The Swordsman escrita por BonneyQ


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fanfic betada pela maravilhosa luud-chan, que me fez rir demais com os comentários e fez um trabalho ótimo me ensinando! Obrigada, sua linda.

Essa fanfic foi publicada em Abril de 2011, foi a segunda fic que eu escrevi, então perdoem qualquer coisa; tentei mostrar um outro lado do Zoro e espero que não tenha ficado muito OOC.

Bom, espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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O Garoto

Zoro sempre foi um lobo solitário.

Sempre foi muito forte, então os garotos de sua idade estavam com medo constante de brincar com ele, e vamos encarar a realidade: Zoro era assustador desde o momento que nasceu. Teve uma vida difícil; perdendo os pais quando era muito novo e acabou terminando em um orfanato horrível. Ele sabia que nem todos eram daquela forma, entretanto, não pôde evitar ter fugido de lá.

E, bem no fundo, sabia que havia nascido para fazer coisas grandes. De ser temido mundo a fora.

Quando encontrou a Vila Shimotsuki e desafiou o dono do dojo local, estava confiante de que iria ganhar. Estava ganhando desde que tinha cinco anos. Nunca perdera, nem uma vez. Então aquela... garota veio e mais rápido do que conseguiu registrar, venceu. A primeira derrota de Roronoa Zoro fora para uma menina. Quando o dono do dojo pediu para que o garoto ficasse para treinar, o menino de cabelos esverdeados aceitou: se ele fosse se tornar mais forte, deveria derrotar Kuina, a garota que o derrotou.

O Espadachim

Perdeu 2000 vezes para Kuina. Os garotos com os quais tinha aula, algumas vezes o irritavam sobre o assunto, mas vendo a carranca de Zoro, paravam, com medo. Mesmo com apenas nove anos de idade, ele estava maravilhado por ser temido. Ele não foi feito para as coisas fofas da vida; era temido e amava aquilo. E, mesmo que o zoassem com isso, Zoro não estava desapontado por ter perdido para uma garota.

Se uma menina era boa o suficiente para derrotá-lo, absolutamente merecia crédito por sua força.

Na noite da perda de número 2001 para Kuina, ambos fizeram uma promessa: Um dos dois se tornaria o/a melhor Espadachim do mundo. Naquela noite, ele sabia que estava fazendo uma promessa para a vida toda. E, naquela mesma noite, sua rival morreu em um acidente estúpido.

Zoro ficou incontrolável; não podia acreditar que ela havia morrido. A única pessoa que o compreendia, a pessoa que pretendia lutar durante o resto de sua vida, ambos ficando cada vez mais fortes.

Naquele dia, ele entendeu que a vida era uma porcaria. Naquele dia, o garoto fez outra promessa: ‘Se Kuina não pode se tornar a mais forte, eu irei. Carregarei a espada que deveria ser dela; para que nós dois estejamos lá quando eu me tornar o melhor.’

Seu professor lhe concedeu Wadō Ichimonji. Ele estava honrado e treinou, tornando-se mais forte a cada dia.

O Caçador de Recompensas

Com dezesseis anos, Zoro disse adeus ao seu Mestre, com Wadō Ichimonji presa em sua cintura. Depois de algum tempo, o dinheiro acabara, então teve que fazer algo em relação a isso. Ele não era um fã de roubo, nunca foi. Por acidente, encontrou um homem — um pirata — na cidade que estava; e o preço pela cabeça do dito homem valia 10,000,000 beli. Com aquele dinheiro, poderia ficar na estrada por mais um mês, se tivesse cuidado.

Lutou e ganhou com um único ataque; aquele cara não foi bom nem para treinar.

Quando Zoro conheceu Johnny e Yosaku, eles eram lixo. Falavam sobre seguir suas próprias regras ou algo igualmente estúpido. Ele os ignorava, mas falou sobre seu objetivo de qualquer forma: Taka no Me Mihawk. Zoro não era um Caçador de Recompensas, mas algumas vezes, quando necessário, o fazia. Então, mais um procurado — usava umas armas gigantes — foi encontrado: valia 10,000,000 belis.

Zoro acabou salvando a vida de Johnny e Yozaku e vendo-os durante a batalha, soube que ambos tinham potencial e realmente não gostou do jeito que Armas Gigantes falava. Zoro foi reconhecido como o “Pirate Hunter” — Caçador de Piratas. Ele não era um caçador, mas era ótimo ser reconhecido por sua força. Derrotou Armas Gigantes com somente um corte.

