraria dez pontos da sonserina.

Antes que pudesse chegar muito perto para brigar com ele, Snape saiu correndo, com as vestes voando atrás dele.

Lily franziu a testa. Por que ele tinha ido até ali? Deu se ombros e suspirou; até que viu um envelope no chão.

O envelope era listradinho, rosa e amarelo e tinha um rasgo no meio. Quando Lily se abaixou para pegá-lo, ele se abriu e cantou numa voz que lembraria a de Severus, só que muito editada:

Esta é sua última chance

De abraçar quem você ama

Você sabe que já esperou tempo bastante

Então, acredite

Que mágica funciona

Não tenha medo

De ser ferido

Não deixa esta mágica morrer

Lily sabia que não devia mas não pode evitar; começou a rir. Que ela soubesse aquilo era um Whisper Sweet; o contrário de um Berrador. Já vira muitas garotas suspirarem ao receber um desses, mas ela estava ali, rindo. Sério, ela devia ter algum problema.

*** *** *** *** *** *** **

Lily voltou para a sala onde James estava.

Foi para dar um beijo na bochecha dele, mas no último instante, James se virou e deu um selinho em Lily. Clássico, mas funcionou.

Lily ficou vermelha até a raiz dos cabelos e James riu. Talvez pela risada dele, ou pela vergonha, mas Lily também começou a rir.

*** *** *** *** *** *** **

Quando entrou novembro o tempo esfriou muito. As serras em torno da escola viraram cinza-gelo e o lago parecia metal congelado. Toda a manhã o chão se cobria de geada. Hagrid era visto das janelas dos andares superiores do castelo degelando vassouras no campo de Quadribol enrolado num casacão de pele de toupeira, com luvas de coelho e enormes botas de castor.
Começara a temporada de Quadribol. No sábado, James estaria jogando sua primeira partida do ano.

Grifinória contra Lufa-Lufa.

*** *** *** *** *** *** **

O time grifinório estava tão bom, que James achava difícil os sonserinos ganharem deles. Marlene e Maggie executavam com perfeição a manobra de Ploy. Jack realizava um ótimo “Rebate Falso” por calcular a posição dos jogadores melhor que Andrew. David andara treinando uma defesa chamada “Pêndulo Estrela-do-mar”, na qual havia caído da vassoura diversas vezes, até que James o pedisse para parar te tentar.

- Para com isso! Nós não precisamos de um braço quebrado antes do jogo!

*** *** *** *** *** *** ***

Sexta-feira chegou. E a noite, James estava tão nervoso quanto o resto do time. Ficou feliz quando teve que falar para o resto do time ir dormir. Principalmente para escapar das garotas que ficavam olhando para ele, mandando beijinhos.

*** *** *** *** *** *** ***

- Vamos James. Coma alguma coisa! – disse Marlene

- Já disse. Não estou com fome. Além do mais, só porque você está comendo muito, não quer dizer que eu tenha que comer também.

- James come logo – Remus disse

- Não – sorriu e bagunçou os cabelos – Ei, Evans! – Lily não desgrudou os olhos do livro que estava lendo

– Lily! – ela encarou-o. Ele sorriu e bagunçou os cabelos de novo – Você vai no jogo?

- Só porque eu não jogo essa coisa violenta que vocês chamam de quadribol, não quer dizer que eu não torça para a Grifinória – James realmente não sabia o porque dessa alteração no humor da garota. Supunha que tinha algo com o dia anterior...

James elevou a voz.

- Ouviram pessoal: a Lily vai no jogo só pra me ver! – provocou - Time! Vamos lá

Ouviram vaias da mesa sonserina enquanto marchavam para o campo de quadribol.

- Bom... Hã... Só... Façam igual nos treinos que a gente ganha. Além disso, não tem time melhor que o nosso. Jack e Andrew, os melhores batedores da escola, Maggie, você é tão rápida com a goles que eles não terão chance. Katie, ninguém é melhor que você para roubar a goles. Marlene, claro, sempre pode lançar alguns feitiços escondidos... Calma! Estou brincando. E David, suas defesas são impecáveis. Bom... Vamos então.

James entrou no campo sob aplausos. O time da Lufa-Lufa também estava se dirigindo para o centro do campo, com os uniformes amarelo-canário se destacando, onde Madame Hooch esperava.

Madame Hooch puxou um silvo forte no seu apito de prata.
Quinze vassouras se ergueram no ar.

James elevou-se acima dos outros jogadores; imediatamente ouviu a narração:

- E a goles foi imediatamente rebatida por Marlene McKinnon, da Grifinória – Alex, um estudante corvina do quinto ano, narrava a partida – Devo acrescentar, que é uma ótima artilheira, essa aí. E bonita também.

Mesmo aquela distância, James viu o sorriso de Marlene enquanto ela voava ladeada por Maggie e Katie. Elas se separaram.

