James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo foi tenso de escrever, pessoal. Espero que vocês gostem!



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James pulou na sua cadeira. Correu até Sirius e o segurou pelas lapelas.

– O que? – rugiu

– Bem... Dá para você tirar a mão daí? – James baixou a mão, mas sua respiração continuou acelerada – Eu estava vindo calmamente para cá, da cozinha e vi ela... Quase beijando um aluno da Corvianal. Quase.

James passou a mão no cabelo, furioso.

– Onde? – James estava com o olhar de “Diabo Hipertenso”

– Corredor do segundo andar – respondeu Sirius rapidamente. James assentiu.

Vestiu um casaco por cima do suéter e saiu.

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– Aluado... – suspirou Sirius – Isso não vai dar certo...

– E você ainda tem dúvidas disso? – disse Remus colocando o casaco – Vamos.

– Para onde?

– Segurar o Pontas, não? – Remus disse com um sorrisinho – Afinal, nós não queremos um aluno morto, certo?

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Lily estava semi-prensada contra a parede, com um aluno da Corvinal impedindo sua passagem pelo lado direito com uma mão.

O aluno era irmão do goleiro da Grifinória, David Marsh. Lily sabia que Marsh tinha um irmão, mas não sabia que era um irmão gêmeo. O mesmo queixo e maxilar, o mesmo nariz e os mesmos olhos. Henry apenas tinha cabelos mais compridos, que lhe caiam sobre a testa e era mais magro.

Ele afastou o cabelo dos olhos, e olhou para ela, sorrindo.

Lily viu pelo canto do olho um vulto correndo em sua direção, e reconheceu James. Ficou imóvel, e não ouviu o que Henry disse, mas sentiu-o quando ele beijou-a.

Aquilo fez sua atenção se voltar para o rapaz, e ela fitou as pálpebras fechadas dele. Semicerrou os olhos e sentiu ele se afastar dela rapidamente.

Abriu os olhos, e forçou para eles entrarem em foco. Viu James e dando um soco no queixo de Henry. Arregalou os olhos de surpresa, e não conseguiu se mover. Ficou apenas encarando a cena, sem fazer nada.

James socava o outro garoto. Até que Sirius chegou correndo, com Remus um pouco atrás e seguraram James pelos braços, erguendo-o alguns centímetros do chão, enquanto o rapaz se debatia.

– Que é que vocês estão fazendo? Me larga!

– Não – eles disseram. Seguraram-no e arrastaram James em direção a Grande Escadaria

Lily se ajoelhou ao lado de Henry e sacou a varinha. Murmurou feitiços e logo ele parecia estar apenas dormindo. Embora poucas pessoas dormissem no meio do corredor.

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Sirius jogou James na poltrona próxima à lareira, na Sala Comunal. Ele andava na frente de James, que tinha os olhos fechados e respirava com certa dificuldade.

– O que deu um você? – disse

– Eu não sei. Eu vi aquele cara... e Lily... e... – disse James com ar cansado – Você sabe

Remus riu

– Olha só. O Pontinhas estava com ciúmes! – James corou

– Estava? Estou... – murmurou

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Lily entrou na Sala Comunal. James estava em pé atrás de uma poltrona próxima à lareira, as chamas refletindo em seus óculos. Ele segurava o encosto com força e as juntas de seus dedos estavam brancas.

– Por que você fez aquilo? – ela disse furiosa

– Eu não quero ouvir que você tem um namorado – ele disse como se estivesse falando sobre o tempo – Às vezes, você é melhor sozinha – murmurou

Lily riu, sem humor

– Meu namorado? Eu não tenho namorados por sua culpa, Potter! – ela gritou e James riu

– Minha culpa? – ele disse com fingida inocência. Era verdade, obviamente que ele sempre arranjava um jeito de fazer os garotos interessados em Lily fugirem, na melhor das hipóteses.

Lily limitou-se a erguer uma sobrancelha e James riu. Que ele se lembrasse, ela era a garota que revirava os olhos.

– Se algum dia eu arranjar um namorado, Potter, eu te aviso – ela se virou e começou a subir as escadas para o dormitório

– Não precisa, Evans. Eu já vou saber! – ele gritou para ela

– Como já vai saber? – tinha um que de descrença e curiosidade

– Ora. Como eu não vou saber se estiver namorando alguém? – James sorriu e Lily revirou os olhos, voltando a subir as escadas

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– Ah... Eu vou morrer... – disse Sirius

Eles estavam no Salão Principal, durante o café da manhã e Sirius estava debruçado sobre a mesa, deitado sobre um dos braços, com os olhos fechados e murmurando que iria morrer.

