No Other escrita por Pacheca
Notas iniciais do capítulo
Hey, peoples, perdão a demora ;x E sim, eu sei que todo dia falo isso, mas eu to sem meu netbook ;-; Então eu tive que caçar um programa de graça pra poder continuar digitando, fora uns outros paranauê muito loucos. Mas, tudo resolvido, bora lá. Worldwide do Big Time Rush: https://www.youtube.com/watch?v=2EDCpDXMowc Logan < 3 Boa leitura
Ele ia embora dentro de 3 horas. E eu estava deitada no sofá, observando Kyu e Ali dividindo a poltrona da minha sala. Os dois eram tão perfeitos juntos que chegava a doer.
– Megs! – Ali gritou, chamando minha atenção. Pisquei, voltando a enxergá-la. – Seu celular ai, idiota.
Tudo que eu tinha que fazer era esticar meu braço e pegar o celular, atender e fim. Só que meu toque era Linger. E eu não queria parar de ouvir a música. Kyu suspirou e pegou o celular.
– Desconhecido. Quer que eu atenda?
– Claro. - Eu não ligava muito, pra falar a verdade. Sentei, enquanto ele dizia um alô fraco. – Ei?
Franzi o cenho. Kyu desligou, confuso. Foi Ali quem perguntou quem era e o que disse.
– Parecia um cara. Só disse sinto muito e desligou. – Ele deixou meu celular sobre a mesinha de centro de novo, dando de ombros.
– Megs, você não me contou uma vez que tinha um cara que te ligava? Tipo naquela festa no início do ano, depois que você quase...
– Eu sei, não precisa me lembrar. – Não deixei ela terminar. Kyu ficava trocando o foco de sua atenção. Ora era sobre mim, ora sobre Ali. – E pode ser ele. Não sei.
– Do que vocês estão falando? – Ali olhava para mim, pedindo permissão para explicar. Concordei. Só não queria ficar lembrando daquilo.
– Não ligo. Vou comer alguma coisa. – Deixei a sala, me arrastando até a cozinha. Eu nem estava com fome, só não quis ficar ouvindo. Peguei um pote de biscoito e comi uns cinco antes de voltar para meu sofá.
Kyu não disse nada, só me pediu um dos biscoitos. Deixei o pote em cima da mesa para ele pegar. Ele pegou um biscoito e o dividiu com Ali, os dois voltando a se pegar na poltrona.
– Gente, eu amo vocês. – Os dois se separaram, talvez surpresos com o que eu falara. – Sério, vocês são perfeitos, quero ser madrinha de um dos seus filhos. Agora, por favor, respeitem meu sofrimento aqui.
– Tudo bem, desculpa. – Kyu deu uma risada fraca e olhou o relógio. Ele era o úncio garoto de 18 anos que ganhava um Rolex de aniversário. Do patrão. – Tenho que ir.
– Vai trabalhar? – Coloquei uma almofada sob a cabeça, fechando os olhos.
– Vou levar Duran ao aeroporto.
– Ah. Te vejo depois. – Não fiz nem menção de me mexer. Kyu se inclinou sobre mim e me deu um beijo na testa. Senti um papel que ele deixou cair na minha mão.
– Te vejo, Megs. – Ele foi embora, arrumando o terno. Ali foi atrás dele e se despediu com um até logo.
– Também preciso ir. Prometi ir com Annie me despedir dele. Você...?
– Tchau, Ali. - Reconheço que foi grosseiro, mas ela entendia que eu só queria fugir da pergunta.
Ela deixou a casa, colocando os fones de ouvido. Olhei o relógio mais próximo. Agora ele ia embora em duas horas.
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Faltando uma hora pro voo de Duran, eu tive um surto. Kyu me ligou quando eu já estava até dormindo no sofá.
– Certeza que não vem? – Ele perguntou, falando baixo.
– Kyu... – Eu falava meio arrastado, tanto por não sabe ro que dizer quanto pelo sono.
– Megs, é um último tchau. Não vai te matar, ok? Você sabe o melhor para você, mas pense nisso. Tem uma hora. – E desligou. Eu dei um suspiro e, um instante depois, surtei.
Pulei do sofá e subi as escadas, amarrando o cabelo de qualquer jeito. Já usava uma calça jeans e uma blusa qualquer, então só calcei os coturnos e sai correndo de casa, quase esquecendo de trancar a porta.
Eu morava há vinte minutos do aeroporto, de carro. Só que eu esquecera d epegar tudo, celular, documento, dinheiro, tudo. Tinha que ir a pé.
A pé quer dizer correndo. Nunca corri tanto na vida. E nunca parecia que era rápido o suficiente. Minha boca secou, os pulmões pareciam a ponto de explodi. E não parei. Quando vi o aeroporto, eu nem sei como corri mais. Entrei quase tropeçando no saguão.
O lugar estava parcialmente cheio, mas eu procurava um rostinho particular. Sai correndo, olhando as plaquinhas. Procurava o portão E3. Era onde Duran embarcaria. Só tinha dois minutos.
– Última chamada para o voo... – Aquela voz parecia minha inimiga. Portão E3. Caramba, existia aquele portão?
Quase passei direto, mas reconheci aquele rosto assim que o vi. Ele dava um abraço em Ali. Ele a entregou um embrulho e sorriu. Tinha parado, achava que estava prestes a cair. Sorri quando ele me olhou.
– Você prometeu. Não se esqueça. – Ele sorria.
– Você também. Boa sorte. – Albert me encarava, como se me agradecesse.
