Estudando O Amor escrita por Shizuku Mizutani


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capitulo 2. Eu sou meio rápida para escrever, e fiquei meio empolgada com isso.



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No dia seguinte, Haru acabou faltando novamente. A professora veio falar comigo sobre ele e me perguntou:

– E então? O que o Yoshida disse?

– Ele disse que agora somos amigos. – eu disse pouco preocupada. A professora parecia assustada.

– S-Sério? – eu apenas concordei com a cabeça. – B-Bem... nesse caso, poderia pedir que ele volte a comparecer as aulas? Se ele continuar faltando sem motivo justificável, Yoshida Haru pode acabar sendo expulso.

– Professora. – eu comecei friamente – Eu sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer. Isso não é problema meu.

– Por favor, Shizuku. Eu posso lhe dar o guia de estudos que você tanto quer. – depois que ela disse aquilo, eu parei de caminhar e virei lentamente.

– Professora Akemi. – eu continuava fria – Eu não sei se a senhorita sabe, mas está subornando um aluno para realizar algo que é obrigação da escola.

Um vento muito frio soprou minhas marias-chiquinhas longas, finas e castanhas para trás. Minha expressão estava dura e eu encarava a professora com desdém. Ela sabia que eu tinha razão. Apenas virei de costas para ela e caminhei em direção à entrada.

Ao lado do portão, na parede de tijolos, Yoshida Haru estava à espera de alguém. Espera! Ele estava ME esperando?

– Oi, Mizutani. – ele me cumprimentou.

– Haru, por que disse até amanhã se não ia comparecer? – eu perguntei.

– Ora, eu estou aqui, não estou? Venha comigo. Vamos à lanchonete. Lá tem um suco ótimo.

Eu acabei cedendo. Na lanchonete, o amigo de Haru, Yamaguchi Kenji e mais alguns caras foram até a nossa mesa. Eles pediram dinheiro emprestado ao Yoshida, que aceitou emprestar. Enquanto isso eu pensava: “Haru, seu idiota”.

– Haru, seu idiota. – eu disse quando Yamaguchi foi embora. Haru olhou para mim, me fuzilando com os olhos. – Eles não são seus amigos de verdade. Estão te roubando. Eu não ou especialista nisso, mas não gostaria de ter amigos assim.

No momento seguinte, meu cabelo e meu rosto estavam molhados de suco de laranja. O suco do Haru.

– Você é uma pessoa malvada. – ele disse, indo para a porta de saída da lanchonete. Com raiva, me levantei e arremessei meu copo de suco de morango contra a cabeça dele. Haru se virou e me encarou. Ele parecia irritado. Em um rápido movimento, corri para fora, fugindo do provável perseguidor.

Afinal, por que ele estava com raiva? Eu só disse a verdade. Ele devia pensar sobre isso. Ninguém gostaria de amigos que roubam todo o seu dinheiro.

No dia seguinte, resolvi avisar Haru sobre o que a professora havia dito, mas ele ainda não tinha ido à escola. Então, tive que passar na casa dele novamente, mas Mitsuyoshi disse que ele não estava lá.

– Tudo bem. – eu estava me dirigindo à porta quando resolvi falar – Pode apenas avisá-lo que se continuar faltando, Haru acabará sendo expulso?

– Espere Mizutani. Gostaria de jogar um pouco? – eu acabei aceitando.

Eu estava errando todas as rebatidas. Em certo momento, pude ouvir Yamaguchi e seus comparsas na sala.

– Kenji, o Haru parou de me dar dinheiro.

– Qual o problema? Você não está sem dinheiro. – disse Yamaguchi.

– Sei lá. É chato. Não tem mais por que ser amigo dele.

Eu avisei seu idiota. Eles não são seus amigos. No fim, errei todas as rebatidas. Estava me virando para pegar minha mochila, quando o vi. Yoshida Haru estava me observando. Seu rosto estava muito triste. Já chega. Eu saí de lá com raiva e fui para a sala. Os “amigos” de Haru estavam rindo. Por que eu estava fazendo aquilo? Eu não sabia. Haru sempre fora muito rude, mas ao ver aquela cara triste, todos os meus pensamentos sobre ele mudaram.

– Y-Yoshida Haru considera vocês como amigos. S-Se vocês pensarem como ele e tentarem ser amigos dele, t-talvez... – as palavras sumiram de minha garganta. Yamaguchi se levantara e estava caminhando em minha direção. Seus cabelos loiros voavam para trás. Ele estendia sua mão em direção à minha cabeça.

A trajetória de seu braço foi interrompida. Haru segurava seu pulso e parecia apertá-lo cada vez mais.

– Não encoste um dedo na Mizutani. – ele disse com raiva.

Depois daquilo, Haru foi me deixar em casa. Enquanto subíamos a escada de pedra que levava à minha casa, percebi que Haru estava chorando. Diversas vezes eu deixei de chorar, mas naquele momento, eu estava prestes a desabar.

– Eu fiquei tão feliz por você ser minha amiga, Mizutani. Minha amiga de verdade.

Eu me aproximei lentamente dele. Passei meus braços ao seu redor em um caloroso abraço. Eu podia sentir as batidas de seu coração. Ele me segurou pelos ombros e me afastou.

– Mi-Mizutani. Meu coração está batendo rápido. A-Acho que te amo. – ele disse mesmo aquilo? Para mim? Eu não acreditava.

– Co-Como amiga? – eu perguntei.

– Não. Eu te amo mesmo. De um jeito especial.

– P-Provavelmente é porque é a primeira vez que você faz uma amiga de verdade. V-Você só está confuso com seus sentimentos.

– Se eu fizer mais amigos você acredita em mim? – ele perguntou.

– Acho que sim.

– Se você estiver lá, eu posso tentar ir à escola.

– Fico feliz em ouvir isso, Haru.

E foi num fim de tarde de inverno, em um vento muito frio, no meio de uma escada, que recebi a primeira declaração de amor da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Aos que lerem e comentarem: Arigatô. Aos que favoritarem: Domo arigatô



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