Um Amor, Uma Canção escrita por Rhayssa


Capítulo 1
Capítulo 1: De volta para minha cidade natal




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Me mudei para a cidade onde nasci. E como sempre, meu pai nunca sabe o lugar que quer ficar. Aqui parece que vai ser diferente, não venho nesse lugar desde os meus 5 anos.

Quando cheguei na minha nova casa, já fui logo para o meu quarto. Logo depois, pedi ao papai se eu poderia dar uma volta, eu queria conhecer os lugares. Ele disse que eu poderia ir só se fosse acompanhada do Ramalho, seu assistente.

Perguntei ao Ramalho se ele poderia me levar para algum lugar onde tivesse música, e logo veio à sua cabeça o Studio. Então, fomos a caminho de lá, mas ele disse pra mim não contar nada ao meu pai, não entendi o porquê, só que mantive o segredo.

Assim que chegamos ao Studio, já fui logo entrando, ouvindo belas melodias. Ramalho ficou me esperando lá fora a tempo de eu ver tudo o que eu queria.

Eu estava andando distraída quando me esbarro em um garoto.

- Opa, desculpa. Eu estava distraída.

- Me desculpa você, eu estava pensando nos meus problemas e não vi você aí. – Explicou o garoto. – Meu nome é Tomás, e o seu?

- Ah, tudo bem. Meu nome é Violetta.

- Lindo nome. Nunca te vi por aqui, é aluna nova? – Perguntou.

- Não, não. Eu só entrei aqui por curiosidade, porque lá de fora, ouvi uma linda canção.  – Expliquei.

- Pois é, os alunos daqui são bem esforçados, suas músicas são ótimas.

- E você estuda aqui?

- Não, eu sou entregador. Venho sempre entregar lanches para os professores. – Disse Tomás.

Depois dessa breve conversa que tive com Tomás, fui embora.

Chegando em casa, eu comecei a pensar em tudo que eu conversei com ele hoje, nas músicas que eu ouvi e percebi que aquele era o meu lugar. No dia seguinte, voltei ao Studio e conversei com o diretor Pablo, perguntei para ele o que eu deveria fazer para entrar no Studio. E ele respondeu:

- Você teria que fazer uma prova, cantando para a gente, onde iremos avaliar e ver se você é capaz de entrar no Studio.

- E quando posso fazer essa prova? – Perguntei.

- O quanto antes. Você só terá que ter uma música, pode ser sua ou de algum cantor que você goste, e vir aqui cantar pra gente. – Respondeu Pablo.

- Então conte comigo, amanhã estarei aqui.

Cheguei em casa e meu pai já me perguntou onde eu estava. E foi aí que eu me lembrei do que o Ramalho disse.

- Eu estava... Eu estava passeando papai. Eu preciso conhecer os lugares daqui. – Expliquei.

- Mas não deu tempo de você conhecer ontem? Eu não quero que você fique saindo sozinha Violetta.

- Desculpa, mas é que o Ramalho estava ocupado e então eu saí assim mesmo.

- Tá bom. Espero que não haja uma próxima vez. – Disse meu pai.

Estava indo para o meu quarto, mas eu errei a porta. Entrei num quarto bem arrumado, cada coisa em seu lugar. Percebi então, que ninguém dormia ali. Sentei em frente à penteadeira e vi um diário ali em cima. Abri ele e comecei a ler. Fui folhando até encontrar uma foto. Eu reconhecia que era eu bebê e aquela mulher, provavelmente era minha mãe. Nesse diário havia muitos trechos de músicas que me fez pensar que minha mãe era uma grande cantora. O nome dela era Maria. Eu não me lembrava muito bem dela, mas continuei folhando seu diário. No final dele, eu achei uma canção. Tentei cantá-la em minha melodia, quando ouvi meu pai me chamando.

- Violetta! Violetta!

- Já vou papai. – Saí rápido do quarto, levando o diário junto.