E com um suspiro, Duran passou pelo portão, carregando uma mala. Ai minhas pernas já não aguentavam. Cai numa das cadeiras, segurando a cabeça. Eu estava até passando mal.
– Achei que não viesse. – Kyu, Ali e Annie me rodeavam.
– Achei que morria antes de chegar. – Ele riu, cruzando os braços. O celular dele tocou. Ele olhou o visor depois do susto e me entregou.
– Duran.
– Ei. – Atendi, ainda ofegante.
– Acho que esqueci de te dizer. You know I’m such a fool for you. – Eu sorria, sem me preocupar com as lágrimas escorrendo rosto abaixo. – Te amo.
– Eu também. – Solucei.
– Tenho que ir, Megs. Até mais. – Ele também parecia meio choroso. Desliguei, devolvendo o celular. Ainda meio tremendo, caminhei até as vidraças, vendo o voo decolar.
Annie me abraçava, chorando também. Aquela garota era tão ela que era divertido. Me deixava feliz que ela se preocupasse assim.
– Ali. – Kyu falou, enquanto eu ainda me recompunha. Minha amiga voltou e me entregou o embrulho.
Era uma caixa, aparentemente saída do correio direto pros meus braços. Era pesadinha, mas atiçou minha curiosidade. Kyu parou ao meu lado e sorriu.
– Vem, eu te deixo em casa. – Ele bateu de leve no meu ombro. – Ou prefere voltar correndo?
– Nem brinca. – Só de pensar na possibilidade me dava vontade de chorar. Ele riu e então deixamos o aeroporto. Ele me deixou em casa e foi embora, ainda com Ali e Annie. Arrastei as pernas até a porta.
Minhas pernas estavam pesadas, pareciam a ponto de cair. Deixei meu corpo cansado cair no sofá, esticando as pernas e tirando os coturnos. A caixa que Ali me entregara pesava em meu colo.
Rasguei o papel, tentando sentar direito. Era uma caixa de madeira, com entalhes nas laterais e na tampa. Abri, devagar. Dentro tinha um vidro de perfume, uma caixinha de veludo preto, um caderno, um CD e um envelope. E por baixo de tudo, um livro. O Senhor Dos Anéis, volume único.
Fui tirando cada um dos itens por vez, com extremo cuidado. Comecei pelo livro. Sorri, segurando o colar com o Anel que meu irmão me dera. Ainda tinha cheiro de página recém-impressa. Não que eu fosse a maior fã de cheiro de livro novo, mas ainda assim gostei. Era meu livro favorito.
Peguei o vidro de perfume em seguida. Era 1 million, masculino. Qualquer pessoa poderia achar estranho, mas eu adorei. Reconhecia aquele cheiro em qualquer lugar. Era uma das razões pela qual eu amava esconder o rosto no pescoço de Duran. Era o cheiro dele.
Peguei o caderno, passando cada página lentamente. Tinha muitas fotos nossas, fotos minhas, frases de músicas, trechos de livros. A primeira página continha a minha foto, a que ele deixava no porta retrato em seu quarto, debaixo da frase de Linger.
“You know I’m such a fool for you.”
Sorri mais uma vez, colocando o caderno ao meu lado. Segurei a caixinha preta, procurando qual lado abria. Quando consegui, encarei a corrente, encantada.
Uma serpente sobre o escudo verde-jade. Sonserina. Nossa casa em Harry Potter. Ri sozinha. Quão nerd nós dois éramos? Dei de ombros e peguei os dois últimos. O CD e o envelope.
Abri o envelope, desdobrando as folhas que vieram lá dentro. Era uma carta, na caligrafia de Duran.
Megs,
Ali já te entregou o pacote, ótimo. Bem te conhecendo, você já olhou tudo antes de ler, sim? Ok, então me deixa explicar.
O perfume é só pra te forçar a se lembrar de mim. É, eu sei que eu falei aquilo de “estamos bem, encontrar gente nova e bla bla bla” Bom, eu menti. Não gosto de te imaginar com outra pessoa, logo...
E confesso, a corrente não foi ideia minha. Mas minha mãe é muito fã dos livros e tentou descobrir qual era sua. Devia ter visto o estado em que ela ficou quando descobriu que era Sonserina, ela jurava que era Corvinal. E isso me lembra o quão mágica você é.
O caderno era pra ser presente de aniversário. Acho que já deu pra entender porque tive que entregar antes. E só para constar, cada frase, cada linha, foi você quem me ensinou. Tem mais umas no CD, só não sei se vão te agradar.
E por fim o livro. Acho que se lembra quando consegui emprego. Você disse que eu poderia te comprar vários livros. Acho que só esse já te deixa feliz.
A caixa só é bonitinha mesmo.
Você sabe que eu sou tão bobo por você...
Eu te amo.
Duran.
Dobrei a carta de novo e a guardei no envelope. Suspirei, colocando cada coisa dentro da caixa de novo. Tudo aquilo me fazia tão feliz e tão triste ao mesmo tempo. Com um sorriso fraco, fiquei de pé.
Juntei o papel da embalagem e fui até a lixeira na área de serviço. Aproveitei para esvaziar os bolsos de eventuais papéis de bala. Achei um que eu nem lembrava. O bilhete de Kyu. Abri e vi a letrinha redonda de Kyu.
“Hye-In NÃO vai desistir, Megs. Ela voltou.”
Senti um certo medo daquela simples frase. Ela voltou. Joguei o papel amassado junto dos outros na lata.
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Espero que tenha compensado a demora ^~^