James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 17
Cap 17


Notas iniciais do capítulo

Okay. Finalmente, mais um capítulo!



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James não viu Lily nem depois do último tempo. Ela tinha faltado em Defesa Contra as Artes das Trevas e não tinha se encontrado com ele na biblioteca. Isso era estranho, já que eles tinham marcado...

Ela também não pareceu no jantar, e James levou um sanduiche e tortinhas de caramelo com suco de abóbora para ela.

– Ei Remus. Você sabe o que aconteceu com a Lily? – James perguntou quando eles subiam a Grande Escadaria

– Hum... Quando nós estávamos na biblioteca, ela foi chamada por uma aluna do... Quarto ano, eu acho – ele respondeu pensativo – Ou do foi do Terceiro? Eu não sei, elas parecem todas iguais...

Eles passaram pelo buraco do retrato, refletindo sobre possibilidades. Lily não estava a vista na Sala Comunal e Marlene disse que não a tinha visto chegar. James suspirou. Adorava esconde-esconde.

James estava ficando preocupado. Lily passara por ele ainda quando o rapaz subiu e foi dar uma olhada no Mapa.

Ela estava na Torre de Astronomia. Na Torre aonde ele ia. Na Torre “dele”. E ele não pode evitar um sorriso.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily estava na Torre de Astronomia, com os pés pendurados para fora. Pensou no que aconteceria se algum monitor a encontrasse ali. Como se esperando o momento, a porta rangeu e Lily se virou assustada.

Um vulto era emoldurado pela porta, e a luz que vinha de fora lhe impedia de ver o rosto do sujeito. Ele deu um passo para o aposento e Lily viu: James.

Ele sorriu para ela, e ela viu a preocupação e o alivio em seus olhos. Ele sentou-se ao seu lado em silêncio e deitou-se, os pés pendurados no vazio.

– Vejamos... Quer um suco de abóbora? Sanduiches? Tortinhas de caramelo? – a medida que falava ele tirava as coisas de dentro das vestes, enroladas em guardanapos e colocava diante dela.

– Eu sempre vinha aqui, sabia? – ele disse – Eu gosto do jeito como o vento é mais frio e a noite parece mais limpa. E como nós podemos ver as estrelas.

– Me passa uma tortinha? – disse ele sorrindo. Ela olhou para ele. Ele estava sem a capa e pela camisa dobrada até o cotovelo, só se via as mãos – Vamos lá, Evans. Eu não alcanço aquela maldita garrafinha!
Ela riu e puxou a mão dele, fazendo o braço se esticar completamente para fora da manga. Ele olhou o braço completamente exposto e o ergueu acima da cabeça

– É um milagre – eles riram e ele olhou para ela e deu um sorriso.

– Sua vez – ele disse

– O quê? – ela franziu as sobrancelhas

– Ora, eu te disse um segredo meu, meus braços são curtos como os de um dinossauro – seu sorriso se alargou – Sua vez então se me contar um seu.

– Hum... – ela engoliu em seco. Achara que sempre fora um livro aberto, sem segredos – Hum...

– Vamos, Lily. Tenho certeza que você tem algo a me dizer – seu sorriso brincalhão estava dando lugar a um ligeiramente sarcástico

– Eu nunca quebrei uma regra?

– Obvio demais

– Tenho medo de altura?

– O que diabos você está fazendo aqui em cima então?

– Eu gosto de ver as estrelas – ela disse na defensiva – Além disso...

Ela parou de falar subitamente. Não poderia dizer aquilo

– O que foi, Evans? – ele sorriu de um modo perigoso – O que você está escondendo de mim?

Ela não podia dizer aquilo. Que aquele era o lugar onde ela o chamou de James pela primeira vez. Não conseguiria

*** *** *** *** *** *** ***

James olhou para o buraco no teto. Lily havia dormido apoiada no braço dele, que agora estava dormente. Ele até a achava bonita naquelas condições, desde que ela não babasse. Seria um pouco nojento.

