Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 14
Capítulo 14- Velha maldita/Traição


Notas iniciais do capítulo

Genteee como vão vocês? Tudo de boa? Esse capítulo está menor, mas não porque eu quis, mas eu não tinha mais nada para pôr nesse capítulo e eu não queria enrolar então está um pouco menor que os anteriores, mas fiz com muito carinho(apesar da demora) e como disse nem sempre estou com vontade e inspiração para escrever, por isso a demora! Ah, nosso primeiro romance ao final, não pus muitos detalhes (afinal é fic de terror), mas somente para incrementar a história mesmo.
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/416487/chapter/14

POV Johnny

Uma senhora de uns setenta anos de cabelos brancos e olhos negros, apontava uma enorme espingarda em nossa direção, ela era uma velha um tanto sombria com olhos sem expressão e dava a impressão de que se tivesse nos achado antes, já teria nos matado a muito tempo.

– Hei senhora, nós não desejávamos invadir sua casa, precisamos de urgente ajuda! Há alguém atrás de nós!- Tentei explicar enquanto a velha raivosa apontava a arma

E houve um disparo bem alto, acertou um vaso a poucos centímetros de Nancy, que empalideceu.

– Por favor! Precisamos de sua ajuda! Um telefone, água, qualquer coisa!- Disse Lena

Puxei Marlena para trás de mim com medo que a senhora pudesse mirar nela, Lena protestou, mas era necessário o cuidado ao falar com alguém com uma espingarda!

– Só nos deixe usar o telefone- Disse Alessa calmamente encarando a velha

E como em um passe de mágica, ela acalmou-se e respirou fundo

– Não tenho telefone, mas posso oferecer uma água- Disse rígida apontando para a cozinha

Fui andando e vi a senhora parar Nancy bruscamente

– O que foi?- Nancy perguntou ainda nervosa

– Não confio nas ruivas, são as mais traiçoeiras, meu filho foi traído por uma, você fica aqui na sala. Ficarei de olho em você- Respondeu a segurando firmemente pelo braço, estremeci com a proposta

– Mas...

– Sem protestos ou eu estouro seus miolos

Lena ficou apreensiva, mas seguiu o seu caminho até a cozinha comigo atrás e depois Alessa. Pegamos um pouco de água e começamos a conversar por cochichos.

– Eu não confio nela- Disse Lena

– Não temos outra escolha- Respondeu Alessa tranquila

– É estranho ela ter barrado a Nancy, fiquei curioso agora, quem é o filho dessa mulher maluca?!- Falei apreensivo com o que imaginava

De repente escutamos um grito agudo

POV Nancy

A maluca havia me barrado, agora eu não poderia tomar água? Pela cor do meu cabelo? Foi com esse cabelo que ganhei muitos prêmios e desfiles!

Disfarcei meu descontentamento e sentei no sofá

– Não sente aí- Respondeu a velha- Não quero seus germes na minha casa e nem os de seus amigos

Estremeci e decidi ficar em pé na minha, não via a hora de dar o fora dali e então vi a velhota abrir uma parte da parede onde se encontrava uma alavanca azul piscina, ela soltou uma risada e a puxou, caí e caí não se sabe de onde e fui parar em um lugar escuro com meu tornozelo torcido. Droga!

POV Lena

Tomava água com a impressão de que algo estava muito errado e então escutamos um grito agudo vindo da sala, Nancy!

– É a Nancy!- Disse Alessa

Tentei correr, mas minhas pernas não mexiam; olhei Johnny e o via distorcido, o mesmo estava com os olhos meio avermelhados.

– Não me sinto bem- Falei rouca

Senti meu corpo cair e Johnny me segurar, mas logo o mesmo também estava caindo. A única ainda de pé era Alessa.

– Aless...- E então tudo ficou preto

POV Alex

Saí carregando Myranda ainda mais fraca, logo após sairmos do shopping nos deparamos com uma enorme explosão vinda do mesmo, joguei-me no chão protegendo Myranda e então percebi que Pietra havia ficado lá dentro.

– A Pietra...- Falou ela bem baixo

– Descanse ou vai piorar- Eu disse a beijando na testa

Levantei-me sem ter tempo para refletir o que havia acontecido e fui em direção à noite escura em busca de um hospital o mais rápido possível, encontramos um pequeno hospital aberto 24 horas e entrei correndo.