Juntos, eles capturaram uma boa quantidade de criminosos e entregavam para a Marinha, mas somente fazendo-o quando o dinheiro acabava. O East Blue estava escutando seu nome. Um ano depois de deixar o Dojo, Zoro encontrou um homem que disse que se chamava Mr. 7; ele queria Zoro como um subordinado em uma organização: Baroque Works.

Zoro perguntara se podeia ser o chefe, se entrasse, mas Mr. 7 disse:

“Não, claro que não.” Então atacara Zoro. Depois de 5 minutos, Mr. 7 estava morto. Não foi o primeiro a ser morto pelo Espadachim, mas certamente foi o mais se esforçou para sobreviver.

Johnny e Yosaku falaram que estavam preparados para continuarem sozinhos, que Zoro era muito forte e que ambos o estavam atrasando. Seguiram caminhos diferentes.

O Pirata

Na Base da Marinha na qual estava sobre custódia, ele conheceu Luffy, e nunca pôde imaginar que aquele garoto se tornaria seu capitão. Diabos, ele nem imaginava que seria parte de uma tripulação! Mas o fez. Ele juntou-se a Luffy, que não tinha nem tripulação nem mesmo navio. Eram somente os dois. Zoro ficou surpreso quando soube que Luffy era realmente forte, mas o avisou:

“Se você me atrasar, te cortarei. Eu serei o melhor Espadachim do mundo.” Luffy somente riu e disse que não ia querer de outra forma: O Melhor Espadachim do Mundo como nakama seria a medida perfeita para a tripulação do Rei nos Piratas.

Era isso que o garoto com um sorriso estúpido e um chapéu-de-palha queria ser: O Rei dos Piratas. Disse que havia prometido havia muito tempo e iria cumprir. Zoro respeitava isso.

Quando encontraram Nami, ela era uma ladra, usando Luffy para ganhar dinheiro e escapar de Buggy, um pirata. Zoro detestava ser usado, então não iria deixar aquela mulher usar seu capitão, não importava o quão idiota Luffy era.

Mas Luffy tinha outros planos: Queria a bruxa com eles, como a navegadora. Zoro não entendeu por que ele a iria querer como nakama, mas, como capitão, Luffy podia fazer o que quisesse.

Seguindo a garota de cabelos alaranjados, encontraram Usopp — o maior mentiroso que conhecia, conhece e conhecerá. Ele se gabava do grande número de sua tripulação: 8000, escondidos.

Luffy acreditou, claro.

‘Deve ser bom ser tão inocente’, Zoro pensou.

Mas Usopp também estava em perigo. O mordomo de sua amiga Kaya estava tentando matá-la por causa de sua herança. Claro, eles tomaram conta da situação e em retorno, ganharam mais um membro para a tripulação e um navio: Going Merry.

Foi um bom dia.

Depois de um tempo, encontraram Johnny e Yosaku, o que fez Zoro surpreendentemente feliz; gostava dos idiotas. Juntos, decidiram visitar o Restaurante do Mar, Baratie. E, lógico, Luffy teve que quebrar uma parte do restaurante e teve que trabalhar lá para poder pagar os danos. O capitão também decidiu que faria alguém do Baratie juntar à tripulação e Zoro não duvidou nem por um segundo, afinal, Luffy conseguiu convencer o próprio Zoro.

O Lutador

Durante uma briga, o Espadachim escutou que Mihawk estava perto. Ele tinha uma chance e sabia disso. Era para aquele encontro que havia treinado durante dez longos anos; podia derrotá-lo.

Então o viu. O Espadachim mais forte do mundo e desde o primeiro olhar, Zoro soube que o homem merecia o título: não havia hesitação em seus olhos. Mas também não havia hesitação nos do jovem espadachim e ele estava preparado para vencer ou morrer. Lutaram; Taka no Me era forte e Zoro perdeu.

Mihawk não matou o jovem pirata, ao contrário, disse-lhe que estaria esperando por uma nova luta, que Zoro ficasse mais forte. O garoto de cabelos esverdeados teria a cicatriz pelo resto da sua vida, mas não se importava. Ele precisava de um lembrete de quão forte seu oponente realmente era.

Naquele dia, fez outra promessa: ‘Eu nunca mais perderei.’

