Hoje era definitivamente um dia ruim, era aniversário da Annabeth e ela estava insuportável. Como de costume. Luke semana passada a convidou para um ‘’ encontro’’ hoje. Eles já se falavam algumas semanas, não que houvesse problemas, longe de mim pensar que tinha problemas...

Agente dividia o quarto de hotel, e eu precisava ir ao banheiro me arrumar já que eram 9:00hrs e eu ainda estava com a cara completamente inchada. Ela já fazia mais de uma hora que estava lá, eu já ia começar a surtar quando o trinco da porta fez aquele barulhinho chato.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=111545012&.locale=pt-br (look da Annie). Ela estava como de costume, só parecia realmente ter envelhecido um pouco. Já completará um ano que estávamos trabalhando juntos, há um tempo dei a ideia de que ela já podia se virar sozinha, não devia ter sugerido por que ela se recusou a ir embora e ficou semanas sem dizer uma palavra.

Annabeth iria ao shopping agora. Sem falar nada pegou a bolsa em cima do sofá e saiu. Eu não sei por que ela tem agido assim, será que foi por eu não ter dado parabéns a ela? Eu acho que tenho um ‘’´passe livre’’ para esse tipo de coisa, eu já salvo a vida dela todo dia, ela e que deveria me dar os parabéns.

***

Terminei de me arrumar consegui um caso aqui em Nova York mesmo, já faz uma semana que estamos aqui. Luke com certeza deve estar em outro hotel, ele vem nós perseguindo desde que conheceu Annabeth, mesmo eu o alertando de que se precisássemos de reforço ligaria. Mas eu acho tendo 99.999% de que é por ELA que ele está aqui.

O caso parecia fácil, só um lobisomem, bala de prata bem no coração resolveu, sem não ter mais nada o que fazer pela cidade decidi voltar para o hotel e apenas dormir um pouco quando cheguei vi algumas sacolas espalhadas pela pequena sala. Não vi ninguém, até ela sair do quarto. Eu não podia descrever o que estava vendo, ela parecia ter tomado banho pela primeira vez e parecia uma garota, eu nunca pensei que Annabeth Chase colocaria saltos.

Eu estava fixado na figura dela.

Look da Annie encontro(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=111549410&.locale=pt-br )

­– O que foi? –Ela perguntou um pouco séria, tirando da bolsa o celular.

– Nada é que... Bom você está, admiravelmente feminina.

– Hum... Guarde seus elogios, eu vou receber o dobro daqui a pouco. Se é que isso foi um elogio, certo.

– Certo. – Respondi um pouco sem graça.

Ela pegou o celular e a bolsa e saiu, no mesmo momento escutei aquela buzina do carrinho popular do Luke.

Não vou negar que me senti um pouco rejeitado, traidores. Peguei o controle da TV e me deitei no sofá, esperando o tédio me assassinar.

–PONTO DE VISTA DA ANNIE–

O ambiente do restaurante era bem chique, tenho que admitir que me senti um pouco desconfortável, passei os últimos meses comendo porcaria em lanchonetes de esquina. Luke estava sendo um completo cavaleiro, era elogios aqui, cortesias ali. Só queria comer logo, minha barriga roncava e temi que ele escutasse. A nossa mesa estava com vários enfeites e uma garrafa de vinho no gelo, Luke puxou a cadeira para eu sentar.

Ele era longe de ser realmente bonito, mas nada que sua inteligência não encobrisse, os seus óculos eram quadrados e ficavam meio caídos no nariz ele tinha uma cicatriz que dava um charme especial.

– Então o que vai querer? – Ele perguntou me estendendo um cardápio.

Dei uma rápida olhada e nunca tinha comida nada ali, senão salada.

– Acho que vou querer o que você escolher. – Eu disse.

Ele fez um gesto pro garçom, que nos serviu vinho, e foi buscar o pedido.

– Então, aonde surgiu essa coisa de caçar? Você era legista não? – Ele perguntou, bebericando um gole de vinho.

– Bom, na verdade eu era sim legista, mais então seu amigo apareceu e eu descobri que lobisomens existem e então decidi que precisava de algum propósito eu vivia uma vida banal, então descobri que não precisava ser assim, mais e você, quando começou a se interessar?

– Meu pai ele era caçador, um dos bons tudo o que sei foi por causa dele. Até que um dia ele simplesmente desapareceu eu tinha 15 anos, nunca mais o vi.

– Eu sinto muito, acredite eu também sou uma sobrevivente de casos familiares.

Ele deu sorriso de canto de boca. A comida chegou, era tipo um camarão gigante tentei não me afogar mais estava muito bom.

***

Conversamos sobre tudo, rimos e bebi pouco para não dar vexame. Até que uma pergunta quase me fez engasgar.

– Sabe, eu só queria ter certeza você e o Percy ?...

Achei indelicado fazer menção daquele preguiçoso;

– NÃO, NUNCA! Nossa relação e absolutamente só trabalho, eu não gosto dele.

– Desculpe perguntar, é que eu costumo gostar de pessoas que não sentem o mesmo, sabe.

Eu corei meu vermelho era mais forte que o camarão. Eu me acomodei na cadeira e só consegui dar um leve sorriso para não ter que sair correndo com esse salto agulha.

Depois que ele pagou a conta, não falamos muito até chegarmos no hotel ele abriu a porta do carro pra mim, e me levou até a porta.

– Foi ótimo sair com você, e espero que possamos repetir. – Ele disse.

– Eu digo o mesmo.

– Bom... Boa noite Annabeth.

– Boa noite.

Ele ia se virar para voltar para o carro, quando algo me surpreendeu, ele se virou defronte a mim cara a cara, eu fiquei paralisada sentia seu hálito de vinho, ele me trouxe para mais perto, meu nariz encostava no dele.

E então apenas fechei os olhos.