– Alguém! Por favor! Ela está morrendo!

Fomos rapidamente atendidos e Myranda foi levada, talvez precisasse de cirurgia, ela estava gravemente machucada e tinha fraturas. Não sairia daquele hospital até vê-la bem novamente; liguei para meus pais e os de Myranda e contei tudo, exatamente tudo. Rapidamente chegaram com lágrimas nos olhos e medo por Myranda. Liguei para a polícia, meus outros amigos estavam perdidos em algum lugar, eu sabia que não estavam mais no shopping por uma grande sorte do destino, porém estavam em perigo.

POV Nancy

Acordei em uma grande escuridão, um lugar ainda mais empoeirado do que a própria casa, um porão ou armazém. Senti um cheiro podre, esfreguei meus olhos para ver se via algo e vi uma mancha enorme de sangue no chão, mas já seco. Aquilo não era um armazém qualquer. Senti-me enjoada e desesperada, quantas vítimas já haviam estado aqui?

– Johnny! Lena! Gente!!- Gritei vendo se alguém me escutava

– Shiu- Falou alguém atrás de mim

Soltei um grito, mas logo alguém tampou a minha boca

– Fica calma- Respondeu uma voz feminina

– Quem é você?- Perguntei

– Joyce, estou aqui a um bom tempo como os outros- Disse apontando para mais algumas pessoas sujas e com a roupa meio rasgada

– Onde é isso?

– É um tipo de armazém de tortura- Falou fazendo uma cara assustada- Poucos sobrevivem e ficamos aqui aguardando a nossa vez

Senti lágrimas rolarem em meu rosto, queria ver meus amigos e familiares, não queria passar pelo que Myranda passou.

– Não se preocupe, você acabou de chegar. Não deve morrer agora- A garota disse dando um sorriso tenebroso

Pareciam todos perturbados, mas também não viam a luz a uns bons dias, não os culpo. Sentei-me em um canto sem ter o que fazer; tirei um biscoito do bolso, estava faminta, porém alguém no escuro o afanou. Aquela gente era doida e eu estava prestes a ficar como eles.

– Você conhece o palhaço?- Perguntou um jovem garoto

Tremi toda e afirmei com a cabeça

– Ele gosta de ruivas- O menino disse tendo um ataque de risos

Pus minha cabeça nos joelhos e desejei sumir ou ser salva logo ou que me matassem rapidamente.

POV Johnny

Acordei amarrado em um tronco de madeira em um jardim velho e sem nenhuma flor ainda viva, parecia mais um cemitério. Olhei para o lado e vi Lena também amarrada e desmaiada.

– Lena! Você está bem?! Hei!

– Hum...- Pareceu acordar- Onde estamos??

– Presos, a Nancy e a Alessa sumiram- Respondi cabisbaixo

– Eu ainda me sinto tonta, o que puseram naquela água...- Respondeu estonteada- Temos que achar a Nancy e... a Alessa... bom...

E então apareceu a velha mais feia e sombria do que nunca

– Olá meus jovens- Respondeu chegando perto- Gostando do lugar que achei para vocês?

– O que você acha?- Respondi grossamente

Tentei me soltar, mas o nó era difícil, porém não impossível de se tirar. Acenei para Lena e ela entendeu o que eu queria, escaparíamos dali.

– Então, o que você quer com a gente?- Perguntou Lena

– Meu filho deixou vocês escaparem, só um idiota como ele

– Seu filho, Jack o palhaço- Respondi acertando em cheio

– Isso mesmo, engraçado vocês virem parar logo na minha residência!- Disse rindo

– Pois é- Falou Lena a distraindo- Onde está a Nancy e a Alessa?!

– Nancy está na profundeza do inferno hahahaha e a Alessa... aqui está ela- Apontou para uma Alessa bem diferente do que conhecíamos, era mais pálida e seus cabelos loiros com menos vida e mesma usava uma máscara pior que a do Jack.

– Alessa!- Gritei assustado

Não acreditava, ela era uma traidora! Uma traidora entre nós!!!

– Como pôde!- Gritou Lena- Desgraçada!