Dessa vez, a promessa era para Luffy.

Nami fugiu com Going Merry e Luffy especialmente deu ordens para que Zoro a trouxesse de volta, então ele moveria céu e terra para fazê-lo. Aparentemente, Nami já pertencia à outra tripulação. Zoro não acreditava. Quando o espadachim se jogou na água, esperou e foi recompensado: ela o salvou. A bruxa não era ruim. Assustadora e completamente vadia, claro, mas não era ruim. Ela estava desesperada por algo e ele não se interessava pelo quê, só o que sabia era que Luffy a queria de volta.

Descobriu que o capitão havia recrutado mais um membro para a tripulação: Sanji, o cara mais irritante que havia conhecido. Era um playboy, sempre proclamando seu amor pelas mulheres. O loiro era forte, isso era claro. Juntos, lutaram para derrotar os Tritões.

Venceram.

O Protetor

A cidade na qual Gol D. Roger morreu, Zoro encontrou uma mulher que parecia exatamente com Kuina, só que com óculos. E ainda falava como sua antiga amiga também! Zoro não lhe informou sobre seu nome completo e ela o ajudou a escolher uma nova espada. Quando soube que era Roronoa Zoro, o Caçador de Piratas, quem estava ao seu lado, Tashigi — esse era seu nome —, ficou insana e disse que o homem não merecia as espadas maravilhosas que tinha. Ele escutou que ela era da Marinha, ambos lutaram e Zoro foi o vencedor, e sim, ele havia se segurado: não por estar lutando contra uma mulher, mas por que ela se parecia com sua velha amiga, o que era muito perturbador.

Na ilha de Whisky Peak, os idiotas (também conhecidos como seus nakamas), caíram em uma armadilha feita por Caçadores de Recompensa. Mas Zoro não caiu; raramente ficava bêbado, diferentemente de seus companheiros. Naquela noite, matou 100 pessoas e lutou contra seu capitão. Naquela noite, ajudou uma princesa. Naquela noite viu o guardião da dita princesa morrer. Naquela noite, viu Nico Robin pela primeira vez.

Ela demonstrou seus poderes da Fruta do Diabo e tentou dar um Eternal Log Pose. ‘Tentou’, já que Luffy quebrou o objeto, dizendo:

“Nós não precisamos de sua ajuda.”

Naquele ponto, Zoro nunca poderia imaginar que aquela mulher salvaria a vida de Luffy. Duas vezes. Ou que Luffy salvaria a dela.

Eles conheceram Chopper pouco tempo depois; era assistente de uma médica que todos pensavam ser uma bruxa, que tinha o corpo de uma mulher mais jovem, como a médica mesma falava. Nami estava doente, então precisavam da bruxa para curá-la ou então a navegadora morreria. Luffy foi humilde o suficiente para curvar-se para o povo da ilha para que ela pudesse ser salva. Depois de uma longa jornada (com algumas lutas no caminho, claro), convenceram Chopper que ele já era um nakama, então todos foram na direção de Alabasta: o reino na princesa que conheceram – Vivi.

No dia da Guerra em Alabasta, durante a batalha, Zoro aprendeu a cortar metal; deu mais um passo na direção de se tornar mais forte e alcançar o nível de Taka no Me. Naquele dia, ele estava feliz: salvaram um país e Vivi. Foi mais um dia ótimo.

O Salvador

O Rei de Alabasta agradeceu à tripulação, de joelhos. Zoro perguntou se estava ok, já que o homem era um rei. O homem mais velho respondeu falando que suas roupas eram as únicas diferenças entre eles; que, como rei e pai, estava agradecido. O espadachim gostou de ter um Rei se ajoelhando para agradecê-lo. Não que fosse admitir.

Dias depois, içaram vela, sem sua nakama, Vivi. Ela escolheu ficar no seu país e Zoro entendia: como uma princesa, não podia simplesmente viajar pelo mundo com os Mugiwara, tinha responsabilidades.

Quase meia hora depois de atingirem mar aberto, ela apareceu.

Sua antiga inimiga: Nico Robin, pedindo para juntar-se à tripulação, já que Luffy havia salvado sua vida quando não queria ser salva. Pensou que Luffy diria não, mas a única coisa que o capitão falou foi:

“Entendo. Se é assim, não tem outro jeito: você pode ficar.”