Agora, ela estava abraçada a ele e dormia, fazendo do braço de James um travesseiro. Ele já estava sentindo-o formigando, e mesmo assim, não queria sair dali. O rosto estava calmo e brilhava perolado pela luz da lua. Ele olhou para o céu, com um sorriso que se desmanchou: era uma lua cheia.

– Merda. Merda, merda, merda! – ele sussurrou enquanto se soltava de Lily e a segurava nos braços – Por favor, Merlin, me dê uma passagem segura, longe do Argo e daquela gata cretina, e que o Lírio não acorde, obrigado.

*** *** *** *** *** *** ***

James colocou Lily no sofá da Sala Comunal, após uma perigosa tropeçada ao passar pelo buraco do retrato.
Ele deu um beijo na bochecha dela e saiu para subir para o dormitório masculino, mas Lily segurou em sua manga, como no dia em que tinha dito que gostava dele. Ele olhou para ela.

Lily estava de olhos fechados, e por um momento ele pensou que havia sido apenas um reflexo.

– Fique, James – ela disse e abriu os olhos verdes sonolentos para ele

Ele olhou ao redor, pensando em como sair dessa situação. Remus estava na Casa dos Gritos, enfrentando a Transformação. Ele soltou o ar e sorriu para ela.

– Certo, mas só um pouco, tudo bem? – ela balançou a cabeça obedientemente, como uma criança, enquanto James se ajoelhava ao seu lado no chão e segurava a mão dela

– Você não vai ficar só sentado aí, vai? - ela disse com um sorriso depois de um tempo de silencio

– Hum... Certo – disse ele corando e pigarreou começando a cantar suavemente

James olhou para ela, que parecia ter pegado num sono profundo agora. Ele suspirou aliviado e se levantou, indo para sua noite na Casa dos Gritos.

*** *** *** *** *** *** **

– Onde você estava, seu idiota? – Sirius disse quando James o alcançou no Salgueiro Lutador e dando um soco em seu braço – Está muito atrasado

– Eu sei. Mas Lily não estava me deixando vir! Eu tive que fazê-la dormir – Sirius riu

– É mesmo? E o que você fez? – ele disse sarcasticamente – Cantou para ela?

– Só vamos logo com isso, está bem? – Sirius riu

– Você sabe que eu nunca esquecerei isso, certo? – James suspirou e grunhiu

Sirius tirou do bolso um rato e o jogou na grama. Peter saiu correndo e apertou o nó da árvore, imobilizando-a

– Vamos “Cervo Cantante” – Sirius disse rindo antes de se transformar

– Cão Sarnento – ele murmurou

Sirius entrou no buraco nas raízes e James escorregou atrás dele. O cão disparou correndo a frente, enquanto o rapaz avançou arrastando-se pelo túnel estreito. Escorregou por uma descida de terra até o leito de um túnel muito baixo, e continuou andando, praticamente dobrado em dois até que o túnel começou a subir familiarmente.

Entrou em um quarto, muito desarrumado e poeirento. O papel descascava das paredes; havia manchas por todo o chão; cada móvel estava quebrado, de quanto Remus o quebrara ou os arremessara contra eles. As janelas estavam vedadas com tábuas e quase nenhuma luz entrava pelos buracos estreitos.

E então transformou-se em um cervo. James ouviu um rangido no alto e subiu as escadas atrás de Sirius, até o lobisomem, até Remus.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily abriu os olhos assustada. Não sabia com o que sonhara, mas havia deixado-a assustada. Ela tentou focar no relógio em seu pulso. 2h10? Ela esfregou a cabeça. Onde estava? No sofá. Mas por que não estava em sua cama? Ai meu Merlin, pensou, não fiz a ronda... e onde diabos está James?

Ela subiu cambaleando e apoiada na parede, o frio da pedra passando através de suas meias até o dormitório masculino.

Apenas Frank estava deitado ali.

*** *** *** *** *** *** ***

James deixou a cabeça cair sonoramente no mingau, simplesmente porque ele estava com sono demais para segurá-la. Ao menos, o leite serviu para deixá-lo um tanto mais desperto. Frank, Alice e Marlene riram enquanto ele limpara o mingau do rosto e dos óculos.