Era o segundo dia de Remus na Lua Cheia e ele tinha estado estranhamente agitado na noite anterior. O que fez com que James e Sirius estivessem extremamente cansados.

– Me passa... O... – disse James gesticulando para Marlene

Ele pegou a faca de geleia e colocou-a na xícara de chá, pegando a colher e espalhando gotas de chá pela torrada. Ouviu Frank rir e sentiu Marlene desfazer a troca para ele.

– Obrigado – ele disse deitando-se no ombro da amiga

James sentiu quando Marlene riu e os cabelos da garota fizeram cócegas em sua bochecha.

– Vamos, James, ou você vai chegar atrasado – Marlene riu enquanto tentava arrastá-lo para fora do Salão.

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– Ah! – disse James se espreguiçando. As aulas tinham acabado e com elas, por incrível que pareça, o sono dele também. Mesmo que um pequeno cochilo tenha contribuído para isso

James saiu do castelo com a intenção de passar o tempo, antes de ir à Casa dos Gritos. Foi até a orla da Floresta Proibida. Passou até na biblioteca, mas é claro, isso foi à procura de Lily.

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Lily estava andando no lago. O espelho que ele se tornara estava suportando seu peso nas bordas e ela avançava lentamente em direção ao meio.

Lily se lembrou que patinava no gelo com sua irmã quando era mais nova e que Petúnia sempre caia no gelo. Mas ainda dizia que era a melhor patinadora.

Lily continuou andando lentamente pelo lago. Até que um vento frio arrepiou seus cabelos.

*** *** *** *** *** *** ***

Sirius estava andando pelos terrenos de Hogwarts, esperando o tempo passar. James estivera dormindo, Remus estudando e Peter comendo, o que lhe sobrou andar por aí.

Estava nos gramados e viu Lily andando no lago. Uma ideia passou por sua mente marota. Ele sorriu para si mesmo e se aproximou da garota.

*** *** *** *** *** *** ***

James reconheceu o animago de Sirius. Não era possível que ele tivesse se transformado onde todos podiam vê-lo. James olhou ao redor e andou a passos rápidos atrás do cão.

James viu quando o cão deu um susto em uma garota que estava no lago. Os cabelos ruivos, se destacando naquele intenso branco, serviram para que ele soubesse que era Lily. A garota pulou e o gelo a seus pés se partiu. Enquanto ela era engolida pelo lago, James correu, tirando o casaco, o suéter e a blusa, jogando-os na neve pelo caminho.

Ele correu, deslizando pelo lago e pulou na água congelante.

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Lily sentiu a água fria ao redor dela. Tentou nadar, mas o peso de suas roupas a puxava para o fundo. Ela sentiu algo tocar-lhe e tentou se agarrar a isso com todas as suas forças. Seus braços estavam dormentes e ela tremia, a água tremulando ao seu redor.

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Lily sentiu mãos apoiando-a por debaixo dos joelhos e dos braços. Do seu lado direito, vinha um calor considerável, e ela tentou se aproximar mais.

Sentiu alguém suspirar

– Por Merlim! Não se preocupe Lily, já estamos quase na Ala Hospitalar

E então Lily voltou a dormir, com o cheiro de pinheiro e menta ao seu redor.

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Lily acordou em uma das várias camas na Ala Hospitalar. Em uma cadeira ao seu lado esquerdo, James estava sentado e segurava sua mão. Ele estava deitado sobre o braço e os óculos estavam sobre a mesa de cabeceira.

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James tirou Lily da água. O corpo dela estava frio, e ela tremia. A respiração da garota era superficial. James colocou o ouvido no peito dela; a pulsação estava irregular, e por vezes parava por instantes.

– Sirius – ele disse olhando ao redor. Um cachorro negro chegou perto dele movendo-se inquietamente – Pega as minhas roupas – ele ordenou

O cão correu para longe dele e James voltou sua atenção a garota.

Sentia-se desesperado.

– Lily. Lily. Lily, volte. Não... Me deixe aqui sozinho – e agora lágrimas escorriam por seu rosto

Tirou o casaco, o cachecol e a blusa de Lily. Elas estavam encharcadas e ao tirá-los, viu que a pele pálida dela estava ficando arroxeada nos braços. Sirius voltou com sua roupa e se transformou novamente. Torceu a roupa dela, enquanto James lutava para vestir Lily com as dele.

Tirou os sapatos dela e enquanto Sirius esquentava os pés, ele começou as esfregar as mãos dela.