Obviamente Luffy foi o primeiro a aceitá-la. Sanji deu uma olhada na morena e estava apaixonado. Chopper também, já que ela era divertida, fazendo membros crescerem em qualquer lugar. Nami foi comprada, literalmente. Usopp e Zoro eram os únicos contra a mulher, até que ela colocou ‘chifres’ em Luffy, que fingiu ser Chopper. O espadachim, então, era o único contra ela.

Robin se aproximou, perguntando se a tripulação era sempre divertida daquela forma. Ele respondeu que sim. Ela, como uma cigana, sorriu para o jovem e aquele sorriso, Zoro tinha certeza, com certeza havia desarmado vários homens, mas não ele, não senhor. O espadachim era aquele que saiu pelo mundo e viu as coisas horríveis que as pessoas faziam e não deixaria que nenhuma delas acontecessem com seus amigos, não mais.

Naquela noite, quando foram procurar pelo South Bird, Zoro disse para a morena que não confiava nela. Robin somente disse para que ele tivesse cuidado com a lama, ignorando o que o espadachim falou.

Dois dias depois, a tripulação lutou contra uma pessoa que chamava a si mesmo de ‘Deus’. Robin tinha um plano, que falhou. Enel, o dito Deus, usou seus poderes para mandar um raio na direção da mulher. Naquele momento, algo aconteceu dentro de Zoro. Ele tinha que ajuda-la, tinha que pegá-la. Então o fez. Roronoa Zoro lutou contra deus e perdeu. Não era forte o suficiente.

O Homem

Mais tarde naquele mesmo dia, quando Luffy derrotou deus, Zoro se perdeu da festa e encontrou Robin. Ele perguntou o que ela estava fazendo. A morena respondeu dizendo que estava vendo as estrelas. Ele se junta a ela, ainda não confiava na mulher, mas sabia que não o machucaria. Antes de perceber o que estava acontecendo (ou realmente como aconteceu), o casal estava se beijando.

‘Que exploda o mundo’, Zoro pensou. Já tinha feito o que não deveria com sua nakama, então o faria bem feito.

Naquela noite, Roronoa Zoro e Nico Robin se tornaram um só pela primeira vez.

Ambos concordaram que havia sido um erro, que não deveria acontecer novamente. Estavam confusos, e a adrenalina do dia havia tomado conta deles. Voltaram para o acampamento e dormiram em lados opostos um do outro. A tripulação nunca saberia.

Zoro sentia-se confuso com os eventos da festa. Seu cérebro não confiava naquela mulher, mas aparentemente seu corpo gostava bastante da linda morena. Ele não era ingênuo, teve sua cota de mulheres durante o tempo que viajava pelo East Blue. Mas o espadachim podia treinar seu corpo, como havia feito com comida; e Zoro nunca havia perdido o controle como o fez na noite anterior e isso o irritava mais do que podia imaginar. Aborrecido com o acontecido, ele falou para deixarem Robin na Ilha do Céu; talvez seus problemas ficassem lá com ela. E, claro, sua tripulação o chamou de estúpido por dar aquela sugestão.

Voltando ao mar normal, a tripulação foi envolvida em um jogo, que colocava membros de cada parte como aposta. Perderam uma vez, ganharam duas; perderam Chopper mas o ganharam de volta e teriam repetido o jogo mil vezes se fosse necessário.

Quando Luffy ganhou o último round, Aokiji, um Comandante da marinha, apareceu para matar a todos da tripulação dos Chapéu-de-Palha, especialmente Robin e aquilo não iria acontecer.

Zoro foi o primeiro a se mover: ela era sua nakama, o espadachim já a havia feito sua e não ia deixar que o alto homem a assassinasse. Estava preparado para matar o Comandante, se fosse isso o que a situação pedisse; mas tanto ele como Sanji e Luffy foram quase derrotados em um instante. Aokiji, aproveitando a oportunidade, congelou Robin dos pés à cabeça. O espadachim estava em choque: Robin também era forte, mas não pôde prevenir o que aconteceu.

Luffy lutou ‘mano a mano’ contra Aokiji e foi congelado também, mas depois de degelados, ambos ficaram bem.

O espadachim nunca perguntou o porque do Almirante estar atrás dela, e Robin não lhe contou e Zoro estava ok com aquilo, não era como se fosse um santo. Naquela noite, todos ficaram juntos: a tripulação inteira dormindo em um só quarto, achando conforto um nos outros, pelo menos naquele momento.