A situação de Sirius não era melhor: ele estava dormindo em cima do prato de bacon e ovos mexidos, o cabelo preto espalhado pela mesa, enquanto Peter estava deitado no chão dormindo, com a cabeça apoiada na mochila, cochilando.

Ele não a ouviu chegar, exatamente. Sentiu sua aproximação e depois, seu cheiro, quando Lily sentou-se do seu lado.

– Você acordou cedo hoje, não? – ela disse pegando uma torrada depois de dar um beijo na bochecha dele

– Hum? Ah! Sim – ele não gostava da ideia de ter que mentir para Lily, mas aquele segredo não era dele

Ela estreitou os olhos para ele.

– Você está com olheiras, James – ela disse.

– É mesmo? – ele disse e então fez uma tentativa de mudar de assunto – e as torradas?

Lily suspirou. Ela nunca tivera paciência.

– Olhe, James. Eu sei que você não estava no seu quarto ontem. Que tal me falar onde esteve – ela sibilou entre os dentes, sentindo-o enrijecer ao seu lado

– Detetive Evans em ação, suponho – ele disse sarcasticamente – Bom... Eu estive na Torre de Astronomia, se você insiste tanto em saber

Os olhos dela eram fendas, analisando-o

– E seus amigos?

– Remus estava doente, lembra? Sirius me disse que tinha ido fazer certas coisas, tome cuidado com o corredor do quinto andar, e Peter... Acho que ele teve uma dor de barriga, pobrezinho. Não é, Rabicho? – James disse e deu um chute com o calcanhar por baixo do banco na canela de Peter

– É isso mesmo – ele disse gemendo sem abrir os olhos

– Viu? Problema resolvido – ele sorriu e olhou para o pulso – Ah, já está na hora da aula. Vamos Lily

James se levantou e ergueu a cabeça de Sirius pelos cabelos. O lado do rosto dele que estivera apoiado no prato estava sujo e manchado com ketchup. Ele tirou o prato de rapaz adormecido e substitui-o pelo próprio, soltando a cabeça de Sirius no mingau antes de ir.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily não conseguia deixar de pensar na história de James. Certamente, se tudo fosse verdade, as histórias se encaixavam em um sentido lógico. Mas o simples fato de ter sido no mesmo tempo, em que apenas Frank estava lá e Lily entrou a incomodava.

Subitamente, a teoria de Snape de que Remus era um lobisomem lhe veio à mente, mas ela a afastou com todas as forças.

– O que você está fazendo, James? – ela sibilou olhando de soslaio para ele

– Pegando o livro de Poções – ele disse finalmente pegando o livro que estivera aberto em seu colo – Eu perdi o meu. Ou o Sirius perdeu o dele e roubou o meu. Não. Ele teria roubado o de Peter... Mas Aluado o teria feito devolver... É isso, na verdade. Almofadinhas deve tê-lo roubado.

– Ou você perdeu o seu – ela sugeriu pegando o livro de volta e colocando mais ingredientes na poção – Não era essa a teoria inicial

– Inicialmente – ele concordou – Mas vejo que tem mais chances dele tê-lo roubado do que eu de ter perdido.

– Certo – ela disse franzindo as sobrancelhas. Tinha quase certeza de ter visto o livro dele em algum lugar.

Lily olhou para o chão, buscando as mochilas e viu o livro encadernado de Poções do Sétimo Ano na mochila de James. Ela pescou-o e o entregou-a ele.

– Roubado, é?

– É um milagre! Mochila sumidoura, tenho certeza

– E por que mentir? – ela sussurrou de volta

– Pense um pouco, Evans. Onde seu livro estava?

– Use uma desculpa para me tocar melhor da próxima vez, James – ele riu e ela tentou esconder o rubor.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily queria respostas. Tudo aquilo era estranho demais. Até porque, James não estava com cara de quem tinha dormido direito, principalmente por ter dormido em todas as outras aulas.