Ele ouviu um algo caindo na neve e quando ergueu os olhos para Sirius, ele estava em casa, e seus pais estavam caídos no chão. O cabelo preto de Charlus estava molhado com o sangue as lentes de seus óculos estavam rachadas.

Dorea estava próxima ao marido e seu longo cabelo preto estava espalhado pelo chão da cozinha. Seus olhos abertos demonstravam dor e sangue manchava parte da frente da sua blusa. James se ajoelhou ao lado dela.

– Não - ele disse. Quando ele ergueu os olhos, Remus estava de joelhos cuspindo sangue. E então ele caiu de lado

– Você não pode simplesmente morrer assim Lupin – ele disse agarrando os ombros do amigo com força e sacudindo-os – Você é um lobisomem. Depois de tudo... Você não pode...Não se atreva a morrer tão facilmente. Pessoas estão esperando por você... Que você volte, certo? Por quê? Por que isso não funciona...?

James acordou sobressaltado. Sua camisa estava grudada em seu corpo pelo suor e ele ofegava. Passou a mão pelo cabelo e levantou-se.

A lua ainda estava alta no céu, o que queria dizer que não passava muito mais de meia-noite. James pegou o casaco e saiu, coberto pela capa da invisibilidade.

Desceu as escadas e entrou furtivamente na Ala Hospitalar, e viu que Lily ainda estava inconsciente. Sentou-se na cadeira ao lado dela e observou-a dormir.

*** *** *** *** *** *** ***

– Almofadinhas, você sabe por que o James está com aquela cara? – disse Remus baixinho, indicando com a cabeça o morto-vivo sentado a sua frente no almoço.

Sirius deu uma risadinha

– Claro que sim. Eu não passei a manhã inteira do lado dele para nada. Eu sei que ele não dormiu muito, mas isso você também sabe pela cara dele. Eu sei que ele passou a noite na cadeirinha ao lado da cama da Evans. E que ele teve lindos pesadelos.

Remus emitiu um ruído indagador.

– Você já ouviu dizer que, quando se salva uma vida, você se torna responsável por ela? – Remus sacudiu a cabeça – Certo. Mas deve ser algo como isso. O Pontinhas salvou Lily do lago. Mas eu acho que ele se sente responsável por ela, principalmente porque ela ainda está na Ala Hospitalar. Apesar de que agora, que nossos pais morreram, ele deve sentir que é responsável por nós também.

– Por nós? Eu até compreendo se for por você, Sirius, mas por mim? – Sirius ergueu a sobrancelha

– E seus ‘Problemas Peludos’, Aluado? – Sirius cochichou. Remus estremeceu – Esqueceu quem descobriu? Quem conseguiu nos transformar em animagos?

– Não. Óbvio que não.

*** *** *** *** *** *** ***

– Onde está o James? – perguntou Marlene olhando em volta

– Onde você acha? – perguntou Sirius – Com a cara que ele estava de manhã, ele está é dormindo.

Sirius e Marlene estavam jogando Snap Explosivo quando Remus ergueu os olhos rapidamente do livro que estava lendo.

– Você fechou a porta? – ele perguntou franzindo a testa

– Sim – respondeu Sirius devagar, sem tirar os olhos do jogo

– Você não está ouvindo isso não? – ele se levantou e colocou o livro de lado, subindo as escadas correndo

James estava empapado de suor, e estava pálido como um fantasma. Tinha vomitado no chão ao lado da cama, e tinha um das mãos na cabeça e outra na barriga. O cabelo colado na testa deixava sua mão úmida e ele estava chorando baixinho, com os olhos fechados e a testa franzida. Suas mãos tremiam e ele se levantou mais rápido que Remus julgaria capaz e correu para o banheiro.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily acordou em uma das várias camas na Ala Hospitalar. Em uma cadeira ao seu lado esquerdo, James estava sentado e segurava sua mão. Ele estava deitado sobre o braço e tinha pequenos pedaços de gelo em seu cabelo se derretendo.

– James? – ela disse.

– Lily? – ele ergueu a cabeça, com os óculos tortos no rosto, e sorriu – Você voltou?

Ela encarou-o, segurando a vontade de rir. Desviou o rosto e gargalhou.

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– Então foi isso que aconteceu? – ela perguntou para Sirius.

Ela estava na Sala Comunal, com Sirius, Remus e Marlene.

– Você ficaria surpresa com o James, Lily – disse Marlene


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Notas finais do capítulo

Cadê os Reviews? Reviews...
Imaginem-me como um zumbi. Em vez de carne, ou seja lá o que eles querem (cérebros, talvez) eu necessito dos seus Reviews.
...
Cara, minhas analogias estão cada vez piores.