Quando Usopp lutou contra Luffy, alguns dias depois, todos sabiam que o narigudo iria perder, mas não fizeram nada, somente olharam. Zoro sentiu-se imprestável, sentindo como se não tivesse feito seu trabalho corretamente. Se tivesse, talvez as coisas fossem diferentes. Não sabia como, mas poderiam. Robin não havia voltado para o Going Merry, Usopp deixou a tripulação e descobriram que Merry não iria mais para lugar nenhum.

Aquele foi um dia horrível.

O Traído

O bando do Chapéu de Palha estava sendo acusado de tentar matar o Prefeito de Water 7. A foto de Zoro estava ao lado das de Robin e Luffy e o espadachim estava sendo perseguido por toda cidade. Depois de encontrar-se com Luffy e Nami, Chopper achou os três e disse que a culpa para a perseguição era Robin; que ela havia cometido o crime e que estava indo embora.

Zoro sentiu raiva. Ela havia brincado com ele todo o tempo? Ele era outro idiota que ela usou? Mas o espadachim não podia deixar sentimentos tomarem conta de si. Alguém, naquela horda de idiotas, deveria pensar, e o papel era claramente dele. Zoro disse que havia duas possibilidades:

“Robin é amiga ou inimiga?”

Luffy não queria nem saber, disse que iriam achar Robin, quisesse ela ou não. Depois de seguirem uma pista, Nami, Luffy, Chopper e Zoro a encontraram. Ela olhos nos olhos dos quatro e disse que não conseguiria alcançar seu objetivo viajando com eles. Zoro perguntou qual era o tal objetivo, e com um olhar congelante, Robin lhe disse que não era de sua conta. O espadachim sabia que havia algo a mais, mas não sabia se estava somente tendo esperanças tolas.

Tudo que queria era pegar a morena, seus amigos e correr para longe dos inimigos até que a estúpida Nico Robin explicasse o que estava acontecendo.

Mas é claro que nada é tão fácil assim: Zoro lutou e perdeu; sua mente estava fraca.

Estava confuso, mas quando Nami lhes contou a verdade por trás das ações de Robin, o espadachim ficou enraivecido. Luffy disse que iriam atrás dela, como se eles não soubessem: nenhum nakama iria dar sua vida para proteger os outros. De jeito nenhum.

Aquela noite havia apenas começado. Naquela noite, a tripulação fez de inimigos, amigos. Naquela noite, foram a uma Ilha da Marinha. Naquela noite, quando a alcançaram, Robin escapou. Naquela noite, eles continuaram correndo atrás dela. Naquela noite, Robin gritou sobre querer morrer. Naquela noite, Robin gritou o quanto queria viver. Naquela noite eles lutaram; perderam e ganharam batalhas. Naquela noite, eles conseguiram Robin de volta. Naquela noite, eles disseram adeus ao Going Merry. Naquela noite, todos foram um.

Franky, um antigo inimigo, prometeu construir um navio novo para a tripulação dos Chapéu de Palha, então todos tiveram umas férias merecidas em Water 7. Eles conheceram o avô de Luffy, que era o Herói da Marinha; Coby: conhecido de longa data de Luffy e Zoro.

Quando estavam quase deixando a cidade, a tripulação descobriu que todos tinham pôsteres de procurados. O de Zoro havia subido: de 60 milhões para 120 milhões. Ele estava orgulhoso de si mesmo.

O novo navio era incrível: duas vezes o tamanho do Merry, e, no final do dia, Robin estava com eles, sorrindo. Usopp estava de volta e havia mais uma adição à tripulação: Franky.

Aquele foi um ótimo dia.

O Sacrifício

Dias depois, quando estavam em Thriller Bark, era a vez de Zoro tentar dar sua vida pela de Luffy. O espadachim estava cansado e machucado e havia visto o mesmo acontecer com seus amigos. Viu também o poder que Luffy tinha sobre as pessoas que acabara de conhecer: o de convencer os outros a lutar novamente e o capitão até pensou em dar a própria vida.

Zoro não ia deixar aquilo acontecer.

Luffy era especial e o mundo precisava de alguém como ele, então, ofereceu a própria vida. Estaria ele quebrando a promessa que fez à Kuina? A promessa que fez a Luffy? Iria em paz?