- Um passe lindo para Maggie Arcanium. Boa jogadora, essa. Mais rápida do que forte, eu acredito, mas parece ter Olhos de Águia. Maggie, da Grifinória, com a posse da goles, voa em direção as balizas Lufanas... Ai. Maggie foi levou um balaço no braço. A goles agora na posse de Marco Jackson da Lufa-Lufa – Jackson era um rapaz forte, com um nariz que parecia ter se quebrado a alguns anos. Tinha olhos e cabelos castanhos escuros, e voava rapidamente – passa para Frank Moran – o franzino Moran tinha olhos castanho escuros por trás dos óculos e cabelos cor de mel – parece que vai tentar arremessar... Uma ótima intervenção do goleiro da Grifinória David Marsh, Katie Jones com a goles, o caminho está livre à sua frente e lá vai ela, realmente voando, desvia-se de um balaço veloz, as balizas estão à sua frente...O goleiro Adriano Wadcock mergulha, não chega a tempo... PONTO PARA GRIFINÓRIA!

A torcida da Grifinória enche de berros o ar frio, e a lufana de lamentos.

- Lufa-Lufa com a posse da goles – Alex continuou narrando – o artilhero Keitch se desvia dos dois balaços, da artilheira McKinnon e voa para cima... Ai... Essa realmente deve ter doído. Keitch levou um balaço na nuca, rebatido por Jack Slooper...

James deixou de pensar muito na narração a partir daí. Obviamente, sempre pegava umas partes, mas estava mais concentrado em achar o pomo de ouro.

E então James o viu; um rápido lampejo dourado. Inclinou-se na vassoura, perseguindo a pequena bolinha. Viu o apanhador da Lufa-Lufa, Amos Diggory, se aproximar dele também. Estendeu a mão...

Kneen, um dos batedores da Lufa-Lufa lhe bloqueou de propósito, e a vassoura de James perdeu o rumo, ele se segurando para não cair.

Kneen, era um rapaz do sexto ano. Mas era gigante. E feio. Tinha os olhos pequenos e pretos, e um nariz achatado. Claramente tinha problemas dentários, mesmo com a boca fechada.

— Falta! — gritou a torcida de Grifinória.
Madame Hooch dirigiu-se aborrecida a Kneen e em seguida deu a Grifinória um lance livre diante das balizas. Mas na confusão, é claro, o pomo de ouro desaparecera de vista outra vez.

Alex Kanbara estava achando difícil se manter neutro.
—Então, depois dessa desonestidade óbvia e hedionda...

—Kanbara! – alhou a Professora Minerva.
—Quero dizer, depois dessa falta clara, inominável e revoltante...
— Kanbara, estou lhe avisando...
—Muito bem, muito bem. Kneen quase matou o apanhador da Grifinória, o que pode acontecer com qualquer um, tenho certeza, portanto uma penalidade a favor de Grifinória, Jones bate, para fora, sem problema, e continuamos o jogo, Grifinória ainda com a posse da bola.

James respirou fundo e voltou a olhar pelo campo. Viu um lampejo dourado e mergulhou.

- Será o pomo? – ouviu Alex dizer

James deu uma rápida olhada em volta. Não via ninguém se aproximando dele de forma suspeita, pelo contrário, todos tinham parado para observá-lo mergulhar. Com Diggory voando as pressas tentando lhe alcançar. Estendeu a mão... Podia sentir as asinhas roçando a ponta dos seus dedos...

James deu um ultimo impulso e agarrou a bolinha dourada.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily se lembrava muito bem de como James era. E agora que ele havia recuperado a memória, não via motivo para ele não voltar a ser o que era.

Ele se lembrou ao receber uma carta dos seus pais no correio de manhã. Lily não sabia porque as cartas, mas as memórias haviam começado a voltar mais rapidamente.

Logo ele já se lembrava de tudo.

Lily tinha que admitir que estava com medo. Principalmente, por que não sabia o que sentia por ele. Mas tinha certeza que o achava irritante.

*** *** *** *** *** *** ***

James foi carregado nos ombros dos colegas até o vestiário. Eles gritavam alegremente os resultados. Grifinória ganhara por cento e setenta pontos a sessenta.

James trocou de roupa; colocou suas vestes vermelhas em um cabide e pendurou-as, o grande “sete” em suas costas brilhando logo abaixo das letras “POTTER”.

Colocou as vestes da escola e subiu para o castelo, com o cachecol ondulando atrás. Estava com fome.

*** *** *** *** *** *** ***

James não conseguia para de pensar nas cartas que havia recebido de seus pais a cerca de dezoito dias atrás. No dia seguinte a sua magnífica e romântica ronda com Lily. E só porque ele tinha começado a se lembrar ela tinha se afastado dele. Cada vez mais, até ele não poder mais alcançá-la. Não com facilidade.

Querido James,

[...]


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Notas finais do capítulo

Suspense básico no fim desse capítulo.
Sério, pessoal, tentarei melhorar o próximo.
PESSOAS QUE NÃO GOSTARAM POR FAVOR SE MANIFESTEM, OU NÃO PODEREI FAZER NADA POR VOCÊS.
Pessoas que gostaram, por favor, se manifestem também.

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