A mesma simplesmente sorriu, chegou perto de Lena e a socou na barriga a deixando desacordada.

– Então vocês não sabiam que ela era a prima de Jack? Haha tolos

– Não pode ser- Falei sem voz encarando Alessa

A mesma simplesmente sorria por dentro da máscara que tampava parte de seu rosto deixando seu sorriso à vista.

– Meu priminho já devia ter matado vocês a muito tempo- Respondeu friamente passando a mão em meu rosto- Mas poderíamos aproveitar

E passou a mão sensualmente em minha barriga; virei meu rosto para o outro lado tentando não olhar para seu rosto agora asqueroso.

– Mas... não sou eu quem você gosta- Falou encarando Lena com ódio

– Deixe-nos em paz- Eu disse entre dentes

Ela riu e disse para a velha deixa-los sozinhos. Elas não sabiam que esse tempo todo eu desamarrava pouco a pouco o nós atrás de minhas mãos, sairia dali e tiraria Lena desse lugar.

– Pensei que fosse nossa amiga- Falei

– Era somente um teatrinho, fui bem não?

Não pensei em mais nada, retirei o nó e pulei do tronco surpreendendo Alessa, mas a mesma foi rápida e chutou um lugar nada legal deixando-me caído no chão.

– Droga!- Ela disse- Não me assuste assim! Vocês vão morrer ainda por minhas mãos!

Então a mesma pegou uma tocha e pôs fogo na mesma

– Vou começar por sua garota- Respondeu rindo histericamente- E quem sabe eu te perdoe, poderá ficar comigo hahaha

Lena havia acordado e berrava muito, levantei-me com dificuldade, mas não a deixaria chegar perto de Marlena.

– Diga adeus bruxa- Falou levantando a tocha

POV Lena

Pensei que fosse morrer, fiquei desesperada ao saber da traição de Alessa, ninguém sabia que eu já desconfiava a um tempo disso, mas a surpresa ainda sim foi grande. Levei um soco na barriga e tudo escureceu, porém ainda escutava bem e ouvi Alessa dando em cima de Johnny, queria acordar, me soltar e encher aquela garota de socos, foi então que a mesma pegou uma tocha, iria me queimar! Gritei alto desejando que Johnny viesse me socorrer, idiotice, não? Mas ele veio.

– Deixe ela!- Disse tacando uma pedra em Alessa

A mesma ficou tão tonta que caiu em um lago sujo que ficava ao lado de onde estávamos, era um lago fundo e Alessa não voltou à superfície.

– Acho que está morta- Falou Johnny encarando o lago assombroso

Assim que me soltou corri e o abracei com força, estava tão assustada com tudo que havia acontecido que nem liguei se havia o deixado sem graça ou não.

– Não me assuste assim de novo- Respondeu me beijando, um beijo desesperado e assustado, mas ao mesmo tempo calmo e muito bom

E ficamos assim por uns minutos até lembrarmos que tínhamos que salvar Nancy. Corremos de mãos dadas e arrombamos a porta da velha casa, ninguém iria ficar em nosso caminho agora.

POV Nancy

Estava frio, ou talvez fosse eu tendo arrepios a cada cinco segundos. A fome estava me corrompendo, me sentia tonta e meu tornozelo torcido doía muito, nenhuma daquelas pessoas parecia bem, esperavam sua vez, sua vez da morte.

– Ele está vindo- Falou Joyce me encarando- Tem medo de palhaços?

Eu não queria responder, estava fraca demais para isso então balancei a cabeça afirmando.

– Então boa sorte, ele já está aqui

Minha respiração parou, virei-me e vi uma entrada pequena, estava trancada é claro; senti passos pesados e masculinos e olhos a me encarar.

Ele estava aqui e logo seria a minha vez...

CONTINUA


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu provavelmente depois que a história terminar vou postar uns especiais tipo especial de férias ou natal ou quem sabe algum capítulo mostrando os casais então gostaria de uma votaçãozinha básica se você quer capítulos especiais. Vote
a) Capítulo especial de férias (os personagens-até os que morreram- de férias, um conto de férias na praia ou em outro lugar)
b) Nada
c) Um capítulo especial mostrando um encontro para cada casal
d) Especial de natal
e) Todos
Só se quiserem
Bjs