Sim, para todas as perguntas. Algumas vezes um homem precisava quebrar promessas, não para si mesmo, mas pelo bem de outros. Ele sentiu a maior dor que já sentira na vida: nada que já tinha passado o havia preparado para aquilo e tinha certeza que daquela vez, a morte era certa. Mas o espadachim não caiu até ver Kuma ir embora e não tocar nenhum de seus nakamas. Quando Sanji o encontrou e gritou por Chopper, para que o pequeno médico fosse rápido ao encontro deles, os olhares que o homem de cabelos esverdeados recebeu eram de choque e medo. Não importa o que falem, foi um bom dia.

Quando Zoro acordou, quatro dias depois — nem se lembrava de ter dormido, na realidade —, Robin estava a seu lado, sorrindo e perguntando como o homem estava se sentindo. Zoro sentiu-se melhor escutando que todos estavam bem e ainda celebrando. Como havia conquistado o direito de ter outra espada, Yubashi ganhou um pequeno funeral – depois de comer um pouco (afinal, quatro dias sem comer era realmente uma porcaria); o local escolhido para ‘enterrar’ a katana junto dos antigos nakamas de Book. Soube, então, que o esqueleto havia entrado para o bando, quando o mesmo lhe informou.

“Nós temos uma boa tripulação, não é?” Brook somente riu, assentindo.

Passaram quase duas semanas viajando depois de sair de Thriller Bark e todas as noites, Zoro encontrava Robin. Todas as noites caíam no sono nos braços um do outro. O espadachim decidiu que se ele iria enfrentar inimigos poderosos, faria o que quisesse; então, seria egoísta e teria Robin como se não houvesse o amanhã. Durante aquelas noites, ele sabia que todos estavam bem. Naquelas noites, ele tinha quase certeza que estava no céu.

O Perdedor

Em Sabaody, a tripulação viveu um pesadelo. Sua nova amiga, Caimie fora capturada e durante a luta para tê-la de volta, Luffy bateu em um homem, que se fosse tocado, um Comandante da Marinha seria enviado para matar quem o fizesse. Todos correram, mas Kuma apareceu novamente, só que Zoro sentiu que havia algo estranho: o Shichibukai não parecia com o mesmo homem que os atacara em Thriller Bark.

E o que era pior: o bando tinha um Comandante atrás deles também. Luffy sabia que ele, Zoro e Sanji eram os mais fortes, então precisavam ir por caminhos diferentes, o capitão sabia que não poderiam ganhar sem algum dano colateral.

De repente, o Comandante estava lá: Kizaru; o homem que era tão rápido quanto à luz. O espadachim estava machucado e o oponente era muito forte E Zoro estava preparado para morrer quando mãos apareceram do chão e começaram a movê-lo: era Robin.

Tudo que Zoro queria era gritar. Dizer: “Vão embora! Eu ficarei bem; salvem suas próprias vidas, idiotas!” Mas não conseguia, o dano era demais. Ele olhou na direção na qual Robin estava com Luffy e Chopper e viu o desespero nos olhos de seus amigos e sentiu-se mal por fazê-los passar por aquilo e não poder fazer nada além esperar seu destino. Rayleigh, The Dark King, apareceu e o espadachim foi liberado, todos ficaram aliviados.

Zoro tentou se mover, mas seu corpo fraco não obedecia; então Usopp o pegou e correu. O espadachim conseguiu falar: “Me deixe. Eu deixarei vocês escaparem.” E Zoro se tornaria o Diabo se desse tempo para que os outros corressem. Usopp o chamou de idiota e continuou a correr.

‘Vocês estão perdendo seu tempo’, Zoro pensou. Não era como se ele quisesse morrer; não queria. Mas sabia que não poderia suportar a dor de perder nenhum de seus nakamas por sua causa. Brook foi atingido e Sanji apareceu, gritando: ‘Corra, Usopp’ e o narigudo gritava para o loiro correr de volta, já que Kuma estava mirando no cozinheiro. Um raio tirou Sanji da luta e jogou Zoro para longe de Usopp.

Zoro estava à mercê de Kuma.

Muito tempo depois, todos entenderam o que aconteceu, quando o verdadeiro Kuma apareceu. Zoro conseguiu suportar o ultimo ataque do Shichibukai; aquele era o real: aquele homem era a pessoa que Zoro mais temia – o homem que podia passar dor para qualquer um, e a dor do espadachim era muito grande para qualquer outra pessoa suportar. Aquele homem dividiu a tripulação, a pequena família.