Por fim, enquanto James estava dormindo na carteira ao lado dela. Ele está dormindo de novo, pensou, ele nunca presta atenção? O rapaz estava com a cabeça apoiada no braço, e os óculos estavam tortos no rosto. Sirius, ao seu lado, estava com a cabeça apoiada no tampo da mesa, babando. Ela corou e desviou o olhar piscando forte para se concentrar na aula.

Ela cutucou Remus com o cotovelo. Ele a encarou e ela percebeu como ele estava péssimo.

Os cabelos castanhos-claros estavam bagunçados e havia marcas arroxeadas sob os olhos vermelhos. Ele piscava com força tentando não pegar no sono, mas ofereceu um pequeno sorriso para ela.

– Sim? – ele sussurrou

– James... Parece que ele está escondendo alguma coisa de mim, Remus – ela sussurrou de volta – Ele não estava no dormitório ontem à noite.

Ela sentiu Remus ficar tenso ao seu lado, mas ele deu uma risadinha

– Primeiro; o que diabos você foi fazer no nosso dormitório no meio da noite? – ela corou violentamente e Remus continuou – Dois; você devia confiar no que ele diz, não?

– Eu sei – ela sussurrou – Mas tem algo que parece não se encaixar...

– Alguma coisa a acrescentar, Srta. Evans? – A professora de Runas perguntou olhando-a severamente

Ela negou, o rosto vermelho até as orelhas

– Não, professora – murmurou mordendo o lábio inferior.

Ela olhou para o lado. James estava com um dos olhos abertos e piscou para ela.

*** *** *** *** *** *** ***

– Você não acha que tem algo suspeito aí, Marlene? – Lily perguntou para a amiga enquanto elas abriam um sapo de chocolate – Olha! Outro Dumbledore!

– Sei lá... Pode até ser... Mas também pode ser uma coincidência, não?

Lily balançou a cabeça. Com certeza não era uma coincidência.

– Por falar nisso, onde a Alice se meteu? – Lily disse com a boca cheia de chocolate

– Ela deve estar se agarrando com o Frank. Não é o que eles fazem?

– Não é só isso que nós fazemos! – uma Alice irritada entrou no quarto, com os braços cheios de livros e o rosto vermelho – E Frank é um idiota!

Alice jogou os livros na cama e se jogou em cima deles, o rosto no travesseiro. Lily e Marlene se entreolharam, perguntando pelo olhar se a outra sabia o motivo de tal coisa. Não.

– Ah... Por que? Digo, não que eu discorde nem nada, mas... Por que você o está chamando de idiota? – disse Marlene cuidadosamente

– Porque – ela ergueu o rosto – ele está com um ciúme ridículo!

– Mesmo? – Lily disse antes de Marlene – De quem?

Elas viram as orelhas de Alice ficarem vermelhas e a ouviram responder contra o travesseiro.

– Desculpe... Quem? – ela insistiu. Alice suspirou, audível mesmo contra o travesseiro

– Peter

– O que? Peter?

– Aham

– Não é possível. O que você fez para que ele pudesse ficar com ciúmes do Peter? - Ela corou novamente

– Aparentemente, ele dormiu na aula. E depois, todo mundo foi embora, então ele pediu as anotações da aula para mim. Aí o Frank chegou e ficou todo irritado – ela disse irritada

– Oh – elas disseram em uníssono

– “Oh”? – Alice parecia indignada – É tudo que vocês vão falar?

Mas Lily e Marlene já estavam fazendo um plano em voz baixa e se levantaram e puxaram Alice pelos braços

– Sim – Lily sorriu de modo assustador – E você vem com a gente


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Notas finais do capítulo

Me desculpem. Eu demorei. Eu estava(e estou) em semana de provas, mesmo isso não sendo um bom motivo para não postar, espero que não me atiram facas.
:D
.Mas eu vou tentar voltar ao normal.
https://www.facebook.com/pages/Aspenblood/1395045070736175?ref=hl

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