- Onde você estava Violetta? – Perguntou papai.

- Eu tinha ido ao banheiro. – Respondi.

- Mas eu ouvi uma música tocando!

- É que eu estava com o rádio ligado.

- Ok, então volte para o seu quarto. – Ordenou.

- Sim papai.

Mas antes de entrar no meu quarto, perguntei:

- Papai, o que aconteceu com a minha mãe?

- Por que está perguntando isso agora?

- Porque eu estava pensando nela, e me dei conta de que eu não a conheci muito bem. – Respondi.

- Vem aqui filha, eu vou te contar.

Entramos no meu quarto, e ele começou a contar.

- Sua mãe era uma ótima mulher. Cantava muito bem, era até uma cantora de grande sucesso, fazia vários shows. Até que um dia, ela teve que viajar para uma turnê e foi aí que aconteceu a tragédia. Quando ela estava a caminho do seu hotel, o carro em que ela estava bateu em outro. O acidente foi muito grave e então ela não resistiu. – Contou meu pai chorando.

- Nossa, que tragédia. Você a amava muito né?

- Sim, muito, ela era o amor da minha vida. Mas então – enxugando as lágrimas –, vou ir lá no meu escritório resolver umas coisas e você vai dormir.

- Sim papai. Boa noite.

- Boa noite filha. – Disse meu pai indo dar um beijo em minha testa.

Assim que meu pai saiu do meu quarto, eu abri novamente o diário. Li bastante ele, até pegar no sono. No dia seguinte quando acordei, lembrei que eu tinha marcado com o Pablo para ir ao Studio fazer minha prova. Me arrumei rápido e saí. Quando fui barrada pelo meu pai.

- Aonde é que você vai agora?

- Eu vou... – Tentei arranjar alguma desculpa.

- Eu vou levar a Violetta para conhecer a praça. – Disse Ramalho.

- Mas você não me avisou disso Ramalho. – Disse meu pai.

- Desculpa Germán, eu esqueci.

- Tá bom, mas não saia de perto da Violetta. – Ordenou papai.

- Pode deixar, ela estará segura comigo.

Depois quando saímos de casa, Ramalho me perguntou:

- Onde você estava indo Violetta?

- Ontem eu voltei ao Studio, conversei com o diretor, porque eu quero fazer um teste para entrar lá. E marquei esse teste para hoje. – Respondi.

- Você está maluca? E se o seu pai descobrir que você está fazendo aula lá?

- Mas qual é o problema de eu ir ao Studio? – Perguntei.

- Violetta... Vá, mas não deixe seu pai descobrir.

Ramalho me deixou em frente ao Studio, e disse que ia ficar me esperando. Quando saí do carro, me deparei com o Tomás novamente.

- Oi Violetta. O que faz de novo aqui no Studio?

- Oi, eu vim aqui fazer um teste para ver se eu posso entrar no Studio. – Respondi ao Tomás. – Desculpa, mas eu tenho que ir, estou atrasada. – Falei indo em direção ao Studio.

- Ah tudo bem, boa sorte! – Gritou Tomás.

Cheguei lá e logo procurei o Pablo. Não estava encontrando ele então perguntei para uma aluna de lá:

- Com licença, sabe me dizer onde está o Pablo?

- E quem é você? – Perguntou a aluna.

- Eu sou Violetta, vim fazer um teste para poder entrar no Studio. – Respondi.

- Sou Ludmila, o Pablo está logo ali. – Apontou em direção ao Pablo.

- Ah, obrigada!

Fui até o Pablo e ele me disse para acompanhá-lo. Chegamos ao local e logo imaginei que seria lá onde eu iria cantar. Eu não estudei muito a música então fiquei muito nervosa.

- Preparada? – Perguntou Pablo.

- Posso dar mais uma treinada? Eu estou muito nervosa.