Com um movimento da mão de Kuma, Zoro estava voando. Aquele foi um dia muito, muito ruim.

O Desesperado

Zoro se encontrou em uma ilha com a Garota Fantasma que havia conhecido em Thriller Bark. Ficou tempo suficiente se recuperando para poder voltar a encontrar sua tripulação quando Taka no Me apareceu. O jovem espadachim ficou chocado, mas surpreendente (até para si mesmo), ignorou o melhor espadachim do mundo quando soube que estava acontecendo uma Guerra e que Luffy estava bem no meio.

Sentiu sua frustração e fraqueza, então, quando Luffy mais precisava, não estava lá. Seu capitão havia lutado por cada um de seus nakamas e nenhum deles estava ao seu lado para lutar por ele. Luffy havia se sentido sozinho? Traído? Com raiva? Havia se machucado tanto que não podia se recuperar? Seu capitão havia morrido? O mundo não podia perder Luffy. A tripulação não podia perder Luffy. Zoro não podia perder Luffy.

O Aliviado

Então Zoro lutou seu caminho para sair da ilha, e estava perto de conseguir, quando a Garota Fantasma apareceu com um jornal que continha Luffy na capa. O alívio que o espadachim sentiu foi quase inacreditável e sabia que qualquer um podia ver. Então, com a mensagem que viu, sentiu-se ainda melhor. Luffy estava bem e mandara uma ordem para o resto da tripulação: ficariam separados por dois anos para só então se juntarem novamente.

Zoro nunca refusou uma ordem de seu Capitão.

Durante os dois anos, o homem de cabelos verdes foi discípulo de Mihawk, seu inimigo, objetivo e então mentor. Ele tentou aprender tudo que podia com o máximo de si; nunca mais seria fraco. Nunca mais deixaria um amigo pensar que deveria se sacrificar por ele; e nunca mais ia deixar que outra pessoa decidisse que era a hora de Zoro morrer — então, ele fez o que havia feito durante toda sua vida: a pegou, junto com seu destino, com suas mãos.

Roronoa Zoro estava pronto para viver ou morrer, contanto que fosse por suas regras.

Quando a Garota Fantasma, Perona, o levou para Sabaody, Zoro parecia diferente e sentia-se diferente também; seu cabelo estava um pouco mais comprido – quase não notável para as pessoas que não o viam com frequência –, seu olho esquerdo estava fechado a todo tempo, com uma cicatriz. Ainda tinha suas três espadas e ainda usava seu haramaki. E por dentro, sentia-se mais forte, porque realmente estava. Depois de treinar com o Melhor Espadachim do Mundo, Zoro estava mais que confiante em suas habilidades, e também tinha certeza que o resto da tripulação também estaria.

O Lobo Não Tão Solitário

Zoro não ficou desapontado e ficou extremamente feliz de ver todos seus amigos juntos novamente. Não precisava nem falar que todos estavam tão felizes quanto o espadachim; Brook agora era um cantor famoso, Franky era 80% robô, Robin estava muito, muito mais bonita; Chopper tinha um chapéu diferente, Sanji finalmente deixou seu outro olho aparecer, Usopp parecia forte e confiante, Nami, com o cabelo mais longo, também parecia muito mais confiante, e Luffy tinha uma nova cicatriz em seu peitoral.

Brook ainda fazia suas ‘skull jokes’, Franky ainda era ‘super’, Robin ainda era uma sabichona, Chopper ainda era inocente, Sanji ainda era um chato pervertido, Usopp ainda mentia muito, Nami ainda era uma bruxa e Luffy ainda tinha seu sorriso bobo.

Zoro sempre foi um lobo solitário, mas agora não se importava de ter companhia.

Sempre foi muito forte, então os garotos de sua idade estavam com medo constante dele, mas não sua tripulação.

Teve uma vida difícil; perdendo os pais quando era muito novo e terminando em um orfanato horrível, mas agora tinha uma nova família, malucos do jeito que eram.

E, bem no fundo, ainda sabia que havia nascido para fazer coisas grandes. De ser temido mundo a fora, mas estava feliz que eles não tinham medo. Uma vez em sua vida, não era aterrorizador e estava feliz por isso.

Zoro estava em casa.


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Notas finais do capítulo

Haha, obrigada por chegar até o final! Espero que tenha gostado da leitura!