- Claro, fique a vontade. Quando estiver pronta é só me chamar. Vou até ali na sala da direção para deixar você mais concentrada em sua música. – Disse Pablo.

- Muito obrigada. – Agradeci.

Eu estava treinando a letra, e colocando ela em minha melodia. Ao cantar a música, senti um arrepio. Pensei que pudesse ser minha mãe que estava ali naquele momento comigo, me dando forças. Fiquei emocionada. Logo entrou uma pessoa ali na sala. Eu me desconcentrei.

- Desculpa, eu não queria te atrapalhar. – Disse a pessoa.

- Não foi nada, eu já estou pronta mesmo.

- Que bom. Então, você vai fazer o teste pra praticar aulas aqui no Studio? – Perguntou.

- Sim, eu vou. Você estuda aqui?

- Estudo, meu nome é Maxi. Qual é o seu?

- Violetta. Prazer. Você parece ser um garoto legal.

- Obrigado, você também parece ser uma garota bem divertida. – Disse Maxi. – Bom, então vou deixar você se concentrar. Quer que eu chame o Pablo?

- Se você não se importar, por favor.

- Ok, boa sorte Violetta.

- Obrigada!

Então Maxi saiu da sala e foi chamar o Pablo. Assim que Pablo chegou, eu já estava mais preparada. Então ele fez algumas perguntas sobre a música e assim que eu respondi, já me deixou a vontade para cantar.

Quando terminei de cantar, Pablo me elogiou, junto com Antonio, dono do Studio, que também estava avaliando. Disseram que eu tenho uma grande chance de entrar para o Studio. Me liberaram para ir tomar alguma coisa, logo iam me chamar de volta. Quando eu estava indo para o bebedouro, me esbarrei com um garoto.

- Desculpa, eu não te vi. – Disse.

- Tudo bem. Parece nervosa, o que aconteceu? – Perguntou o garoto.

- É que eu acabei de fazer um teste para entrar no Studio e ainda não sei meu resultado, mas falaram que eu fui bem. – Respondi.

- Eu mesmo tinha ouvido uma música bem bonita, e uma voz também, deveria ser a sua. Qual é o seu nome?

- Obrigada. – Sorri envergonhada. – Desculpa, meu nome é Violetta, e o seu?

- Sou o Léon. – Respondeu. – Ei, gostaria de sair para tomar um suco mais tarde?

- Pode ser. – Respondi surpresa.

Então nos olhamos fundo nos olhos, sorrimos, e Pablo me chamou, dizendo que os resultados já estavam prontos.

Fui até a sala onde fiz o teste muito nervosa. Quando Pablo disse:

- Não precisa ficar nervosa. A partir de amanhã, já pode começar a frequentar o Studio.

- Sério? Não acredito! – Disse muito surpresa e feliz. – Muito obrigada.

- Você não tem ao que agradecer, foi o seu talento que te fez entrar aqui. – Disse Antonio.

Fui até o carro onde estava o Ramalho e dei a ele a grande notícia. Ele ficou muito feliz, mas também preocupado, pois não vai ser fácil esconder do meu pai que eu faço aula no Studio. Eu disse ao Ramalho também, que eu iria sair com o León. Ele não quis aceitar muito, mas ele deixou. E foi passear, sem ir pra casa, porque se fosse, meu pai saberia que eu não estaria com ele.

Me encontrei com o León na frente do Studio, então fomos a uma lanchonete ali perto. Lá ele me apresentou a Francesca e disse que ela também é aluna do Studio. Começamos a conversar e Francesca também me apresentou ao seu irmão, Luca, que é dono da lanchonete.

Algum tempo depois liguei para o Ramalho ir me buscar, pois já estava tarde e meu pai iria ficar preocupado se eu não voltasse logo.

Quando cheguei em casa, escrevi no meu diário. Depositei nele toda a minha felicidade. E após isso fui dormir, imaginando como seria meu primeiro dia no Studio.


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